quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cavalo é resgatado após cair em poço de 6 metros nos EUA


Um cavalo foi resgatado na quarta-feira (19) em Houston, no estado do Texas (EUA), depois de cair em um poço de cerca de seis metros de profundidade. O animal foi retirado com segurança pelos bombeiros.
Cavalo foi resgatado na quarta-feira depois de cair em poço. (Foto: Houston SPCA/AP)Cavalo foi resgatado na quarta-feira depois de cair em poço. (Foto: Houston SPCA/AP)

Polegar deve chegar ao Rio na noite desta quinta-feira, diz Polícia Federal


O traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, deve chegar ao Rio na noite desta quinta-feira (20), segundo informou a Polícia Federal nesta manhã. Polegar foi preso na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, quando tentou comprar um carro de luxo usando documentos falsos, com o nome de José Targino da Silva Júnior.
De acordo com a Polícia Federal, o traficante deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Os agentes que irão acompanharPolegar durante a transferência do preso já foram para a cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para onde ele será levado antes de vir para o Rio.
Logo após a prisão do traficante, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, informou que, tão logo Polegar chegue em solo fluminense, vai pedir que ele seja transferido imediatamente para um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro. Segundo informações da Secretaria, o pedido já está pronto para ser encaminhado ao Tribunal de Justiça.
A Secretaria informou ainda que apoiou a ação da Polícia Federal que resultou na prisão do traficante. Nos últimos meses, Beltrame vinha mantendo contatos com a cúpula da PF e trocando informações sobre a movimentação de suspeitos em território paraguaio.
Traficante Polegar é abordado pelos policiais (Foto: Divulgação/Secretaría Nacional Antidrogas Dirección de Comunicación Social)Traficante Polegar é abordado pelos policiais
no Paraguai(Foto: Divulgação/Secretaría Nacional
Antidrogas Dirección de Comunicación Social)
De acordo com nota da Secretaria, a PF solicitou ajuda para verificar os antecedentes de José Targino e constatou a existência de um mandado de prisão. Ele então foi preso por portar documentos falsos e, em seguida, sua verdadeira identidade foi confirmada.
Na nota a Secretaria diz que Beltrame, inclusive, conversou com o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, e com o superintendente regional da PF no Rio, Valmir Lemos de Oliveira, quando fez questão de parabenizá-los pela prisão. Eles também acertaram os procedimentos para repatriar Polegar.
UPP na Mangueira
Traficante Polegar é preso no Paraguai (Foto: Divulgação/Secretaría Nacional Antidrogas Dirección de Comunicación Social)Traficante Polegar será entregue à PF no Brasil
(Foto: Divulgação/Secretaría Nacional Antidrogas
Dirección de Comunicación Social)
Em junho, policiais fizeram uma megaoperação na Mangueira para a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora da cidade. A UPP ainda não foi inaugurada, mas vai beneficiar 315 mil pessoas  diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente. A data da inauguração ainda não foi informada.
Polegar é considerado um dos quatro mais importantes chefes do tráfico do Rio que estava foragido. O acusado estava no Conjunto de Favelas do Alemão durante operação de retomada do morro, em dezembro de 2010, mas fugiu.
Condenado a 22 anos por tráfico e associação para o tráfico, Polegar obteve o benefício para o regime aberto após cumprir um sexto da pena na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte da cidade. Ele deixou o presídio no dia 14 de setembro de 2009 pela porta da frente e não voltou mais.
Dois carros luxuosos foram apreendidos com Polegar (Foto: Divulgação/ Secretaría Nacional Antidrogas Dirección de Comunicación Social)Dois carros luxuosos foram apreendidos com
Polegar (Foto: Divulgação/ Secretaría Nacional
Antidrogas Dirección de Comunicación Social)
Recompensa
O Disque-Denúncia oferecia R$ 2 mil derecompensa por informações que ajudassem a prender Polegar. Segundo o Disque-Denúncia, Polegar comandou, em 2001, um ataque à Polinter que resultou na fuga de 14 presos.
Ainda de acordo com o Disque-Denúncia, após a fuga da prisão, ele se refugiou no Alemão, onde recebeu vários pontos de drogas para comandar. Polegar foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

