sábado, 9 de julho de 2011

Mais de 1.400 são detidos em protesto por reforma eleitoral na Malásia Ao menos 12 pessoas ficaram feridas nas manifestações. Coalizão por Eleições Livres e Justas exige mudanças eleitorais no país.


Testemunhas viram bombas de gás lacrimogêneo serem arremessadas repetidamente em grupos de manifestantes, unidos sob o nome 'Bersih' (Coalizão por Eleições Livres e Justas) no centro de Kuala Lumpur quando as multidões gritavam "Viva o Povo" e "Reformas, reformas". Várias pessoas foram vistas sangrando, mas a polícia não deu informes de feridos. Multidões em torno da principal estação rodoviária da cidade também foram recebidas com canhões de água.
O inspetor-geral da polícia Ismail Omar disse que 1.401 pessoas foram levadas sob custódia, mas que muitos seriam liberados após interrogatório. Segundo ele, ao menos três líderes da oposição sênior estavam entre os detidos. "Fizemos o nosso ponto de dizermos que queremos eleições livres e justas", disse Chan Mei Yin, um contabilista de 32 anos que se juntou ao protesto. "A polícia está apenas mostrando que são brutais. Eu não votarei por este governo."
Protestos de rua são raros neste país do sudeste asiático, mas os investidores estrangeiros estão preocupados que qualquer onda de sentimento antigoverno possa adiar as reformas econômicas consideradas essenciais para atrair investimentos.
Pesquisas não são esperadas até 2013, mas analistas dizem que Najib poderia buscar um mandato antecipado logo após o crescimento econômico acelerado para uma alta de 10 anos em 2010. "Do ponto de vista de Najib, a realizar eleições em breve seria um erro por causa dos danos que foram feitos hoje", disse Bridget Welsh, especialista em Malásia da Singapore Management University. "O fato de que uma multidão tão grande apareceu, apesar de uma operação, mostra que a raiva do eleitor é profunda e isso vai empurrar um monte de gente que está no meio para a oposição."
A próxima Tailândia?
A Malásia está longe de ser dividida por conflitos políticos como a seu vizinho do norte, a Tailândia, mas a oposição está crescendo. Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas em uma manifestação de novembro de 2007, que segundo analistas inflamou o apoio para a oposição e resultou em ganhos recordes na eleição de 2008.
Analistas disseram que a manifestação de sábado reuniu mais de 10.000, quase o mesmo de 2007. A polícia, no entanto, coloca o número entre 5 e 6 mil, enquanto organizadores do protesto afirmaram que 50 mil compareceram.
Najib tomou o poder em 2009, e herdou uma coalizão de governo dividido, que havia sido enfraquecida por perdas históricas em 2008. Ele prometeu reestruturar o governo e a economia e introduziu uma marca da política inclusiva que visa unir etnias diferentes do país. Seus índices de aprovação aumentaram de 45% a 69% em fevereiro, de acordo com sondagens independentes do Merdeka Center. Mas analistas disseram que questões étnicas e religiosas minam sua popularidade.

Salva Kiir presta juramento como primeiro presidente do Sudão do Sul Novo país tem Juba como capital e se separou após décadas de conflitos. Barack Obama anunciou reconhecimento.


Da France Presse
Salva Kiir prestou juramento neste sábado (9) como primeiro presidente do Sudão do Sul, pouco depois da proclamação de independência neste novo país africano, que se separou do norte. Kiir assinou a Constituição transitória e prestou juramento, comprometendo-se a "favorecer o desenvolvimento e o bem-estar do povo do Sudão do Sul".
O Sudão do Sul se proclamou independente oficialmente neste sábado, separando-se do norte depois de cinco décadas de conflitos que mergulharam o novo país numa miséria da qual espera sair graças a suas ricas reservas de petróleo.
Uma multidão em delírio celebrou à meia-noite de sexta-feira para sábado, em Juba, a proclamação da independência. Ao soar os sinos de meia-noite, uma explosão de alegria comemorou a chegada do primeiro dia de vida do novo Estado. "Somos livres! Somos livres! Adeus ao norte, bem-vinda a felicidade!", clamava em meio à multidão Mary Okach.
O acordo de paz firmado em 2005 pelo líder dos rebeldes John Garang -alguns meses antes de sua morte num acidente de helicóptero - e o presidente do Sudão Ali Osman Taha abriu um novo capítulo que possibilitou o referendo sobre a independência, realizado em janeiro deste ano.
Os sulistas optaram quase por unanimidade pela organização de uma eleição sem maiores incidentes e cujos resultados Cartum prometeu respeitar.
A nova nação deve enfrentar grandes desafios, como os confrontos na fronteira que já provocaram 1.800 mortes este ano, um dos indicadores sociais menos desenvolvidos do mundo, negociações sobre a separação de bens e a reestruturação de setores com o Norte.

