quarta-feira, 23 de maio de 2012

Chuva chega com 30 dias de atraso na Paraíba, diz meteorologista


O período chuvoso previsto para o outono começou com 30 dias de atraso na Paraíba, de acordo com a meteorologista Carmen Becker, da Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba (Aesa). O fenômeno veranico foi, segundo o meteorologista Alexandre Magno,  o responsável pelas chuvas tardias na região. Pela previsão dos especialistas, os paraibanos já podem começar a andar com o guarda-chuva dentro da bolsa porque vem mais chuva por aí.
As regiões Agreste, Brejo e Litoral amanheceram nesta quarta-feira (23) com o céu nublado e com chuva moderada. Carmen Becker explicou que a chuva também atingiu, de forma moderada a fraca, os pontos localizados no Sertão e Cariri, que estão sofrendo com as estiagens. "Não atingiu todas as regiões prejudicadas pela estiagem. A chuva foi rápida nessas regiões  e ainda não é a quantidade suficiente para estabilizar a situação", explicou Carmen Becker.
Com as chuvas, a temperatura baixou em algumas regiões da Paraíba, principalmente no Agreste e Brejo. Em Campina Grande, localizada no Agreste do estado, a máxima atingiu 26ºC e a mínima 20ºC. Segundo Carmen são temperaturas consideradas normais para a época do ano. "O que estava anormal era a temperatura alta durante o dia por conta da falta de nebulosidade na região", Carmen Becker disse ainda que a temperatura máxima em CG, antes do período chuvoso, estava em 30ºC. 
Já em João Pessoa, a Aesa informou que os termômetros marcaram temperatura máxima de 28ºC e mínima de 24ºC. "No Litoral a temperatura varia bem menos", disse a meteorologista. A previsão da Aesa para os próximos dias é de mais chuva na faixa litorânea com intensidade variando entre moderada e forte em pontos isolados.

No dia 7 de maio o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), decretou situação de emergência em 170 municípios atingidos pelos efeitos da seca ano no estado. O número corresponde a aproximadamente 76% das cidades paraibanas. Por conta da estiagem as festividades juninas foram reduzidas e até canceladas em alguns municípios paraibanos.
O meteorologista Alexandre Magno explicou que o fenômeno veranico foi responsável pelo atraso no período chuvoso. O veranico é, segundo Alexandre, o período de ausência de chuva por mais de 10 dias. Ele foi responsável pelas estiagens nos municípios paraibanos. "É normal que ocorra o veranico. Desde de 12 de março as chuvas sessaram de forma média no semiárido paraibano", disse.
g1

Quinze cidades da Paraíba reduzem ou cancelam festas devido à seca


Pelo menos doze prefeituras na Paraíba anunciaram o cancelamento de tradicionais festas locais e três reduziram a programação junina deste ano por causa da seca. Além de Sumé, Joca Claudino, Emas, Caturité, Ouro Velho e Matureia, que já haviam divulgado os cancelametos, agora entram na lista Prata, Quixaba, Parari, Paulista, Teixeira e São José de Espinharas. Este ano, 170 cidades paraibanas decretaram situação de emergência por conta da estiagem.
Assim como outros gestores, o prefeito de Prata, Marcel Nunes (PSDB), disse na segunda-feira (21) que espera economizar para investir no combate aos problemas causados pela escassez de chuvas. A expectativa é poupar R$ 170 mil. O evento aconteceria de 8 a 10 de junho e algumas atrações já estavam previstas, como o cantor Flávio José e as bandas Forró da Xêta, Encantu's e Badauê. Segundo o prefeito, por enquanto não está faltando água, mas o uso "irresponsável" dos recursos poderia prejudicar outras ações prioritárias.

"Como o Quixabrega é realizado com recursos basicamente provenientes do Ministério do Turismo, este não libera dinheiro para os municípios que se encontram nessa situação, por isso tivemos que cancelar o evento”, explicou.
O mesmo aconteceu em Paulista, onde o gestor lamentou não poder dar continuidade à tradição do festejo junino, que foi resgatada no município há pouco tempo. "Mesmo sabendo que a festa melhora a economia do município, ela pode trazer m transtorno ainda maior. Podemos deixar para comemorar depois", disse Severino Pereira Dantas (PTB).