A denúncia relata a forma com que Polegar agiu, a partir de 2003, para ocultar da Justiça o lucro obtido por ele como chefe do tráfico no Morro da Mangueira. O Disque-Denúncia informa que Polegar foi condenado à prisão por quatro varas criminais por crimes cometidos entre 1994 e 2002.
A Justiça decretou a indisponibilidade de cinco imóveis do traficante, inclusive o tríplex na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Corretores da região avaliaram o imóvel, que tem três suítes decoradas e salão, em cerca de R$ 400 mil. Os outros imóveis do traficante foram localizados no Leblon, na Zona Sul do Rio, na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá, na Zona Oeste, e em Niterói, na Região Metropolitana da cidade.

Ao menos 15 estão envolvidos em desvios no Esporte, diz policial


O policial militar João Dias Ferreira, que acusa o ministro do Esporte, Orlando Silva, de comandar um esquema de corrupção na pasta, afirmou que "entre 15 e 20 pessoas estão envolvidas" em desvios de recursos públicos da pasta repassados a ONGs.
Ele diz que apresentou os nomes aos delegados da Polícia Federal durante seu depoimento nesta quarta-feira (19), que durou mais de sete horas e meia na Superintendência da corporação no Distrito Federal.
Ao sair, por volta das 22h50 desta noite, ele não apresentou em público as supostas provas. "Eu não posso detalhar o que nós trouxemos de novidade hoje, sob pena da lei. Mas continuo confirmando tudo que eu disse até agora sobre o sistema operacionado [sic] pelo PC do B".
Em depoimento no Senado nesta quarta, Orlando Silva repetiu que "não houve, não há e nem haverá" provas de seu suposto envolvimento (leia abaixo).
 
O policial João Dias Ferreira, após depoimento na PF sobre acusações ao ministro do Esporte, Orlando Silva (Foto: Felipe Neri/G1)O policial João Dias Ferreira, após depoimento
na PF sobre acusações ao ministro do Esporte,
Orlando Silva (Foto: Felipe Neri/G1)
João Dias diz que os supostos envolvidos são integrantes do primeiro e segundo escalões do Ministério do Esporte, além de membros de ONGs. Todos, segundo ele, deverão ser convidados para prestar esclarecimentos na próxima semana. A PF não se manifestou.

Ainda de acordo com Dias, foram apresentadas à PF trechos de gravações de áudio que mostram a participação de quatro pessoas da alta cúpula, cujos nomes também não revelou. Na próxima segunda-feira (24), João Dias disse que irá apresentar à PF o conteúdo completo da gravação.
O policial disse que a peça será o "nocaute final" no ministro. "Eu afirmo e reafirmo: existe um esquema de corrupção dentro do ministério", enfatizou.
João Dias disse que pediu proteção especial da Polícia Federal, oferecida na terça (18) pelo Ministério da Justiça a pedido do PSDB.
Denúncias
João Dias Ferreira é o pivô das denúnciascontra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.

O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
DefesaEm audiência no Senado nesta quarta, Orlando Silva reiterou que "não houve, não há e não haverá provas" de seu suposto envolvimento. "Desafio que sejam apresentadas provas", disse. Afirmou ainda que a denúncias sobre recebimento de propina é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério. "O que se pretende é tirar um ministro de Estado, do governo, no grito", declarou.

Orlando negou a existência do esquema e disse que, nos casos em que foram detectados irregularidades, o ministério solicitou a devolução da verba. Ele afirmou ainda que o programa Segundo Tempo possui regras, critérios técnicos, acompanhamento e fiscalização de contas.
O ministro também falou sobre o processo na Justiça Federal contra João Dias, acusado de desvios de recursos do Ministério do Esporte repassados por meio do programa Segundo Tempo a duas ONGs pelas quais ele é responsável.
"Vamos exigir a devolução de cada centavo que esse delinquente desviou", disse o ministro ao se referir ao policial. Silva voltou a dizer que se encontrou com João Dias "somente uma vez a pedido de Agnelo Queiroz [governador do Distrito Federal]". Ele disse considerar o governador "uma pessoa honrada".

