quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Adolescente é encontrada morta com golpes de faca em João Pessoa

Uma adolescente, de 18 anos, foi encontrada morta com pelo menos 15 golpes de faca na quarta-feira (18) em João Pessoa. O corpo de Angel Tomé Cavalcanti foi encontrado no final da tarde nas proximidades de um rio no Bairro das Indústrias. De acordo com a Polícia Civil, as primeiras informações indicam que o crime estaria relacionado com o uso de drogas.
 Segundo o delegado Marcelo Falcone, o avô da vítima informou em depoimento que a vítima era usuária de drogas e mantinha um relacionamento amoroso com um ex-presidiário de Pernambuco. Ele acrescentou que a família informou que ela saía de casa sem destino e estava envolvida com pessoas ligadas ao tráfico de drogas no bairro.
Uma perícia realizada no local do crime encontrou um preservativo com manchas de sangue, próximo ao corpo da vítima. Mas de acordo com Falcone o crime não foi sexual, pois o corpo da mulher estava intacto e não havia sinais de estupro. “Acreditamos que tenha sido execução mesmo”, disse o delegado.

Pontos do Litoral e Sertão da Paraíba ficam alagados após chuva


O Sertão e o Litoral da Paraíba amanheceram com algumas ruas alagadas nesta quinta-feira (19). De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, o município onde mais choveu foi Joca Claudino, no Sertão, que das 2h até às 8h (horário local) que teve um acumulado de 33,3mm de chuva. A previsão da Aesa é de mais chuva para os próximos dias.
A meteorologista Carmen Becker explicou que a chuva foi na verdade a junção de dois efeitos, o brisa e o vortice ciclônico. O efeito brisa é responsável pelas pancadas de chuva durante o verão. "Juntou o efeito brisa com o tempo nublado e abafado e formou esse tipo de nuvem com uma chuva mais espaça. Não são chuvas duradoras", explicou.
Pela previsão da Aesa, a sensação de calor deve aumentar no Litoral. Duante a manhã desta quinta-feira, o acumulado de chuva em João Pessoa foi de 17,6 mm. Para os próximos dias, a previsão é de chuva pouco durado no Sertão, Cariri e Litoral.

Com pista molhada, motorista perde o controle e causa acidente na PB


Placa de trânsito alterada exibe Torre Eiffel na França


Uma sinalização de "Proibido virar à Direita" foi modificada por um artista em Paris, na França. Ele pintou o tradicional ponto turístico da cidade, a Torre Eiffel, na placa de trânsito.
Sinalização de 'Proibido virar à Direita' foi modificada por artista em Paris. (Foto: François Mori/AP)Sinalização de 'Proibido virar à Direita' foi modificada por artista em Paris. (Foto: François Mori/AP)

Policial inglês é demitido após sexo em delegacias no horário de trabalho


O policial Troy Van-Eda, de 44 anos, foi demitido pela Polícia da Grande Manchester (GMP) após ser acusado de manter relações sexuais com mulheres em duas delegacias durante o horário de trabalho, segundo reportagem do jornal "Daily Telegraph".
Troy Van-Eda é acusado de fazer sexo em delegacias em horário de serviço. (Foto: Reprodução/Daily Telegraph)Troy Van-Eda é acusado de fazer sexo em delegacias em horário de serviço. (Foto: Reprodução/Daily Telegraph)
Em dos casos, ele fez sexo com uma mulher nas dependências da delegacia menos de 24 horas depois de a mulher ter sido parada por estar sem o cinto de segurança.
Separado e pai de três filhos, Van-Eda é acusado de usar o "uniforme da polícia" para conquistar mulheres.
Segundo as autoridades policiais, o comportamento do agente foi "inaceitável".

