O Brasil é definitivamente o paraíso dos
sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio
varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não
importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele
será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na
nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse
mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível,
costumamos reagir com reclamações indignadas. Quem recusa a embalagem de
plástico é considerado, no mínimo, exótico.
A plasticomania vem tomando conta do planeta
desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O
novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a
sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame
indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador
passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.
Feitos de resina sintética originadas do
petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor
na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de
cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto
tempo levam para desaparecer no meio natural.
No caso específico das sacolas de
supermercado e padarias, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme,
produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD).
No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já
representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos
plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais
biodegradáveis - e dificultam a compactação dos detritos.
Essa realidade que tanto preocupa os
ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e
na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a
plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a
tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de
sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a
unidade.
A cidade de Várzea não pensando diferente e
total apoio à sacolamania, apresentou hoje dia 19/11/2012, o lançamento da Sacopão, uma sacola ecológica para
buscar pão na padaria.
O projeto da Sacopão, não é só moda, é
atitude, foi um instrumento de trabalho que possibilitou explorar a consciência
ecológica. Discussões e trabalhos em sala de aula sobre a necessidade da
preservação do meio ambiente, poluição e decomposição de materiais orgânicos
entre eles as sacolas plásticas, culminaram na confecção de sacolas retornáveis
feitas de tecido de algodão cru pelos próprios alunos e personalizados de
acordo com seus gostos.
Teve como objetivo fundamental despertar nos
alunos do 8º A e B a ação ideal para a qualidade de vida e um futuro melhor,
fazendo essa troca consciente das sacolas plásticas pelas sacolas
ecologicamente corretas, as quais não são descartadas no meio ambiente e podem
ser utilizadas em diversos momentos da vida cotidiana das famílias de Várzea.
A comunidade escolar participou efetivamente
e puderam prestigiar o trabalho realizado e conscientizar-se das inúmeras
possibilidades de trabalho favorecendo uma aprendizagem bem significativa para
os alunos participantes.
“É preciso declarar guerra contra a
plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para
a gestão dos resíduos sólidos. Há muitos interesses em jogo. Qual é o seu”?
Fonte: Professora Edi e http://jeftenews.blogspot.com.br/