segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ex-funcionário é suspeito de planejar sequestro de empresária na Paraíba

A Polícia Militar deteve na noite de domingo (6) cinco suspeitos de envolvimento no sequestro de uma empresária no sábado (5) em João Pessoa. Entre eles está um ex-funcionário da mulher, que a Polícia Civil acredita ser o mentor do crime. Dois adolescentes também são suspeitos de participar da abordagem.

A empresária foi sequestrada quando saía do trabalho no sábado na Avenida Beira Rio, no bairro da Torre. Ela foi abordada por três homens que a obrigaram a seguir no próprio carro até o prédio onde mora. Lá o grupo fez a família dela como refém e roubou objetos de valor do apartamento. Os homens fugiram levando o veículo e o porteiro como refém.

“Queria parabenizar os policiais que conseguiram prender os envolvidos rapidamente”, disse o delegado Ademir Fernandes. Sobre a participação do ex-funcionário da empresária no crime, ele afirmou ter certeza de que o homem planejou tudo. “Eu não tenho dúvidas que ele é o cabeça, o mentor”, completou.

Segundo a polícia, o porteiro do prédio que foi levado como refém foi deixado próximo ao Estádio Almeidão, no bairro do Cristo Redentor, no sábado. Já o carro foi encontrado na cidade de Bayeux, na região metropolitana.

Homem nu invade palco durante premiação na Irlanda do Norte


Um homem nu invadiu o palco durante a premiação europeia do canal MTV (EMA), que foi realizada no domingo (6) em Belfast, Irlanda do Norte. A atriz Hayden Panettiere estava prestes a apresentar o prêmio de melhor música quando o homem misterioso apareceu nu no palco.
Homem nu invadiu o palco durante a premiação europeia do canal MTV. (Foto: Leon Neal/AFP)Homem nu invadiu o palco durante a premiação europeia do canal MTV. (Foto: Leon Neal/AFP)
Homem invadiu palco durante a apresentação do prêmio de melhor música. (Foto: Leon Neal/AFP)Homem invadiu palco durante a apresentação do prêmio de melhor música. (Foto: Leon Neal/AFP)

Casal é preso após roubar carro de policial para encontro sexual nos EUA


Um casal foi preso na última quinta-feira em Lake Worth, no estado da Flórida (EUA), após roubar o carro do chefe de polícia do condado de Palm Beach para um encontro sexual, segundo reportagem do jornal "Palm Beach Post".
Alexander Pratt e Clara Pearson roubaram carro para encontro sexual. (Foto: Divulgação)Alexander Pratt e Clara Pearson roubaram carro para encontro sexual. (Foto: Divulgação)
Alexander Pratt, de 59 anos, afirmou à polícia que roubou o veículo para poder se encontrar com Clara Pearson, de 53. O casal entrou no carro depois que o policial estacionou seu Honda Civic, mas deixou o veículo destrancado.
Pratt e Clara acabaram presos após a polícia realizar uma blitz entre as rodovias Lantana e Interestadual 95.
Ao ser interrogado, Pratt disse que não se arrependia de roubar o carro, pois queria "manter relações íntimas com Clara".

Recém-nascido é abandonado em porta de casa no interior de SP


Um recém-nascido foi abandonado na porta de uma casa em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, neste domingo (6). A criança ainda estava com o cordão umbilical, enrolada em uma toalha.
A dona de casa Márica Carvalho levou um susto ao abrir a porta de casa e encontrar o bebê na calçada de uma avenida movimentada da cidade. “Atendi o interfone e ninguém respondeu. Quando abri o portão, vi um bebê no chão”, contou.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e levou a criança até o Hospital de Base da cidade. Segundo os médicos, o bebê estava com a temperatura do corpo baixa, e por isso foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.
A mãe da criança ainda não foi encontrada. O bebê continuava internado na manhã desta segunda-feira (7), mas está fora de perigo.

Sargento da PM é preso suspeito de coordenar rinhas de canários na PB


Um sargento da Polícia Militar foi preso no domingo (6) à noite suspeito de coordenar rinhas de canários na cidade de Juazeirinho, na região da Borborema paraibana. Além do sargento, outras duas pessoas foram presas por envolvimento no crime ambiental. A operação foi realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
Todo o material utilizado na caça das aves e 25 animais que seriam utilizados nos confrontos foram apreendidos. Conforme a PRF, a pena prevista para quem pratica este crime é de seis meses a um ano de detenção. 

