segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

De férias na PB, professora da UFSM lamenta tragédia com estudantes


Cleuza Alonso, professora aposentada da UFS, passou a manhã inteira acompanhando notícias das vítimas (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)Cleuza Alonso, professora aposentada da UFS, passou a manhã inteira acompanhando notícias das vítimas (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
De férias na Paraíba, Cleuza Alonso, professora aposentada da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no Rio Grande do Sul, lamentou a tragédia que matou cerca de 230 pessoas e deixou mais de 100 feridos, a sua maioria alunos da UFSM. Hospedada há 15 dias na praia de Camboinha, em Cabedelo na Grande João Pessoa, Cleuza Alonso cancelou sua programação de férias para acompanhar o noticiário “Passei a manhã inteira assistindo às notícias pela TV, ainda estou muito abalada emocionalmente. Senti como se fosse com filhos meus”, comentou.
Cleuza Alonso, que também exerce a função de coordenadora educacional da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), afirmou que mesmo sem conseguir identificar nenhum dos nomes divulgados, acredita ter muitos alunos conhecidos da Ulbra em meio à tragédia. “Consegui reconhecer nomes de algumas famílias, mas não identifiquei ninguém especificamente. Apesar de ser aposentada pela [Universidade] Federal, tenho relações muito próximas com os alunos de lá. Busquei informações pontuais pelas redes sociais, para saber o estado de pessoas que conhecia. Muitos universitários estavam na festa, que era promovida por alunos de Agronomia da UFSM. É uma tristeza muito grande, aqueles jovens tinham muito a oferecer”, comentou.
A professora aposentada afirmou que desmarcou toda a programação turística do dia após descobrir a tragédia pela manhã. “Hoje teríamos um passeio de lancha, mas então depois de saber da tragédia, não tive condições emocionais de curtir o passeio, preferi não ir. Ainda estou me recuperando, pois me coloco na situação de cada pai e mãe desses jovens. Tenho filhos da mesma idade que também frequentam boates na cidade”, lamentou.
'Senti a perda como se fossem filhos meus', disse Cleuza após acompanhar notícias distante de Santa Maria (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Santa Maria é conhecida por sua grande população estudantil, segundo Cleuza Alonso. Festas com o objetivo de arrecadar fundos para o baile de formatura são muito comuns e mobilizam todos os universitários da cidade. Apesar da frequência das festas, a professora afirma que as boates da cidade não apresentam segurança. “Pelo que ouço dos jovens, dos meus filhos, as boates de Santa Maria possuem uma estrutura precária no que diz respeito ao quesito segurança”, completou.
Com retorno a Santa Maria marcado para o próximo domingo (2), Cleuza sabe que, mesmo após uma semana da tragédia, encontrará a cidade com o clima pesado. “Só nos resta apoiar, dar conforto aos pais, irmãos, amigos dos jovens que foram vítimas dessa tragédia. A tristeza ficará marcada eternamente na história de Santa Maria”, completou.

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Aprovados em concurso aguardam para saber onde vão trabalhar na PB


Uma grande fila se forma para o ato de designação dos concursados em concurso na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)Uma grande fila se forma para o ato de designação
dos concursados (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Uma enorme fila se formou na manhã desta segunda-feira (28) dos aprovados para técnico-administrativo na área de educação do governo da Paraíba. No local, eles recebem fichas e aguardam para saber onde vão trabalhar. Algumas pessoas chegaram à Primeira Gerência Regional de Educação, emJoão Pessoa, às 5h30, horário considerado desnecessário pela gerência.
David Glasiel disse que chegou às 5h30 da manhã. “São muitas as reclamações. A primeira delas é que as fichas são distribuídas sem critério. Na sexta-feira, eu peguei uma ficha padrão, vim até aqui e vou pegar uma nova ficha numerada, esperar na fila”, afirmou.
Wleica Aragão Quirino, gerente da Primeira Regional de Educação, disse que não há necessidade de algumas pessoas se anteciparem tanto. “Todos vão ser atendidos. São 8h30 [horário local] e já atendemos 14 pessoas. Estamos dando toda a dignidade possível aos designados.Ele afirmou  ainda que os primeiros candidatos não têm o direito de optar pela escola em que vão trabalhar. “Então, por isso todo mundo está vindo para cá, o que causa esse tumulto”.
A gerente da Primeira Regional de Educação explicou que nenhum candidato tem o direito de escolher o local em que vai trabalhar. “No entanto, estamos designando o melhor local, o lugar mais próximo da casa de cada designado”, acrescentou.
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Carros dividem areia da praia com banhistas em Cabedelo, na Paraíba


