domingo, 29 de janeiro de 2012

Deficiente supera dificuldades e salta de paraquedas em João Pessoa


Ronaldo Correia Junior fala e anda com dificuldades, mas 'voa' alto. Foi de um altura de oito mil pés que o portador de paralisia cerebral congênita saltou de paraquedas e aterrissou no Aeroclube de João Pessoa, mostrando que somente o céu é o limite para ele. Seus 50 segundos de queda livre, conquistados em um voo duplo na Escola de Paraquedismo Skycará, emocionaram instrutores e curiosos que aguardavam o pouso do “pássaro” pernambucano no fim da tarde deste sábado (28).
“Na infância eu queria ser astronauta. Depois, comecei a desejar ter experiências que fossem parecidas com isso”, contou o paraquedista à reportagem do G1, enquanto apontava as letras do alfabeto com os dedos dos pés em uma espécie de “tábua de comunicação”. A ferramenta, que se assemelha ao teclado de um computador comum, foi elaborada pelo pai de Ronaldo com inspiração no filme “Gaby – Uma História Verdadeira”. Para se comunicar com o filho, o engenheiro civil colou em uma tábua de cortar carne um papel impresso com letras do alfabeto e algumas palavras comuns.
O primeiro salto do recifense de 47 anos foi acompanhado em terra firme pelo irmão, Douglas Correia, que ainda não teve coragem de saltar junto com ele. O psicólogo explicou que as necessidades especias não impedem o irmão de ter uma rotina cheia de atividades, como refeições em família, aulas de natação, sessões de fisioterapia, horas de internet e muita leitura.
“Ele lê pelo menos um livro por semana, desde revistas científicas até livros de História. Passa a tarde lendo ou conectado à internet, se comunicando com alguns colegas via MSN ou Facebook. Isso prova que a paralisia cerebral comprometeu a capacidade motora, mas a cognitiva funciona a 100%. Ele entende tudo, namora, farra, se diverte e tem uma vida social”, declarou Douglas Correia.
Em uma dessas tardes comuns, nas horas em que se informa sobre o que acontece no mundo diretamente da sua cadeira adaptada, Ronaldo Junior encontrou o Aeroclube de João Pessoa e a equipe Skycará. Motivado por um e-mail da irmã, no qual narrava um mergulho realizado nas férias e demonstrava os seus planos de saltar, o pernambucano começou a procurar mais detalhes sobre o assunto. “Foi aí que descobri que para saltar só precisava de dinheiro e de uma pessoa confiável, com disposição de me acompanhar”, lembrou.
Ramon Morais, instrutor da escola paraibana com 2.700 saltos no currículo, foi o escolhido para acompanhá-lo no plano. Em seus 25 anos de paraquedismo, ele garantiu que a tarde desse sábado ficará na memória como uma das mais especiais. “O salto foi emocionante e cativante pela limitação que Ronaldo e pelos desafios que enfrentou, quando poucas pessoas têm a mesma coragem”, afirmou o profissional.
Deficiente usa uma espécie de teclado para poder se comunicar (Foto: Marina Magalhães / G1)"Tábua de comunicação" utilizada por Ronaldo
(Foto: Marina Magalhães / G1)
Mas as aventuras de Ronaldo não vão parar por aqui. O instrutor de paraquedismo Sérgio Liova informou que o pernambucano tem um novo voo marcado com a escola, desta vez de parapente, para depois do Carnaval. Já o irmão do iniciante na arte de voar, Douglas Correia, garantiu que um voo asa delta também está nos planos. “M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o”, avaliou Ronaldo Junior, apontando para as letrinhas. Porém, para a próxima vez ele já avisou que quer um voo ainda “mais longo, mais alto e com mais queda livre”.