Policial que bateu carro em avião para evitar contrabando diz estar orgulhoso

O policial federal que, na terça-feira (1º), tomou a decisão de bater o carro em um avião carregado de produtos contrabandeados para evitar a decolagem diz que se sente "muito orgulhoso em poder ter ajudado".  A imagem rodou o mundo: foi vista na Rússia, Estados Unidos, China.

A ação cinematográfica aconteceu em Pontal, região de Ribeirão Preto, SP. O avião estava pronto para fugir. No carro da Polícia Federal, estavam três agentes. Um deles dirigia o veículo. “Quando eles perceberam a nossa chegada, deram ordem para a aeronave arremeter. Tocamos na ponta da asa, para ela perder o equilíbrio e parar”, lembrou o policial.
Os três policiais falaram pela primeira vez com uma equipe de reportagem depois da interceptação da aeronave e voltaram com o Fantástico ao local da operação. Questionado sobre como não perdeu o foco na hora, ele responde: "Até eu fiquei impressionado".
O Fantástico teve acesso com exclusividade a novos trechos do vídeo da Polícia Federal, que mostram o início da operação. Os agentes conversam com outra equipe que está por perto, também de vigilância, até que chega a notícia de que o avião pretende decolar.
Os policiais investigavam a quadrilha havia um mês e já sabiam o dia do pouso da aeronave e a região onde aconteceria. Da estrada, eles avistam uma movimentação no meio do canavial. Duas caminhonetes tentavam impedir a passagem. Nos veículos, estão os criminosos que iriam pegar o contrabando.
“Nós demos prioridade em pegar a aeronave que estava com o produto do crime”, afirmou o policial. Ao se aproximar do avião em movimento, um agente federal se prepara para atirar, mas o colega que dirige o carro a quase 120km/h toma uma decisão. “Vou bater na asa, vou bater na asa. Não atira, não”, diz.
No avião estava só o piloto, que foi preso. “Quando eu conversei com ele, ele disse que nunca imaginava que a gente ia proceder dessa forma. Tinha certeza que conseguiria fugir”, contou o policial.
Mesmo com o vidro do carro destruído, os outros dois policiais perseguem o resto da quadrilha. Quatro suspeitos foram encontrados e presos. A aeronave carregava computadores portáteis, impressoras e câmeras contrabandeadas do Paraguai. O valor da carga era de R$ 200 mil, segundo a Polícia Federal, que investiga agora quem seriam os compradores da muamba. "Eu vi que ia dar para chegar nele [o avião] antes de ele sair do solo. Porque se saísse do solo, já não seria possível. O acidente seria mais sério", conta o policial.
A região de Ribeirão Preto faz parte da chamada “rota caipira” do crime organizado. As grandes plantações de cana-de-açúcar servem de camuflagem para os aviões das quadrilhas. Em sobrevoo de helicóptero, o agente da Polícia Federal que participou da operação mostra algumas pistas clandestinas que existem no meio do canavial, usadas por traficantes e contrabandistas.
“Na região, em um raio de 50 km, temos mais de 20 pistas", apontou o policial. "Nós recebemos denúncias de que, no mínimo, duas vezes por semana, descem aeronaves na nossa circunscrição”.
Nos últimos cinco anos, foram apreendidos 12 aviões na região de Ribeirão Preto. Quatro deles traziam contrabando e oitos traziam drogas.  “Sai a cocaína da Bolívia, Colômbia e Peru. E a maconha, via de regra, do Paraguai. Uma parte fica na região de Ribeirão Preto, outra parte vai para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, contou o delegado de Polícia Federal Fernando Battaus.
Os agentes federais recebem orientações de como agir em situações como a ocorrida na terça. É uma espécie de manual de interceptação de aeronaves criminosas. "Se ele [o avião] tivesse parado ou iniciando o deslocamento e os policiais estivessem em uma posição em condições próximas, com segurança, para dar tiro onde fica o motor, isso seria feito. O motor pararia de funcionar e a aeronave não sairia mais do lugar", diz o agente.
Ele explica que o carro da polícia bateu do lado esquerdo do avião porque, assim, depois da colisão, o lado do motorista do veículo geralmente fica menos danificado e o agente ainda consegue dirigir. Ele também conta que existe outra tática para quando o carro da polícia fica bem de frente para a aeronave em movimento: “Nós paramos a viatura no meio da pista e os policiais saem dela para não ter risco de se machucar. A opção do piloto foi de tentar a decolagem. Se houvesse um impacto, o impacto vai ser violento, mas aí é uma opção dele”.
O agente da Polícia Federal que interceptou o avião na terça tem 13 anos de carreira e mais de 50 operações de combate ao crime organizado no currículo.  “Na hora, você está com a adrenalina alta e a cabeça focada no fato. Mas, depois, é uma coisa emocionante. Você se prepara para isso, o dia que chega e dá certo, você fica muito feliz”, disse ele.
“Tanto traficantes de drogas como contrabandistas irão pensar duas, três vezes, antes de praticar o crime na nossa região”, afirmou o delegado Fernando Battau.