Festivais também são suspensos
Além do São João, outras festas típicas de aguns municípios foram comprometidos com a falta de recursos. É o caso do Quixabrega, festival de música brega realizado em Quixaba, no Sertão. Conforme o prefeito Júlio Cézar Batista (PMDB), o evento atrai uma média de 50 mil pessoas à cidade em apenas três dias, o que poderia fortalecer o turismo.
Em Parari, a prefeita Solange Guimarães (DEM) cancelou a Festa do Bode, que seria realizada em agosto, e optou por diminuir os gastos com bandas na comemoração de São Pedro, no dias 28 e 29 de junho. "As atrações ainda não foram definidas porque estavamos coletando orçamentos junto às bandas", comentou.
Cidades mantêm festa, mas reduzem gastos
Além das cidades que não receberão os grandes shows de costume, algumas que têm mais tradição mantiveram o evento, mas reduziram a quantidade de dias e de atrações dentro da programação. São os casos de Patos Santa Luzia, no Sertão, e de Solânea, no Brejo paraibano. Nestes três municípios os prefeitos anunciaram que cortaram alguns dos espetáculos já previstos, com o objetivo de economizar para a compra de cestas básicas e para firmar convênios carros-pipa, entre outras ações.
Nesta terça-feira (22), o promotor Márcio Teixeira informou que o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas vão acompanhar os gastos das cidades que preferiram manter os eventos. Segundo ele, uma das formas de monitorar é solicitar a programação e o orçamento de anos anteriores para comparar com os atuais.
Assembleia e Famup debatem medidas emergenciais
Nesta terça-feira (22) e na segunda (21), dezenas de prefeitos de cidades prejudicadas se reuniram em João Pessoa para debater alternativas. O primeiro encontro aconteceu durante uma sessão na Assembleia Legislativa. O deputado federal Wilson Filho (PMDB) participou e informou que o governo federal garantiu colocar em prática ações emergenciais, seguidas de medidas de infraestrutura que serão tocadas a longo prazo.
A segunda reunião foi promovida nesta terça pela Federação das Associaçoes de Municípios da Paraíba (Famup), na sede do Sebrae. Os gestores aguardam até sexta-feira (25) a apresentação de um projeto por parte do governo estadual para convivência com a seca.
g1


Motorista bêbado é preso levando zebra de estimação no veículo


O norte-americano Jerald Reiter, de 55 anos, foi preso dirigindo alcoolizado no condado de Dubuque, no estado de Iowa (EUA), enquanto levava sua zebra de estimação no banco de passageiro, segundo reportagem da emissora de TV "KCRG".
Motorista levava zebra no banco de passageiro. (Foto: Reprodução)
Na caminhonete também havia um papagaio. Inicialmente, a polícia parou o motorista para verificar o bem-estar dos animais.
Jerald Reiter foi preso por dirigir alcoolizado. (Foto: Reprodução)
Vickey Teter com zebra e o papagaio em sua casa em Cascade, Iowa. (Foto: Katie Wiedemann/Gazette-KCRG TV9/AP)
Reiter disse à polícia que a zebra gosta de andar no veículo. Por isso, ele a levou junto quando saiu para jantar. Ele teria dado a mesma explicação para a presença da ave na caminhonete.
Reiter acabou detido depois de falhar em um teste de sobriedade. Ele deixou a cadeia após pagar fiança no dia 21 de maio.
g1

Raposa é salva de tubulação graças à ajuda de cão na Escócia


Uma raposa foi encontrada presa dentro de uma tubulação em Edimburgo, na Escócia. O animal foi resgatado por agentes da Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (SPCA), na Escócia, graças à ajuda do cão "Rover".
Raposa foi encontrada presa dentro de uma tubulação em Edimburgo. (Foto: Divulgação/Scottish SPCA)
Segundo o site da SPCA, "Rover" descobriu a raposa entalada no tubo enquanto passeava com seu dono, Steven Miller, na última quinta-feira (17). O cão alertou Miller quando começou a latir próximo à tubulação e se recusou a continuar caminhando.
Ao inspecionar o local, Miller viu a raposa e avisou a SPCA escocesa. O agente de salvamento Grant Steph resgatou o animal e o levou para um centro em Clackmannanshire.
Raposa foi salva graças à ajuda do cão 'Rover'. (Foto: Divulgação/Scottish SPCA)Raposa foi salva graças à ajuda do cão 'Rover'. (Foto: Divulgação/Scottish SPCA)

