segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Homem é preso após ser flagrado tentando subornar PM em blitz na PB


Um homem foi preso na tarde do sábado (4) suspeito de tentar subornar policiais militares na cidade de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba. O policial que realizava a blitz filmou com a câmera de um celular o momento em que o rapaz ofereceu dinheiro para ser liberado e acabou sendo preso em flagrante por corrupção ativa.
O caso aconteceu às 16h do sábado na rodovia estadual PB-323 no trecho entre as cidades de Catolé do Rocha e Brejo do Cruz, no Sertão do Estado. De acordo com a Polícia Militar, policiais estavam terminado uma blitz de rotina quando um menor de idade, que tem 16 anos, foi pego dirigindo um veículo. O tio dele vinha em um caminhão logo atrás e tentou negociar com os agentes.
O sargento Hinácio Gomes, que comandava a operação da PM, disse que informou que eles seriam conduzidos à delegacia para assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e que o carro seria liberado em seguida com o pagamento da multa prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Nesse momento, segundo o policial, o caminhoneiro ofereceu dinheiro para que o adolescente fosse liberado.

Na gravação, o suspeito aparece oferecendo R$ 100 ao PM, que aceita o dinheiro e dá voz de prisão, em seguida. O homem, que tem 43 anos de idade, está preso no Presídio Regional Manoel Gomes da Silva, em Catolé do Rocha. Também foram apreendidos R$ 2.090 que estavam com o suspeito. O sargento explicou que o dinheiro serve também como prova de que o preso tinha recurso para oferecer propina. O crime de corrupção ativa é inafiançável e o vídeo deve ser utilizado no inquérito e em um provável processo contra o suspeito.
"Eu insisti dizendo que era uma ocorrência simples e que tudo se resolveria na forma da lei e que não teria muitos problemas para eles, mas o tio do menino continuou tentando me subornar. Não tive outra alternativa senão prendê-lo por corrupção ativa", explicou o sargento. Ele disse que fez o vídeo com o celular para provar a tentativa de suborno.
Há quinze dias, o mesmo policial flagrou com a câmera do celular um homem tentando suborná-lo em uma blitz no mesmo local com R$ 50. O suspeito estava em um carro dirigido por um jovem com sinais de embriaguez. De acordo com o policial, ele continua preso. "O pessoal por aqui tem uma cultura de tentar resolver tudo através da conversa e da propina, mas o trabalho da PM na região está combatendo essa história", garantiu.
G1

Moradores reclamam de esgoto a céu aberto em rua de João Pessoa

Moradores reclamam de esgoto em rua de João Pessoa, Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Delegado morto em SP já tinha sofrido atentado em 2002


O delegado Paulo Pereira de Paula, morto na noite deste sábado (4) em uma suposta tentativa de assalto na Marginal Tietê, na Zona Norte da capital paulista, tinha sido vítima de um atentado em 2002, quando ainda atuava na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Em agosto daquele ano, criminosos lançaram uma granada contra a casa do policial. O artefato explodiu e por pouco não causou a morte da mãe de Paulo, que estava na sala da residência. Os criminosos ainda dispararam vários tiros contra os carros que estavam na frente da casa. 


Oliveira, que trabalhou 11 anos com o colega morto, não acredita em assalto. Segundo ele, o amigo era destemido e fazia investigações inteligentes. "Não acredito que foi assalto. Tomar três tiros e não ter nada roubado. Ele nem chegou a sacar a arma, por que os bandidos iriam atirar?", questionou.
O delegado Fernando Gonçalves de Oliveira, da DIG de Ribeirão, que era amigo de Paulo e que na época investigou o atentado, afirma que suspeitos na época confessaram o crime. "Eles faziam parte de uma quadrilha de ladrões de cargas e de veículos que o Paulo estava investigando. Por isso, queriam sua morte ou pelo menos intimidá-lo."
O delegado de Ribeirão Preto conta que o amigo era de uma família de policiais e gostava da profissão. Ele deixou duas filhas, uma de 18 e outra de 8 anos.
Mapa morte de delegado (Foto: Arte/G1)
Imagens
A polícia vai analisar as imagens registradas pelas câmeras de segurança de uma loja de materiais de construção para tentar identificar os suspeitos de matar o Paulo, de 49 anos. O objetivo dos policiais, como mostrou o Bom Dia São Paulo desta segunda-feira (6), é saber se quatro suspeitos que entraram na loja próxima à Ponte do Limão, minutos depois do ataque, tem alguma relação com o crime.