Jovem pega 3 meses de cadeia após instalar câmera em banheiro feminino


Um jovem de 26 anos foi condenado a 89 dias de cadeia após instalar uma câmera escondida em um banheiro de uma cafeteria que fica perto da San Diego State University, no estado da Califórnia (EUA), segundo a emissora de TV "10 News".
James Burkhart pegou 89 dias de cadeia. (Foto: Reprodução)James Burkhart pegou 89 dias de cadeia. (Foto: Reprodução)
James Burkhart admitiu em outubro que havia tentado filmar o banheiro feminino. A câmera foi encontrada por um funcionário da cafeteria no dia 17 de julho de 2010.
Essa não é primeira vez que ele se envolve em um caso desse tipo. Em 2009, Burkhart foi considerado culpado de colocar o celular na uma parede de um salão de bronzeamento no estado do Colorado na tentativa de filmar as clientes.
Câmera foi encontrada por funcionário da cafeteria. (Foto: Reprodução)Câmera foi encontrada por funcionário da cafeteria. (Foto: Reprodução)

Kaká brilha, e Real supera eliminação para o Barça com vitória no Espanhol


O Real Madrid superou a eliminação na Copa do Rei para o Barcelona na última quarta-feira mantendo a ótima fase no objetivo mais importante da temporada segundo o técnico José Mourinho: o Campeonato Espanhol. Neste sábado, pela 20ª rodada, os merengues venceram o Zaragoza por 3 a 1 e conquistaram a quarta vitória consecutiva na competição. Com o resultado, a equipe segue na  liderança com 49 pontos.
kaká real madrid gol zaragoza (Foto: Agência Getty Images)Kaká participou de dois gols na partida (Foto: Agência Getty Images)
Com uma forte marcação, o Zaragoza iniciou a partida conseguindo impedir a evolução do ataque merengue.  Na primeira boa jogada de ataque, aos 10 minutos do primeiro tempo, os visitantes abriram o placar. Após rápida cobrança de falta, a zaga do Real, desprevinida, permitiu que a bola chegasse a Lafita, que tocou para o gol após cruzamento do lado direito.
Kaká começou a aparecer como principal opção no ataque madrilenho aos 25 minutos, ao tocar de cabeça de costas para o gol. A bola acabou passando perto da trave. Quatro minutos depois, o meia teve nova oportunidade: recebeu bola de Marcelo, mas sem equilíbrio, chutou para fora. O gol do brasileiro saiu aos 31 minutos. Ricardo Carvalho, com um ótimo passe, achou o companheiro livre para chutar rasteiro no canto esquerdo do goleiro.
kaká real madrid gol zaragoza (Foto: Agência Getty Images)Toque de classe: brasuca toca no cantinho, sem chances para o goleiro (Foto: Agência Getty Images)
No segundo tempo, Cristiano Ronaldo marcou o da virada aos quatro minutos. O alemão Özil cruzou rasteiro do lado direito e encontrou o português livre para concluir. Aos dez minutos, Özil foi premiado por Kaká, que deu o passe para o camisa 10 chutar cruzado e marcar seu primeiro gol no Campeonato Espanhol.

