sábado, 27 de abril de 2013

Elimine as solicitações de jogos e aplicativos no Facebook


Muitos usuários do Facebook se irritam com a quantidade de solicitações de jogos e aplicativos recebidos pela rede social. Para que quem não desejar deletar contatos, existe a possibilidade de bloquear as solicitações desses aplicativos e jogos.
Quer dar um basta nesse inconveniente do Facebook? Então acompanhe esse passo a passo que o TechTudo preparou para você:
Passo 1. Acesse a sua conta do Facebook;
Passo 2. Na lateral da sua página inicial, clique em “solicitações de jogos”;
Passo 3. Suas solicitações serão exibidas. Perceba que um botão com um “X” aparece ao lado de cada uma delas. Clique no “X” ao lado do aplicativo que você deseja bloquear;
Passo 4. Agora que você recusou a solicitação, um campo amarelo substituiu a mensagem anterior. Clique em “bloquear todas as solicitações desse aplicativo”.
Solicitações de aplicativo sendo bloqueadas (Foto: Reprodução/Fox Xavier)Solicitações de aplicativo sendo bloqueadas (Foto: Reprodução/Fox Xavier)
Pronto! Agora você não receberá mais atualizações do aplicativo ou jogo que você decidiu bloquear. O processo deverá ser repetido a cada novo aplicativo, mas fique tranquilo... Depois de bloqueada, todas as solicitações do app indesejado são deletadas da sua página.
Você também pode fazer o desbloqueio quando quiser. Para isso, clique em "Conta", depois em "Configurações de privacidade". Clique em "Edite suas listas". A lista de aplicativos bloqueados será exibida. Agora basta clicar em "Desbloquear" no lado do nome e ícone do aplicativo que você deseja excluir da sua lista negra.

Sertão, Cariri e Curimataú da PB têm chuva neste fim de semana, diz Aesa


A Paraíba tem previsão de mais chuvas nesse fim de semana, com chuvas isoladas principalmente à noite nas regiões do Sertão, Cariri e Curimataú, confome informou a meteorologista Carmem Becker, da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). Ainda segundo ela, no Agreste, Brejo e Litoral, o sol aparece, mas há possibilidade de chuvas ocasionais. Para a próxima semana, há previsão das chuvas serem mais frequentes e mais fortes.

Entre as 7h da quinta-feira (25) e as 7h desta sexta-feira (26), a Aesa registrou chuva em 22 das 269 estações pluviométricas monitoradas pelo órgão. As chuvas ocorreram em 22 municípios com maior precipitação em São José de Caiana, onde choveu 16 mm.

O período chuvoso do Sertão, Cariri e Curimataú é de fevereiro a maio e o inverno do Agreste, Brejo e Litoral acontece entre os meses de abril a julho e, com essas primeiras chuvas a temperatura, já começa a baixar um pouco.

De acordo com a meteorologista Carmem Becker, até esta sexta-feira (26), os municípios onde mais choveu são: Vista Serrana (219.5 mm), Belém do Brejo do Cruz (211.7 mm),Diamante (210.7 mm) e São José do Brejo do Cruz (209.5 mm). Em João Pessoa, o acumulado das chuvas de abril registra 150.9 mm e, na cidade de Campina Grande, choveu 95.5 mm.

Os 122 açudes monitorados pela Aesa estão hoje com o volume acumulado de aproximadamente 1,5 bilhão de metros cúbicos (1.488.081.947 m³). A capacidade máxima dessas barragens é de 3.942.343.207 de metros cúbicos d’água.
G1pb