Movimentos sociais invadem prédios no Centro de SP


ntegrantes de movimentos sociais que lutam por moradia invadiram pelo menos seis prédios no Centro de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (7).Todos os imóveis estavam desocupados. Segundo os movimentos, o objetivo das invasões é promover um amplo projeto de moradia para as famílias de baixa renda.
Depois que varias famílias ocuparam os prédios, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana proibiram a entrada de mais pessoas, que ficaram na rua. Os líderes dos movimentos pedem à Prefeitura e ao governo do estado o início de uma política habitacional para o Centro da cidade.
Muitas das famílias estão prestes a ser despejadas de suas casas. “Tem muita gente desempregada, morando em cortiço. A gente decidiu invadir porque a gente quer casa”, disse uma mulher que participou do movimento.
Os invasores afirmarm que foram dez prédios ocupados - a PM diz que foram apenas seis. Entretanto, alguns deles já haviam sido invadidos há mais de um ano.
Até o início da manhã desta segunda-feira, nem a Prefeitura da capital nem o governo estadual haviam se pronunciado sobre o assunto.

Britânico cai 90 metros em penhasco e sobrevive preso a arbusto


Um britânico de 56 anos foi resgatado com vida após cair mais de 90 metros, o equivalente a um prédio de 30 andares, em uma montanha no norte da Inglaterra e ficar preso em um arbusto.
'Ele é simplesmente o homem mais sortudo do planeta', disse o integrante da equipe de resgate da Montanha Cockermouth Michael Park.
Homem é resgatado após queda de 90 metros (Foto: Cockermouth Mountain Rescue Team (esq.) / Steve Partridge/Wikimedia Commons)Homem é resgatado após queda de mais de 90 metros (Foto: Cockermouth Mountain Rescue Team (esq.) / Steve Partridge/Wikimedia Commons)
O homem estava fazendo uma caminhada com dois amigos quando caiu em um precipício da montanha de Grasmoor.
'Acreditamos que ele tenha escorregado na descida e caído toda essa altura sem conseguir parar. Achamos que ele bateu a cabeça, porque havia uma trilha de sangue para seguirmos.'
'Ele ainda estava consciente quando o encontramos e estava logo acima de um outro precipício de 100 metros de altura, mas tinha conseguido se segurar para não continuar caindo', disse Park.
Segundo a equipe de resgate, que contava com 30 integrantes, o homem sofreu ferimentos no rosto e possivelmente na coluna, mas não parecia correr risco de vida.
Ele foi atendido no local por dois médicos e depois colocado em um helicóptero militar e levado ao hospital mais próximo.
As duas pessoas que faziam a caminhada com ele foram acompanhadas na descida da montanha pela equipe de resgate.

