domingo, 4 de março de 2012

Operação conjunta com PM do Ceará apreende armas e munições na PB


Uma operação conjunta entre as Polícias Militares da Paraíba e do Ceará, realizada na manhã do sábado (3), resultou na apreensão de uma grande quantidade de armas e munições na cidade de Cachoeira dos Índios, localizada no Sertão paraibano, a 493 km da capital João Pessoa. De acordo com o 6° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Cajazeiras, o material foi encontrado com um comerciante de 72 anos, preso em flagrante por posse ilegal de armas. A polícia teria chegado até o suspeito por meio de denúncias anônimas.
Segundo a PM, na casa do aposentado foram encontrados três revólveres, sendo um calibre 22 e dois calibre 38, uma espingarda calibre 12 e outra calibre 28, além de cinco espingardas artesanais e mais de 100 munições compatíveis com as armas apreendidas.
Após ser detido, o comerciante foi levado até a delegacia de Cajazeiras para prestar depoimento. De acordo com a PM, o suspeito poderá responder não só por posse ilegal, mas por compra e venda ilegal de armas, devido à grande quantidade de armas e munições que estavam sob sua posse.

Pai e filho são assassinados dentro de casa em João Pessoa, diz polícia

A Polícia Civil de João Pessoa registrou três assassinatos na noite do sábado (3), sendo um duplo homicídio na comunidade Condomínio da Paz, no bairro do Valentina Figueiredo. De acordo com a polícia as duas vítimas eram pai, de 48 anos, e filho, de 16. O crime aconteceu por volta das 22h30. Na Praça da Mangueira, no bairro Alto do Mateus, um outro jovem de 18 anos foi morto a tiros por volta das 23h, conforme a polícia.

Segundo a Delegacia de Homicídios de João Pessoa, pai e o filho mortos não tinham nenhuma relação com o tráfico de drogas na área ou passagem pela polícia. O pai trabalhava como motorista de transporte escolar e o filho o ajudava enquanto não estava estudando.
Segundo informações repassadas por parentes das vítimas à Polícia Civil, os criminosos arrombaram a porta da casa procurando pelo motorista. O filho teria morrido ao tentar defendê-lo, pedindo que o pai não fosse executado. Uma outra filha do motorista ficou ferida, com hematomas pelo corpo.
A principal suspeita é de que o dono da casa tenha sofrido vingança por conta de algum tipo de denúncia feita à polícia. Os suspeitos foram identificados, mas não houve prisões até as 10h deste domingo (4).
Já o jovem de 18 anos assassinado no Alto do Mateus seria usuário de drogas e teria envolvimento com o tráfico. Apesar destas informações, nenhum envolvido no crime foi preso. Os três corpos foram encaminhados para a Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), em João Pessoa.

Prefeitura de João Pessoa inscreve para 600 vagas de estágio


A Prefeitura de João Pessoa abre inscrições nesta segunda-feira (5) para o preenchimento de 600 vagas de estágio no projeto Apoio Pedagógico, que é realizado em escolas da rede municipal. Podem participar estudantes dos cursos de Pedagogia, Letras, Ciências Biológicas e Matemática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). São oferecidas bolsas de R$ 500 para 20 horas semanais de estágio, cujo início está previsto para abril. O edital pode ser consultado no site da Prefeitura.
As inscrições serão recebidas até 16 de março, das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Centro de Capacitação de Professores, localizado na Avenida Beira Rio, nº 2727, no bairro de Tambauzinho. Os candidatos devem apresentar documentos originais e cópias da cédula de identidade, cadastro de pessoa física, comprovante de residência e histórico escolar atualizado.
Segundo o coordenador técnico do projeto Apoio Pedagógico, além de oferecer bolsa mensal, a experiência permite a vivência prática em sala de aula e os estudantes têm orientações semanais com planejamento pedagógico e oficinas de capacitação com professores da universidade.