Governo Federal libera R$ 80 mi para obras do PAC em João Pessoa


O Governo Federal liberou por meio do Ministério das Cidades o repasse de R$ 80 milhões para execução de obras de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em João Pessoa. As verbas estão incluídas na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O repasse foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira (25).
Conforme a publicação do DOU todos os proponentes beneficiados deverão apresentar a relação de documentos descrita no Manual de Instruções para Contratação e Execução dos Programas e Ações do Ministério das Cidades inseridos na 2ª fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) à Gerência de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal da área de jurisdição correspondente à localização do empreendimento. O repasse não prevê contrapartida obrigatória, exceto quando indispensável à plena funcionalidade da obra.A verba será usada na complementação da 2ª etapa do Sistema Adutor Abiaí-Popocas, obra promovida pelo governo da Paraíba. No total, o Governo Federal liberou R$ 464 milhões para três capitais nordestinas. Além de João Pessoa, receberão o repasse as cidades de Fortaleza  (R$ 226 milhões) eAracaju (R$ 150 milhões).
G1pb

Bombeiros registram incêndio em depósito de material reciclável na PB


Corpo de Bombeiros registra princípio de incêndio após queda de fio elétrico sobre materiais recicláveis (Foto: Walter Paparazzo/G1)Corpo de Bombeiros registra princípio de incêndio após queda de fio elétrico sobre materiais recicláveis (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um depósito de material reciclável pegou fogo no início da tarde deste sábado (27) após um fio de energia elétrica se partir por conta de um curto-circuito e cair em cima dos materiais no bairro do Roger, em João Pessoa. Em pouco tempo, muita fumaça tomou conta do local.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por policiais militares que passavam no momento e presenciaram o acidente. De acordo com o sargento Josélio, do Corpo de Bombeiros, ninguém ficou ferido. “Assim que fomos acionados pela nossa Central de Operações, viemos e debelamos as chamas”, disse.
G1pb

Caminhão 'por pouco' não despenca em cima de casa em João Pessoa


Caminhão por pouco não despenca de barreira e atinge uma casa em João Pessoa  (Foto: Walter Paparazzo/G1)Caminhão por pouco não despenca de barreira e atinge uma casa em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um caminhão por pouco não caiu por cima de uma casa localizada no bairro dos Bancários, em João Pessoa na madrugada deste sábado (27). De acordo com o condutor do veículo, de uma das empresas que faz a limpeza urbana de João Pessoa, a rua alagada por causa das chuvas dificultou a visibilidade e “por pouco” o caminhão não despencou do barranco e atingiu a residência.

Um guincho particular foi solicitado para remover o caminhão do abismo. “Tomamos todos os cuidados possíveis mas ninguém está livre de incidentes desse tipo. O caminhão é novo e o que ocorreu foi apenas um acaso”, finalizou o motorista.
O motorista do caminhão, Jean Irio, disse que ao perceber que tinha ocorrido o deslize, parou imediatamente o veículo. “Trabalho há cerca de 17 anos como caminhoneiro e foi a primeira vez que aconteceu isso comigo. Tive sorte já que logo abaixo do deslize há uma residência onde mora uma família”, disse. Se não tivesse parado logo, poderia ter acontecido algo pior", completou.
O dono da casa, o pizzaiolo Cosme dos Santos Silva, de 33 anos, contou que acordou com o barulho do caminhão. “Eu vi algo estralando e logo em seguida acendi a luz para ver o que era. Quando vi o caminhão, confesso que tive um pouquinho de susto”, contou.
"Confesso que tive um pouquinho de susto", diz morador  (Foto: Walter Paparazzo/G1)"Confesso que tive um pouquinho de susto", diz morador (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Na casa, além de Cosme, vivem a mulher, a filha de 9 meses e um filho de 12 anos. “Assim que eu percebi o que tinha acontecido, peguei a minha menina e coloquei para um local mais para frente da casa temendo que o caminhão viesse a cair por cima de nós”, disse.
Mesmo correndo risco, Cosme dos Santos garante que não vai sair da casa. “Medo faz, mas eu vou ficar e qualquer coisa a gente corre. Confiar é que nós não podemos”, finalizou em tom de brincadeira.
G1pb