Herdeira australiana é a mulher mais rica do mundo, diz revista


A australiana Gina Rinehart, herdeira da empresa de mineração Hancock, é atualmente a mulher mais rica do mundo, superando a americana Christy Walton, dos supermercados Wal-Mart, segundo a revista Business Review Weekly (BRW).
De acordo com a lista de 200 pessoas mais ricas do mundo elaborado pela BRW, Rinehart, de 58 anos, possui uma fortuna calculada em aproximadamente US$ 30 bilhões.
Em março, a revista Forbes havia informado que Walton - viúva de um dos filhos do fundador do Wal-Mart - era dona de uma fortuna de US$ 25,3 bilhões e que Rinehart tinha US$ 18 bilhões.
De acordo com Andrew Heathcote, que elaborou a lista da BRW, Gina Rinehart praticamente dobrou a fortuna em apenas um ano graças ao aumento dos preços das matérias-primas e a dois contratos assinados nas áreas de carvão e minério de ferro.
"O aumento (da fortuna) não tem precedentes. É resultado de investimentos no exterior em novos projetos, de um aumento da produção e de uma valorização do minério de ferro nos últimos seis meses", explicou Heathcote.
"Se a valorização das matérias-primas continuar, uma fortuna de US$ 100 bilhões não é impossível", completou.
Rinehart é uma figura polêmica na Austrália, onde lidera uma vigorosa campanha, muito criticada pelo governo trabalhista, contra a introdução de taxas sobre a atividade de mineração.
Três dos quatro filhos da bilionária processam a empresária por disputas relacionadas ao controle das empresas da família.
g1

Paquistanês pega 33 anos de prisão por ajudar a encontrar Bin Laden


Um médico paquistanês recrutado pela CIA para ajudar na busca por Osama Bin Laden, que foi executado em maio do ano passado por um comando especial americano no norte doPaquistão, foi condenado a 33 anos de prisão por traição.
O cirurgião Shakeel Afridi, que foi demitido como médico do governo há dois meses, foi considerado culpado pelo sistema de justiça tribal do distrito de Khyber, parte do cinturão tribal semiautônomo do Paquistão.
Afridi foi condenado por ter criado uma falsa campanha de vacinação em Abbottabad, a cidade onde Bin Laden estava escondido com as esposas e filhos, para conseguir uma amostra de DNA da família, informou a administração da região semiautônoma paquistanesa.
"Ele foi condenado a 33 anos de prisão por traição e levado para a prisão central de Peshawar", disse à AFP Mohamed Siddiq, porta-voz do governo do distrito de Khyber.
Os tribunais tribais são competentes nas zonas tribais semiautônomas do Paquistão, mas as apelações são analisadas por tribunais de direito comum.
Bin Laden morreu na madrugada de 2 de maio de 2011 quando um comando especial americano Navy SEALS invadiu a casa em que ele estava escondido, em Abbottabad. A unidade de elite chegou de helicóptero, que invadiu o espaço aéreo paquistanês, sem comunicar a operação às autoridades paquistanesas.
O terrorista Osama bin Laden observa vídeo em que ele próprio aparece, em sua casa em Abbotabad, em imagem não datada (Foto: AP)O terrorista Osama bin Laden observa vídeo em que ele próprio aparece, em sua casa em Abbotabad, em imagem não datada (Foto: AP)