Fabricação de queijo movimenta economia de cidade na Bélgica


Globo Rural foi até a Bélgica para contar a história de um queijo delicioso, produzido por monges. São religiosos que vivem numa abadia, um mosteiro, que também fabrica cervejas. Vico Iasi e Sandro Queiroz conversaram com produtores de leite, padres, queijeiros e conheceram até uma princesa.
Com a chegada do outono, a paisagem rural da Europa se enche de cores. Nos últimos meses do ano, a temperatura vai caindo e o verde dos campos vai dando lugar aos tons de amarelo, de laranja, de marrom, de vermelho.
Chimay, no sul da Bélgica, é uma cidadezinha tranquila, com ruas estreitas e fachadas antigas. A região vive basicamente da agropecuária, do turismo e da fabricação de dois produtos: a cerveja e o queijo de Chimay, ambos ligados a história de uma velha abadia.
Para saber mais sobre o assunto, nós fomos visitar uma figura importante da nobreza local. Ela mora numa construção histórica: o Monumental Castelo dos Príncipes, no centro da cidade. Quem nos recebe é uma senhora simpática e falante: a princesa Elisabeth de Chimay.
Orgulhosa, a princesa contou que alguns aposentos do castelo têm quase 800 anos de idade. Destaque para a capela, que em 1449 chegou a abrigar o famoso Santo Sudário, um tecido que teria envolvido Cristo; e a joia do castelo, o Teatro dos Príncipes, que ainda hoje acolhe concertos de música clássica.
“Naquela época, o dono do castelo era conhecido como o grande príncipe. Pois bem, esse príncipe, que era bisavô do meu marido, resolveu convidar alguns monges do norte da Bélgica para fundar uma abadia. Para isso, doou algumas terras aos religiosos, que começaram a levantar o novo mosteiro. Uma vez instalados, os monges passaram a fazer os seus produtos caseiros, que há séculos garantem a prosperidade da região”, explicou a princesa.
Foi com uma mãozinha da nobreza que começou a história de um dos símbolos de Chimay: a abadia de Notre-Dame de Scourmont. Notre-Dame quer dizer Nossa Senhora e Scourmont é o nome do lugar.
Mas como surgiu a ideia de fabricar cerveja e queijo na abadia? “Os monges tinham alimentação fraca e trabalhavam muito. Então, era preciso reforçar as refeições com produtos mais nutritivos. Foi aí que surgiu a ideia de fabricar queijos e cervejas. Tudo era feito pro nosso próprio consumo, para compensar o esforço físico e para fortalecer os músculos”, respondeu o padre Père Omère ou padre Homèro.
Só que os produtos dos monges eram tão saborosos que logo atraíram a atenção de pessoas de fora. Aos poucos, a fabricação artesanal foi dando lugar a uma atividade comercial. Mas não perdeu a identidade trapista.
Hoje em dia, a cerveja de Chimay continua a ser feita nos prédios da abadia. Só que os monges não põem mais a mão na massa. Contam com equipamentos modernos e funcionários treinados.
Hoje, a abadia fabrica três cervejas da mesma família, mas com cores e sabores diferentes. Todas são encorpadas, cremosas, levemente amargas e com teor alcoólico que varia de 7% a 9%.
Se a cerveja dos monges ganhou fama e prestígio pelo mundo afora, a história do queijo não é menos interessante. A fabricação de queijos da abadia atravessou os séculos e permanece viva, como um dos símbolos da região. Na base desse trabalho estão centenas de sítios e de famílias do campo. Gente que mora no entorno de abadia e que ganha a vida produzindo leite.
Criadores típicos de Chimay, Xavier e Vincianne Leroy fornecem leite para o laticínio da abadia. Casados, eles têm duas filhas que são estudantes e cuidam sozinhos do sítio. Simpático e acolhedor, o casal contou que o sítio pertence a família de Xavier há cinco gerações. Na propriedade de 80 hectares, que fica bem pertinho da cidade, eles cultivam um pouco de milho e mantêm 70 hectares de pasto. O rebanho total da fazenda é de 230 animais. Sessenta e cinco são vacas em lactação.