Dupla leva susto ao dar de cara com jiboia ao tirar compras de porta-malas


Duas mulheres levaram um susto ao abrir o porta-malas de um carro que haviam alugado no Condado de Brevard, no estado da Flórida (EUA), e encontrarem uma jiboia quando foram retirar as compras do local, segundo reportagem da emissora "WFTV"
Réptil foi capturado pela agência de controle de animais. (Foto: Reprodução)Réptil foi capturado pela agência de controle de animais. (Foto: Reprodução)
As mulheres disseram que a cobra estava enrolada nos sacos de compras do supermercado. "Quando abri o porta-malas, pulei para trás", disse Kathy Murphy.
O réptil foi capturado pela agência de controle de animais do condado.
Mulheres acharam jiboia no porta-malas de carro. (Foto: Reprodução)Mulheres acharam jiboia no porta-malas de carro. (Foto: Reprodução)

Trio rouba combustível, mas deixa rastro de óleo na fuga e acaba preso


Um trio foi preso em St. Augustine, no estado da Flórida (EUA), após roubar combustível de um depósito, mas deixar um rastro com mancha de óleo durante a fuga. Segundo o jornal "St. Augustine Record", os suspeito deixaram um rastro de quase 2,5 quilômetros.
A polícia acredita que a mancha de óleo foi ocasionada por um vazamento nos recipientes improvisados usados pelo trio. Seguindo o rastro deixado pelos ladrões, os policiais chegaram à prisão de Andre McDuffie, Joshua Lee Putnan e Holly Marie Bradley.
A partir da esquerda, Holly Marie Bradley, Joshua Lee Putnam e Andre McDuffie. (Foto: Divulgação)A partir da esquerda, Holly Marie Bradley, Joshua Lee Putnam e Andre McDuffie. (Foto: Divulgação)