Escola que só aceita alunos 'top' é eleita a melhor 'high school' dos EUA


Estudantes formados pela School for the Talented and Gifted (Foto: Divulgação/School for the Talented and Gifted)Estudantes formados pela School for the Talented
and Gifted (Foto: Divulgação/School for the
Talented and Gifted)
O site norte-americano US News divulgou na quarta-feira (24) um ranking das melhores escolas de ensino médio (high school) dos Estados Unidos, elaborada em colaboração com o Instituto Norte Americano de Pesquisa (AIR). Foram analisadas 21 mil escolas de 49 estados americanos e o Distrito de Columbia. Em primeiro lugar ficou a School for the Talented and Gifted, uma escola pública de Dallas, no Texas, que tem 14 alunos para cada professor e aceita matrícula apenas de alunos com notas excelentes (veja o ranking ao final desta reportagem).
A escola, que já havia sido a primeira do ranking em 2012 e figurou quatro vezes no topo do ranking da revista Newsweek de 2006, 2007, 2009 e 2010, é pública, foi aberta em 1982 e se encaixa na categoria "magnet school" (escola "ímã"). Esse tipo de escola, ao contrário das demais instituições da rede pública, tem permissão para selecionar seus alunos. Todos os anos são abertas 65 vagas no colégio, que atende estudantes do 9º ao 12º ano de high school (o ensino médio nos Estados Unidos dura quatro anos), afirmou o diretor da escola, Mike Satarino, ao G1.
Seleção por notas e criatividade
No ano passado, mais de 200 estudantes se qualificaram para o processo seletivo, que inclui cinco fatores: a média de notas no histórico escolar do 7º e 8º anos, as honras e distinções recebidas pelo aluno desde o 6º ano, um projeto elaborado pelo candidato, sobre qualquer tema, para mostrar seu potencial de criatividade, e as notas de dois testes de padronização aplicados nos Estados Unidos. "Esses quatro fatores somam um total de 100 pontos, a pontuação mínima para ser aprovado é 82, nós escolhemos os 65 candidatos com as notas mais altas dentro deste grupo", disse Satarino.

Outra diferença entre a School for the Talented and Gifted e escolas regulares é o nível das aulas. Nos Estados Unidos, os estudantes podem optar pelas disciplinas que querem cursar no ensino médio, e em muitos casos elas são oferecidas em duas modalidades: a de nível básico e a aplicada, com conteúdo mais avançado e destinada aos alunos que obtêm as melhores notas na área.
Já na escola bicampeã do ranking da US News, todas as disciplinas são avançadas. O resultado, segundo Satarino, é que 100% dos alunos que se formam no colégio são aceitos em universidades. Há dois anos, diz ele, as ofertas de bolsas de estudos que 56 formandos receberam de instituições dos Estados Unidos e Canadá somaram US$ 12,5 milhões (cerca de R$ 25 milhões).
Alunos tocam violino na Talented and Gifted High School (Foto: Alfonso Correa/Divulgação/TAG High School)
Mesmo sem obrigação legal de manter cotas raciais, o diretor da escola explica que há diversidade no corpo discente e, além de estudantes brancos, negros e hispânicos, na escola há alguns alunos da China e de países da África que foram adotados por pais americanos, e alunos de famílias que imigraram do Vietnã e da Coreia do Sul.
No último ano, 33% dos estudantes era considerado de baixa renda e recebia benefícios pagos pela escola, incluindo auxílio parcial ou integral para custear a alimentação na cafeteria do colégio.
Investir em bons professores
O segredo do sucesso, segundo ele, é a qualidade dos professores. Todos os 17 docentes da School for the Talented and Gifted têm bacharelado, 11 deles têm mestrado e dois já concluíram o doutorado.