Há dois dias no Brasil, Luíza se diz assustada com sucesso na web


Havia dois dias que Luíza não estava mais no Canadá. Como uma Big Brother, ela estava confinada desde terça-feira (17) em um hotel no Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. Nesta quinta (19), a jovem de 17 anos contou como recebeu à distância, lá no Canadá, a notícia de que seu nome tinha se transformado em um meme na internet.
Toda a repercussão se deve a uma única frase: "Menos Luíza, que está no Canadá", dita por seu pai, o colunista social Gerardo Rabello, durante a propaganda de um lançamento imobiliário em João Pessoa. Luíza estava no Canadá havia seis meses para intercâmbio
“Eu estava um pouco nervosa em voltar, não sabia o que me esperava por aqui. Estava ansiosa pela repercussão [da propaganda] e por voltar, ver a família que não via há tempo, amigos, o namorado. Foi bastante impactante”, conta Luiza sobre sua volta ao Brasil, que foi antecipada. O programa de intercâmbio que ela participava já estava no fim e a adolescente voltaria do Canadá no dia 29.
Luiza ficou sabendo da repercussão em torno do seu nome pelo Facebook. Duas amigas mostraram para ela o sucesso do meme nas redes sociais. “Fiquei assustada, não sabia o que fazer, pensei em deletar minha conta no Twitter. Mas liguei para ‘painho’ e ele me acalmou.” Segundo ela, os amigos também a tranquilizaram, aconselhando-a a levar tudo na brincadeira. “De repente estava todo mundo falando de mim. Foi muito estranho”.
luiza canadá (Foto: Bruno Azevedo/G1)Adolescente está ansiosa para voltar a João
Pessoa e reencontrar amigos e namorado (Foto:
Bruno Azevedo/G1)
De volta ao Brasil, Luiza diz que ainda não foi reconhecida nas ruas nem no hotel. Logo ao chegar, na terça, gravou em São Paulo a propaganda do prédio residencial que lhe rendeu fama. O novo comercial deverá ir ao ar nesta quinta na Paraíba. Nesta quinta-feira, ele esteve na TV Globo em São Paulo para uma entrevista ao Jornal Hoje. Agora, ela analisa convites para outros comerciais. “Já fizemos alguns contatos com agências de propaganda. Não posso decidir nada por ela. Ela vai fazer comerciais se quiser”, adiantou Gerardo.
Ficar confinada por dois dias foi considerado um sacrifício pela adolescente. “A pior coisa é mentir, se esconder. Mas se eu falasse que estava voltando, seria mais tumulto do que já está sendo, o que nem eu nem meus pais queríamos”, afirmou a jovem, que se diz tímida. “Quase morri. Eu que amo sair, tive que ficar dois dias parada. Foi um sacrifício”.
Agora no Brasil, Luiza quer voltar a João Pessoa. Ela se diz ansiosa para rever amigos, irmãos e o namorado, que estava na Austrália quando ficou sabendo que a adolescente tinha se tornado uma web celebrity. “Tudo isso é uma coisa muito nova para mim.”
No Canadá, Luiza estudava o equivalente à segunda série do ensino médio. “Agora quero voltar a estudar e passar no vestibular de primeira”, diz Luiza, que ainda não decidiu que carreira seguir.
Sobre o carnaval, Luíza, que costuma passar o feriado em João Pessoa e no Recife, diz que ainda não tem planos. "Acabei de voltar. Não sei nem o que vou fazer amanhã, quanto mais no carnaval", brinca.