Segundo uma testemunha, o delegado foi abordado por quatro criminosos em duas motos enquanto trafegava com sua motocicleta de 1.000 cilindradas, uma CB 1000R preta, no sentido Rodovia Ayrton Senna da Marginal Tietê.
Os assaltantes não levaram a moto e também deixaram a carteira do delegado, que foi localizada pela perícia no bolso da calça dele, e a arma, que estava na jaqueta. Paulo foi atingido por dois tiros - um no rosto e outro no abdômen.
Ele chegou a receber atendimento de uma médica que estava em uma ambulância particular que passava pelo local, mas morreu. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Inicialmente, a polícia suspeita que Paula tenha sido vítima de uma tentativa de roubo.
Ele foi enterrado na tarde deste domingo (5) no Cemitério de Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto. Paulo Pereira de Paula trabalhava na Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), de Guarulhos, na região metropolitana. Ele desmontou uma das principais quadrilhas de roubo a caixas eletrônicos que atuava na Grande São Paulo e no litoral.
G1

Morre vigia espancado no terminal de ônibus em Brusque, Santa Catarina


O vigia Arlindo Zunino, de 63 anos, faleceu no domingo (5) por volta das 10h15 da manhã. A informação é do Hospital Azambuja, onde ele estava internado após ter sido espancado por um assaltante no dia 30 de julho, no Terminal Rodoviário Urbano, no Centro de Brusque (SC). O sepultamento ocorre nesta segunda-feira (6).
De acordo com o médico Eduardo Ballester, que estava responsável pela UTI do Hospital Azambuja, em Brusque, o idoso permaneceu sedado e respirando com ajuda de aparelhos durante o tempo em que esteve internado. Ele teve traumatismo craniano em razão dos golpes que levou na cabeça.
O vigia foi espancando com uma barra de ferro no Terminal Rodoviário Urbano, onde trabalhava como segurança. A agressão foi filmada por câmeras de segurança. O assaltante estava escondido embaixo de uma escada e as câmeras de segurança flagraram o momento em que ele agrediu o vigilante. Mesmo com o homem caído, o agressor bateu diversas vezes na cabeça do vigia com uma barra de ferro. Parou por alguns instantes e, por duas vezes, voltou a bater. (veja vídeo acima).
Depois de espancar o vigilante, o assaltante usou a mesma barra de ferro para quebrar o vidro do escritório da empresa de ônibus Nosso Brusque para roubar dinheiro. O valor levado não foi divulgado. Na noite do dia 31 de julho, por meio de uma denúnica anônima, a Polícia Militar prendeu o suspeito da agressão. De acordo com a Polícia Militar, o homem resistiu à prisão mas confessou o crime.

Na casa do suspeito não foi encontrado o malote da empresa Nosso Brusque, mas  foi achado um saco cheio de moedas.O homem não tinha passagem pela polícia. Segundo Delegado da Delegacia de Polícia de Brusque, Alex Bonfim Reis, devido à grande repercursão do incidente, a polícia recebeu muitas denúncias anônimas, o que ajudou na identificação do assaltante.
G1

Aluno da Unicamp nascido na zona rural de MG vai estudar na França


Quando vivia em Pocrane, cidade de 9.000 habitantes na zona rural de Minas Gerais, André Luiz de Moura Marques, hoje com 21 anos, queria se livrar do trabalho na roça. Tinha pavor de ter de ajudar a família no cultivo das plantações de milho, feijão e arroz como faziam os jovens de sua idade, e ia estudar, ler e sonhar com novas oportunidades. Não sabia ao certo onde queria chegar, mas conhecia o caminho: a educação. Pocrane ficou para trás, André se tornou aluno de engenharia química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e agora está prestes a mudar de casa novamente. O destino é Lyon, que abriga a École Centrale de Lyon, uma das mais respeitadas instituições de ensino superior de engenharia do mundo.
André Moura no Rio Manhuaçu, em Pocrane, cidade onde nasceu (Foto: Arquivo pessoal)
O jovem vai participar de um intercâmbio de dois anos que será possível graças a um programa de duplo diploma da Unicamp destinado aos estudantes de engenharia. Os candidatos são selecionados por meio de análise de currículo, histórico escolar, entrevista e prova. André embarca no próximo dia 21 de agosto. Vai aprender o idioma, fazer as disciplinas do curso de engenharia química em Lyon, mas conclui a graduação na Unicamp.
Não é a primeira vez que André sairá do país. Em julho, em sua primeira viagem de avião, ficou três semanas na China por um programa de intercâmbio do Santander para participar de uma série de discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade. “Foi bom conhecer outro país, outra cultura, outra moeda. É bom ver tudo isso para depois emitir suas próprias opiniões”, diz.

