sábado, 15 de outubro de 2011

Jovem é assassinado com tiro na cabeça na cidade de Cabedelo, PB


Um jovem de 18 anos foi assassinado na tarde desta sexta-feira (14), na cidade de Cabedelo, Grande João Pessoa, em um local conhecido como a antiga Rua do Moinho. De acordo com policiais militares da 4 ª Cia. da Polícia Militar, Anderson dos Santos Ferreira levou um tiro na região da cabeça.
Ainda segundo os policiais, o pai da vítima afirmou que não tem conhecimento de qualquer envolvimento do filho com o tráfico de drogas, porém a polícia não descarta nenhuma possibilidade. Policiais fazem diligências no local, mas nenhum suspeito foi preso.
Jovem é morto em Cabedelo (Foto: Walter Paparazzo/G1)Rapaz é assassinado em Cabedelo, Grande João Pessoa, com um tiro (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Polícia prende três armados em uma madrugada na Grande João Pessoa


A polícia prendeu três homens armados na Grande João Pessoa na madrugada deste sábado (15). Na cidade de Bayeux foram presos dois homens, enquanto em João Pessoa, no bairro de Tambaú, mais um foi preso.
 
Polícia apreende arma na cidade de Bayeux, localizada na Grande João Pessoa (Foto: Divulgação/1º BPM)Suspeito tentou jogar a arma em um jardim de uma
casa (Foto: Divulgação/1º BPM)
Na cidade de Bayeux, localizada na Grande João Pessoa, policiais Militares da Força Tática do 1º Batalhão de Polícia Militar, pertencentes à 3ª Companhia prenderam na madrugada deste sábado (14) um homem que estava armado.

Os policiais estavam em rondas no bairro São Bento quando perceberam um homem em atitude suspeita. O homem tentou se desfazer da arma, jogando-a no jardim de uma casa, porém os policiais conseguiram prendê-lo.

Segundo o Tenente Coronel Jefferson Pereira,  comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, os policiais foram rápidos. “ O policial militar é homem treinado para identificar situações adversas, e num curto espaço de tempo tem que tomar decisões, o que tem trazido sucesso para nossas ocorrências”, destacou o comandante.

Mais um caso em Bayeux

Outra arma foi tirada das ruas da cidade de Bayeux na noite de sexta-feira (14), quando policiais militares do Rádio Patrulhamento conseguiram identificar e prender na Rua Carioca, no Centro, um homem de 24 anos, morador da cidade de Sapé, localizada a 55 Km de João Pessoa. Segundo os policiais ele fazia a segurança de uma boca de fumo que existe no local, mas foi surpreendido pelos policias e foi pego com uma arma e munições.

Ainda de acordo com os policiais, o suspeito não quis dizer o motivo pelo qual estava portando uma arma num local conhecido por ser ponto de comércio de drogas, e foi levado para a 5ª Delegacia Distrital, onde foi autuado em flagrante.

Prisão em João Pessoa
Polícia apreende drogas no bairro de Tambaú, em João Pessoa (Foto: Divulgação/1º BPM)33 pedras de crack também foram apreendidas
(Foto: Divulgação/1º BPM)
Mais um homem foi preso na madrugada deste sábado (15) portando arma de fogo e drogas no bairro de Tambaú, em João Pessoa em um local conhecido como “Feirinha de Tambaú”. Os policiais da Rádio Patrulha da 4ª Companhia de Polícia conseguiram prender um jovem de 18 anos. A polícia chegou ao homem após uma investigação. Com o suspeito os policiais encontraram uma arma de fogo, tipo revolver, calibre 38, municiado e ainda 33 pedras de substância semelhante a crack além de uma quantia em dinheiro.

O jovem foi conduzido a 10ª Delegacia Distrital para ser autuado em flagrante. O homem não soube dizer por qual motivo estava armado e com a droga,porém os policiais não descartam a possibilidade de tráfico, pelo fato de traficantes já terem sido presos no mesmo local.
 