“Nós criamos principalmente a raça holandesa, que produz muito. Tem também uma raça que foi desenvolvida na Bélgica: a BBB, ou blanc bleue belge. É um animal que pode ser usado tanto em criações de corte quanto em rebanho leiteiros, como o nosso. As vacas vivem soltas nos piquetes e podem pastar à vontade. Mas com a chegada do inverno o rebanho vai todo para o estábulo, onde fica confinado por vários meses”, disse Xavier.
A ordenha na fazenda é feita duas vezes por dia. Bem cedinho, de madrugada, e no final da tarde, quase de noite. O Xavier cuida sozinho de todo o trabalho.
Assim que entram no estábulo, as vacas recebem um complemento no cocho. Trata-se de uma mistura de milho, palha e um concentrado à base de cereais. O trabalho na sala de ordenha não tem nada de especial. Os equipamentos do sítio são bem antigos.
Na média, cada vaca dá cerca de 20 litros por dia. Isso garante ao sítio uma produção diária de cerca de 1,3 mil litros de leite. Grande parte é destinada à fabricação do queijo da abadia.
No começo dos anos 80, os monges de Scourmont resolveram construir um novo laticínio da abadia. O objetivo era melhorar o controle sanitário, adotar métodos mais modernos e aumentar o volume de produção. Tudo isso respeitando a história e a tradição do queijo local.
O leite dos sítios chega em caminhões refrigerados e é bombeado para uma série de tubos e equipamentos. A fabricação começa nos tachos. O processo é acompanhado de perto pelo gerente, Jean Marie Boche, um francês que trabalha com queijos há 35 anos.
“Eu já trabalhei em várias empresas. Já fabriquei o queijo brie, da França, queijos de cabra, manteiga. Enfim, já fiz um pouco de tudo”, contou Jean Marie.
Jean Marie explicou que o laticínio faz cinco tipos de queijo de vários tamanhos e formatos. As receitas seguem basicamente as mesmas etapas. Primeiro, o leite, já aquecido, recebe uma dose de fermento e coalho. Depois de alguns minutos, com o leite já coalhado, entra em ação a lira mecânica. Ela vai partindo a massa em pedaços pequenos.
Os pedaços são bombeados para um tanque retangular. Uma tampa comprime lentamente a massa para expulsar o soro. Na sequência, o material com aparência de um queijo branco é cortado e colocado em formas de plástico. Em seguida, as formas são levadas para uma segunda prensa.
Depois, os trabalhadores retiram os queijos das formas. As peças são levadas para um banho na salmoura. Após algumas horas, é a vez de uma ducha especial.
“Esse líquido contém água, sal e bactérias invisíveis a olho nu. Elas foram desenvolvidas especialmente para a receita. As bactérias contribuem para o sabor da massa e para a formação da casca do queijo”, explicou Jean Marie.
Para um dos cinco queijos fabricados no laticínio a ducha é reforçada com um ingrediente especial: a cerveja de Chimay.
Na etapa final, os queijos são levados para as caves. São salas que têm temperatura e umidade controladas. Os produtos ficam em prateleiras de quatro semanas a oito meses, segundo o tipo.
O laticínio da abadia vende cerca de mil toneladas de queijo por ano. Metade fica na Bélgica e metade é exportada principalmente para a França, o Japão e os Estados Unidos.
Qual será o sabor desses produtos? Quem respondeu foi Alain Hotelet, o responsável comercial. “Este é o queijo clássico, que foi o primeiro a ser fabricado pelos monges. Ele é muito suave e, por isso, apreciado por um público amplo. Já, o segundo tipo, o grand cru, leva mais tempo na maturação. É um queijo com aroma mais marcante e um gosto mais forte”, detalhou.
Mais alto e alaranjado, o vieux chimay chega a ficar oito meses nas caves. É um queijo seco, ótimo para ser consumido em cubos, como aperitivo.
Bem diferente do poteaupré, com massa cremosa e cheiro forte, é um produto para quem gosta de queijos com personalidade. Bronzeado e mais robusto, o queijo na cerveja é o mais famoso e o mais vendido pelo laticínio.
Os queijos dos monges de Chimay não estão entre os mais baratos nem os mais caros da Europa. O queijo na cerveja, por exemplo, custa o equivalente a R$ 40 o quilo.
 