A reportagem do G1 flagrou veículos circulando entre banhistas na praia de Camboinha III, em Cabedelo, na Grande João Pessoa. O flagrante foi feito na manhã deste domingo (27). Os carros além de trafegarem pela praia, dividindo o espaço com banhistas, permaneceram algumas horas com o som em alto volume em meio as pessoas que estavam aproveitando a praia (Foto: Tatiana Ramos/G1)A reportagem do G1 flagrou veículos circulando entre banhistas na praia de Camboinha III, em Cabedelo, na Grande João Pessoa. O flagrante foi feito na manhã deste domingo (27). Os carros além de trafegarem pela praia, dividindo o espaço com banhistas, permaneceram algumas horas com o som em alto volume em meio as pessoas que estavam aproveitando o dia de sol (Foto: Tatiana Ramos/G1)
A prefeitura de Cabedelo, por meio da Secretaria de Comunicação, explicou que a fiscalização deste tipo de irregularidade é de responsabilidade da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) do município, criada há cerca de 15 dias. Ainda conforme a assessoria, não foi feita desde a criação nenhum denúncia de carros trafegando nas praias de Cabedelo, mas que a partir de segunda-feira (28) organizará um esquema de fiscalização para combater este tipo de irregularidade (Foto: Tatiana Ramos/G1)A prefeitura de Cabedelo, por meio da Secretaria de Comunicação, explicou que a fiscalização deste tipo de irregularidade é de responsabilidade da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) do município, criada há cerca de 15 dias. Ainda conforme a assessoria, não foi feita nenhum denúncia deste tipo desde a criação da Semob, mas que a partir de segunda-feira (28) organizará um esquema de fiscalização para combater este tipo de irregularidade (Foto: Tatiana Ramos/G1)
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Ator é assassinado a facadas em João Pessoa, diz polícia


O ator Ismar Eugênio Pompeu, de 42 anos, foi assassinado no bairro Pedro Gondim, em João Pessoa neste domingo (27). De acordo com a polícia, Ismar foi morto com vários golpes de faca dentro do próprio apartamento. A polícia acredita que o crime aconteceu na noite do domingo.
O ator foi encontrado por um amigo, depois de ligar várias vezes para Ismar sem sucesso. Então, preoucupado, ele decidiu ir até o apartamento de Ismar. Chegando no local, o rapaz encontrou o ator morto com várias facadas.
Ismar Pompeu (esq) e Diocélio Barbosa (dir) durante o espetáculo Magia da Cia Lua Crescente (Foto: Altair Castro/Divulgação)
O ator Diocélio Barbosa trabalhou com Ismar Pompeu e lamentou a morte do colega. "A notícia veio de forma chocante. Quando fiquei sabendo veio logo a imagem do brilho dele sendo apagado. Tirou o que ele mais tinha, que era o sorriso e alegria”, disse. Ismar e Diocélio dirigiram e atuaram juntos no espetáculo Magia da Cia Lua Crescente em 2004.
Amigos do ator disseram que o velório está previsto para acontecer às 13h (horário local) no Teatro Lima Penante, em João Pessoa. Em seguida o corpo deverá seguir para Pernambuco, terra natal de Ismar, para ser enterrado.
Ainda de acordo com a polícia, foram roubados vários objetos do apartamento do ator, mas até as 7h (horário local) não havia pistas de quem cometeu o crime.
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Acidente na PB com avião de Ricardo foi falha do piloto, diz vice-governador


Aeronave está sendo periciada na Paraíba após pouso forçado (Foto: Taiguara Rangel/G1)Aeronave sofreu danos nas hélices após pouso forçado em Campina Grande (Foto: Taiguara Rangel/G1)












O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSD), disse nesta segunda-feira (28) que houve falha humana no pouso forçado com o avião que conduzia o Governador Ricardo Coutinho (PSB) na última sexta-feira (25). Segundo ele, o piloto teria esquecido de acionar o trem de pouso, provocando o acidente. A Aeronáutica alegou que confirmará a causa do acidente somente após o laudo técnico, que será concluído em até um ano e publicado no site do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O piloto Nilton Pinheiro informou durante a perícia que só se pronunciará após o relatório.
Segundo o tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso Gonçalves, perito integrante da comissão do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), não é possível confirmar a informação até a conclusão do laudo pericial. “É possível que tenha havido falha humana ou do equipamento. Ele arremeteu na primeira tentativa e aconteceu o acidente na segunda, é possível que ele tenha esquecido de acionar o trem de pouso ou que o equipamento não tenha funcionado. Podemos afirmar que houve uma aterrissagem sem trem de pouso, isso é fato e não depende de análise. Não podemos adiantar nada até a conclusão do relatório. A comissão de investigação é multidisciplinar e além do que vimos, ouvimos e fotografamos durante a perícia, o piloto deve ser ouvido ainda por psicólogo e médico. As conclusões serão divulgadas no relatório final”, afirmou Veloso.