Paraibanos se destacam e recebem financiamento de US$ 40 mil do Chile


Do G1 PB
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Erisvaldo Júnior é o diretor executivo e de tecnologia da empresa (Foto: Krystine Carneiro/G1)Erisvaldo Júnior é o diretor executivo e de tecnologia
da empresa (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Levar sua empresa que tem pouco mais de 4 meses para outro país e de quebra ainda ganhar apoio logístico e um financiamento de US$ 40 mil para levar o negócio a diante. É isso que o Start-Up Chile, programa de incubação de empresas recém criadas realizado pelo governo chileno, vai proporcionar ao diretor executivo e de tecnologia Erisvaldo Júnior, de 24 anos, e ao diretor de arte Marcus Vinícius, de 31 anos, ambos sócios da Yupi Studios.

A intenção do programa é promover a interação de novas empresas com o grande mercado e, com isso, transformar o Chile em um pólo de tecnologia. E Erisvaldo e Marcus têm muito a contribuir para esse avanço. No dia 16 de janeiro, os dois rapazes vão para o Chile para aplicar o trabalho da empresa de desenvolver softwares para smartphones, tablets e smart TVs durante seis meses.
 

Marcus Vinícius é responsável pela parte artística dos aplicativos (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Os US$ 40 mil já têm destino programado. Aproximadamente US$ 20 mil vão ser destinados a despesas fixas de aluguel e salários de funcionários. A outra metade da verba será aplicada para continuar os trabalhos no Brasil.

A pequena empresa tem 10 funcionários espalhados por cinco estados do país trabalhando em home-office, sendo dois game designers, quatro desenvolvedores de aplicativos, três desenvolvedores de jogos e um artista.

Com essa equipe, já foram desenvolvidos dois aplicativos, dois jogos e três soluções coorporativas. “Nós vamos escolher três carros chefes para levar ao Chile e apresentar a investidores, mas estamos com a mente aberta para outras inovações que surgirem”, explica Marcus Vinícius.
Marcus Vinícius é responsável pela parte artística
dos aplicativos (Foto: Krystine Carneiro/G1)
O MobDelivery já foi um dos escolhidos para ser levado ao Chile. Por enquanto, a solução coorporativa é um serviço móvel de entrega para restaurantes e lanchonetes, sem que seja necessário utilizar o telefone, mas a intenção é ampliá-lo. “A ideia é fazer um aplicativo que mostre os restaurantes conveniados na região em que você está localizado, em escala global”, diz Marcus.

A dupla de paraibanos contou que já fez dois jogos em flash para uma grande empresa, mas o negócio aconteceu com dois intermediários. A intenção agora é ganhar mais visibilidade e conseguir grandes clientes sem o intermédio de outras empresas.

A empresa de Erisvaldo e Marcus foi escolhida entre mais de 650 inscritas no programa. No total, 35% são norte-americanas. Entre as 154 selecionadas, a Yupi Studios está entre as cinco brasileiras e é a única representante da Paraíba. Através do Start-Up, o governo chileno pretende levar mil novas empresas ao país até 2014.
Empresa faz aplicativos para tablets, como jogos (Foto: Krystine Carneiro/G1)Empresa faz aplicativos para tablets, como jogos
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Marcus revelou que assim que a empresa foi registrada, a dupla recebeu uma proposta de R$ 40 mil para prestar serviços a outro grupo e ficar com apenas 50% dos lucros. Eles até pensaram em aceitar, mas desistiram. “A gente pensou que se tem essa proposta é porque a gente está no caminho certo. E a resposta veio agora”, disse Marcus.

Desafio
Para quem pensava que a maior dificuldade em enfrentar o programa seria encarar os grandes investidores, os dois rapazes explicam que estão prontos para os desafios e apenas curiosos em saber como as coisas funcionam por lá. Para eles, o único problema pode ser o idioma. “A gente consegue entender inglês, mas o nosso sotaque nordestino e a pronúncia podem atrapalhar”, admitiu Erisvaldo.