“Fiz a prova, fui aprovado mas não tinha como me manter lá [em Viçosa]. Tinha 16 anos, e na minha família nunca ninguém tinha saído de casa para estudar. Minha mãe não tinha como me bancar, e meus professores me ajudavam, me davam dinheiro para me manter, até os que não me conheciam, mas sabiam da minha história”, afirma André. Nessa época, a mãe do garoto, Ruth Moura, de 39 anos, trabalhava como empregada doméstica, hoje ela é auxiliar de serviços gerais em uma escola de Pocrane. O pai de André morreu por conta de um acidente de trabalho em uma mineração quando ele tinha dois anos.
Para chegar até a École Centrale de Lyon, a trajetória do jovem foi longa. Durante o ensino fundamental estudava em um povoado distante uma hora de sua casa em Pocrane, ia a pé, sob sol quente. Foi incentivado por uma diretora a tentar uma vaga no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) quando concluísse o ensino fundamental. E ao contrário do desejo mãe, que tinha medo de não conseguir ajudá-lo nas despesas se saísse de casa, prestou vestibulinho para tentar uma vaga no Colégio de Aplicação. Falhou na primeira tentativa, mas conseguiu no ano seguinte.

Ao término do terceiro ano do ensino médio, em 2009, André prestou vestibular e garantiu vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unicamp, Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e UFV, onde passou em primeiro lugar entre todos os candidatos. Optou pela Unicamp pela reputação e qualidade da instituição, mas também pela política de auxílio e moradia estudantis.
Trezentos quilômetros longe de casa, em Viçosa, André demorou um pouco para se acostumar. “Morava na roça e foi um choque cultural, no primeiro ano sofri um pouco”, diz. André só voltava para Pocrane nas férias, trabalhava como professor particular de matemática e física, e a mãe, aos poucos, se acostumou com a ideia de tê-lo longe. “No começo foi difícil porque fui o primeiro a fazer isso. Mas ela se convenceu de que era a oportunidade que tinha e sabia da minha vontade de sair de lá.”
“Muita gente de Pocrane não sabe o que é uma universidade pública, mas é normal. Eu mesmo não tinha noção, mas abri minha cabeça, nunca pensaria em mudar para São Paulo, mas pude sonhar mais alto”, diz.
O espírito de querer o evoluir, o fez ser escolhido como um dos bolsistas da Fundação Estudar, que apoia jovens talentos brasileiros com auxílio financeiro e de orientação para carreira. Da seleção deste ano saíram 29 estudantes entre quase 6.000 inscritos.
O estudante André de Moura na viagem para a China: estreia do passaporte (Foto: Arquivo pessoal)
‘Oportunidade para quem tem potencial’
Lyon é uma das maiores cidades francesas. Lá, André vai estudar, estagiar e morar no campus da universidade. Volta para o Brasil dois anos depois para concluir a graduação na Unicamp, trabalhar e investir em projetos de educação. “Quero me engajar para mudar algumas coisas no meu país. Não me considero mais inteligente do que ninguém, só tive oportunidade e quero promover isso para quem tem grande potencial, mas é sufocado pelo meio. A educação é o que muda nossa vida. É o que mudou a minha. Se não fosse por ela, seria um trabalhador rural”, afirma.