Gianecchini faz sessão de quimioterapia em hospital de SP


Do G1 SP
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Reynaldo Gianecchini acompanha enterro do pai (Foto: Alfredo Risk/Futura Press )Reynaldo Gianecchini acompanha enterro do pai
na segunda (Foto: Alfredo Risk/Futura Press )
O ator Reynaldo Gianecchini estava no Hospital Sírio-Libanês, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (20), para mais uma sessão de quimioterapia como parte do tratamento contra um câncer no sistema linfático. Até as 10h30, a assessoria de imprensa da instituição não sabia informar se o ator vai permanecer internado na unidade.
Gianecchini foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin de células T - tipo mais raro da doença que afeta o sistema de defesa do organismo.
Nesta segunda-feira (17), Reynaldo Cisoto Gianecchini, pai do ator, morreu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ele também fazia tratamento contra um câncer e estava internado no Hospital São Lucas. Reynaldo Cisoto Gianecchini tinha 72 anos e era professor.

Moradores de Itaquera esperam que estádio transforme região carente


Carolina IskandarianDo G1 SP
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Itaquera (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)Arnaldo Ferreira (de boné) vai todas as manhãs ao canteiro de obras acompanhar a construção do estádio (Foto: Carolina Iskandarian/G1)
Pelos próximos três anos, o mundo vai voltar seus olhos para Itaquera, bairro na periferia da Zona Leste de São Paulo. É na boca do Metrô e do trem e à margem da Radial Leste, um dos principais acessos viários para o Centro, onde será erguido o estádio do Corinthians, que deve ser anunciado nesta quinta-feira (20) pela Fifa como palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Os moradores estão ansiosos para a inauguração do estádio e esperam que ele traga o progresso que, dizem, parou no caminho há décadas. O anúncio acontece a partir das 13h30 da quinta na Suíça.
Por quatro sub-regiões, somando uma área de 55 m², – Cidade Líder, Itaquera, José Bonifácio e Parque do Carmo –, vivem cerca de 524 mil  pessoas. Itaquera ainda é conhecido como bairro-dormitório. Quem mora ali reclama da falta de emprego, escolas, universidades, hospitais e áreas de lazer. O movimento pendular é bastante característico: trânsito pesado nas manhãs e no fim do dia, na volta para casa. Ônibus, trens e metrô chegam e saem lotados nos horários de pico.
“Itaquera é um bairro-dormitório. Temos 4 milhões de pessoas só na Zona Leste e 500 mil aqui. As pessoas têm que sair para estudar, trabalhar. A gente tem a expectativa que, com o estádio, venham os benefícios”, afirma o consultor em informática Francisco Carlos da Silva, de 40 anos, nascido e criado em Itaquera. Para 2014, ele aponta o que precisa mudar. “Tem que ter mais transporte, fazer mais vias, avenidas. O acesso ao campo tem que ser livre.”
Acostumado a brigar por melhorias na região – ele criou uma associação que oferece esporte e aula de informática para a comunidade, - Silva vê o estádio com ressalvas. “A gente não pode jogar nas costas do Corinthians a defasagem da Zona Leste. Estamos com 20 anos de atraso em matéria de transporte, educação, esporte e saúde. Nunca tive acesso a ginásios poliesportivos por aqui.” Por isso, Silva, que também é corredor e treina alguns atletas, pintou na própria rua da associação uma pista de atletismo com 200 metros e cinco raias. “Meu sonho é que todas as especulações positivas aconteçam.”
Fiéis observadores
Enquanto elas não vêm, os torcedores do Corinthians – há grande concentração deles na Zona Leste – acompanham a construção do estádio de perto. Todos os dias, há quem pare por alguns instantes para ver o movimento de tratores e operários no canteiro de obras. “Moro aqui do lado e todas as manhãs venho para cá. Antes, eu costumava empinar pipa e jogar bola nesse terreno”, conta o corintiano e ambulante Arnaldo Veras Ferreira, de 33 anos, na beira da Radial Leste.
A poucos metros dali, as composições do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) cortam o bairro em um entra-e-sai constante. Por dia, de acordo com o Metrô, embarcam na Estação Corinthians-Itaquera (Linha 3- Vermelha) 101 mil pessoas. Nos trens da CPTM (Linha11 – Coral), são 26 mil passageiros passando pelas catracas desde as primeiras horas do dia. No mesmo complexo, onde há as duas estações, existe um terminal de ônibus, que se torna mais uma opção de transporte para chegar à região.