Três pessoas morrem após trem colidir com carro nos EUA


Mais de 200 são detidos após conflito entre polícia e indignados em Oakland


Mais de 200 pessoas foram detidas na cidade americana de Oakland, Califórnia, na noite de sábado (28), após os confrontos registrados entre manifestantes e policiais, nos quais pelo menos três oficiais e um manifestante ficaram feridos.
Os choques aconteceram quando uma manifestação do movimento "Ocupem Oakland" resultou em um confronto entre os manifestantes, que começaram a levantar barricadas, e a polícia, que lançou gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha.
Manifestantes correm entre o gás lacrimogêneo jogada pela polícia durante conflitos no sábado (28) (Foto: AP/Michael Macor/San Francisco Chronicle)Manifestantes correm entre o gás lacrimogêneo jogada pela polícia durante conflitos no sábado (28) (Foto: AP/Michael Macor/San Francisco Chronicle)
Segundo um comunicado da polícia de Oakland, os agentes, que começaram sua intervenção quando os manifestantes "começaram a destruir material", foram atacados com "garrafas, canos de metal, pedras, garrafas de spray, rojões e artefatos explosivos improvisados", e responderam lançando gás lacrimogêneo.
A maioria das detenções aconteceu quando os manifestantes bloquearam diferentes pontos da cidade e entraram em alguns prédios, como o da prefeitura.
O movimento chegou a queimar uma bandeira americana retirada de um prédio do governo em Oakland (Foto: Beck Diefenbach/AP)O movimento chegou a queimar uma bandeira americana retirada de um prédio do governo em Oakland (Foto: Beck Diefenbach/AP)
Jovem do 'Ocupem Oakland' é detida pela polícia (Foto: Beck Diefenbach/AP)Jovem do 'Ocupem Oakland' é detida pela polícia (Foto: Beck Diefenbach/AP)

Brasileiro se torna 'caçador' de aurora boreal na Noruega

A curiosidade em desvendar os mistérios em torno das auroras, fenômenos que acontecem em regiões próximas aos polos terrestres, tem levado grupos de brasileiros a enfrentar o frio da região do Ártico para conhecer de perto a ˜dança das luzes˜.

Neste domingo (29), um grupo de 75 pessoas parte para a Noruega juntamente com o advogado carioca Daniel Japor Garcia, 37 anos, que se especializou em guiar conterrâneos pelas terras gélidas do país nórdico, um dos países do Hemisfério Norte afetados pelas tempestades solares.
Com quatro viagens na bagagem, Japor pode ser surpreendido junto a outros turistas brasileiros em 2012 por atividades solares mais intensas, já constatadas pelos cientistas na última semana, que resultaram na aurora boreal mais forte dos últimos seis anos.
Aurora boreal (Foto: Divulgação/Daniel Japor)Aurora boreal observada na cidade norueguesa de Svalbard. (Foto: Daniel Japor / Divulgação)
“Equipes que estavam na região quando as luzes apareceram disseram que nunca viram nada parecido. Espero conseguir visualizar alguma 'rebarba' desta aurora forte”, disse.
Curiosidade
A expedição vai passar pela cidade de Svalbard, a Ilha de Tromso, além do arquipélago de Lofoten -- todas localidades do território norueguês -- e acontecerá durante o melhor período de visualização, que vai de janeiro e março, quando o céu da região fica quase sem nuvens.
O carioca conta que sempre teve curiosidade em conhecer a aurora boreal. Em 2006, durante uma viagem à Europa, teve a oportunidade de admirá-la pela primeira vez.
“Na hora, chorei de emoção. Porém, senti um pouco de dificuldade em conseguir ir aos locais onde poderíamos ver melhor este fenômeno. Na segunda vez que fui para lá, treinei as rotas e, a partir desta experiência, comecei a formar grupos de interessados na aventura”, disse.
“Na última vez que a vi, em fevereiro de 2011, foi em Svalvard. Foi muito forte, tanto que a neve parecia acender. Parecia que a gente conseguia pegar com a nossa mão, de tão intenso que foi, embora estivesse a cerca de 100 km de distância da superfície terrestre˜, disse.
Segundo Japor, para guiar o grupo por estradas com neve, entre montanhas e longe das grandes cidades, ele teve que se aprofundar na geografia da região, além de aprender a operar equipamentos que conseguem detectar as atividades solares.
“Acabamos estudando um pouco de astronomia e climatologia. Existem vários sites que apontam onde vão ocorrer essas atividades, que dependem da intensidade das tempestades solares. A partir destas informações, seguimos para a caçada˜, afirma. “Porém, tem dia que mesmo com o tempo aberto a aurora não aparece˜, disse.
Nesta expedição os brasileiros serão divididos em dois grupos. A viagem dura em média 11 dias e custa aproximadamente R$ 10 mil por pessoa.
Aurora boreal (Foto: Divulgação/Daniel Japor)O advogado e 'caçador de aurora' Daniel Japor já foi
4 vezes para o Ártico.(Foto: Daniel Japor/Divulgação)
Tempestade solar
A atividade solar também afeta o Polo Sul, onde o fenômeno recebe o nome de aurora austral. Já na parte de cima da Linha do Equador, as fortes luzes do espetáculo visual podem ser vistas na Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Rússia, parte da América do Norte e na Escócia.
As auroras podem causar alterações nos sistemas de satélites e pode afetar comunicação por rádio nos polos. A aurora boreal da última semana atingiu grau 3, de uma escala utilizada pela agência espacial norte-americana (Nasa) que vai até 5.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), a navegação aérea e as plataformas petrolíferas também podem ser afetadas nestas regiões devido ao fenômeno espacial.