Se Luíza pretende ir de novo ao Canadá? "Claro que pretendo voltar ao Canadá. Fiz amigos lá para a vida inteira."

Motorista que se identificou como parlamentar após batida irá para CDP


O motorista com a habilitação vencida que colidiu contra uma Kombi que entregava jornais na Avenida Luís Carlos Berrini, no Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (19), será encaminhado a um Centro de Detenção Provisória (CDP). A informação é do delegado Armando Roberto Bellio, titular do 27º Distrito Policial, no Campo Belo.
Além de ter sinais de embriaguez, ele se apresentou aos policiais como parlamentar e ofereceu R$ 1.000 para que eles o liberassem, segundo as investigações. De acordo com o delegado, o motorista, de 47 anos, já tinha passagem pela polícia por falsificação ideológica, uso de papel falsificado e fraude processual.
O suspeito foi abordado pelos policiais logo após colidir com a Kombi, usada para entrega de jornais. Uma pessoa que estava dentro da Kombi ficou ferida e precisou de cuidados médicos. Com o impacto da batida, o veículo de entrega foi lançado a 50 metros de distância e teve um princípio de incêndio.
Desde o início, o motorista se negou a fornecer seus dados. Ele se apresentou como parlamentar e disse que não poderia ser submetido à revista ou identificação, de acordo com a polícia. Ele chegou a dar voz de prisão para os policiais.
O motorista apresentou uma carteira da Ordem dos Parlamentares do Brasil, que reúne profissionais liberais e assessores parlamentares. “A associação não tem o valor que se pretende dar como parlamentar, como delegado. Ele é um filiado”, observou o delegado.
Enquanto seguiam para a delegacia, no trajeto ele teria oferecido R$ 1.000 para os policiais.
O suspeito se recusou a fazer teste do bafômetro e foi levado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). Segundo o delegado, ele não permitiu a coleta de sangue, que poderia comprovar a suspeita de embriaguez. Porém, ele apresentava, segundo a polícia, odor etílico, fala pastosa e falta de coordenação.
Ele foi autuado por vários delitos: embriaguez no volante, lesão corporal culposa na condução de veículo automotor, corrupção ativa, desacato, recusa de fornecer dados sobre a própria identidade e por dirigir sem permissão.
Bellio informou que o crime de corrupção prevê pena de dois a 12 anos de prisão. Apenas a Justiça poderá definir uma fiança. Nesta manhã, ele ainda não tinha sido informado para qual CDP o suspeito poderá ser levado.
Ordem dos Parlamentares
De acordo com o presidente da associação, Dennys Serrano, o suspeito era associado há cerca de sete anos, mas será expulso após o ocorrido. Segundo Serrano, a associação, que reúne 29 mil profissionais liberais e assessores parlamentares em todo o país, age para facilitar o contato da iniciativa privada com o poder público.
Para se associar é preciso pagar uma mensalidade de R$ 40. “Ele agiu contra todos os princípios da ordem. Essa carteira só serve para identificação interna”, afirmou o presidente. Segundo ele, para se associar é preciso da indicação de um dos integrantes e apresentar atestado de bons antecedentes. Ele afirmou desconhecer as passagens pela polícia do motorista.