Casa onde André passou a infância e parte da adolescência em Pocrane (Foto: Arquivo pessoal)
O mineiro pensa em trabalhar como engenheiro com projetos de construções, mas atuar em projetos de educação de forma paralela, criando colégios ou fundações que apoiem estudantes. “A educação faz você se uma pessoa melhor, um cidadão mais consciente, e vai mudar o Brasil. É o mínimo que posso fazer por tudo que tive. Professores apostaram em mim e tenho de retribuir”, diz.
Do Brasil, nos próximos dois anos, André diz que vai sentir falta da família, da língua e da sensação de estar em casa. Mas a distância será importante para viver outras realidades e experiências que poderão se copiadas. “A gente tem muita coisa para ser melhorada e não quero me acomodar. Nosso país é desenvolvido de forma assimétrica, e temos o papel, como cidadãos, de mudar isso. Eu não tinha acesso a uma boa educação, a expectativa era de que virasse um trabalhador rural. Mas minha história foi diferente, e a ideia é que eu não seja um caso a parte. A educação no Brasil é muito restrita, e me faz refletir sempre.”
G1

Esquilo é salvo na Alemanha após entalar a cabeça em tampa de bueiro


Um esquilo precisou ser resgatado no domingo (5) após entalar a cabeça em uma tampa de bueiro em uma rua em Isernhagen, na Alemanha. Os policiais chegaram a usar azeite para tentar livrar o animal do incômodo, mas não tiveram sucesso. O esquilo só foi libertado pela polícia depois de várias tentativas fracassadas.
Esquilo precisou ser resgatado após entalar a cabeça em uma tampa de bueiro. (Foto: DPA/AFP)
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G1

'Sou sexy, mas não sou vulgar', diz rainha da Festa do Peão de Barretos


Cabelos loiros, olhos claros, 1,68 metro de altura e 55 quilos. Esses são os atributos de Kamila Oliveira, a rainha da Festa do Peão de Barretos (SP) e mais nova musa do rodeio brasileiro. Com apenas 17 anos, a jovem sabe que receberá olhares insinuantes e o assédio dos peões nas arenas, mas não se intimida. “Apesar de ser nova, sou madura. Sou sexy, mas isso não tem nada a ver com ser vulgar. Depende da postura diante das pessoas.”

O “pretendente a rei” é dez anos mais velho que Kamila, mas a diferença de idade não parece ser um problema na relação. A rainha contou que quando era pequena tinha amigos mais velhos e gostava de participar das conversas dos adultos. “A gente se dá muito bem. Ele não é ciumento e me apoiou desde o começo, até participava dos ensaios”, contou. “Agora ele brinca: eu vou ser rei?”
Kamila contou que está acostumada a receber cantadas nas ruas e já espera que isso também aconteça no Parque do Peão. Para não ser mal educada, a rainha usa técnicas como desviar o olhar ou sair de perto do xaveco. “É só não corresponder, com classe e educação. O importante é ser espontânea e manter o respeito”, afirmou a jovem que namora há dois anos.
'Sou sexy, mas isso não tem nada a ver com ser vulgar', diz rainha da Festa do Peão de Barretos, SP (Foto: Guilherme Soares)
Rotina
Nascida em Barretos, Kamila cursa o terceiro ano do ensino médio e dá aulas de balé, jazz e sapateado para crianças de 4 a 10 anos em creches da cidade. No próximo ano, a rainha disse que prestará vestibular para o Curso de Engenharia Civil. “Eu adoro cálculo e acho quero desenhar projetos inovadores”, afirmou.

Amante dos esportes de aventura, frequentemente viaja para Delfinópolis (MG) para praticar trilhas e rapel. À noite, sobe no salto e curte as baladas da cidade. “Não consigo ficar parada. Essa história de ficar em casa aos finais de semana não é para mim. Acho que a minha personalidade alegre foi muito importante para me tornar rainha.”
Sonho
Essa não é a primeira vez que a barretense representa a Festa. Em 2007, quando tinha 11 anos, Kamila foi eleita rainha do Rancho do Peãozinho, área destinada às crianças dentro do Parque do Peão.