Hackers atacam roteadores e provedores para redirecionar web


Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
Criminosos conseguem redirecionar internautas interferindo com a rede, antes mesmo de infectar o PC (Foto: Divulgação)Criminosos conseguem redirecionar internautas
interferindo com a rede, antes mesmo de infectar
o PC (Foto: Divulgação)
Criminosos virtuais brasileiros estão tirando proveito de vulnerabilidades nas configurações de roteadores domésticos e no protocolo de internet conhecido como Domain Name System (DNS) para redirecionar internautas para páginas de banco clonadas e infectar usuários com pragas digitais. O ataque é difícil de ser percebido e sempre foi muito raro – mas os casos estão aumentando, e nem sempre a culpa é do usuário.
O DNS é como uma lista telefônica da internet. É ele o responsável por “traduzir” os “nomes” da internet – como "g1.com.br" – para os números de endereço IP que os computadores entendem. Controlando essa “lista”, o criminoso pode levar o internauta para outras páginas, que podem oferecer vírus ou roubar informações. O DNS é distribuído, ou seja, cada provedor opera seu próprio serviço, e o internauta pode decidir qual serviço de DNS usar.
É possível interferir com o DNS diretamente no serviço prestado no provedor e também alterando as configurações de conexões em roteadores para usar um DNS criminoso. Os dois tipos de ataques estão acontecendo no Brasil.
G1, em colaboração com o site de segurança Linha Defensiva, apurou que usuários de dois provedores brasileiros foram atacados recentemente: GVT e Oi. É possível encontrarqueixas de internautas que usam essas operadoras, especialmente a respeito de páginas falsas do Facebook, Google, Gmail e YouTube, que oferecem arquivos maliciosos.
As operadoras foram consultadas e questionadas sobre o fato de ter conhecimento de algum ataque à infraestrutura de DNS ou aos roteadores domésticos de seus clientes. Elas também receberam links para relatos de internautas e foram questionadas se técnicos costumam usar uma senha igual na configuração de todos os roteadores dos clientes, o que abriria uma brecha para os ataques a esses equipamentos.
Até a publicação da coluna, a Oi ainda estava analisando as informações. A GVT também não conseguiu responder as questões sobre os roteadores de seus clientes, mas adiantou que “não há nenhum registro de ataque em massa ao DNS da empresa”. A operadora garantiu que irá analisar os casos informados pelo G1.
De acordo com a Kaspersky Lab, alguns dos redirecionamentos tentavam utilizar falhas e applets Java para infectar internautas (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)De acordo com a Kaspersky Lab, alguns dos redirecionamentos tentavam utilizar falhas e applets Java para infectar internautas (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)
Envenenamento de cache
O envenenamento de cache acontece diretamente no provedor. O ataque se aproveita de problemas o próprio DNS, que foi criado em 1982, mas é mais fácil de ser realizado quando o provedor configura de forma inadequada o serviço.
“As configurações do provedor são alteradas por um atacante e as vítimas que usam esse DNS são direcionadas para sites falsos por um período de tempo. Temos encontrado algumas vítimas, clientes tanto de pequenos quanto grandes provedores”, revela Fabio Assolini, analista de vírus da Kaspersky Lab.
Embora o redirecionamento possa ser realizado diretamente pela internet, o ataque pode contar com auxílio de funcionários dos provedores. Na semana passada, um técnico de um provedor de acesso em Londrina (PR) foi preso acusado de receber R$ 10 mil para alterar as configurações do DNS, redirecionando o acesso de usuários a sites bancários.
“Os ataques podem ser feitos de tal forma que o usuário seja direcionado para um site falso e não perceba. Nos casos que monitoramos no Brasil os sites falsos não exibiam nenhuma conexão SSL [o cadeado de segurança], mas tais ataques poderiam muito bem reproduzir uma conexão SSL usando certificados digitais falsos”, afirma Assolini.
Um provedor possui vários servidores de DNS e nem todos são envenenamentos ao mesmo tempo, porque existem vários fatores que influenciam as chances de sucesso do golpe, e os ataques apenas algumas horas. Depois desse período, o DNS do provedor “retraduz” os endereços, obtendo um IP correto e fazendo com que o site verdadeiro volte a ser acessado.
Em outras palavras, o golpe atinge apenas alguns usuários – que usam especificamente o servidor atacado – e dura poucas horas. Com isso, o envenenamento é difícil de ser percebido e raramente é registrado.
primeiro ataque publicamente registrado foi em 2009 e atingiu clientes do Net Virtua.
Sites redirecionados do Google oferecem software malicioso para usuários (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)Sites redirecionados do Google oferecem software malicioso para usuários (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)
Drive-by Pharming e senhas fracas em roteadores
Outra maneira de redirecionar os sites é alterando a configuração da conexão no roteador. Na configuração de fábrica, o roteador usa automaticamente o serviço de DNS sugerido pela conexão, que seria do provedor. Mas essa configuração pode ser alterada para que o serviço de DNS usado seja um controlado pelo criminoso.
É preciso configurar uma senha forte no roteador para impedir que a configuração seja alterada (Foto: Divulgação)É preciso configurar uma senha forte no roteador
para impedir que a configuração seja alterada
(Foto: Divulgação)
Há duas formas de interferir com os roteadores. A primeira, "drive-by pharming", acontece no caso de a configuração do roteador não ser acessível externamente. Golpistas mexicanos realizaram um ataque desse tipo já em 2008, criando uma página maliciosa que, ao ser acessada, controlava o navegador web para entrar no painel de controle do roteador e mudar as configurações automaticamente. Como tudo era automatizado, apenas um modelo de roteador foi atacado.
A segunda forma depende de um erro de configuração para deixar a configuração do roteador aberta na internet. Se isso acontecer, o criminoso precisa apenas acessar o painel e trocar o DNS. É possível realizar uma varredura para detectar os roteadores abertos, facilitando o ataque em massa.
Ambos os casos dependem de senhas fracas ou as que vieram de fábrica nos roteadores. “O simples ato de trocar a senha padrão que é configurada no dispositivo já pode proteger o usuário contra a maioria dos ataques de drive-by-pharming. Para grandes empresas também recomendamos a atualização do firmware do equipamento, visto que existem outros ataques mais complexos que podem ser feitos contra um modem ou roteador”, recomenda Fabio Assolini, da Kaspersky.
O especialista ainda observa que a alteração do roteador gera um redirecionamento permanente, diferentemente do envenenamento de cache, que dura algumas horas. Como o ataque não interfere com computador, reinstalar o sistema operacional não irá resolver o problema – é preciso reconfigurar a conexão no roteador.