Atriz brasileira estrela série premiada nos EUA que agora estreia no Brasil


Que tipo de atração pode exercer no público brasileiro uma série de tevê como “Homeland”? Ela trata de um soldado dos EUA que regressa ao lar depois de oito anos desaparecido no Iraque – desconfiava-se que estivesse morto, inclusive. Um programa assim terá algum apelo junto à audiência de um país que não convive no cotidiano com a hipótese de uma ocorrência terrorista? Na opinião da atriz Morena Baccarin, sim: terá.
Morena Baccarin fala sobre o seriado 'Homeland' (Foto: Cauê Muraro/G1)Morena Baccarin esteve em um hotel em São Paulo para divulgar 'Homeland' (Foto: Cauê Muraro/G1)
Intérprete da esposa do militar em questão, Morena partilha a impressão de que assuntos como “terrorismo” e “11 de setembro” dizem respeito “ao mundo inteiro”. Em um encontro com o G1 na última semana, em um hotel em São Paulo (SP), ela observou também que “Homeland” não aborda exclusivamente controvérsias entre nações ou religiões: “Fala de relações humanas [o casal tem dois filhos], de [como] lidar com uma pessoa que foi para a guerra”.
Morena não foi escolhida ao acaso para vir ao Brasil divulgar o seriado, que acaba de ganhar o do Globo de Ouro por sua primeira inaugural, já exibida lá fora. Por aqui, estreia neste domingo, no canal a cabo FX, às 22h. A atriz nasceu no Rio de Janeiro, em 1979 – mudou-se com os pais para os EUA quando era criança. Até aqui, seu papel mais marcante tinha sido o de uma alienígena, Anna, da série “V” (2009-2011). Era um personagem bastante distinto da Jessica de “Homeland”, uma mulher que já tinha conhecido um novo namorado quando, inesperadamente, o marido retornou.
Embora integre o elenco central, a brasileira não é a protagonista: a função cabe a Claire Danes, que levou o Globo de Ouro pelo trabalho. Destacou-se como a agente da CIA que sofre de transtorno bipolar e está muito desconfiada das intenções do soldado que regressa como herói nacional. O rosto de Morena não figura agora no cartaz promocional do seriado – ao contrário do que acontecia em “V”. Mas ela afirma, sempre em português, não se incomodar ou pensar nisso. Leia, a seguir, trechos da conversa.
G1 – Na época do lançamento de “V”, você dizia que estava surpresa com sua popularidade aqui no Brasil, com o fato de fãs terem lhe recebido no aeroporto, com fotos, autógrafos. E agora, como foi?
Morena – Mas ainda é surpreende, ainda é uma coisa com que eu não me acostumo, que é estar no Brasil e as pessoas me reconhecerem. Eu estava no metrô outro dia, no Rio, e tinha um menino que ficava olhando. Aí, ele sentou mais perto e tirou o telefone [do bolso]. Ficava olhando alguma coisa no telefone – para ver se era eu mesmo! (risos) Aí, ele disse: “É você, aqui?!” [apontando para a tela do telefone]. Eu acho engraçado, porque realmente eles não esperam que eu vou estar no Brasil...
G1 – Mas essa fama é sempre por causa do “V”, não?
Morena –
 Não. Aliás, está acontecendo mais por causa do “Homeland” também.
G1 – Sua personagem em "V" era má. Já em “Homeland”, você vive uma vítima, existe outro tipo de conflito. Como foi essa preparação?
Morena –
 O gostoso de ser ator é poder mudar e fazer vários papéis diferentes, né? E eu gostei tanto do roteiro [de “Homeland”], que conectei imediatamente com esse personagem. E ela [Jessica] é uma pessoa que é, como se diz, vítima da situação – mas ela não se faz de vítima, não fica chorando. É ele [o marido] que fica chorando no canto do quarto. Ela vai trabalhar, tem os filhos para sustentar, e está tentando se conectar com ele sempre, ajudar. É uma pessoa muito forte que consegue fazer isso.
Como a Anna [de “V”], aliás, que também é muito forte, mas a Anna pelo lado mal (risos). A Jessica tem o conflito de se apaixonar por outro homem e de o marido voltar depois de ela achar que ele está morto. Ele volta um homem mudado, com trauma, que não conecta com os filhos nem com a mulher...
G1 – Você chegou a encontrar alguém que passou essa situação?
Morena –
 Eu já conversei com algumas pessoas... E olhei muito na internet, os grupos de suportes para as mulheres que são casadas com militares.
G1 – Fez contato com alguma delas?
Morena –
 Não, não fiz contato pessoalmente.
G1 – Alguma história marcou mais você?
Morena –
 Aprendi muitas coisas. Primeiro, uma coisa que até a gente usou no programa: elas não mudam os móveis [de lugar], não mudam nada da casa, deixam tudo igual, para quando o cara voltar, ele não sentir que perdeu uma fase da vida, uma fase da família.
G1 – A que você atribui a boa recepção que a série tem, tanto pela audiência quanto pela crítica. Algo a ver com a temática mesmo?
Morena –
 São várias coisas. A temática é importante e também interessante. A gente faz umas perguntas meio difíceis, do herói de repente não ser o cara do bem. E também acho que é um programa muito bem escrito. Sempre existe um gancho no final de cada capítulo. 
G1 – Os personagens centrais de “Homeland” são ambíguos, e ao mesmo tempo o tema da série é muito ligado ao cotidiano recente dos EUA. Acha que algo dessa ambiguidade se perde para o público brasileiro que vai assistir à série e que não lida no dia a dia com essa realidade?
Morena –