Todos eles, segundo o diretor, recebem o mesmo salário que os professores de escolas públicas regulares. "Mas de vez em quando uma fundação privada ou grupo de pessoas pode financiar a escola e dar um incentivo aos melhores professores", explica Satarino.
Diretor da escola há 16 anos, ele contou que a receita do bom desempenho da escola no ranking é um tripé. "Temos um corpo docente tremendo, com professores muito apaixonados pelo que fazem, alunos apaixonados por aprender e pais que nos apoiam muito. É tudo o que você precisa."
G1
Veja abaixo a lista de 20 melhores 'high schools' dos Estados Unidos:
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RANKING DAS 20 MELHORES ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DOS EUA
EscolaCidade (Estado)Nº de alunos e professores
1º) School for the Talented and GiftedDallas (Texas)240 alunos e 17 professores
2º) Basis TucsonTucson (Arizona)670 alunos (não informa o número de professores)
3º) Gwinnett School of Mathematics, Science and TechnologyLawrenceville (Georgia)596 alunos e 39 professores
4º) Thomas Jefferson High School for Science and TechnologyAlexandria (Virginia)1.811 alunos e 107 professores
5º) Basis ScottsdaleScottsdale (Arizona)647 alunos (não informa o número de professores)
6º) Pine View SchoolOsprey (Flórida)2.210 alunos e 121 professores
7º) Loveless Academic Magnet Program High SchoolMontgomery (Alabama)448 alunos e 30 professores
8º) Biotechnology High SchoolFreehold (Nova Jersey)309 alunos e 24 professores
9º) International SchoolBellevue (Washington)547 alunos e 25 professores
10º) Academic Magnet High SchoolNorth Charleston (Carolina do Sul)610 alunos e 40 professores
11º) Pacific Collegiate SchoolSanta Cruz (Califórnia)480 alunos (não informa o número de professores)
12º) High Technology High SchoolLincroft (Nova Jersey)268 alunos e 24 professores
13º) Maine School of Science & MathematicsLimestone (Maine)103 alunos e 11 professores
14º) Irma Lerma Rangel Young Women's Leadership SchoolDallas (Texas)172 alunos e 20 professores
15º) International Studies Charter High SchoolMiami (Flórida)357 alunos e 21 professores
16º) Oxford AcademyCypress (Califórnia)128 alunos (não informa o número de professores)
17º) Carnegie Vanguard High SchoolHouston (Texas)458 alunos e 29 professores
18º) International AcademyBloomfield Hills (Flórida)1.266 alunos e 62 professores
19º) Stanton College Preparatory SchoolJacksonville (Flórida)1.623 alunos e 91 professores
20º) Design & Architecture Senior HighMiami (Flórida)494 alunos e 31 professores
VEJA A LISTA COMPLETA
Fonte: US News

G1 faz 'test-drive' em carro que atropelou Ana Maria Braga


Após o polêmico atropelamento da apresentadora Ana Maria Braga, ao vivo, no programa Mais Você, o G1 fez um 'test-drive' no 'carro autônomo', que não precisa de motorista, desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória. O automóvel, que reconhece obstáculos e freia quando alguma pessoa passa na frente, foi totalmente adaptado para que, daqui a alguns anos, possa atender pessoas com necessidades especiais. Apesar do acidente, o veículo circulou pelo Campus de Goiabeiras e obedeceu a todos os comandos dos projetistas. Veja o vídeo ao lado.
O carro, que também tem a opção de direção manual, é o que se pode chamar de 'inteligente'. Assim que dá o primeiro arranque, já começa o trajeto que 'aprendeu' pelo campus da Universidade, que pode ser acompanhado através da tela de um computador que fica dentro do automóvel.
Por enquanto, os trajetos que o automóvel aprendeu não são longos, dentro do campus da universidade e do Projac, no Rio de Janeiro. Nesses locais, a maior velocidade alcançada foi de, aproximadamente, 36 km/h. No próximo trajeto planejado, deVitória ao município de Guarapari, de cerca de 50 quilômetros, a equipe espera que o veículo viaje a 72 km/h. A viagem ainda não tem data marcada pois o carro precisa "aprender" o caminho, mas segundo o professor Alberto, será feito no ano de 2014.A primeira sensação para quem está de carona em um veículo sem condutor, mesmo sabendo que ele pode ser controlado também pela equipe do lado de fora, é de espanto, seguida de surpresa pelo desempenho. O carro percorre curvas com perfeição e parece 'agir' com prudência a todo o tempo, sempre evitando passar próximo a obstáculos e parando imediatamente quando alguém passa na frente.