*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na páginahttp://twitter.com/g1seguranca.

Começa na França o julgamento do venezuelano 'Carlos, o chacal'


Teve início na manhã desta segunda-feira (7) o julgamento do venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, apelidado de "Carlos, o chacal", em um tribunal de Paris por quatro atentados cometidos na França, que deixaram 11 mortos. Esse poderá ser o último julgamento contra o venezuelano, máximo expoente do terrorismo na Europa dos anos 1970 que se tornou uma lenda da luta armada.
Depois de anunciar ao tribunal sua identidade, local de nascimento e idade, ao ser questionado sobre a profissão, "Carlos" se apresentou como "revolucionário de profissão".
Em uma entrevista publicada neste domingo (6) pelo jornal venezuelano "El Nacional", o venezuelano afirmou ter cometido mais de uma centena de ataques que deixaram de 1.500 a 2.000 mortos, apesar de não ter dado detalhes.
Ilustração feita durante julgamento desta segunda (7) mostra 'Carlos, o chacal' gesticulando durante a audiência (Foto: AFP)Ilustração feita durante julgamento desta segunda (7) mostra 'Carlos, o chacal' gesticulando durante a audiência (Foto: AFP)
Questionado sobre as mortes de civis provocadas por suas ações, "Carlos" afirmou que "houve poucas": "Calculei que não chegavam a 10%. Entre 1.500 e 2.000 mortos, não foram mais de 200 as vítimas civis."
Isabelle Coutant-Peyre. advogada e mulher de Ilich Ramírez Sánchez, chega para o julgamento nesta segunda (7) (Foto: AFP)Isabelle Coutant-Peyre. advogada e mulher de Ilich
Ramírez Sánchez, chega para o julgamento nesta
segunda (7) (Foto: AFP)
Condenado pela Justiça francesa à prisão perpétua em 1997 por matar dois policiais e um informante em Paris em 27 de junho de 1975, "Carlos el chacal" voltará a sentar no banco dos réus aos 62 anos, acusado de ser cúmplice de um assassinato e de destruição de propriedade com uso de explosivos.
O tribunal especial francês que trabalhará até 16 de dezembro no caso, presidido pelo juiz Olivier Laurent, o julga por liderar ou participar de quatro "atos de terrorismo", segundo a instrução do juiz antiterrorista Jean Louis Bruguière.
Em 29 de março de 1982, uma bomba com 10 kg de pentrita colocada em uma mala explodiu um vagão do trem "Le Capitole" que ia de Paris a Toulouse, deixando cinco mortos e 28 feridos.
Escombros do Le Capitole após atentado em 1982 (Foto: AFP)Escombros do 'Le Capitole' após atentado em 1982 (Foto: AFP)
Reivindicado em duas ligações telefônicas pela "Internacional Terrorista Amigos de Carlos", esse ataque foi seguido por outro em 22 de abril.
Um carro-bomba carregado com cerca de 20 kg de TNT explodiu na rua Marbeuf de Paris em frente aos escritórios do jornal de língua árabe Al-Watan Al-Arabi, conhecido por sua oposição ao regime sírio, deixando um morto e 60 feridos.
Naquele mesmo dia, o suíço Bruno Breguet e a alemã Magdalena Kopp, companheira de "Carlos", foram julgados e condenados em Paris. Segundo a acusação, a série de atentados exigia sua libertação.
Grupo venezuelano pede a repatriação de Carlos (Foto: AFP)Grupo venezuelano pede a repatriação (Foto: AFP)
Em 31 de dezembro de 1983, entre 16 kg e 18 kg de pentrita colocados em uma mala explodiram em um vagão de trem de alta velocidade que ia de Marselha a Paris causando três mortos e 13 feridos.