 Eu acho que não perde... É uma coisa que o americano tem de lidar toda hora, mas eu acho que o mundo tem de lidar com isso, com esse esquema de medo, de espionagem, de terrorismo...
Não é só o terrorismo de Al-Qaeda contra os EUA, é o mundo inteiro, realmente. Por exemplo, no Brasil a gente vive muito com medo de ser assaltado, de acontecer um sequestro, alguma coisa assim. É a realidade de vida em muitos países, pode ser na forma de um assalto ou uma bomba no metrô. E também o nosso programa não fala só disso. Fala de família, do núcleo da família, de relações humanas, de [como] lidar com uma pessoa que foi para a guerra – e vários países do mundo estão lidando com isso. E tem esse tema da Claire [Danes], de o papel dela ser bipolar. Essa mulher que se sente culpada, porque aconteceu um ataque e ela não viu. Muita gente não fala disso, que tem profissionais que trabalham e têm essa doença.
G1 – Acredita que uma protagonista bipolar atrai o público?
Morena –
 Com certeza. Acho que é uma coisa em que as pessoas estão interessadas. É um gancho do programa que é interessante: uma mulher que tem paranoia, que é bipolar, mas que está acertando numa coisa. E as pessoas [os outros personagens] não acreditam nela.
G1 – Mudando de assunto, no último domingo teve a entrega do Oscar. Você assistiu?
Morena –
 Não, não assisti, porque eu estava curtindo a vida em Paraty (risos).
G1 – Vai sempre para lá?
Morena –
 Não, eu sou do Rio, fui só para conhecer.
G1 – Pergunto sobre o Oscar porque muita gente diz que a “vida inteligente” migrou do cinema para a tevê. Concorda?
Morena –
 Tem muitas coisas ótimas na televisão, que são superiores a roteiros de cinema. Mas também tem filmes muito bons que não dá para fazer na televisão, porque não tem como esticar a história... Eu ainda não vi “O artista”, é o único [dentre os indicados ao Oscar de melhor filme] que não consegui ver até agora. Mas vi todos os outros, e tem uns filmes muito legais.
G1 – Dentre esses todos, tem o “Tão forte e tão perto”...
Morena –
 É muito bonito.
G1 – Lembrei dele porque você falava que “Homeland” é também sobre família, e "Tão forte e tão perto" – assim como o livro em que ele se inspira – mostra os efeitos do 11 de setembro na vida de uma família, com o olhar de um menino de nove anos. Na época do lançamento, em 2005, o livro recebeu críticas porque talvez fosse muito cedo para falar deste tema. O que pensa disso?
Morena –
 Eu acho que agora é a realidade da nossa história. Passaram dez, 11 anos, e marcou a vida de muita gente, no mundo inteiro, que ainda está sentido a repercussão disso. É uma coisa que não tem como ignorar. Se você vai escrever um roteiro que é baseado em 2005, então não tem como não usar [esse tema]. É parte da história dos EUA. E do mundo, acho.
G1 – Mas agora parece que o assunto já não é tão "condenável".
Morena –
 Acho que depende do jeito que a história [o roteiro] é escrita. Se você for fazer o relatório de uma coisa focando muito no prédio, no que aconteceu, de repente é uma coisa muito forte. Mas o que eu achei interessante no filme é que é a vida de um menino, de como ele lidou com a morte do pai, a culpa que ele sentiu... O filme é sobre aquilo [o 11 de setembro] mas também não é: ele é sobre a família.
G1 – Numa entrevista em 2010, para o Jô Soares, você dizia que era mais engraçada em inglês do que em português.
Morena –
 É verdade (risos)...
G1 – Você é bastante americana, mas ao mesmo tempo talvez tenha um entendimento melhor que um americano teria sobre esse papel do estrangeiro, a ideia de que o estrangeiro pode representar uma ameaça. Ao fazer essa série, sua perspectiva sobre o isso mudou?
Morena –
 Eu achei interessante... Mas não é que o estrangeiro é ameaça. É uma coisa com que a gente tem que lidar por causa desse lance de fé fanática. O terrorismo existe por isso. E também por questões políticas. É menos a ver com religião, com cultura, e mais a ver com fanatismo, de acreditar demais nessa coisa... Sendo brasileira, não afetou muito esse personagem. Eu trago quem eu sou para o personagem, mas não afetou...
G1 – O que você traz para o personagem?
Morena –
 Meu corpo – sei lá, não sei (risos)...
G1 – Além das obviedades, quero dizer.
Morena –
 É difícil falar sobre isso, porque sempre acho que estou vestindo outra pessoa, que não sou eu. Porque acho mais fácil interpretar quando você não está tão vulnerável, quando não é você. Mas tem partes de mim em todos os personagens. Ela é uma pessoa forte, que fez o possível para proteger a família. É uma coisa que eu entendo.
G1 – Como é ter menos tempo de tela, talvez menos cenas, do que você tinha em “V”, quando você era a protagonista?
Morena –
 Olha, eu não penso muito nisso. É um programa que eu amo, a história é muito interessante, sou parte dessa história. E o resto é fora do meu controle.
G1 – O que você pensa a respeito da possibilidade de trabalhar no Brasil?
Morena –
 Eu penso que seria uma maravilha, só que tem que encaixar direitinho com a agenda...
G1 – Uma novela seria inviável, se você já estivesse comprometida com alguma coisa lá fora. Filmes no Brasil, talvez?
Morena –
 Eu adoraria.
G1 – Tem assistido a filmes brasileiros?
Morena –
 Tenho, bastante. Adoro.