Uma grande prova de fogo para o Sport

Enquanto interino, o técnico Mazola construiu uma boa relação com a torcida do Sport. Em primeiro lugar, atendeu aos clamores para mudar o esquema da equipe, escalando aquele time que todos queriam ver em campo. Depois, teve a coragem de barrar medalhões que não vinham rendendo, como Carlinhos Bala e Marcelinho Paraíba. Tudo isso levou até a ter o nome gritado das arquibancadas após o jogo com o ABC/RN. Hoje, às 21h, o Sport enfrenta a Ponte Preta, na Ilha do Retiro. O primeiro desafio de Mazola como técnico efetivo do Sport.

Ele mesmo sabe que a cobrança será grande daqui para frente. As suas ações terão um peso muito maior do que anteriormente, assim como as consequências delas. A pressão por vitórias e pelo acesso à Série A recairão sobre os seus ombros, e  se diretoria e torcida virem que esse não está sendo o caminho da equipe, ele terá o mesmo destino que seus antecessores: a demissão.

Mazola garante que nada disso influi no seu trabalho. Ser interino ou efetivo, não faz diferença. Prometeu ser o mesmo de sempre. “Tenho 46 anos. Já estou velho para mudar”, brincou, afirmando que vai manter a filosofia de trabalho, relacionamento com a imprensa e o modo de lidar com os jogadores. “Nunca me preocupei com interinidade, se ia ficar ou não. Por isso, para mim nada muda. Sou o mesmo. Sempre fui assim, em todos os lugares onde trabalhei. Não mudo minha forma de ser”, disse.

Na semana de trabalho isso ficou bastante claro. Mazola deu continuidade ao que vinha fazendo enquanto ainda era interino. Cobrou bastante dos jogadores e focou especialmente na finalização. Mais uma vez, fez o simples na escalação da equipe. Manteve o 4-4-2 e trouxe de volta dois jogadores importantes, de reconhecida qualidade: Marcelinho Paraíba e Bruno Mineiro.

Mazola colocou tudo no seu lugar. Ainda sem poder contar com Moacir, que se recuperou, mas não está 100%, lançou Thiaguinho na lateral direita. Na partida passada, com o São Caetano, ele foi meia, vestiu a camisa 10. Agora, vai na sua real posição. Na zaga, Gabriel, suspenso, dá lugar ao retorno de Tobi. Marcelinho Paraíba vai atuar como gosta. Sem a responsabilidade de voltar para marcar e mais próximo do gol adversário. “Tivemos uma semana espetacular de trabalho. Estou confiante no desempenho da equipe contra a Ponte”, comemorou o treinador.