Empregada diz que mãe comemorou morte do filho em Duque de Caxias


A empregada da idosa suspeita de mandar matar o próprio filho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para poder administrar os bens da família, afirmou que a mãe comemorou ao saber que os assassinos haviam concluído a execução, de acordo com o RJTV. Em depoimento à polícia, a doméstica Maria José da Silva contou que, na comemoração, a patroa, Maria Selma dos Santos, de 70 anos, chegou a dizer que o filho, José Fernandes dos Santos, tinha “ido para o inferno”. A mãe, a empregada e Isaac Paulo de Moraes, um dos suspeitos de executar o assassinato, estão presos temporariamente, por 30 dias, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
A família Dos Santos é bastante conhecida em Duque de Caxias. O avô de José Fernandes foi prefeito por duas vezes da cidade, e também exerceu um mandato à frente da Prefeitura de Rio Bonito, no interior do estado. A família também era dona de um cartório em Caxias. Hoje de manhã, os vizinhos de Maria Selma estavam chocados. “Que horror! Que coisa horrível”, comentou uma senhora. “Que mãe é essa? Nem o inferno a merece”, afirmou uma jovem.
Maria Selma foi presa, na terça-feira (22), acusada de encomendar a morte do próprio filho. Ela pagou R$ 20 mil para que um assassino cometesse o crime. De acordo com as investigações, ela queria administrar os bens da família, entre eles vários imóveis, que estavam nas mãos de José Fernandes, filho dela.
Testemunhas com mesmo advogado
A mulher, então, pediu que a empregada encontrasse alguém para matar o filho. Maria Jose´foi a única que confessou participação no assassinato. A polícia acusa Isaac de ter matado José Fernandes com quatro tiros, em 29 de novembro de 2011.
Os investigadores desconfiaram da idosa depois que várias testemunhas do caso prestaram depoimento acompanhados de um mesmo advogado. “Nós nunca tínhamos visto a mãe de uma vítima contratar advogado para acompanhar depoimento de testemunhas para o esclarecimento da morte do filho”, disse o delegado Márcio Esteves, da 59ª DP (Duque de Caxias), que está à frente do caso.
“No primeiro depoimento, acompanhado do advogado dela, Maria Selma disse que o filho era muito calado e que não tinha conhecimento das atividades do filho. Em nenhum momento ela demonstrou, ou levantou suspeita de ser a mandante do crime”, afirmou o delegado Márcio Esteves, titular da 59ª DP (Duque de Caxias). “A equipe de policiais, a princípio, não desconfiou de nada. Só no decorrer das investigações chegamos a essa conclusão”, complementou
g1

Sequestro seguido de morte em Patos ainda é um mistério para polícia


Um crime bárbaro foi registrado nesta terça-feira, dia 22, por volta das 20:30 h. na BR 230, próximo a Energisa em Patos. O crime ainda é um quebra-cabeça que aos poucos está sendo montado para se chegar a uma linha de investigação que descubra os assassinos do estudante Tiago Caetano, 23 anos. O carro da vítima foi abandonado nas proximidades do Colégio CA-CCI, Bairro Jardim Califórnia em Patos.

De acordo com os primeiros levantamentos feitos pelos policiais, Tiago estava sendo sequestrado por homens que haviam roubado o seu carro e o teriam amarrado dentro desse mesmo carro. Na linha de raciocínio, Tiago haveria conseguido se desvencilhar das amarras e entrado em luta corporal. Esse fato teria acontecido nas proximidades da Energisa na BR 230 em Patos quando a vítima sofreria os disparos de arma de fogo dentro do veículo.

Um dos vigilantes da Energisa ouviu cerca de três disparos e pedidos de ajuda. Segundos depois, um veiculo de grande porte atropelava a vítima. Tiago baleado e cambaleante na BR 230, ao pedir socorro teria sido atingido por um veículo de grande porte, possivelmente uma carreta. Com o impacto Tiago foi arremessado e teve o braço esquerdo decepado. Essa linha de raciocínio é confirmada pela frenagem localizada ao lado do corpo. Os policiais militares encontraram marcas de sangue a cerca de 200 metros do corpo, local onde Tiago teria sofrido os disparos.

Os assassinos, que podem ser duas pessoas, abandonaram o carro e evadiram-se com destino ignorado deixando no veículo vários objetos que podem ter sido usados no sequestro do estudante. As marcas de sangue foram encontradas em alguns locais internos e externos do veiculo, bem como duas toucas ninja, capacetes usados por motociclistas e um celular, possivelmente da vítima. O Tenente Wanderly, da ROTAM, de posse do celular começou a fazer os primeiros levantamentos sobre a vítima em contato com amigos e familiares.

O caso ainda é um mistério e várias peças ainda devem ser montadas para se chegar aos assassinos do jovem vítima de sequestro seguido de morte. Onde Tiago foi sequestrado? Os motivos do crime? Quem são os suspeitos? Esses serão os próximos passos nas investigações.




Jozivan Antero – Patosonline.com


Escândalo em Alagoas envolve a venda de terreno a R$ 0,28 por m²


Em dezembro de 2010, a prefeitura de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, usou o estado de calamidade pública provocado pela chuva como argumento para desapropriar uma área de 2,5 milhões de m² (252,4 hectares). O objetivo seria construir habitações populares para moradores de áreas de risco da cidade, que foi arrasada pela enchente do rio Mundaú em junho daquele ano.