Referência em educação, Coreia do Sul atrai estudantes brasileiros

Duas aprovações no vestibular da Universidade de São Paulo (USP), uma para o curso de matemática e outra para engenharia, não foram suficientes para que Leonardo Saturnino Ferreira, de 21 anos, morador de São Paulo, tivesse entusiasmo para concluir o ensino superior no Brasil. Depois de um processo seletivo que inclui análise de documentos, currículo e perfil, entrevista em inglês e aprovações na embaixada, no governo e em instituições de ensino, Ferreira conseguiu realizar o sonho de sua vida: conquistou uma bolsa de estudos para cursar engenharia elétrica na Universidade de Seul, na Coreia do Sul, e está prestes a embarcar para um dos países com a melhor educação do mundo.

Assista, ao lado, matéria sobre a educação da Coreia do Sul que foi ao ar pelo Jornal da Globo em 18 de novembro de 2010.
Além de Ferreira, outros dois brasileiros seguirão o mesmo rumo: Nicolas Mileli, de 21 anos, do Rio de Janeiro, e Daniel Baumel Garcia, de 24 anos, do Paraná. Os três foram contemplados pela bolsa do National Institute for Internacional Education (Niied), departamento do governo, e ficarão cinco anos na Coreia do Sul com as despesas totalmente pagas. O primeiro ano será destinado ao curso de coreano, nos quatro seguintes os brasileiros farão a graduação escolhida. O programa contempla estudantes do mundo todo.
Fã da cultura oriental, Ferreira já estudou japonês, e se apaixonou pela Coreia do Sul aos 15 anos, quando leu uma reportagem em uma revista na casa da avó sobre a educação sul-coreana. Desde então, coleciona objetos do país, e pesquisa e lê tudo que pode.
Filho de uma maquiadora de efeitos de especiais e de um cineasta, Ferreira nunca pensou em trabalhar com artes. A afinidade sempre foi maior com números e tecnologia. Estudar na Coreia do Sul, para ele, significa reunir essas paixões num país que considera exemplo de disciplina e seriedade.
Referência em ensino e tecnologia, a Coreia do Sul aparece com destaque no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Está em quarto lugar em matemática e em segundo no quesito leitura do ranking mundial. “A Coreia leva a educação muito a sério. No dia do vestibular, por exemplo, até o espaço aéreo é fechado para não atrapalhar os estudantes. Aqui no Brasil quem estuda é considerado um cara estranho. Lá na Coreia, é um cara admirado. A competição vai me fazer ser cada vez melhor”, diz Ferreira.
Desde adolescente Leonardo é fã da cultura oriental (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)Desde adolescente, Leonardo é fã da cultura
oriental  (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
Filho único, o estudante pretende voltar ao Brasil nas férias, a cada seis meses, mas está entusiasmado com as novidades, entre elas, a de morar em uma república e trocar o clima de um país tropical por temperaturas baixas. “Minha vida vai mudar de cabeça para baixo, mas ainda não caiu a ficha. Acho que só quando eu entrar no avião.”
Durante o curso, o estudante pretende trabalhar. Uma opção é dar aulas de inglês. Ferreira também já tem planos para depois da conclusão do curso. Quer trabalhar na área de telecomunicações e fazer com que a tecnologia de ponta da Coreia também seja realidade no Brasil. “Não sei onde vou estar, onde vou trabalhar, mas gostaria de fazer a tecnologia e a educação serem mais acessíveis no Brasil e no mundo, e que elas não fossem febre apenas na Coreia.”
Daniel Garcia foi outro brasileiro contemplado pela bolsa de estudos (Foto: Arquivo pessoal)Daniel Garcia foi outro brasileiro contemplado com
a bolsa de estudos (Foto: Arquivo pessoal)
Longe da medicinaDaniel Baumel Garcia, de 24 anos, também vai estudar na Coreia do Sul. Optou pelo curso de engenharia da computação, mas quase seguiu a carreira dos pais e se tornou médico. Estudou medicina por quatro anos, e abandonou o curso por falta de afinidade. Como sempre gostou de desenho e tecnologia, foi estudar desenho industrial, mas não concluiu o curso - se tivesse finalizado não poderia disputar a bolsa de estudos do governo da Coreia.