Ministro Cezar Peluso nega liminar a Cássio Cunha Lima


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, negou na sexta-feira liminar requerida pelos advogados do candidato ao Senado Federal pela Paraíba Cássio Cunha Lima. Ele busca sua imediata diplomação após o provimento de Recurso Extraordinário pelo ministro Joaquim Barbosa, que aplicou ao processo o entendimento do Plenário de que a Lei da Ficha Limpa não se aplica às eleições de 2010.
A defesa pediu que a decisão de Barbosa fosse comunicada ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Senado Federal, para ser imediatamente cumprida. Mas seus adversários políticos interpuseram agravo regimental contra a decisão individual do relator, pedindo que os autos sejam devolvidos ao TSE, para que aquela Corte decida se, depois de afastada a Lei da Ficha Limpa, incidem no caso as demais hipóteses previstas na Lei de Inelegibilidades.
Segundo o site do STF, na ação cautelar, os advogados argumentaram que a demora no cumprimento da decisão do ministro Joaquim Barbosa está causando "dano irreparável" ao político, tendo em vista que seu mandato foi iniciado em 1º de fevereiro, e Cunha Lima já teve comprometidos mais de cinco meses de representação parlamentar como senador pela Paraíba. "A parcela de seu mandato indevidamente usurpada não será restituída jamais, dada a sua improrrogabilidade", argumentam.
Ao negar a liminar, o ministro Peluso observou que o requerimento de imediata comunicação da decisão monocrática está no gabinete do ministro Joaquim Barbosa desde 4 de maio e, de acordo com o Regimento Interno do STF, "é competência do relator executar e fazer cumprir os seus despachos, suas decisões monocráticas, suas ordens e seus acórdãos transitados em julgado".
Quanto aos agravos regimentais interpostos, o presidente do STF verificou que o ministro Joaquim Barbosa liberou-os para julgamento em Plenário no dia 3 de junho. Para o presidente do STF, as informações do andamento do processo indicam que há "firme propósito de ser resolvido definitivamente o caso, o que certamente será feito tão logo sejam reiniciados os trabalhos colegiados".

Homem é assassinado com espeto de churrasco em João Pessoa


Da redação
Um homem foi morto na noite desta sexta-feira (8), em João Pessoa, após ser ferido por um espeto de churrasco. A vítima foi identificada como George Efigênio de Santana, 52 anos. Ele bebia com amigos, no bairro de Cruz das Armas e após um desentendimento um dos homens que estava com ele acabou lhe ferindo com o espeto no pescoço.
O crime aconteceu por volta das 20 horas. George chegou a ser levado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para o Hospital São Vicente de Paula mas não resistiu ao ferimento e acabou morrendo. O acusado pelo assassinato está foragido.
A polícia também registrou um segundo homicídio em João Pessoa na noite desta sexta-feira. No Jardim Veneza, uma mulher ainda não identificada foi encontrada morta dentro de uma casa na rua Argemiro Pedro de Deus. A polícia acredita que o crime pode ter ligação com o tráfico de drogas, já que na residência foram encontradas várias pedras de crack e alguns cachimbos que seriam utilizados para o consumo da droga.

Pesquisa constata que 92% dos turistas pretendem retornar ao São João de CG


08/07/2011 21:44
Karoline Zilah/Paraíba1
Mais de 90% dos entrevistados pretendem voltar à Campina
Mais de 90% dos entrevistados pretendem voltar à Campina
Leia mais
Verba federal garantiu o São João de 39 cidades; PB lidera ranking
Show pirotécnico e banda Magníficos encerram São de João de CG
Pesquisa aponta São João de CG entre quatro maiores eventos do país
Da Redação
Com Ascom Fecomércio
O Maior São João do Mundo, de Campina Grande, atrai visitantes de todo o Brasil e várias partes do mundo. Por isso o Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (Ifep-PB) realizou, pela primeira vez, uma grande e importante pesquisa com os turistas presentes em Campina durante os festejos juninos. De acordo com o levantamento, 92,39% dos visitantes pretendem retornar à Campina para o Maior São João do Mundo e 95,43% indicam os festejos da cidade como roteiro turístico.
A pesquisa ouviu 400 turistas entre os dias 20 e 26 de junho de 2011, escolhidos de forma aleatória, em diversos pontos turísticos, pousadas, hotéis, bares, restaurantes, aeroporto, terminais rodoviários e em diversos pontos turísticos de Campina Grande.
Dentre os principais motivos que levaram os entrevistados a visitar Campina Grande, 77,41% afirmaram que foi graças à festa de São João, seguido por visita a parentes e amigos (10,15%). No que se refere aos motivos que levaram o entrevistado a escolher a cidade para o turismo de lazer, destacaram-se as festividades juninas, com 51,78% das respostas.
Desse grupo, 53,81% afirmaram que já conheciam o São João de Campina. O segundo motivo mais citado pelos visitantes foi a indicação de parentes ou amigos (40,10%). Por outro lado, a indicação de agências de viagens e a propaganda e publicidade do estado ficaram apenas com 3,81% e 10,66% dos entrevistados, respectivamente.
Em relação à expectativa do turista após conhecer a cidade de Campina Grande, em especial o Maior São João do Mundo, 76,14% afirmaram que foi correspondida, enquanto 18,02% disseram ter sido superada. Apenas 4,57% afirmaram que sua expectativa ficou abaixo do esperado.
No que se refere à forma de planejamento da viagem, 36% do total de visitantes estava no São João acompanhado por seus familiares, em seguida aparece os que estavam viajando em grupo (30%). Os que vieram em excursão atingiram 16% dos entrevistados.
Sobre o que mais gostaram na cidade, as atrações juninas foram as mais citadas, com 35,53% das respostas, seguidas pelo clima (18,53%), a receptividade do campinense (15,23%). Cerca de 96% das pessoas deram o conceito “ótimo ou bom” para a receptividade do povo de Campina.
O gasto médio por turista observado pela pesquisa foi de R$ 624,99. O principal gasto declarado por eles foi com diversão (45,69%), alimentação (37,31%), compras (17,26%) e hospedagem (12,69%).
De acordo com o estudo, 46% dos turistas vieram pela primeira vez conhecer o Maior São João do Mundo, enquanto que 54% já visitaram pelo menos uma vez o evento. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio, esse fato se configura num elemento importante e positivo para o desenvolvimento da atividade turística da cidade por indicar um elevado grau de satisfação do turista.
“Na ótica econômica, isto indica um efeito multiplicador, pois além de seu retorno, o turista torna-se um espontâneo divulgador do Maior São do Mundo, além de indicar Campina Grande como roteiro turístico para outras pessoas”, declarou.
  • imprimir