“O concurso é o ápice, abre muitas portas e incentiva o s estudos”, disse a jovem que, além do título, conquistou um prêmio de R$ 4 mil e uma bolsa de estudos para a faculdade. “Eu amo rodeio e não quero parar por aqui. Meu sonho agora é entrar na arena de Barretos e fazer a prova dos três tambores”, revelou Kamila, fazendo referência a única prova destinada às mulheres no rodeio.
Aos 17 anos, Kamila Oliveira foi eleita rainha da Festa do Peão de Barretos 2012 (Foto: André Monteiro/Os Independentes)Aos 17 anos, Kamila Oliveira foi eleita rainha da Festa do Peão de Barretos 2012 (Foto: André Monteiro/Os Independentes)

Usain Bolt é bicampeão dos 100m e baixa recorde olímpico em Londres


Nos tempos de criança, Usain Bolt costumava acreditar em fantasmas. Tinha medo deles. Mal sabia que quando crescesse seria uma espécie de assombração para seus adversários. Alguns falavam aos quatro ventos que o recordista mundial já não era mais o mesmo. Tinha queimado a largada na final do Mundial de Daegu no ano passado, sofria com dores musculares e na coluna, tinha perdido para Yohan Blake nas seletivas jamaicanas. Ele ouviu e esperou. Neste domingo, no Estádio Olímpico de Londres, Bolt voou mais uma vez, sobrou mais uma vez na turma. Apenas ele e o americano Carl Lewis conquistaram dois títulos seguidos nesta prova. O bicampeonato veio acompanhado da quebra de seu próprio recorde olímpico: 9s63 (a marca anterior era 9s69). Em agradecimento, se ajoelhou e beijou a pista.
- Muitas pessoas duvidaram de mim. Muita gente estava dizendo que eu não ia ganhar, que eu não parecia bem. Houve muita conversa. Mas mostrei que sou o número 1, que ainda sou o melhor. Dei mais um passo para me tornar uma lenda. Ainda faltam os 200m. A seletiva jamaicana me acordou. Yohan bateu na minha porta e disse: "Usain, acorda! Este é um ano olímpico". Nunca vou dizer que sou uma lenda antes dos 200m - afirmou.
Usain Bolt, Atletismo, 100m Ouro, Medalha (Foto: Agência Getty Images)
Blake, que estava invicto durante toda a temporada, e o americano Justin Gatlin se esforçaram para impedir a façanha de Bolt. Fizeram os melhores tempos de suas vidas - 9s75 e 9s79, respectivamente -, mas nem isso foi suficiente para frear o homem mais rápido do mundo. Tiveram que se contentar com as medalhas de prata e de bronze. Medalha de ouro em Atenas 2004 e flagrado no doping dois anos depois, Gatlin resumiu o que foi a prova.
- Eu fiz o melhor que podia - disse.
Enquanto isso, o bicampeão dava uma interminável volta olímpica empurrado pelos gritos de "Usain, Usain" que vinham da arquibancada. Numa parte dela, Kobe Bryant, Kevin Durant & Cia. reviam a prova que gravaram em seus celulares. Comentavam o show que o velocista tinha dado e vibravam com as brincadeiras e a cambalhota que Bolt deu enquanto comemorava o feito. Mais em cima, os príncipes William e Harry também não tiravam os olhos dele.

- Eu estava preocupado com meu início porque não tenho o melhor tempo de reação, mas consegui e essa é a chave. Meu técnico me disse para eu parar de me preocupar com o início e me concentrar no final - lembrou.
A explosão era a de quem tinha passado momentos de preocupação. Embora não quisesse deixar transparecer, Bolt admitiu que estava preocupado com a saída  do bloco. Resolveu seguir a orientação do técnico e tentar esquecer isso. Foi para a raia, imitou um DJ durante a apresentação e correu por música. Apesar de ter largado atrás de Blake, Gatlin e Tyson Gay, não demorou a reagir. Como de costume, atropelou os rivais com o segundo melhor tempo da história. O primeiro (9s58) está em seu poder desde 2009.
Photofinish Final dos 100M, Bolt (Foto: Divulgação)
Deu certo. Assim como para a compatriota Shelly-Ann Fraser-Pryce, que na véspera venceu os 100m e também tornou-se bicampeã olímpica. Ela conquistou o ouro com o tempo de 10s75, três centésimos abaixo do tempo registrado em Pequim. A prata foi para a americana Carmelita Jeter e o bronze ficou com a também jamaicana Veronica Campbell-Brown.
Nesta terça-feira, Usain Bolt voltará à pista para as eliminatórias dos 200m. Em sua prova favorita, o objetivo será o mesmo: tentar mais um bicampeonato.
G1

Mulher deixa filho de nove meses de idade sozinho em calçada em MS


Um bebê de nove meses foi deixado na calçada sozinho por aproximadamente uma hora, em caso ocorrido no Jardim Canguru, em Campo Grande, na tarde deste domingo (5). A mãe, de 38 anos, apareceu e disse que deixou o filho sozinho para procurar o marido, depois de uma discussão.