Raízes
Itaquera (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)Ignês, Suely e Claudio foram criados desde bebê
em Itaquera (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
Segundo a Subprefeitura de Itaquera, o bairro conta com apenas nove salas de cinema, oito delas dentro do Shopping Metrô Itaquera, e uma na própria subprefeitura, que exibe filmes gratuitamente para a comunidade. Para os 524 mil moradores, são apenas três bibliotecas públicas. As principais áreas verdes para o lazer ficam por conta do Parque do Carmo, do Parque Raul Seixas e do Sesc Itaquera.
Os moradores dizem que é pouco, mas quem nasceu em Itaquera, nos tempos em que o ar puro ajudava no tratamento de tuberculosos, não quer sair dali. “A gente cria raízes”, diz a aposentada Ignês Mastrocola Gomes, de 75 anos. Assim como ela, o pai nasceu no bairro, onde ficou até os últimos dias. Segundo a família, Nicolino Mastrocola, em 1907, foi a primeira criança nascida registrada em Itaquera. Como homenagem, ganhou nome de rua.
“Nasci na Mooca (também na Zona Leste), mas com três anos vim para cá. Todos os rios eram bons de nadar, a água era limpinha. Fruta? Eu nem precisava comprar. Pegava laranja e goiaba na beira da estrada”, conta Claudio Gomes, de 86 anos, marido de Ignês. Ele lembra que, nas décadas de 1930 e 1940, o trajeto para o Centro era feito em uma Maria Fumaça. Onde hoje está o trem e o terreno do estádio, conta, havia uma grande plantação de eucaliptos.
“Itaquera mora no coração da gente”, diz Suely Aparecida Gomes Colalto, de 53 anos, filha de Ignês e Claudio. Itaquerense de berço, casou e educou seus dois filhos no bairro. “Acho que a saúde aqui deixa a desejar”, diz a professora, que não deixa de ser otimista. “Quanto mais gente vier para cá, mais melhorias teremos. Com isso tudo, podem criar mais empregos. Tem muitas pessoas vindo para Itaquera por causa do estádio.”
Empregos de herança
Itaquera (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)Khemal Batista, 76, nasceu em Itaquera e mostra
trem Maria Fumaça, da década de 1940, que
passava na região (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
Para a arquiteta e urbanista Maria Lúcia Refinetti Martins, professora da Universidade de São Paulo (USP), o principal legado do estádio deve ser a criação de postos de trabalho permanentes na Zona Leste, principalmente em Itaquera. “O estádio pode tornar a área mais conhecida, mas isso não implica desenvolvimento e melhor qualidade de vida. O importante é gerar emprego.”
Segundo ela, se isso ocorrer, Itaquera pode até se tornar um polo atrativo para as pessoas que moram em bairros ainda mais afastados da Zona Leste e precisam todos os dias se deslocar para as regiões centrais da capital. "A região pode se tornar um ponto para reduzir a necessidade de locomoção para o Centro. Não é o estádio que vai puxar (esse crescimento sozinho)."
Maria Lúcia defende que o estádio seja utilizado sempre, mesmo depois da Copa. “Poderia ser uma área de lazer e de formação, usando o espaço para criar cursos.” Ela também diz não achar ruim o estádio receber shows, mas que sejam “dentro de uma perspectiva acessível e não muito caros”. Que show que nada. O paulistano Khemal Attalla Batista, 76, não vê a hora de ouvir os gritos da torcida quando o estádio estiver pronto.
Ele nasceu em Itaquera, “nunca saiu” do bairro e se emociona quando lembra o passado. “Aqui era um grande sítio. Na Avenida Itaquera passava boiada, a gente caçava passarinho. Quando brincávamos de esconde-esconde, eu me escondia nas valetas que a água da chuva abria na rua. Não tinha asfalto. O progresso veio bem devagarzinho.”
Agora, o progresso, para ele, é o estádio de pé. “Desde que me sinto corintiano, com uns 10 anos, sempre esperei o Corinthians ter um campo. Agora, no fim da vida, tomara Deus que possa ver a inauguração”, afirma Khemal.
Itaquera (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)Moradores de Itaquera dizem esperar melhorias com a construção do estádio (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
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