    Banco do Brasil recorre à Justiça para continuar com folha do Estado


    O Banco do Brasil recorreu da decisão do desembargador José Di Lorenzo Serpa, do Tribunal de Justiça, que no último dia 29 negou pedido de liminar para suspender a licitação prevista para segunda-feira (11) para a escolha do novo banco que vai gerenciar a folha de pagamento do funcionalismo estadual. O desembargador Serpa informou que vai analisar o recurso na segunda pela manhã, já que a licitação está marcada para acontecer às 14h.
    Ele poderá manter ou reconsiderar a decisão que proferiu. Ao negar a liminar, o magistrado observou que o contrato feito pelo governo anterior com o Banco do Brasil apresentava duas irregularidades: dispensa de licitação e cobrança de tarifa superior ao praticado no mercado. Segundo ele, a administração tem o poder de invalidar seus próprios atos quando eivados de ilegalidade. “Especialmente se calcado na defesa do interesse público”.
    Em 13 de maio, o governo do Estado, através da Procuradoria Geral, notificou formalmente o Banco do Brasil sobre a rescisão do contrato, firmado em 11 de dezembro de 2009 na administração do ex-governador José Maranhão. O atual governo questiona a legalidade do processo de dispensa de licitação em que se funda o contrato, tendo em vista que o mesmo contraria expressas recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia Geral da União (AGU).
    Outro motivo que contribuiu para a rescisão unilateral do contrato, segundo o governo, foram as falhas operacionais de responsabilidade do Banco do Brasil que provocaram prejuízos ao Tesouro Estadual “em face de repasses irregulares de verbas estaduais para municípios, bem como transferência de verbas do Estado e dos municípios em favor do Detran com inequívoco dano aos procedimentos contábeis e ao princípio da transparência, um dos pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal”.
    O Banco do Brasil, por sua vez, defendeu a legalidade do processo de dispensa de licitação, a compatibilidade dos preços contratados ao mercado, bem como a correta prestação dos serviços. Como o governo decidiu rescindir o contrato, o Banco ingressou na Justiça com mandado de segurança, com pedido de liminar, a fim de continuar operando a folha de pagamento do funcionalismo estadual.

    Veterano da Revolução de 1932 toma posse em Exército simbólico em SP Alfredo Pires Filho, de 90 anos, integrou o movimento com apenas 12 anos. Neste sábado (9), ele será um dos homenageados em tradicional desfile.