G1 – Tem algum filme de que você gostou mais?
Morena –
 Olha, “Tropa de elite” eu amei. Eu adoro o Wagner Moura, acho ele supertalentoso, muito bom ator. Ele fez um filme “Elysium” [do mesmo diretor de “Distrito 9”, rodado fora do Brasil]...
G1 – Agora parece existir mais espaço para atores brasileiros nos EUA. Tem o Wagner Moura, o Rodrigo Santoro...
Morena –
 E eu... (risos)

“Homeland”: 
Quando: aos domingos (estreia em 4/3), às 22h, no FX.
 


Cinco pessoas ficam feridas em acidente na Zona Leste de SP


Imperador do Japão recebe alta após operação cardíaca


O imperador do Japão, Akihito, de 78 anos, teve alta neste domingo (4) do hospital da Universidade de Tóquio, onde foi submetido a uma operação de 'by-pass' coronário no dia 18 de fevereiro, informou a televisão pública 'NHK'.
A cirurgia foi realizada depois que os exames médicos mostraram uma constrição das artérias de Akihito. A operação de revascularização coronária durou cinco horas, segundo a imprensa local.
O imperador saiu andando do centro hospitalar acompanhado de sua esposa, a imperatriz Michiko, e cumprimentou os jornalistas reunidos na entrada antes de se despedir da equipe médica responsável pela operação.
Imperador do Japão Akihito e imperatriz Michiko se despedem da equipe médica do hospital da Universidade de Tóquio. (Foto: Itsuo Inouye/ AP)Akihito, imperador do Japão, e sua esposa, a imperatriz Michiko, se despedem da equipe médica do hospital da Universidade de Tóquio. (Foto: Itsuo Inouye/ AP)
Akihito foi levado depois de carro para o Palácio Imperial, onde continuará sua recuperação após a cirurgia realizada há 15 dias. Os cirurgiões criaram um desvio para que o sangue pudesse passar de uma artéria coronária para outra. Segundo os médicos, o imperador deve permanecer em repouso por uma semana antes de retormar seus trabalhos oficiais.
No entanto, Akihito espera prestigiar uma grande cerimônia em Tóquio no próximo domingo, que vai homenagear as vítimas do terremoto e do tsunami de 11 de março de 2011.