Mas em vez de servir como conjunto de habitações popular, o terreno foi vendido pela prefeitura – com aval unânime da Câmara de Vereadores–, à construtora MSL. Pela área, localizada ao lado do aeroporto internacional Zumbi dos Palmares e uma das mais valorizadas do município, a empreiteira pagou, sem licitação, apenas R$ 700 mil, ou seja, R$ 0,28 por m². Hoje, o terreno está avaliado em cerca de R$ 30 milhões –mais de 40 vezes o valor pago pela construtora.

Por conta do negócio suspeito, o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), e os dez vereadores do município tiveram a prisão decretada pela Justiça.

No lugar das prometidas casas populares, há máquinas trabalhando para ajustar os 9.901 lotes do conjunto Cidade Jardim, que estão sendo vendidos a preços valorizados e bem acima da renda dos moradores afetados pela chuva. Segundo o Movimento de Combate à Corrupção de Rio Largo, autor da denúncia ao Ministério Público Estadual, o menor lote não sai por menos de R$ 20 mil, fora os valores da construção. Enquanto isso, moradores que vivem às margens do rio Mundaú continuam à espera de uma casa prometida pela prefeitura há um ano e 11 meses.

No município, segundo dados da Defesa Civil Estadual, 2.994 casas foram danificadas ou destruídas em junho de 2010. Passados quase dois anos daquela foi considerada a pior cheia desde 1969, apenas 238 casas foram entregues pelo governo aos desabrigados que viviam em barracas de lona. Segundo o governo do Estado, 2.756 casas estão em construção no município.

Moradores reclamam

Os moradores de áreas de risco de Rio Largo criticam a venda do terreno. Na casa de Severina dos Santos, 52, basta uma chuva de média intensidade para que a água do rio entre. Ela conta que sempre desejou sair do local e diz que já ouviu muitas promessas de casas, mas que nunca recebeu uma nova moradia nem o valor pela desapropriação da atual residência.

“A verdade é que já deram tantas datas que a gente não acredita mais. A última vez que disseram era para entregar as casas no Dia das Mães. Agora, se não entregarem até o final desse mês, a gente vai fechar a rua, tocar fogo em pneus. Não podemos viver nessa condição, ainda mais depois desse caso da venda do terreno”, afirma.

Vizinha de Severina, Ana Carla Batista, 28, não esconde a revolta. “Na enchente de 2010, a gente passou duas semanas em barracas, em cima das canas. Vieram aqui e prometeram as casas. Mas estão dizendo que pegaram o terreno e venderam. E agora, como a gente fica?”.

Na rua Pereira Leite, onde as duas moram, a enchente também destruiu os trilhos do trem, que até hoje não foram recuperados. “No trem, a passagem custa R$ 0,50, mas de ônibus pagamos R$ 2,80 para irmos a Maceió. Não tem quem suporte pagar tanto não”, diz Mariluze Conceição de Oliveira, 42.

Em outra comunidade também à beira do rio Mundaú, a prisão do prefeito e dos vereadores é vista como mais um empecilho no desejo de deixar a casa em área de risco. “A gente sabe que essa casa é o governo federal quem está dando, mas o prefeito ajuda com a obra. Sem ele agora, como é que vai ficar?”, indaga a dona de casa Lúcia Maria Vasconcelos, 38.

“A gente vive aqui morrendo de medo de uma nova cheia. Agora, além do medo, a gente está ainda mais revoltado em saber que estão dizendo que o terreno que deveria ser das casas foi vendido. A gente está pensando em invadir as casas [em construção], pois está chegando mais um inverno e não deram solução”, diz Ana Paula Lima, 32.

Denúncia

Segundo a denúncia do MP à Justiça, o prefeito Toninho Lins (PSB) montou um “grupo criminoso” para executar a venda do terreno e fraudar os cofres públicos. O MP afirma que os empresários pagaram propina pela negociação.

As investigações apontaram que “o prefeito e um grupo de empresários do Pará, ao lado dos vereadores, montou a fraude para desapropriar as terras da usina Utinga Leão por preços abaixo do valor de mercado e, em seguida, revender o local para um empreendimento imobiliário”.