    Às vésperas de completar 91 anos, Alfredo Pires Filho costuma dizer: “Tenho duas vidas. A particular e a da Revolução de 32.” Neste sábado (9), quando se comemoram os 79 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, as duas vidas serão uma só. O veterano do movimento que cobrava a criação de uma Constituição e defendia o fim da intervenção de Getúlio Vargas no governo paulista, será homenageado no tradicional desfile em São Paulo. Pela primeira vez, ele toma posse como comandante do Exército Constitucionalista, que é simbólico.
    “É muito bom ser reconhecido pelo o que você fez”, contou Pires Filho, que recebeu o G1 em sua casa, localizada a apenas 2 km do Obeslico do Parque Ipirapuera, na Zona Sul da capital, onde haverá a homenagem. O instrutor de aviação civil aposentado participou da revolução quando tinha apenas 12 anos. Era escoteiro e trabalhou como mensageiro ou estafeta, como gosta de dizer o veterano. Junto com o álbum onde guarda fotos, convites, diplomas e outras homenagens ao longo da vida, ele mantém uma raridade: um capacete de aço original usado pelos soldados em 1932. No interior dele, a inscrição: "Oferta do povo paulista ao soldado da Constituição".
    “Um capitão do Exército mandou que eu fosse até o Ipiranga (na Zona Sul) no caminhão com os outros (militares) buscar os capacetes na fábrica. Quando cheguei com o caixote, disseram: ‘Pires, esse presente é para você’”, lembrou o veterano. Quem espera vê-lo de farda no desfile deste sábado, cheio das medalhas que recebeu na carreira, esqueça. “Vou de terno azul marinho. Não fica bem usar as condecorações anteriores porque eu já vou receber uma amanhã (sábado).”
    Revolução de 32 (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)Alfredo Pires Filho participou da Revolução de 1932
    como mensageiro (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
    O discurso que Pires Filho lerá durante a homenagem vai lembrar os mortos na revolução, considerada por ele “o maior movimento cívico da história”. Falará ainda da campanha “Ouro para o bem de São Paulo”, na qual a população doou joias para arrecadar fundos destinados ao movimento revolucionário. “Os casais não andavam na rua com aliança de ouro; só de ferro. Era para o bem de São Paulo”, disse o veterano, que demorou 15 dias para preparar o texto escrito a mão.
    Para manter viva a história da Revolução de 32, os antigos combatentes criaram a Sociedade Veteranos de 32 – M.M.D.C. A sigla contém as iniciais de quatro manifestantes mortos em confronto com a polícia de Vargas: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Marinei Chalub, que trabalha como secretária na diretoria da associação, contou que a atuação do Exército Constitucionalista é simbólica. “Todo ano muda o comandante e é uma homenagem que se faz aos veteranos.”
    Feridas da guerra
    Com dois filhos, três netos e quatro bisnetos, Pires Filho disse ter orgulho do seu passado e não hesita em dizer que “fez história”. Mas, humilde, contou apenas que soube aproveitar as oportunidades. Uma delas foi ter trabalhado como instrutor de voo durante a Segunda Guerra. Já foi também vendedor e nadador. Ele se recorda das provas de natação no Rio Tietê. “A água era limpíssima e os peixes ficavam beliscando o pé.” Tinha uns 16 anos na época.
    É muito bom ser reconhecido pelo o que você fez"
    Alfredo Pires Filho, veterano da Revolução de 32
    Quando questionado sobre a pior memória para um garoto de 12 anos durante a Revolução de 1932, relatou que seu pai, formado advogado, foi perseguido. “O filho de um político do Getúlio Vargas trabalhava no escritório do meu pai, no Centro. Um dia entraram lá e queimaram todos os livros. Fizeram uma fogueira. Ficamos seis meses dormindo no porão da minha tia até abaixar a poeira.”
    Bastante lúcido – os 91 anos serão comemorados em 21 de agosto -, Pires Filho não esconde a emoção a cada 9 de julho. “Quando chega, sinto um entusiasmo. Fico lembrando o passado. Assim que eu soube da homenagem, caiu meu céu. Imagina ser homenageado aos 90 anos?”
    Serviço:
    Desfile em homenagem aos participantes da Revolução de 1932.
    Avenida Pedro Álvares Cabral, sem número. O evento ocorrerá em frente ao Obelisco do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, a partir de 9h. A entrada é franca.

    Testemunha conta que viu o menino Juan ser assassinado por PMs no Rio Dona de casa diz ao Jornal Nacional que esconderam corpo e voltaram. Reconstituição está sendo feita nesta sexta-feira na comunidade Danon.