Para autoridade, brasileiro pode ter morrido de frio em cratera gelada de vulcão


O turista brasileiro Felipe dos Santos, de 28 anos, teria morrido de frio após deslizar cerca de 600 metros e cair em uma cratera gelada de sete metros de profundidade, a cerca de 2 mil metros de altura, quando realizava uma excursão no Chle acompanhado de um grupo e de instrutores no vulcão Villarica, próximo a cidade de Pucón, na região de Araucania.
A informação foi dada à BBC Brasil pelo dono da empresa de turismo Patagônia Andina, Eugenio Benavente, e pelo diretor regional da Corporação Nacional Florestal do Chile(Conaf), Robert Leslie. O acidente ocorreu na quinta-feira e o corpo de Santos foi localizado na manhã deste sábado. A Conaf é ligada ao Ministério da Agricultura chileno e é responsável pelos bosques e parques nacionais do país - o vulcão do qual o brasileiro deslizou situa-se dentro do parque nacional.
''Eu acredito que ele caiu ainda vivo e que se não fosse o mau tempo e o tivéssemos localizado rapidamente, a história poderia ter sido diferente. Eu mesmo subi a montanha à noite para tentar encontrá-lo, mas as condições do clima não ajudaram e tive que descer'', disse Benavente, dono da operadora de turismo que realizou a excursão.
Para ele, o que ocorreu foi uma fatalidade. ''Tenho a empresa há 12 anos e nunca vi nada parecido. Ele tropeçou nele mesmo, caiu para frente, deslizou e o perdemos de vista. Em seguida, veio uma nuvem baixa que impediu toda a visibilidade e a chance de que pudéssemos encontrá-lo imediatamente. Mais tarde, já à noite, voltei ao local sozinho, mas o clima era ruim e não foi possível encontrá-lo, afirmou.
Indícios
Benavente disse que logo após começar a deslizar montanha abaixo, Santos perdeu a ferramenta (parecida com um martelo) usada para frear a queda e só parou nesta cratera onde permaneceu até ser encontrado na manhã deste sábado.
''Este é um turismo de aventura, não um turismo extremo. Existe um perigo, mas ele é baixo. O que aconteceu foi uma fatalidade''. Benavente disse que após o acidente com o turista brasileiro decidiu encomendar sensores magnéticos aos Estados Unidos, a fim de que possa rastrear os turistas que participam de expedições realizadas pela Patagônia Andina.
''Esta é uma região segura e muito bem preparada para o turismo. Mas já encomendei os sensores que os turistas deverão usar. Com isso, do computador, no escritório, vamos saber onde o turista se encontra caso algo assim volte a ocorrer', disse.
O diretor regional da Conaf afirmou que ainda é preciso esperar o resultado da autópsia, mas até agora, destacou, as informações indicam que Santos teria morrido de frio.
''Os primeiros indícios são que ele não morreu da queda, mas de hipotérmica, de frio. Após deslizar pela montanha, ele caiu numa cratera estreita, com gelo e de cerca de sete metros de profundidade. Tudo indica que ele chegou ali vivo porque tirou o relógio que usava e guardou- na mochila, que não estava em seu corpo, mas ao lado dele. Ou seja, ele tirou o relógio, guardou-o na mochila e tirou a mochila', disse.
Ele recordou que a câmera fotográfica de Santos foi localizada na sexta-feira e nela estão os últimos registros do passeio até o topo do vulcão.
O que ocorreu é bastante anormal. Na hora que subiram havia sol e sem vento, mas o tempo mudou repentinamente e antes do previsto'. Nesta época do ano, a temperatura pode variar de doze graus a negativo e a noite é quase sempre muito frio, como contaram à BBCBrasil jornalistas do site Soy Temuco, da cidade de Temuco, capital da Araucanía. 'É frio de congelar e é muito difícil sobreviver', afirmaram.
Vulcão
O Chile possui mais de 500 vulcões, como contou o diretor do Conaf e o Villarica, com 2.800 metros de altura e em atividade, é o mais visitado por turistas no país.
Segundo Leslie, os guias estão ''bem treinados'' e existem exigências para que sejam evitados os acidentes como a restrição de um guia para cada seis turistas.
''Antes de subir, o turista é instruído sobre os cuidados que deve tomar para evitar acidentes. E caso este ocorra, não se deve jamais deixar cair a ferramenta que freia a queda, como ocorreu com Felipe'', disse o diretor. Ele e Benavente lembraram que o vulcão recebeu, segundo dados oficiais, 18 mil turistas no ano passado, superando o número visitas dos anos anteriores, e que o último acidente com morte no em 2006.
Desde 1982, afirma Leslie, só morreram 8 pessoas em acidentes no vulcão. O número, comenta, é um sinal de que caminhadas na região do vulcão não estão ''entre as aventuras mais perigosas. Ao contrário'' disse.
Na quinta-feira, o mesmo dia do acidente com Felipe, um mexicano, de 21 anos, também morreu, ao deslizar da montanha e um chileno se feriu. As primeiras informações indicam que os três estavam no mesmo grupo, apesar de terem contratado operadoras diferentes.
''É tudo muito estranho. Os dois acidentes ocorreram com 10 minutos de diferença. Mas naquele mesmo dia, 200 pessoas subiram o vulcão e nada ocorreu'', disse o proprietário da Patagônia Andina.
Os dois disseram que os brasileiros estão entre os principais turistas que chegam à região. Boa parte deles vêm em busca de turismo ambiental e de aventura.

Vendedores de mate na praia agora são patrimônio do Rio, diz Paes


A partir desta segunda-feira (5), os vendedores de mate e limonada em galão e de biscoito polvilho passam a ser considerados Patrimônio Cultura e Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro. E, mesmo debaixo da chuva que insistiu em cair na manhã deste domingo (4), o prefeito Eduardo Paes fez a festa na Praia do Leme, na Zona Sul da cidade, junto com um grupo de ambulantes itinerantes que vendem esses itens na orla. Eles vão se juntar às baianas vendedoras de acarajé à galeria de personagens típicos do estilo de vida carioca.
"O Rio é feito de ícones como as belas paisagens e o seu povo. E é essa gente do Rio a melhor coisa da nossa cidade. O vendedor de mate é a cara do Rio, um dos mais marcantes de seus personagens. Esses vendedores são a lembraça boa da nossa cidade. Do lugar onde a gente mora a gente tem sempre uma lembrança boa: uma imagem, um cheiro, um som. E o som mais forte da nossas praias é o grito desses vendedores de mate", destacou o prefeito.
Ele lembrou que, no final de 2009, a prefeitura chegou a proibir a venda de mate e limonada em galões nas praias por uma questão de problemas sanitários. Mas, diante dos protestos da população, liberou os ambulantes. Agora, diz Paes, com o alvará que todos os itinerantes vão receber, a qualidade do produto vendido também será garantida.
Animado, o prefeito bebeu mate junto com os ambulantes e até prometeu abrir um concurso para que a população eleja o grito mais criativo e animado dos vendedores de mate.
"O grito deles é um momento marcante de alegria,  alguns fazem quase um repente. Essa alegria, essa descontração é a cara do Rio", disse Paes, depois de pedir a alguns dos cerca de cem vendedores que estavam no Leme para dar seus divertidos e criativos gritos de guerra e de venda.