Esse problema, no entanto, já está sendo resolvido. Os jovens empreendedores estão usando um site gratuito que testa sua pronuncia de inglês de acordo com o perfil do cliente. “É bem interessante porque ele analisa palavra por palavra”, frisou Marcus. Já o espanhol do dia-a-dia, eles admitiram que ainda não conseguem falar.

Suspeito de assalto a joalheria em shopping foge de hospital no Rio


Um dos suspeitos presos após o assalto a uma joalheria em um shopping na Zona Norte do Rio fugiu na madrugada deste sábado (15) do Hospital Souza Aguiar, onde estava internado desde sua prisão. O crime aconteceu na tarde de terça-feira (11).

Após o assalto, criminosos trocaram tiros com seguranças do shopping e com policiais militares. Um idoso que passava pelo local foi atingido e morreu. Dois suspeitos foram presos, um deles ferido.
De acordo com a Polícia Militar, um policial estava fazendo a escolta do preso no hospital, mas no momento em que ele saiu para tomar café, o suspeito aproveitou para fugir. O PM responsável pela guarda do preso prestou depoimento e foi encaminhado para o 3º BPM (Méier), onde ficará preso administrativamente por 72 horas.

A Secretaria municipal de Saúde informou que na manhã deste sábado quando o enfermeiro foi checar o paciente, ele não estava mais no quarto. A secretaria ressaltou que só é responsável pela parte de assistência médica.

Assalto
De acordo com o delegado Celso Castello, da Delegacia de Homicídios (DH), dois homens entraram no shopping e anunciaram o assalto à joalheria. Havia pelo menos duas clientes na loja no momento do assalto. Castello disse que as funcionárias da loja conseguiram alertar seguranças, após o roubo. Eles fecharam o portão do estacionamento, impedindo a saída dos assaltantes no carro de Jefferson.
"Para evitar os seguraças, pelo menos dois homens fazem disparos a esmo no estacionamento. Um deles atira na direção da vítima. Eles tentaram parar um táxi, dispararam contra o carro, mas o motorista conseguiu fugir. Então, eles abordaram um segundo táxi, no qual dois dos assaltantes entraram depois de expulsar o motorista e passageiro. Mas ficaram engarrafados na Rua Ibiraci e foram alcançados pela patrulha da PM. Houve intenso tiroteio. Dois homens foram presos e dois conseguiram fugir.", contou o delegado.
Segundo ele, através de imagens e do Disque Denúncia, ele espera conseguir identifcar os dois foragidos e prendê-los em breve. O homem que aparece atirando na direção da vítima e no assalto na joalheria usa bigode e tem um defeito no rosto. Segundo informações de uma balconista da loja à polícia, foram roubados o equivalente a R$ 60 mil em joias. A polícia recuperou com os dois presos quatro cordões avaliados em cerca de R$ 11 mil.
Os quatro vão responder por latrocínio consumado, pelo roubo à joalheria e pela morte da vítima. Dois suspeitos serão indiciados também por latrocínio tentado - por tentarem disparar contra os seguranças do shopping e um motorista de táxi.