Os guardas municipais esperaram por cerca de uma hora até que a mulher voltou em busca do filho. Ela foi levada à delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga e disse que não abandonou o filho, apenas que o deixou sentado na calçada para procurar o marido.
O caso foi registrado como abandono de incapaz e aconteceu por volta das 18 horas (horário de MS). O bebê foi deixado na calçada da rua Catiguá e foi encontrado por uma moradora da região, que estranhou ver uma criança tão pequena sozinha na calçada. Ela acionou a Guarda Municipal.
O bebê foi encaminhado ao Conselho Tutelar e, posteriormente, para um abrigo em Campo Grande. Segundo o conselho, ele somente será levado para algum familiar mediante avaliação judicial. O caso será investigado pela delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). Não fo informado se a mulher está presa ou foi liberada após prestar depoimento.
G1

Premiê da Síria foge para Jordânia e se une à oposição


O primeiro-ministro sírio Riyad Hijab desertou da administração do governo do presidente Bashar al-Assad e se uniu à oposição, afirmou um porta-voz na segunda-feira (6), em uma transmissão na televisão Al Jazeera.
Mais cedo, a televisão oficial síria afirmou que ele havia sido destituído de seu cargo.
"Eu anuncio hoje minha deserção do regime assassino e terrorista e anuncio que me uni ao grupo da revolução da liberdade e dignidade. Eu anuncio que a partir de hoje sou um soldado nesta abençoada revolução", afirmou Hijab em um comunicado lido em seu nome pelo porta-voz.
Riad Hijab, primeiro-ministro da Síria, em foto de 2008 (Foto: Louai Beshara/AFP)
De acordo com o representante, Hijab está em um lugar seguro. Segundo o Conselho Nacional Sírio, opositor ao regime de Bashar al Assad, além do premiê também desertaram dois ministros e três oficiais do exército. A família de Hijab foi para a Jordânia com ele.
"Hijab, membros de sua família, dois ministros e três oficiais do exército cruzaram a fronteira na noite passada graças à coordenação entre a oposição síria e o [rebelde] Exército Sírio Livre [ESL]", afirmou Jalid Zein al-Abedin, membro do opositor Conselho Nacional Sírio.
A fuga do premiê foi uma das deserções de maior visibilidade do círculo político e militar do presidente Bashar al-Assad. No domingo, a televisão Al Arabiya relatou que um alto oficial da inteligência síria também havia desertado para a Jordânia.
Hijab, um muçulmano sunita da província de Deir al Zor, também sunita, pertencia ao aparato do partido da situação, o Baath.

Assad havia apontando Hijab, ex-ministro da Agricultura, como primeiro-ministro em junho, após as eleições parlamentares que vieram depois de quase um ano de protestos violentos contra o governo de Assad.
A televisão estatal disse que Omar Ghalawanji, que era o vice-primeiro-ministro e também ministro da administração local, comandaria temporariamente um governo provisório.
G1

Pentágono confirma nome do atirador que matou 6 no Wisconsin


O homem suspeito de atacar um templo Sikh no estado do Wisconsin, matando seis pessoas e sendo morto em seguida, era um "ex-especialista em operações psicológicas" do exército americano, informou o Pentágono nesta segunda-feira (6).

Wade Michael Page, morto pela polícia durante o incidente, tinha 40 anos e serviu entre abril de 1992 e outubro de 1998, encerrando sua carreira na base de Fort Bragg, na Carolina do Norte.

Redes de TV dos EUA haviam antecipado a informação.
A polícia fez buscas na manhã desta segunda-feira no apartamento em que Page morava, em busca de pistas sobre os motivos do ataque.A CNN disse que a arma que Page usou notiroteio na manhã de domingo, em um templo Sikh de Oak Creek, subúrbio de Milwaukee, era legalizada.