Tornados destroem cidades e matam ao menos 38 nos Estados Unidos


Equipes de emergência seguem em busca de sobreviventes em diversas cidades atingidas pela série de tornados no Meio-Oeste e no Sul dos EUA neste sábado (3), quando o número de mortos devido aos fenômenos já chega a 38.
Algumas cidades foram praticamente riscadas do mapa, tamanha a destruição.
Em meio ao desespero, histórias tocantes de sobreviventes começam a emergir. como a do bebê que foi encontrado sozinho em um campo a cerca de 16 km de sua casa em New Pekin, Indiana. Segundo uma porta-voz dos serviços de saúde, a criança está internada em condições críticas em um hospital infantil de Louisville, no Kentucky.
As identidades do bebê e da família não foram reveladas.
Os temporais originaram vários tornados que seguiram um trajeto da Costa do Golfo para os Grandes Lagos. As mortes foram registradas nos estados de Alabama, Indiana, Kentucky e Ohio. A dimensão dos sérios prejuízos ainda não foi calculada.
As tempestades ocorrem no momento em que a população se recupera de outra série de tornados, que matou 13 pessoas no início da semana.
O Serviço Meteorológico Nacional recebeu 269 informes de tornados, em sete estados dos EUA, até às 10h (horário local). Durante o mês de fevereiro, o número de chamadas foi de 189.
O prefeito de Marysville, na fronteira entre Indiana e Tennessee, revelou que a cidade "foi riscada do mapa".
3 de março - Aviões foram revirados pelo força do vento em um aeroporto de Dallas, na Geórgia (Foto: Tami Chappell/AP)Pequenos aviões foram revirados pelo força do vento em um aeroporto de Dallas, na Geórgia (Foto: Tami Chappell/AP)
"Esta é uma situação particularmente perigosa", advertiu o serviço meteorológico nacional.
"É possível que haja tornados destrutivos, granizo de até 6,4 centímentros, rajadas de ventos de até 112 km por hora e relâmpagos perigosos".A maioria dos tornados desta sexta-feira ocorreu no condado de Madison, Alabama, onde casas foram destruídas, automóveis, virados, e linhas de energia e árvores, derrubadas.
Casas ficaram destruídas na cidade de Moscow, em Ohio (Foto: AP)Casa destruída na cidade de Moscow, Ohio (Foto: AP)
Em Kentucky, a polícia da Guarda Nacional e do Estado ainda não conseguiu precisar o número de desaparecidos. Em Indiana, diversas estradas municipais que ligam comunidades rurais desapareceram.
Esta última onda de tornados surge quando a população se recupera dos estragos deixados em seis estados por tornados na terça e quarta-feira.
A cidade de Harrisburg, em Illinois, foi a mais atingida por um grande tornado que devastou uma ampla área na quarta-feira, deixando seis mortos e mais de 100 feridos.
Em 2011, os tornados mataram 545 pessoas nos Estados Unidos, no que foi a temporada mais mortífera destes fenômenos desde 1936.
Vistas aéreas mostram destruição em Marysville (esq.) e Henryville, ambas em Indiana, neste sábado (3) (Foto: AP)Vistas aéreas mostram destruição em Marysville (esq.) e Henryville, ambas em Indiana, neste sábado (3) (Foto: AP)
Moradora protege criança após passagem de tornado na cidade de Metro Piner, no Kentucky.  (Foto: AP)Moradora protege criança após passagem de tornado na cidade de Metro Piner, no Kentucky. (Foto: AP)


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