    Do Jornal Nacional
    Uma dona de casa contou à reportagem do Jornal Nacional nesta sexta-feira (8) que testemunhou o assassinato do menino Juan de Morais, de 11 anosdurante uma operação da Polícia Militar na comunidade Danon, em Nova Iguaçu.
    Com medo de represálias, os moradores vinham evitando os jornalistas há 18 dias. Mas nesta sexta, uma dona de casa decidiu contar o que viu na noite de 20 de junho. Ela diz que, de fato, havia um traficante no local.
    "Primeiro eles mataram um bandido. Logo após o Juanzinho saiu correndo. Eles mataram o Juan e correram atrás do irmão do Juan. O que aconteceu, eles mataram o Juan, esconderam embaixo do sofá e 30 minutos depois eles foram, apanharam o Juan e jogaram dentro da viatura," conta a dona de casa.
    O sofá a que se refere a testemunha tinha sido abandonado por um morador perto do beco onde Juan foi morto. De acordo com a versão dela, os policiais voltaram ao local do crime. "No dia seguinte, eles vieram e queimaram o sofá pra não ter provas," lembra ela.

    O suposto traficante morto na ação era Igor de Souza Afonso, de 17 anos.
    Dois vizinhos - moradores de casas diferentes - procuraram a equipe do Jornal Nacional para mostrar gravações de áudio. Segundo ambos, seriam tiros disparados na noite do dia 20.
    Juan foi enterrado na quinta-feira (7) à noite sob forte esquema de segurança em um cemitério em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A família está sob proteção da secretaria estadual de assistência e direitos humanos.
    O corpo do menino foi encontrado na semana passada, perto de um rio, a 18 km de onde morava -- mas foi confundido por uma perita com o corpo de uma menina.
    No rio, foi feita uma homenagem a Juan na praia de Copacabana. Na escola onde ele estudava, em Nova Iguaçu, os colegas de classe fizeram uma oração em memória ao menino.
    Uma das duas testemunhas feridas naquela noite chegou de cadeira de rodas. O jovem ficou o tempo todo com o rosto coberto para não ser identificado. De muletas, ele apontou para os investigadores alguns pontos no beco. Um saco plástico parecia marcar uma localização. Depois a testemunha mostrou aos policiais os ferimentos nas pernas.
    Os peritos tentaram simular a movimentação que teria acontecido na hora do crime.
    O advogado dos quatro policiais militares envolvidos no caso criticou a reconstituição. Segundo Edson Ferreira, a orientação dada aos clientes é que eles só participem se a simulação acontecer durante à noite, mesmo período em que Juan foi morto. “Os policiais têm todo direito deles de não participarem, é um direito constitucional deles. Mas se a reconstituição se der à noite, eles comparecerão e participarão do ato”, informou. Os PMs alegam que não viram Juan, apenas o irmão dele.
    O irmão de Juan, um menor de 14 anos, também ferido, foi convocado para participar da reconstituição mas não foi. Ele está no programa de proteção a testemunhas mas segundo os parentes ficou com receio de ficar frente a frente com os quatro PMs.
    O delegado Ricardo Barbosa, responsável pelas investigações, disse que o trabalho iria durar a noite inteira. "É reconstituir as condições de acordo com os relatos de acordo com o que ocorreu no dia, então, a programação é periodo diurno tomadas fotográficas, questao do posicionamento, e no período noturno, nós temos a questão da visibilidade que vai ser abordada."

    Corinthians diz já ter garantias para construção de estádio em SP Prazo para apresentar cronograma à Fifa vence na próxima semana. 'O que precisaria negociar está sendo executado", disse diretor do clube.