Em 2009, Garcia decidiu aprender japonês, já que possui inglês fluente e tem bom domínio de espanhol. O estudante conta que durante o curso se interessou pela Coreia e passou a pesquisar mais sobre ela na internet. Em julho de 2010 visitou o país pela primeira vez. Ganhou um intercâmbio de uma semana e esticou a viagem por mais 15 dias por conta própria.
"Fui sozinho e não conhecia ninguém. Na época não sabia nada do idioma. Na primeira semana em Seul foi como se eu nunca tivesse visto nada na minha vida, foi como descobrir um mundo novo. É um choque cultural muito grande, porém positivo", afirma Garcia.
Estudantes fazem prova em sala de aula de colégio de Gwangju, a 324 km de Seul (Foto: Ahn Hyun-Joo/Newsis/Reuters)Estudantes fazem prova de acesso à universidade em sala de aula de colégio de Gwangju, a 324 km de Seul (Foto: Ahn Hyun-Joo/Newsis/Reuters)
De volta ao Brasil, Garcia decidiu traçar novos planos. "Pensei: é aqui [na Coreia] que quero passar mais tempo da minha vida e comecei a pesquisar mais sobre bolsas de estudo." Em 2010, disputou a bolsa do governo coreano, mas não foi aprovado, segundo ele, porque estava menos preparado que agora.
A mudança de país não assusta o estudante que já mora sozinho em Curitiba, enquanto os pais estão no interior do Paraná. Para ele, não haverá dificuldade de adaptação, nem mesmo com as questões culturais. "É o que eu quero, no país que eu quero. O que a Coreia representa em termos de engenharia e tecnologia é perfeito. Tem uma das melhores educação do mundo, e estudar qualquer curso lá já seria bom." Garcia diz que vai seguir viagem "com a mente aberta e acreditar que vai dar tudo certo."

Seap divulga foto de FB com uniforme de presidiário no Rio


A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou uma foto do traficante Fabiano Atanázio da Silva, conhecido como FB, com uniforme de presidiário e os cabelos raspados. Ele está preso desde a tarde de sábado (28) no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
FB era um dos homens mais procurados pela polícia do Rio e foi preso na noite de sexta-feira (27) em São Paulo. O Disque-Denúncia oferecia R$ 10 mil de recompensa por informações que levassem à prisão do traficante.
No sábado, o delegado Antenor Lopes Júnior, da 25ª DP (Engenho Novo), disse que FB confessou que comandou a fuga de traficantes do Conjunto de Favelas do Alemão, em 2010. FB chegou ao Rio na manhã de sábado, depois de ser preso em São Paulo com outros três suspeitos, entre eles o traficante conhecido como Claudinho CL. Após desembarcar no Rio, os dois foram levados para o prédio da chefia de Polícia Civil, no Centro.