Geradores e holofotes foram colocados ao longo da rua para ajudar na busca e um esquadrão antibombas estava no local.
O apartamento é um duplex no bairro Cudahy, perto de Milwaukee.

Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados ao público porque alguns parentes não foram notificados, mas membros do templo disseram que o presidente da congregação e um padre estão entre os mortos.

A polícia disse que o atirador usou uma pistola 9mm semiautomática, recuperada na cena do crime.

mapa atirador wisconsin 5/8 (Foto: 1)
Eles estavam tentando rastrear a origem da arma.
O Wisconsin tem uma das leis de armas mais permissivas no país e aprovou uma lei em 2011 permitindo que os cidadãos carreguem uma arma escondida.

Jagjit Singh Kaleka, o irmão do presidente do templo, que estava entre os seis Sikhs mortos, disse que não fazia ideia do motivo do ataque.

"Mas sabemos que quanto mais armas de fogo distriburmos, mais situações como esta teremos", disse ele.

Os EUA vetavam a comercialização de certas armas, mas a política expirou em 2004.
Protestos na Índia
Na Índia, Sikhs foram às ruas protestar contra o crime.

O sikhismo, ou siquismo, é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Punjab (região dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).

Mundialmente, há 30 milhões de seguidores. Apenas nos EUA, eles são entre 250 mil e 500 mil. Os Sikhs são majoritários apenas no Punjab.

Nos EUA, especialmente depois do 11 de Setembro, os Sikhs muitas vezes foram confundidos com muçulmanos e agredidos.

Mas eles não são nem muçulmanos, nem hinduístas.

Há uma comunidade sikh na região onde ocorreu o ataque no domingo.

O templo Sikh de Wisconsin foi fundado em outubro de 1997, congregando cerca de 20 a 25 famílias, segundo seu site. Atualmente, tem entre 350 e 400 membros.
G1
 

Robô Curiosity pousa em Marte e Nasa comemora início da missão


O jipe-robô Curiosity pousou na superfície de Marte por volta das 2h33 (horário de Brasília) desta segunda-feira (6), segundo a agência espacial americana (Nasa). A aterrissagem ocorreu após uma viagem de 567 milhões de quilômetros e quase nove meses.
A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "feito histórico" a chegada do Curiosity a Marte. "Esse é um triunfo da tecnologia sem precedentes", diz o comunicado presidencial.
Primeira imagem feita pelo Curiosity em Marte mostra a roda do Jipe na superfície do planeta. (Foto: Reprodução / Nasa TV / Reuters)
A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.
"Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração de pelo menos 10 minutos, com aplausos e abraços, entre funcionários na sala de controle do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.
Controladores da missão espacial festejam o pouso do Curiosity em Marte. (Foto: Reprodução / Nasa)
Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco paraquedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.
O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.
A poucas horas de o jipe tocar a superfície do planeta vermelho, ainda no domingo (5), o site da Nasa informou que o robô estava com "boa saúde".
estatico curiosity (Foto: Arte/G1)Editoria de Arte / G1
Lançado em 26 de novembro de 2011, o Curiosity vinha provocando "fortes emoções" no JPL, segundo descreveu o texto no site da agência. "O entusiasmo vai crescendo enquanto a equipe está diligentemente monitorando a nave (que transporta o robô)", afirmou comunicado oficial o chefe do laboratório, Brian Portock.
Na época do lançamento do jipe, o G1preparou o vídeo que você vê ao lado, detalhando todo o processo de pouso.
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente do de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.

Estratégias de descida
Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas paraquedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.

"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.
JPL Nasa  (Foto: Robyn Beck/AFP)
Se qualquer parte do plano desse errado, o Curiosity se esborracharia no chão e a missão terminaria imediatamente. A Nasa só soube se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal levou para chegar à Terra.
O sinal, aliás, não veio direto do veículo para a Terra. Ele foi rebatido pela sonda Odissey, que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra está abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.
O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km² – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.
Curiosity e seus antecessores
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que os jipes Spirit e Opportunity, precursores na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.

O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores.
A missão está programada para durar um ano marciano, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.
Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso.
(*) Com informações da Nasa e das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters
G1
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