Minutos mais tarde, outra deflagração de 10 kg do mesmo explosivo destruiu a sala de guarda-volumes da estação de trens "Saint Charles" de Marselha (sul), provocando dois mortos e 34 feridos.
Em nome da "Organização da luta armada árabe", um interlocutor anônimo reivindicou esses ataques em uma ligação à AFP.
Segundo a Procuradoria de Paris, representada no julgamento pelo advogado geral Olivier Bray, as cartas de reivindicação desses ataques "foram escritas por Ilich Ramírez Sanchez".
"Carlos", nascido em Caracas em 12 de outubro de 1949, jovem militante do Partido Comunista da Venezuela e autoproclamado "revolucionário profissional", se integrou no início dos anos 1970 à Frente para a Libertação da Palestina (FPLP, George Habache), em nome da qual liderou grandes operações armadas na Europa e contra interesses franceses.
Arquivos abertos após a queda do Muro de Berlim em países do ex-bloco soviético, particularmente Hungria, Alemanha do Leste e Romênia, permitiram conhecer os preparativos dos atentados cometidos na França por quem já era uma lenda da luta armada pela tomada de reféns na embaixada francesa em 1974 e sobretudo por dirigir o comando que protagonizou a impressionante tomada de reféns de ministros da Opep em Viena.
Após os atentados na França, "Carlos" refugiou-se em Damasco e nos anos 1990 viajou ao Sudão, onde em 1994 foi detido por agentes franceses.
"Carlos" insiste que sua prisão foi um sequestro.
Seus advogados de defesa, Isabelle Coutant Peyre - sua mulher - e Francis Vuillemin, afirmam que a carta de reivindicação não existe, que várias pistas foram desviadas e que os arquivos do ex-bloco soviético carecem de credibilidade.
'Carlos, o chacal' é visto em uma corte de Paris em novembro de 2000 (Foto: AFP)'Carlos, o chacal' é visto em uma corte de Paris em
novembro de 2000 (Foto: AP)
"Estou em um estado de espírito combativo para denunciar a ilegalidade de minha permanência na França", afirmou "Carlos" na semana passada a uma rádio, antes de se queixar que não recebe nenhuma ajuda das autoridades venezuelanas, apesar de ser um firme defensor do presidente Hugo Chávez e de seus ideais bolivarianos.
Cerca de 20 testemunhas, entre elas familiares, especialistas e também ex-companheiros de luta como Hans Joachim Klein e Magdalena Kopp, comparecerão diante do tribunal que pelos mesmos fatos julgará - à revelia - os alemães Johannes Weinrich, Christa Margot Frohlich e o palestino Alí Kamal Al Issawi.
Weinrich, 63 anos, condenado no ano 2000 à prisão perpétua na Alemanha, onde foi absolvido por esta mesma causa por falta de provas, era o encarregado do grupo para estabelecer contatos com outras organizações armadas como o ETA.
Frohlich, apelidado de "Heidi", de 68 anos, vive na Alemanha, país que proíbe a extradição de seus cidadãos, e o palestino Ali Kamal al Issawi, 63 anos, está foragido.
"Carlos", que completou recentemente dez dias de greve de fome em protesto por sua transferência a uma cela de isolamento por falar à imprensa antes do julgamento, poderá ser condenado a uma segunda prisão perpétua.
Enquanto durar o processo, Ilich Ramírez Sánchez permanecerá na prisão parisiense de La Santé, onde está o ex-ditador panamenho Manuel Noriega. Uma vez concluído, voltará à prisão de Poissy, nos arredores de Paris.
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