De acordo com Rômulo Gouveia, o piloto esqueceu de acionar o trem de pouso da aeronave. Na avaliação do vice-governador, se de fato tivesse acontecido um problema técnico o piloto deveria ter comunicado o fato aos passageiros, destacou que eles estavam sem cinto de segurança e também que o pilote deveria ter tentando falar com a torre de comando. “Na primeira tentativa no pouso, ele arremeteu por causa dos ventos fortes. Ele havia feito o procedimento normal de baixar o trem de pouso, então arremeteu e recolheu o trem. Na segunda tentativa, ele esqueceu de acionar”, afirmou o vice-Governador. Segundo a Secretaria de Comunicação da Paraíba, o governo ainda não tem conhecimento do teor do laudo pericial realizado na aeronave, e por isso não confirma a versão apresentada por Rômulo Gouveia.

Conforme o vice-Governador Rômulo Gouveia, apesar da experiência do piloto que possui três mil horas de voo com o modelo Sêneca que guiava no dia do acidente, houve um incidente humano comum. “É natural que ele estava nervoso porque era seu primeiro voo com o Governador. Se houvesse algum problema técnico, ele não poderia ter pousado, deveria retornar para João Pessoa, consumir o máximo de combustível possível, acionar o Corpo de Bombeiros para prestar socorro e evitar a possibilidade de incêndio, acionar o sistema de espumas e então pousar de barriga. Naquela pista não havia estrutura física para isso”, explicou Rômulo Gouveia.O caso aconteceu no dia 25, no Aeroclube no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. Através de nota oficial, a Secretaria de Comunicação disse que informações preliminares apontam a existência de uma falha no trem de pouso, o que teria obrigado o piloto a fazer um pouso forçado no aeroclube, local onde já estava previsto o pouso. Quatro pessoas estavam na aeronave, o governadorRicardo Coutinho, o secretário-executivo do Programa de Aceleração do Crescimento, Ricardo Barbosa, o ajudante de ordens, capitão Anderson Pessoa e o piloto da aeronave. Ninguém ficou ferido.
O avião bimotor pertencente ao Governo da Paraíba foi retirado da pista no último sábado (26), após a perícia da Aeronáutica. Com o auxílio do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, todo o combustível foi retirado do tanque da aeronave ainda no sábado, para evitar risco de incêndio. O modelo continua guardado em um galpão no Aeroclube de Campina Grande e deve ser transportado para João Pessoa, segundo o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Chaves.
Bombeiros retiraram combustível de avião que transportou Governador Ricardo Coutinho (Foto: Taiguara Rangel/G1)Bombeiros retiraram combustível de avião que transportou governador (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Mapa: pouso forçado do avião do governador da Paraíba (Foto: Arte/G1)(Foto: Arte/G1)
O tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), faz parte da comissão que está em Campina Grande periciando o avião. Ele disse no último sábado (26) que não descarta nenhum tipo de erro. “Não descarto falha humana e nem falha técnica”, afirmou. A comissão investigou também as condições do aeródromo e meteorológicas.
Segundo o coronel Fernando Chaves, Chefe da Casa Militar, órgão responsável pela manutenção do avião pertencente ao Governo do Estado, o bimotor Sêneca não está atualmente em condição de uso, sofrendo avarias na hélice e no trem de pouso, e foi removido da pista. Todo o combustível foi retirado e a aeronave será transportada para João Pessoa.
Segundo o coronel, o piloto Nilton já tem mais de três mil horas de voo com o modelo de aeronave que se envolveu no acidente com o governador da Paraíba. A perícia foi concluída no mesmo sábado e deve ser emitido um relatório final em até um ano.
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Energia terá redução menor na PB


Um estudo encomendado pelo senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) para saber o impacto do aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre as contas de energia elétrica da Paraíba, em comparação com a redução da tarifa anunciada pela presidente Dilma Rousseff, mostra que os paraibanos terão uma redução menor com a decisão do governo do Estado.
Segundo a Nota Técnica emitida pelo Senado Federal, na Paraíba a redução nas contas de energia elétrica será 50% menor que em outros estados, devido à Lei n.º 9.933/2012, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, sancionada pelo governador Ricardo Coutinho, que elevou as alíquotas do ICMS sobre as contas de energia elétrica.
“As faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês foram as mais prejudicadas pela Lei n° 9.933/2012/PB. A redução tarifária será, aproximadamente, 50% menor do que seria sem a edição da lei estadual”, diz a Nota Técnica, assinada pelo consultor legislativo Luiz Alberto da Cunha Bustamante.
Na nota, o consultor Luiz Alberto inicia explicando os detalhes da redução nas tarifas pronunciada pela presidente, na última quarta-feira no rádio e TV. “A presidente Dilma anunciou a queda da tarifa de energia elétrica de, no mínimo, 18% para os consumidores residenciais e em até 32% para os industriais.
Quedas maiores do que as prometidas quando do anúncio da Medida Provisória n° 579/2012”, diz a nota.
NA PARAÍBA
O consultor Luiz Alberto diz "que estranha o aumento no ICMS para as classes ‘média baixa’ e ‘média’ e não para as classes mais altas, deixando claro que a decisão beneficia ricos e penaliza pobres’. “Os maiores aumentos percentuais de alíquota ocorreram nas faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês, faixas tipicamente das classes média baixa e média.