Todo o esquema foi executado em apenas dez dias, entre a desapropriação e a venda do local, já que o prefeito teria usado a calamidade pública como desculpa para pedir a dispensa da licitação.

Em nota, o prefeito Toninho Lins negou irregularidades na negociação e disse que “esclarecerá todos os fatos, separando-os dos interesses políticos, já tão ativos nesse ano eleitoral”.

Segundo Lins, as casas para os desabrigados das enchentes de junho serão garantidas. “[A prefeitura] continuará trabalhando intensamente na reconstrução dos estragos das enchentes, diretamente e em parceria com os governos Estadual e Federal, o setor privado e as organizações legítimas da comunidade, o que já resultou em grandes avanços e benefícios, como a inauguração de novas escolas, unidades de saúde e casas para os desabrigados.”

A empresa MSL Empreendimentos Imobiliários não foi localizada para comentar a denúncia.

Uol
JEFTE NEWS

Acusações de fraude na eleição da UEPB podem justificar escolha aleatória de novo reitor


A eleição na UEPB para compor lista tríplice do novo reitor está gerando tanta discussão quanto o próprio processo de escolha por parte do governador Ricardo Coutinho.

As acusações do professor Andrade, segundo colocado, a respeito de fraude e irregularidades na votação e apuração dos votos tem dado mote para um discurso: a consulta carece de legitimidade.

Verdade ou não, o fato é que fontes informaram ao blog que o governador Ricardo Coutinho estará levando tudo isso em consideração quando da escolha do nome para nomeação.

Constitucionalmente, ele tem direito de nomear qualquer um dos três sem prejuízo para o cumprimento da legalidade. O discurso democrático, em caso de rejeição de Rangel Júnior, o mais votado, ficaria, no entanto, comprometido.

Mas ao que pôde apurar o governador não está certo de nomear o primeiro colocado. Especialmente sabedor de que ele dará continuidade ao processo de conflito direto com o governo.

Certo ou não, Ricardo já tem pano pra manga pra escolher livremente. Sem peso na consciência.

Fonte: Luis Torres
Otoniel Medeiros

Repressão ao tráfico na Paraíba


Dando continuidade a uma operação deflagrada há 2 meses, onde foram investigados diretores de presídios e detentos acusados de comandar o tráfico interestadual de drogas no interior das unidades prisionais, mais sete integrantes do grupo ‘O Cordão’ foram presos ontem. Um bacharel em direito, acusado de facilitar as negociações ilícitas entre direção e apenados, está entre os presos.

Todas as prisões ocorreram na cidade de Patos no Sertão da Paraíba. Um homem e uma mulher acusados já estavam detidos na Penitenciária Regional da cidade. Quatro armas, 3kg de drogas e R$ 57 mil cheques foram apreendidos. Entre as armas, um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas estava de posse da cunhada de um dos líderes, Rucimara Medeiros da Silva. Ela é cunhada de ‘Carlito’, irmão do comandante do tráfico, Carmésio Claudiano, o ‘Arrepiado’.

A investigação dos acusados começou em janeiro do ano passado, através de uma parceria da Polícia Militar, Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. As sete prisões foram realizadas por força de mandado expedido pela Justiça.

Batizada de operação ‘Hidra II’, o objetivo da ação era desarticular a ramificação criminosa que continuava atuando após a primeira força-tarefa que prendeu 23 pessoas e encaminhou para a Penitenciária PB1, em João Pessoa. Novos líderes estavam assumindo os postos no comando do tráfico de drogas, fazendo a distribuição dos produtos para bocas de fumo no Sertão da Paraíba e de Pernambuco.

De acordo com o delegado regional Cristiano Jacques, que comandou a operação, todos os envolvidos fazem parte da mesma organização ‘O Cordão’. A divisão de tarefas ainda está sendo levantada pela Polícia Civil, mas já se sabe que dois detentos faziam o comando interno do tráfico de drogas no Presídio Regional Romero Nóbrega, enquanto os demais realizavam transporte e distribuição para as bocas de fumo da região. “Demos continuidade à operação para desarticular toda a estrutura da organização criminosa, mostrando que a polícia não está aqui para passar a mão na cabeça de ninguém e sim para aplicar a lei. As forças da segurança pública estão unidas em prol da população e Patos hoje é palco das maiores operações do Estado”, afirmou o delegado Cristiano Jacques.

JP Online
JEFTE NEWS

Aniversariante do dia



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