De acordo com o coordenador do projeto, professor Alberto Ferreira de Souza, houve a necessidade de eletricidade por conta das máquinas que fazem parte do comando. "Volante, marchas e freio foram colocados nos Estados Unidos. Fizemos todas as outras adaptações no Brasil. Desenvolvemos os algorítimos, que são os passos necessários para se realizar uma tarefa para colocar os sensores e as câmeras. O supercomputador controla cinco máquinas. Demos 'olhos' e 'cérebro' a ao veículo, dessa forma consegue aprender trajetos", explicou.
Tecnologia
Os primeiros testes da tecnologia foram realizados em um pequeno carro robô. Até a aquisição do  Ford Escape Hybrid, importado dos Estados Unidos, em setembro de 2012. O motor é híbrido, elétrico e à gasolina, combinação que faz mover o veículo e poupar combustível.

'Carro autônomo' realizando uma curva, no campus de Goiabeiras da Ufes (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)'Carro autônomo' realizando uma curva, no campus de Goiabeiras da Ufes (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
Sensores
Em cima do veículo, gira um sensor que lança lasers para formar um campo, que facilita a identificação do que está em torno do carro. Os sensores criam um mapa do caminho percorrido, sendo a área livre e os obstáculos apresentados em cores diferentes. A ideia é que o automóvel, apesar de não ter motorista, obedeça às leis de trânsito.

Apesar de adaptados no exterior, os freios precisaram se novamente revistos pela equipe de pesquisa, para que cada freada não fosse tão bruta e se assemelhasse ao movimento feito por um motorista, cada vez mais leve e agradável. "Para um condutor, isso depende da sequência e da força que se pressiona o pedal, então fomos adaptando isso para se aproximar da realidade", falou o coordenador.
Parceria com o Chile
O professor Alberto explicou que o grupo de pesquisa "Ciências da Cognição", do Laboratório de Computação de Alto desempenho (Lcad), da Ufes, que projetou o carro, fará uma parceria com uma universidade no Chile para troca de informações e tecnologias, com o objetivo de aperfeiçoar ainda mais o veículo. A intenção é que o veículo atenda pessoas com necessidades especiais.

"Estamos com um novo objetivo, que estabelecemos com o professor Teodiano Freire, do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufes, e professores de uma universidade no Chile. Será um projeto de cooperação internacional, para levarmos as tecnologias que o professor Teodiano desenvolveu, que é controlar uma cadeira de rodas usando o pensamento, e juntar isso com o carro, para que uma pessoa com necessidades especiais possam usar o veículo futuramente. É uma parceria muito interessante que está começando agora", disse.
G1

Anvisa emite alerta nacional sobre mortes em ressonância no Vera Cruz


Perfluorocarbono provocou mortes de pacientes no Vera Cruz, em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)Perfluorocarbono provocou mortes de pacientes
em Campinas(Foto: Reprodução / EPTV)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado a todas as vigilâncias sanitárias do país para pedir maior rigor na fiscalização a clínicas de serviço de diagnóstico por imagem. O alerta foi dado depois das primeiras conclusões sobre a falha que causou a morte de três pacientes no hospital Vera Cruz, em Campinas (SP), após exame de ressonância magnética.
Os pacientes de Campinas receberam na veia um produto chamado perfluorocarbono do tipo Fluorinert FC 770, que só pode ser utilizado no aparelho de ressonância, sem, contudo, entrar em contato com o corpo do paciente. O composto era armazenado pela clínica em bolsas reutilizadas de soro fisiológico, sem identificação, o que, para a polícia, induziu uma funcionária ao erro.
A Anvisa explicou, em nota enviada nesta sexta-feira (26), que o produto não tem uso na medicina e por isso não tem - e nem poderia ter - registro na agência. “O produto utilizado em Campinas não tem uso médico, seu uso é em equipamento, logo não poderia ter registro na Anvisa”, diz a nota.
O texto da assessoria de imprensa do órgão diz que, a partir do que ocorreu na clínica  Ressonância Magnética Campinas (RMC), que opera os exames dentro do Vera Cruz, a Anvisa “enviou ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária  um comunicado pedindo que todas as Visas do país intensifiquem  a fiscalização para saber se elas têm protocolos de segurança”. A agência afirma, ainda, que acompanhará este levantamento junto às visas.