Ao ser preso em Campos do Jordão, FB "não ofereceu resistência nem demonstrou animosidade", disse o delegado, que está à frente da investigação que resultou na prisão. A casa onde ele estava era de luxo e foi alugada por R$ 18 mil por mês, contou o delegado. O oficial não quis dar mais informações sobre a investigação.
Fuga de traficantes do Alemão (Foto: Reprodução/TV Globo)Fuga de traficantes do Alemão em 2010
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Segundo a polícia, FB disse ainda que continuava a comandar o tráfico de drogas em outras favelas do Rio, como Chatuba e Juramento. A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, ressaltou que em 11 meses de gestão já foram presos 20 traficantes importantes, 8 deles foragidos do Alemão.

Segundo a assessoria, ao ser informado por Martha Rocha da prisão do traficante o secretário de Segurança José Mariano Beltrame informou que vai solicitar a transferência de “FB” para um presídio federal.
Férias em Campos de Jordão
O delegado contou que FB é uma pessoa bem articulada e inteligente e conversou bastante com ele. Segundo o policial, o traficante disse que estava gostando muito de Campos de Jordão, onde estava havia uma semana de férias, frequentando bons restaurantes e lojas. Na garagem da casa, foi encontrada uma BMW e uma moto, segundo a polícia.
Segundo Antenor Lopes Júnior, FB e Claudinho CL eram amigos de longa data.
“Estou satisfeita com essas prisões porque eu estava em dívida com a Penha, onde nasci", disse a delegada.
Tanto Martha Rocha quanto o delegado Antenor ressaltaram que a prisão de FB e Claudinho CL são uma grande vitória contra o tráfico de drogas.
"Não podemos esquecer que Claudinho CL é acusado de matar em 2008 o tenente-coronel José Roberto do Amaral Lourenço, diretor do presídio de Bangu 3", disse Martha Rocha.
Histórico de crimes
A secretaria de Polícia Civil preparou um currículo criminoso dos dois presos onde consta que Claudinho CL "atualmente estava à frente do tráfico de drogas dos morros do Cajueiro e Congonhas." Ele seria um dos responsáveis pelas constantes tentativas de invasão do Morro da Serrinha, controlada por uma facção rival à dele, informou a secretaria.
Já FB é citado pela secretaria como ex-chefe do tráfico de drogas da Vila Cruzeiro. "FB em 17 de outubro de 2009 comandou um ataque ao Morro dos Macacos, também na Zona Norte, onde traficantes derrubaram um helicóptero da Polícia Militar, matando dois policiais”, diz o documento.
Segundo a secretaria, "FB foi um dos principais protagonistas de uma onda de atraques a vários pontos do Rio, culminando com a tomada das Forças Policiais ao Complexo do Alemão, em novembro de 2010."

Ele também foi um dos mentores do sequestro de diplomatas chineses em 2008 e do ataque a policiais da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) em novembro de 2009, próximo à Favela de Manguinhos, informou a secretaria.

FB era considerado foragido da Justiça desde 2002, quando estava preso após a tentativa de invasão da comunidade Faz-Quem-Quer, em Rocha Miranda, no subúrbio, e, beneficiado pelo regime semiaberto, não mais voltou ao Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, na Região Metropolitana.

A polícia chegou ao paradeiro de FB, após uma investigação que começou com a descoberta de um sítio em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, alugado pela facção criminosa que ele comandava. No local, os policiais descobriram farto material de munição e armas escondidas.
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