Kodak pede concordata nos EUA


A centenária companhia fotográfica Eastman Kodak apresentou perante um tribunal de Nova York um pedido de concordata para reorganizar seus negócios. A informação foi divulgada pela própria empresa, nesta quinta-feira (19), por meio de comunicado. "A companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de 'proteção' ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos", afirmou em nota.
A Kodak pediu concordata depois de não ter conseguido captar dinheiro para financiar uma recuperação financeira de longo prazo. Com o pedido, a empresa pretende reforçar a liquidez nos Estados Unidos e no exterior, rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, solucionar a situação dos passivos e concentrar-se nos negócios mais competitivos.
No fim dos anos 20, imagem de arquivo mostra o fundador da Eastman Kodak, George Eastman, à esquerda, ao lado de Thomas Edison, ambos com suas invenções. Edison inventou o equipamento para projeção de imagens em movimento e Kodak inventou o filme de rolo e a câmera de caixa, que ajudaram a criar a indústria do cinema. (Foto: AP Photo)No fim dos anos 20, imagem de arquivo mostra o fundador da Eastman Kodak, George Eastman, à esquerda, ao lado de Thomas Edison, ambos com suas invenções. Edison inventou o equipamento para projeção de imagens em movimento e Kodak inventou o filme de rolo e a câmera de caixa, que ajudaram a criar a indústria do cinema. (Foto: AP Photo)
Estratégia
Pioneira dos processos fotográficos, a Kodak foi fundada em 1888 com sede em Rochester (Nova York). Há décadas, porém, a empresa luta para lidar com a concorrência emergente no segmento fotográfico, o que se acentuou com o surgimento da tecnologia digital.
Sua cartada final - uma tentativa de se transformar em uma empresa que vende impressoras - revelou-se algo demasiadamente caro em meio às vendas em declínio do filme fotográfico e às caras obrigações pagas aos funcionários aposentados.
O pedido de concordata é um revés para o presidente executivo, o espanhol Antonio Perez, que assumiu o cargo de executivo-chefe da Kodak em 2005. Ele havia trabalhado por 25 anos na Hewlett-Packard Co., ajudando a contabilizar mais de US$ 7 bilhões em valor de mercado para a HP. Na Kodak, contudo, não conseguiu repetir o feito.
Incertezas sobre a estratégia utilizada por Perez para tentar levantar o setor de impressoras da empresa levanta questões sobre o destino dos cerca de 19 mil funcionários da companhia. A operação também representa riscos para os aposentados da Kodak, dando margens à possibilidade de a empresa tentar fugir de suas obrigações sobre as pensões e a assistência médica dos trabalhadores perante o Tribunal.
Financiamento
A empresa disse que obteve US$ 950 milhões em financiamento do Citigroup e que continuará a operar seus negócios. "A recuperação econômica da empresa visa impulsionar a liquidez nos EUA e no exterior, obter capital não estratégico proveniente de propriedade intelectual, equacionar os passivos herdados e permitir que a empresa se concentre em suas linhas de negócios mais valiosos", disse o comunicado emitido pela Kodak.
Na foto de setembro de 2008, slides antigos do filme Kodachromesão exibidos em Clarence, N.Y.  (Foto: AP Photo)Na foto de setembro de 2008, slides antigos do filme Kodachrome são exibidos em Clarence, N.Y. (Foto: AP Photo)
Lei de falências nos EUA
O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.
Para tanto, a empresa precisa entrar com uma petição junto a uma corte do país. A discussão sobre o termo se dá porque esse documento é chamado "bankrutpcy petition". A legislação americana define "bankruptcy" como "procedimento legal para lidar com problemas de dívidas de indivíduos e empresas". Sua tradução para o português, no entanto, é "bancarrota" – termo que equivale à falência da empresa. Ao arquivar a petição, no entanto, a empresa entra em um processo que se assemelha mais, no Brasil, à recuperação judicial (veja abaixo como funciona a lei brasileira).
A proteção do Capítulo 11 pode ser requerida seja pela empresa em dificuldades, seja por um de seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.
Foto de 6 de janeiro mostra um dos muitos estacionamentos para funcionários da Kodak que estão vazios em Rochester, N.Y. (Foto: AP Photo)Foto de 6 de janeiro mostra um dos muitos estacionamentos para funcionários da Kodak que estão vazios em Rochester, N.Y. (Foto: AP Photo)
O Capítulo 11 permite ao devedor manter todos seus ativos, se opor às demandas de seus credores, adiar os prazos de seus pagamentos e até reduzir unilateralmente sua dívida. Em contrapartida, obriga a empresa que se coloca sob sua proteção a dar ao juiz das falências informações detalhadas sobre o andamento das transações sobre seus credores.
A companhia que solicita esta proteção também deve preparar sua demanda da forma mais detalhada possível para informar devidamente o juiz e seus credores de sua real situação financeira.
Se as transações transcorrem bem, a empresa consegue do juiz e dos credores um plano de reorganização dentro de um prazo de até vários meses. Trata-se de um contrato que estipula a forma como a companhia vai pagar suas dívidas e de onde virá o dinheiro que servirá para este fim.
Imagem registrada em 5 de janeiro deste ano mostra o memorial George Eastman, onde estão as cinzas do fundador da Kodak.  (Foto: AP Photo)Imagem registrada em 5 de janeiro deste ano mostra o memorial George Eastman, onde estão as cinzas do fundador da Kodak. (Foto: AP Photo)
Lei de falências no BrasilNo Brasil, a lei 11.101, mais conhecida como Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE), sancionada em 9 de fevereiro de 2005 pelo Presidência da República, regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade.
A recuperação judicial é abordada no capítulo três da lei, que explica que “tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.
O advogado Eduardo Henrique Vieria Barros, da ERS Consultoria, escritório especializado em recuperação judicial, explica que a lei de 2005 acabou com o instrumento da "concordata" no Brasil. A nova legislação, comenta o advogado, permite que a empresa endividada apresente a sua própria proposta para os credores.
“A recuperação judicial é um avanço, pois é um processo baseado na negociação e permite que credores e devedores apresentem as condições que acreditam ser razoáveis”, diz Barros.
A legislação fixa um prazo de seis meses para a negociação entre as partes, que é intermediada por um administrador judicial nomeado pela Justiça. No caso de não haver acordo entre credores e devedores sobre o plano de recuperação, é decretada a falência.
O capítulo cinco da lei é o que diz respeito à falência. De acordo com ele, “ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa”.
Segundo o texto, “a decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios”, e as partes responsáveis “serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido”.
(*com informações da Efe e Agência Estado)