“Ele é utilizado no instrumento, em uma parte do equipamento, para melhorar o sinal. Não é para ser injetado no paciente. De fato, ele não é comum, mas ele é utilizado, tem publicação internacionalmente e não é algo experimental”, explica Carrete.
Produto em desuso
O presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), o médico Henrique Carrete Junior, explica que a utilização do perfluorocarbono no procedimento de alguns exames de ressonância é adotada por algumas clínicas, embora seja pouco comum no Brasil. Ele explica que o material é colocado no aparelho, sem contato com o paciente, e melhora a qualidade da imagem gerada pelo equipamento.

O médico explica que o medicamento não é tão habitual porque ele é utilizado em alguns exames restritos, como o de próstata e alguns superficiais, e outras tecnologias surgiram e superaram o uso desta técnica. “Existem metodologias que vem para ficar e outras que acabam sendo utilizadas e vão caindo em desuso. Este eu acho que é o caso. Ele surgiu com algo muito interessante e foi caindo em desuso”, conta.
Falha humana
Os dois pacientes homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25, morreram de parada cardiorrespiratória após passarem pelo exame na RMC, que fica dentro do Hospital Vera Cruz. A substância aplicada nos pacientes só foi apreendida pela polícia dentro da clínica dois meses após as mortes, porque, segundo o delegado, o local não foi preservado.

O delegado José Carlos Fernandes explicou que o perfluorocarbono, utilizado para exames na região pélvica, sem contato direto com o paciente, não é solúvel no sangue - por isso não poderia ser injetado. Segundo o policial, o composto era acondicionado em embalagens reaproveitadas e ficava no mesmo armário do soro fisiológico, apenas em gaveta diferente. A auxiliar de enfermagem, de 20 anos, não teria sido orientada sobre a diferenciação dos produtos.
Investigações
A polícia ainda não informou quem será indiciado no caso e também não divulgou o prazo que o inquérito será concluído. Fernandes afirmou que tanto a responsabilidade dos funcionários, quanto do hospital e da clínica serão avaliadas individualmente. Para isso, a partir de segunda-feira (29) o delegado pretende colher mais seis depoimentos. Ele não descarta a chance de acareação entre as testemunhas.

Clínica não se manifesta
A clínica RMC informou, por meio de nota, que os esclarecimentos detalhados serão feitos todos na próxima semana, quando a direção da empresa deve conceder entrevista coletiva.

G1

Facebook remunerou Zuckerberg com US$ 1,99 bilhão em 2012


Mark Zuckerberg, em entrevista concedida em San Francisco (Foto: Eric Risberg/AP)Mark Zuckerberg, em entrevista concedida em
San Francisco (Foto: Eric Risberg/AP)
O presidente-executivo do Facebook,Mark Zuckerberg, obteve uma remuneração em ações de US$ 1,990 bilhão em 2012, segundo informação enviada à Bolsa na sexta-feira (26). O salário base de Zuckerberg foi de US$ 503.205, mas ele recebeu US$ 266.101 de bônus pelo desempenho, incluindo um pagamento pela rede social ter superado 1 bilhão de usuários.

Além disso, US$ 1,22 milhão adicionais foram pagos em dinheiro, principalmente por viagens privadas de avião realizadas por motivos pessoais. O pagamento do Facebook é justificado como garantia da segurança de seu fundador.

Para 2013, Zuckerberg propôs que seu salário seja reduzido de forma simbólica a US$ 1, assim como outros diretores do setor, como o chefe-executivo do Google, Larry Page. Mais do que o salário, a fortuna de Zuckerberg – US$ 13,3 bilhões –, procede da posse de ações que equivalem a 29,3% do Facebook.