Estranhamente, na faixa acima de 300 kWh/mês, das classes mais abastadas, não houve aumento da alíquota”.
A nota também diz claramente que o aumento no ICMS sobre as contas de energia na Paraíba ocorreu “com o intuito anunciado de compensar a perda de arrecadação provocada pela redução das tarifas”.
Em e-mail endereçado ao senador, o consultor diz também que “o consumo residencial médio de energia elétrica no Brasil é de aproximadamente 160 kWh/mês”. Segundo ele, “uma geladeira simples, de uma porta só, consome cerca de 25-30 kWh/mês.
Uma geladeira com congelador separado, duas portas, consome cerca de 50-60 kWh/mês” e que “a Tarifa Social de Energia Elétrica dá descontos no consumo até 220 kWh/mês”.
“Como se vê, a faixa de isenção do ICMS na Paraíba de 50 kWh/mês é bem restritiva. A grande maioria dos consumidores residenciais deve estar nas faixas de 51 a 100 kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês, justamente as mais prejudicadas pelo aumento do ICMS”.
O senador solicitou o estudo para saber “o impacto econômico nos consumidores residenciais decorrente do aumento do ICMS na tarifa de energia elétrica na Paraíba”.
Fonte: http://www.jornaldaparaiba.com.br

Grupo de paleontólogos brasileiros acha tubarão pré-histórico no sertão do Ceará


O sertão do Ceará já foi rio e, 130 milhões de anos atrás, tinha até tubarão.
Um grupo de paleontólogos brasileiros acaba de anunciar uma nova espécie de tubarão de água doce que habitou a região. E as surpresas não param por aí: eles já têm vestígios de outras espécies ainda não catalogadas, que vão desde inofensivos peixes até ferozes crocodilos.
"Começamos a trabalhar em algumas bacias ainda pouco exploradas do Ceará e foi assim que descobrimos a espécie. Nesses locais, há um grande potencial para encontrarmos muita coisa relevante", diz Felipe Pinheiro, do Laboratório de Paleontologia e Vertebrados da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e um dos autores do trabalho.
Editoria de Arte/Folhapress
O novo tubarão foi encontrado na bacia de Lima Santos, que fica cerca de 100 km ao norte da região do Araripe --principal sítio arqueológico da região e famoso mundialmente pela qualidade dos fósseis--, onde também foram encontrados sinais da sua presença.
O tamanho do bicho é estimado em menos de um metro. "À primeira vista, pelo olhar de um leigo, ele seria parecido com um tubarão dos dias de hoje. Mas esse tubarão era distinto em aspectos importantes, como o posicionamento da boca", completa o paleontólogo.
A descrição da espécie, publicada nesta semana na revista especializada "Cretaceous Research", foi feita com base em dentes. Pode parecer pouco, mas os cientistas dizem que, com base nisso, já é possível saber muito.
"O corpo dos tubarões é essencialmente cartilaginoso. Então, em geral, o que nós encontramos fossilizados são os dentes. E por eles já é possível inferir tamanho e outras características."
O nome do tubarão,Planohybodus marki, é uma homenagem ao paleontólogo Mark Van Tomme, que ajudou o grupo no início das pesquisas. O cientista acabou sem ver o trabalho publicado. Ele não resistiu a uma leucemia e morreu no ano passado com apenas 30 anos.
A linhagem do P. marki já está extinta, mas isso não significa que sua descoberta seja de pouca relevância.
Embora esses animais sejam relativamente comuns em outras partes do mundo, eles são raros na América do Sul, com apenas duas espécies descritas para o Brasil.
O estudo desses tubarões, bem como do resto da fauna e da flora que lhe foi contemporânea, é de grande relevância para compreender a separação entre a América do Sul e a África, que já estava acontecendo nessa época.
"[A descoberta dessa espécie] é mais uma peça no quebra-cabeças que ajuda a explicar como animais tão bem-sucedidos foram, aos poucos, sendo substituídos pelos tubarões atuais", afirma o paleontólogo.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

Aniversariante do ia










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