Cheia do Rio Piracicaba, SP, causa interdição de ponto turístico


A Rua do Porto, tradicional centro turístico e gastronômico de Piracicaba, no interior de São Paulo, foi parcialmente interditada na madrugada desta quinta-feira (19) após o aumento do nível do Rio Piracicaba. É a segunda vez em menos de 24 horas que o trecho da Avenida Alidor Pecorari é fechado para o trânsito devido ao retorno das águas da chuvas pelas bocas de lobo. A Defesa Civil de Piracicaba nega que seja consequência da abertura das comportas da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Americana na quarta-feira (18).
Situação é monitorada pela Defesa Civil (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)Situação é monitorada pela Defesa Civil (Foto:
Nelson Antoine/Foto Arena/AE)
No fim da tarde desta quarta, o nível da água do Rio Piracicaba já tinha diminuído, mas durante a madrugada voltou a subir e atingiu cinco metros - nível considerado crítico. O trecho da Avenida Alidor Pecorari com a Rua Rangel Pestana, localizado ao final da Rua do Porto, foi interditado às 4h. Ela deve permanecer fechada para os motoristas até o final desta quinta.
Segundo o secretário executivo da Defesa Civil de Piracicaba, Carlos Alberto Razzano, até às 8h desta quinta não houve chamado de famílias devido à cheia e nem danos às casas ou comércios. “Continuamos com todas as equipes na Rua do Porto por prevenção, até porque o rio está indeciso. As águas chegam à margem e voltam”, explica Razzano. Os restaurantes funcionavam normalmente.
O Corpo de Bombeiros reitera a necessidade do estado de alerta. “A gente já tem o plano estabelecido para a retirada de pessoas das áreas que costumeiramente enchem, mas precisamos que moradores e comerciantes aceitem retirar seus pertences se houver necessidade”, ressaltou o tenente Gregório.
A CPFL Renováveis, concessionária da PCH de Americana, instalada no Rio Atibaia, abriu uma de suas comportas para controlar, segundo ela, o volume de água nas instalações.
Prefeitura
A Prefeitura de Piracicaba informou, na manhã desta quinta, que a vazão do Rio Piracicaba continua alta (630,7 metros cúbicos por segundo). A água voltou, segundo eles, das bocas de lobo. Com isso, a Defesa Civil mantém estado de alerta.
O Executivo informou ainda que dez equipes com 40 homens das secretarias municipais continuam prontas para ajudar a população. Dos 10 caminhões, três estão de prontidão na Avenida Cruzeiro do Sul e nos bairros São Francisco/Bongue e Vila Rios. Cada veículo conta com três homens que, para serem mais ágeis, devem ser ajudados pelos moradores em retirada.

Ator Jude Law aparece entre vítimas a serem indenizadas por escuta ilegal


O ator britânico Jude Law e outras 18 pessoas serão indenizados pela empresa que publicava o jornal "News of the World", do magnata Rupert Murdoch, em conexão com o escândalo das escutas ilegais, anunciaram nesta quinta-feira (19) seus advogados em um tribunal de Londres.
Entre os que chegaram a um acordo extrajudicial com o News International, subsidiária britânica do grupo de Murdoch, figuram igualmente o vice-primeiro-ministro John Prescott e o ex-secretário de Estado para a Europa e América Latina, Chris Bryant, ambos pertencentes ao Partido Trabalhista.
Os advogados acrescentaram que a maioria das pessoas que entraram com pedidos de indenização por danos morais conseguiu acordos extrajudiciais. Os valores acordados, no entanto, não foram divulgados.
O restante irá à Justiça em fevereiro.
"Todos foram muito valentes em enfrentar um meio de comunicação multinacional enorme e influente", disse um dos advogados, Mark Thomson
"O mérito pode ser atribuído à nova investigação policial, ao inquérito parlamentar e à investigação Leveson", que examina a ética dos meios de comunicação, acrescentou.
Estas 19 pessoas se somam às 17 que já acordaram indenizações nos últimos meses, entre elas a ex-esposa de Jude Law, a atriz Sienna Miller, que recebeu 100 mil libras (R$ 274 mil).
O tabloide "News of the World", que fechou em julho de 2011 devido às proporções que o escândalo das escutas tomou, é acusado de ter grampeado desde 2000 os telefones de cerca de 800 pessoas, segundo a polícia.
O News Groups Newspapers abriu em abril do ano passado um fundo, estimado em 20 milhões de libras (R$ 55 milhões), segundo a imprensa britânica, para indenizar as vítimas das escutas.

Justiça determina prisão imediata de condenados por matar deputada


O juiz federal André Luís Maia, presidente do Tribunal do Júri e titular da 1ª Vara Federal de Alagoas, determinou nesta quinta-feira (19) a prisão dos cinco condenados pela morte da deputada federal Ceci Cunha, do marido e de mais dois parentes dela em 1998.
O julgamento, em primeira instância, terminou com a determinação de penas que variam entre 75 e 105 anos. Na visão da promotoria, o crime que ficou conhecido como "Chacina da Gruta" foi planejado pelo então suplente da deputada, que desejava assumir o mandato. A defesa dos réus recorreu da condenação.
O júri popular começou na segunda-feira (16) e terminou pouco depois das 7h desta quinta. Os debates entre defesa e acusação duraram 23 horas e o juiz levou quase duas horas na leitura da sentença.