Escola do ABC ensina lendas urbanas em sala de aula


Há quatro anos que lendas urbanas, como a da “Loira do Banheiro”, fazem parte das aulas de português nas escolas municipais de São Bernardo do Campo, no ABC. O projeto de contar histórias de assombração foi criado para alunos do 4º ano. O apoio dos pais não foi unânime.
“O trabalho da professora está em cima de contos de assombração, que é baseado em livros de escritores premiados, renomeados e que a partir dessa leitura ela abre espaço para a criança trazer o conhecimento que tem”, explicou Shirlei de Souza, coordenadora pedagógica da escola.
“É divertido, só que quando as pessoas são pequenas dá um pouco de medo”, diz Thaís, de 9 anos. Larissa, de 10 anos, aprovou. “É legal. Tem algumas (histórias) que dão medo, mas depois são divertidas.”
Preocupação
No início, Robson Tadeu Costa, pai de uma aluna, ficou preocupado, mas foi só até entender a proposta da escola. “Eu acho legal isso de a escola passar a informação correta, da maneira correta para a criança poder entender que aquilo é só uma história, só uma lenda, que ela não precisa ter medo.”
Mesmo assim, nem todos os pais acham o conteúdo positivo. Kátia Kavazuro, mãe da Vitória, contou que ficou chocada quando a filha leu alguns trechos escritos no caderno. “Eu acho que a literatura brasileira tem muita riqueza para ser explorada, para ser dada em conteúdo escolar que não é aproveitado, infelizmente.” Com medo, a menina agora dorme de luz acesa e passa pelo corredor de casa correndo.
Para o professor Édson Fasano, de uma universidade de São Bernardo do Campo, é fundamental que as crianças aprendam sobre lendas urbanas em sala de aula. No entanto, ele ressaltou a importância de os pais compreenderem o sentido dessa iniciativa.
“Mesmo que nós estejamos concordando que o trabalho com as lendas urbanas são fundamentais, também é fundamental que as mães estejam tentando compreender qual é o sentido dessa atividade, porque é isso que nos permite a construção de uma educação com qualidade social, que eu acho que é o desejo de todos”, afirmou Fasano.