    Roney DomingosDo G1 SP
    Imagens do estádio do Corinthians (Foto: Divulgação / Corinthians)Imagens do projeto do estádio do Corinthians
    (Foto: Divulgação / Corinthians)
    O diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, disse nesta sexta-feira (8) que o clube vai apresentar na próxima semana as garantias financeiras exigidas para que a Fifa confirme a abertura do evento no estádio em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. O prazo para apresentação dessas garantias vence na segunda-feira (11). "O que precisaria negociar para estar com os pedidos da Fifa atendidos até terça ou quarta, está sendo executado", disse Rosenberg. Ele admite que pode haver adiamento da data ou a entrega de documentos no prazo, com a possibilidade de complementação, mais tarde, do atendimento a algumas exigências.
    "Não vai ser nenhum desastre se eu ligar para Fifa e dizer : 'não vai ser dia 11, vai ser dia 12'. Ou dizer: 'está tudo aqui', no dia 11, 'mas está faltando um documento'. Não tenha a menor dúvida de que a abertura vai ser no estádio de Itaquera", afirmou Rosenberg. "As coisas estão bem no final. Está muito legal, muito tranquilo, sem sobressaltos", afirmou. 
    O dirigente deixou claro que o detalhamento dos itens para atendimento às exigências da Fifa ocorre simultaneamente com as negociações. De acordo com ele, uma equipe trabalha no detalhamento do cronograma físico-financeiro da obra. Outra trabalha para detalhar a mudança do padrão do estádio de 45 mil para 65 mil lugares.
    "Quero mostrar para eles (Fifa) como fica a situação de coloca-e-tira as arquibancadas. Também nisso a gente tem um pessoal trabalhando."  Segundo Rosenberg, na próxima semana chega ao Brasil uma missão da empresa que faz o cálculo estrutural do teto do estádio. "São reuniões que vamos ter segunda, terça, talvez até quarta. Isso é um elemento importante para definir o custo do estádio", afirmou.

    Preço
    O Corinthians ainda negocia com a construtora Odebrecht o valor do estádio para 65 mil pessoas exigido pela Fifa. Rosenberg afirmou que o contrato deve girar em torno de R$ 650 milhões a R$ 700 milhões", mas deixou claro que, como busca um preço fixo, estuda a possibilidade de incluir no preço a inflação estimada até a conclusão da obra.

    "Com a inflação embutida até a conclusão, deve ficar perto de R$ 830 milhões a R$ 850 milhões, dependendo da taxa de inflação que se vai querer embutir", afirmou. Procurada peloG1, a Odebrecht informou na noite desta sexta-feira que o valor e a estrutura financeira do empreendimento estão sendo discutidos.

    Parte do dinheiro para construção do estádio deve ser garantida por meio da emissão de R$ 420 milhões em Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) emitidos pela Prefeitura de São Paulo, que o Corinthians e a Odebrecht poderão vender no mercado. Esses certificados, comprados por preço menor do que o valor de face, poderão ser utilizados por investidores para quitar dívidas em impostos municipais. A lei que trata dos CIDs foi aprovada na Câmara Municipal, mas até sexta-feira à noite ainda aguardava sanção do prefeito Gilberto Kassab.
    Outra parte do dinheiro será proveniente de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada à construção de arenas. Segundo Rosenberg, o BNDES garante o empréstimo, mas a estrutura da operação exige que um banco estatal ou privado entre como repassador dos recursos. Para fazer o serviço, os bancos cobram taxa de administração. O Corinthians e a Odebrecht  selecionam a opção mais em conta.
    "Estamos pesquisando o mercado, estamos conversando. São R$ 700 milhões. O custo de administração de uma operação dessas é de 1%, R$ 7 milhões. Se eu conseguir diminuir pela metade, são R$ 3,5 milhões ao longo do processo todo. Estamos negociando."
    Rosenberg afirma que dentro de dez dias deve ter a definição de todos os aspectos envolvidos na negociação. Ele deixa claro que a assinatura dos contratos deve demandar tempo mais longo, de quatro meses. No entanto, garante que isso em nada afeta a construção do estádio.
    "Eu acho que não levo dez dias para ter todo o esquema amarrado. Isso quer dizer que terei contrato com o banco assinado e com BNDES? Esquece. Entre a gente acertar o esquema de financiamento até ter a  liberação de recursos e todos os contratos detalhados, assinados, etc, é coisa de no mínimo mais quatro meses. No entanto, isso não prejudica em nada a obra, que está sendo tocada a todo vapor. Desvinculamos a liberação do recurso do cronograma físico. Em dez dias teremos todo o arranjo financeiro definido e as bases de um contrato entre Corinthians e Odebrecht. A partir daí, vou ter todo o ritual de passar pelo banco, passar pelo BNDES, detalhar meu contrato", afirmou.
    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...