O juiz determinou que os réus saíssem do tribunal presos, considerando que o Supremo Tribunal Federal (STF) admite a prisão preventiva dos autores da chacina devido ao constrangimento da Justiça, após a demora de tantos anos para o júri ser realizado após várias ações de recurso da defesa tentando postergar o julgamento.
Logo após a sentença, o advogado dos réus entrou com um recurso de apelação contra a condenação e pediu que o juiz remeta os autos para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A defesa argumenta também que os réus foram de livre e espontânea vontade ao local e pediu que eles pudessem falar com seus familiares antes de serem conduzidos à cadeia pela Polícia Federal.

O advogado também pediu prisão especial para ex-deputado federal Talvane Albuquerque, que é médico. Os dois pedidos foram aceitos. Também foi dispensado o uso da algema.

Condenações
Os jurados condenaram o ex-deputado federal, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o mandante do crime, a 103 anos e 4 meses de reclusão. Ele foi apontado como mandante e por ter agido de forma premeditada e planejado todos os assassinatos.

Foram condenados como executores Jadielson Barbosa da Silva e José Alexandre dos Santos, ambos a 105 anos de prisão, segundo a Justiça Federal. Já Alécio César Alves Vasco teve a pena fixada em 87 anos e três meses, enquanto que Mendonça Medeiros Silva cumprirá pena de 75 anos e 7 meses, todos em regime fechado.
Deputada Ceci Cunha foi morta em 1998 (Foto: Reprodução / TV Globo)Deputada Ceci Cunha foi morta em 1998
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Os réus foram condenados também a pagar danos morais e materiais a quatro dependentes das vítimas, sendo que cada um dos dependentes terá direito a R$ 100 mil de indenização por danos materiais e 500 salários mínimos por danos morais.

A Justiça Federal divulgou que, desde o início do caso, os acusados negaram participação no crime. As versões foram reiteradas durante o julgamento.
Não foi divulgado se todos os setes jurados votaram a favor da condenação de todos os réus. A votação da sentença durou mais de 8 horas. Durante esse tempo, os réus conversavam e mostravam aparente tranquilidade no tribunal. 

"Chacina da Gruta"
A médica foi assassinada com um tiro na nuca quando estava na casa do cunhado em Maceió, em companhia do marido e da mãe, comemorando a eleição. O marido, a mãe e o cunhado também foram mortos. O crime ficou conhecido como "Chacina da Gruta".

Foram mortos a deputada Ceci Cunha, seu marido Juvenal Cunha, Iran Carlos Maranhão e Ítala Maranhão. Claudinete contou que conseguiu se esconder debaixo da cama do primeiro quarto da casa.
De acordo com a acusação do Ministério Público Federal, o então deputado Talvane Albuquerque, na época filiado ao PTN e suplente de Ceci na Câmara, foi apontado como mandante do crime. Na interpretação do MPF, ele buscava o cargo e a imunidade parlamentar.
talvane (Foto: Reprodução)Talvane foi condenado como mandante intelectual
(Foto: Reprodução)
Os assessores e seguranças de Albuquerque, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva, foram apontados pelo MPF como executores.

Réus interrogados
Na terça-feira (17), foram ouvidos os cinco réus. O réu Jadielson Barbosa da Silva negou as declarações prestadas à polícia sobre o caso, alegando que fez as declarações sob tortura. No processo, no entanto, há registros dos laudos do IML de exames de corpo de delito que foram realizados por ele em todos os traslados feitos sob tutela da polícia.
No depoimento, Jadielson não negou que andava armado, mesmo sem ter porte de arma e que fugiu para São Paulo, onde mora atualmente, após ser indiciado pelas mortes. Ele também não negou que conhecia Alécio César Alves Vasco, considerado pela investigação como pistoleiro. Vasco foi ouvido em seguida.
O terceiro a ser interrogado foi o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime. Após o encerramento dos interrogatórios, serão abertos os debates entre acusação e defesa para que, no final, o júri, formado por sete jurados homens, possa tomar sua decisão.
Na segunda-feira, o juiz federal ouviu o depoimento oito testemunhas e foram interrogados dois réus. A primeira pessoa ouvida foi uma sobrevivente do crime, irmã de Ceci Cunha, a psicóloga Claudinete Santos Maranhão, que teve o marido Iran Carlos Maranhão, morto na chacina.

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