Vendas porta a porta ganham espaço no mercado de livros no país


Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo
Vendedoras apresentam livros à moradora na Zona Sul de São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Vendedoras apresentam livros à família na Zona Sul de São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
“Ô de casa. Tem um minuto? É sobre escola, educação e cultura”, repete a vendedora Laís Alves de Souza, que se apresenta como agente de leitura, a cada residência abordada no Jardim Vaz de Lima, na periferia da Zona Sul de São Paulo. Por mais antiquada que possa parecer – diante da tendência de megalivrarias e sites com milhões de títulos – a venda de livros porta a porta e por catálogos disparou nos últimos anos e tem ajudado a alavancar o crescimento do mercado editorial brasileiro.
Dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Associação Brasileira de Difusão de Livros (ABDL) mostram uma alta de 40,9% nas vendas de exemplares pelo canal porta a porta em 2010 em relação ao ano anterior. No mesmo período, a venda total de livros no país cresceu 8,3%. Atualmente, 1 de cada 5 exemplares é vendido pelo canal porta a porta. Há 5 anos, essa relação era de 1 para cada 20.
De 2006 a 2010, a participação do segmento no total de vendas aumentou de 5,43% para 21,66%, segundo pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Atualmente, somente as livrarias e as distribuidoras estão na frente do porta a porta como canal de venda, com participação de 40,51% e 22,55%, respectivamente. A ABDL estima que as vendas pela internet respodem por cerca de 6% do mercado.
Arte venda livros (Foto: Editoria de Arte/G1)
“O porta a porta está atuando como motor de crescimento do mercado editorial no país”, afirma Diego Drumond e Lima, presidente da ABDL e diretor-geral da Editora Escala. Segundo ele, o segmento reúne cerca de 80 editoras e 30 mil vendedores exclusivos de livros. “Temos mais de 5.500 municípios no país e apenas 2.300 livrarias. Então, o porta a porta, com a sua capilaridade, ajuda a suprir essa lacuna", diz.
Mesmo em capitais como São Paulo, a oferta porta a porta segue firme e forte. Com a maior participação da mulher no mercado de trabalho, tem aumentado o número de campainhas que precisam ser tocadas para um vendedor conseguir apresentar sua oferta. Mas levam poucos minutos para encontrar um morador receptivo ao material e que vai logo convidando os revendedores para entrarem dentro de suas casas, conforme presenciou a reportagem do G1.
“Para ser sincera, não gosto muito de ler não, mas tenho que incentivar meus filhos e também estou pensando em voltar a estudar”, afirma a atendente de padaria Maria Telma da Silva Lima, de 32 anos, que parcelou em seis vezes um kit de apoio ao estudo no ensino fundamental e médio.
A Espaço Editorial, especializada na venda direta de livros educativos, atua na região metropolitana de São Paulo com 30 vendedores que selecionam diariamente uma área de algum bairro de periferia. O foco são famílias com filhos que estudam na rede pública. Cada equipe é acompanhada por uma van carregada de livros e munida de uma máquina de cartão de crédito para garantir o pagamento e a entrega do material assim que a compra for efetivada.
'Agente de leitura'  apresenta oferta dentro da casa de moradora em SP (Foto: Darlan Alvarenga/G1)'Agentes de leitura' apresentam oferta no sofá de
casa na periferia de SP (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
"Hoje em dia está até mais fácil vender livro. A verdade é que tem sempre alguém esperando que alguém bata na sua porta, pois se trata de uma necessidade de primeira linha”, diz o editor Valter Alves Borge. Segundo ele, o número de exemplares vendidos pela sua pequena empresa praticamente dobrou nos últimos dois anos.
Segundo a ABDL, o faturamento total do setor alcançou R$ 1,2 bilhão em 2010. Em 2008, foram R$ 681 milhões. “Acreditamos que em 2011 a participação do porta a porta irá chegar a 25%, o que fará da venda direta o segundo maior canal de vendas”, diz Lima.
Da mesma forma que nos demais canais de venda, os livros que lideram as vendas são os relacionados à material didático e à temas religiosos e de autoajuda. Mas o mercado procura se adaptar a cada novidade na área educacional. Hoje são oferecidos, além das obras de referência e suporte para pesquisa, coletâneas sobre a reforma ortográfica, guias de preparação para Enem e concursos, cursos de idiomas e de programas de computador. As ofertas geralmente são demonstradas na forma de kits e coleções, e costumam incluir brindes como DVDs, CDs, dicionários, videoaulas, entre outros atrativos.
O tradicional mercado de enciclopédias também segue em alta. A Editora Barsa Planeta, líder nesse mercado com 2 mil revendedores, informa ter vendido 70 mil coleções em 2010 ante 55 mil em 2009. E os preços estão longe de ser considerados populares: uma coleção custa em média R$ 2.500.
Brasileiro lê em média 4 livros por ano
Para Karine Pansa, presidente CBL, o potencial de crescimento do segmento ainda é enorme. “Há partes do país que ainda não foram atingidas e o brasileiro ainda lê pouco, principalmente se comparado aos Estados Unidos e Europa. Aqui a média é de 4,3 livros por ano por habitante, ao passo que lá fora esse número chega a 8", afirma.
Ela destaca que o preço médio do livro caiu mais de 4% em 2010 e que a tendência é que o crescimento do mercado ajude a manter essa trajetória. "Com o aumento da classe C e do crescimento educacional têm surgido um número cada vez maior de novos consumidores de livro, um público que até então não lia, que não poupa esforços para investir na formação dos filhos e que começa a enxergar a literatura como possibilidade", acrescenta.
Embora a abordagem porta a porta ainda responda pela maior parte das vendas, o mercado de venda direta passou a adotar novas estratégias, com vendedores que atuam apenas em portas de instituições de ensino ou escritórios e que não vendem apenas livros.
De olho no crescimento do mercado editorial, empresas especializadas em vendas diretas e com enorme presença no país têm ampliado o número de títulos nos tradicionais catálogos oferecidos pelos milhares de revendedores espalhados pelo país.
PRODUÇÃO DE LIVROS POR ÁREA TEMÁTICA
Primeira edição e reedição em 2010
Educação Básica (Didáticos)45,72%
Religião10,30%
Literatura Juvenil8,89%
Literatura Adulta8,05%
Literatura Infantil5,38%
Auto-ajuda2,87%
Direito1,59%
Dicionários e Atlas Escolares1,25%
Línguas e Linguística1,25%
Economia, Administração e Negócios0,83%
Fonte: CBL, SNEL e Fipe
Best-sellers em versões econômicas
A Jequiti, especializada na venda direta de cosméticos, começou a comercializar livros em fevereiro desde ano e já oferece mais de 40 títulos, em sua maioria no segmento de autoajuda e religião. “Os resultados foram bem expressivos, fazendo com que a cada ciclo a gente aumente a quantidade de títulos, com preços competitivos aos que encontramos nas livrarias”, diz Lásaro do Carmo Jr., presidente da empresa do Grupo Silvio Santos.
A Hermes, que possui 600 mil consultoras e atua na oferta de catálogos de variedades, começou a testar a venda de livros há quatro anos. Segundo o diretor de vendas Silvio Zveibil, o negócio deslanchou em 2010, com vendas de 10 milhões de exemplares e receita de R$ 140 milhões - um crescimento de 55% em relação ao ano anterior. Hoje, das 148 páginas do catálogo, 20 são destinadas a livros e revistas.

“Percebemos a oportunidade quando começamos a vender CDs. Começamos com livros infantis e guias para o público feminino. Hoje temos livro de pastor, livro de emagrecimento, livro para crianças", afirma o diretor da Hermes.. "Queremos oferecer tudo aquilo que o público estiver buscando nos rincões onde conseguimos chegar”, acrescenta.
A Avon, líder de mercado com um exército de 1,1 milhão de revendedoras, está no segmento há 18 anos, mas com o aquecimento da economia brasileira passou a ampliar as opções do catálogo, incluindo obras para o público infantil e títulos das listas de mais vendidos das livrarias, através de parcerias com mais de 20 editoras. Hoje, são oferecidos  cerca de 80 títulos, o equivalente a pelo menos 20% das ofertas do catálogo de moda e casa.
Espaço Editorial (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Espaço Editorial atua nas ruas de SP com a opção
de pagamento em cartão (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
"A estratégia é oferecer variedade e preços mais competitivos. Os volumes das nossas encomendas com as editoras permitem oferecer preços de 20% a 50% mais baixos", afirma Adriana Picazio, gerente da Avon no Brasil. A companhia não revela números de vendas, mas diz que já chegou a responder por metade das vendas anuais de best-sellers como o primeiro livro da série "Crepúsculo", em 2010, e de "O Código da Inteligência", do escritor Augusto Cury, no acumulado do ano.
"Com o livro Ágape, do padre Marcelo Rossi, vendemos em 4 meses o que as livrarias venderam em 14 meses", afirma Adriana.

Jorge Oakim, editor da Intrínseca, parceira da Avon desde 2008, explica que as encomendas para esse segmento costumam ser de edições mais enxutas, de menor custo, e que, na maioria dos casos, envolvem títulos que já estão na lista de mais vendidos. “Não chega a ser um pocket book, mas são livros mais econômicos, como capa e diagramação mais simples e mais barata”, diz.
A revendedora da Avon, Márcia Carvalheira, acredita que o preço seja o principal diferencial da venda de best-sellers por catálogo. "Vender um título conhecido é muito mais fácil e livro é um produto que cai muito bem na venda direta, onde você conhece o cliente e sabe muito bem o que oferecer. Tenho cliente que compra todo mês", conta a a vendedora. Segundo ela, os livros já representam 20% das suas vendas.  "Há dois anos, não chegava a 5%", diz.

A ABDL estima que as empresas especializadas em vendas por catálogo tenham distribuído cerca de 10 milhões dos 56 milhões de exemplares vendidos no segmento porta a porta em 2010. “Todas as empresas estão descobrindo que livro é produto em alta, com carência no mercado, livre de certos impostos e com boa margem de lucro”, afirma Lima.

Segundo o presidente da ABDL, nem mesmo o avanço da internet chega a representar uma ameaça ao mercado editorial. "O segundo mercado que mais cresce no país é o juvenil. Portanto, hoje, a criança que está sendo educada no computador está lendo muito mais livro no papel do que a criança de anos atrás", complementa.
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