A número dois do Facebook, Sheryl Sandberg, recebeu em 2012 um total de US$ 26,1 milhões, valor pago fundamentalmente com ações.

O volume de negócios do Facebook aumentou, em 2012, 37% e chegou a US$ 5,1 bilhões, mas o lucro líquido foi de apenas US$ 53 milhões. As ações da empresa que entraram na Bolsa em maio a US$ 38 caíram a menos da metade pouco depois, mas esta semana fecharam a US$ 26,85.

G1

Documento recuperado após décadas aponta crimes contra índios


Uma das páginas do relatório recuperadas no Museu do Índio (Foto: Museu do Índio)Uma das páginas do relatório recuperadas no
Museu do Índio, assinada por Jader de Figueiredo
Correia (Foto: Museu do Índio)
Relatório elaborado no fim da década de 1960 que apontava irregularidades existentes no antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) – órgão que antecedeu a Fundação Nacional do Índio (Funai) – e que denunciava atrocidades cometidas contra povos indígenas em vários estados do país, foi encontrado no Rio de Janeiro, após décadas desaparecido.

Conhecido como “Relatório Figueiredo”, foi preparado pelo então procurador Jader de Figueiredo Correia a pedido do extinto Ministério do Interior, a partir de 1967, e apresentado um ano depois. Sua divulgação causou grande repercussão nacional e internacional devido ao seu conteúdo.

Com quase 7 mil páginas, o documento denuncia atividades ilícitas praticadas por funcionários do SPI, órgão federal fundado em 1910, como atos de corrupção, e expõe casos de maus tratos a indígenas, prisões, assassinatos e escravidão.

Para elaborá-lo, Figueiredo e sua equipe de técnicos percorreram estados como Mato Grosso, Rondônia, Pará, Goiás, além de áreas das regiões Sudeste e Sul.

De acordo com Carlos Augusto da Rocha Freire, doutor em antropologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador da história do indigenismo há 30 anos, o calhamaço histórico foi encontrado no começo do ano, por acaso, pelo vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e coordenador do Projeto Armazém Memória, Marcelo Zelic.

Freire conta que o material, que ele está estudando e ajudando a recuperar para inserir no acervo do Museu do Índio, no Rio, ficou muito tempo esquecido em Brasília. Depois de sua divulgação, ocorrida no fim de 1968, que culminou na demissão e abertura de investigações contra funcionários do SPI, o documento ficou na capital federal até 2008.
Naquele ano, 150 caixas foram transferidas com este documento e outros para o arquivo do Museu do Índio. Assim que descobertas, as páginas deterioradas pelo tempo foram digitalizadas pela equipe da instituição.
Análise pela Comissão da Verdade
Nesta semana, a Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada pela presidente Dilma Rousseff em 2012 para apurar violações aos direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar, informou que o 'Relatório Figueiredo" foi recebido para análise.

“É um relatório complexo, porque ao mesmo tempo em que ele relata muitas violações aos povos indígenas, foi elaborado em plena ditadura militar. Ao mesmo tempo em que ele tem muitos relatos importantes de violações contra indígenas, ele também tem acusações contra funcionários que estavam protegendo indígenas, mas que podiam estar contra o interesse, digamos, de garimpeiros ou latifundiários que eram amigos do governo. É um relatório que vai nos dar muito trabalho”, afirmou na terça-feira (23), a psicanalista Maria Rita Kehl, integrante da CNV. Ela acrescentou que a comissão ainda não teve tempo para analisar detalhadamente o conteúdo do documento.
Mortes no interior do Brasil
O antropólogo Freire aponta que o relatório resultou de investigações iniciadas em 1963 contra o quadro de funcionários do SPI. A pedido do então ministro do Interior, general Afonso Augusto de Albuquerque Lima, o procurador preparou o texto com relatos de situações graves, em uma época considerada difícil para os índios no país.

O antropólogo explica que o avanço econômico entre as décadas de 1950 e 1960 sobre regiões como a Amazônia, com a construção de rodovias que cortavam terras indígenas, levaram conflitos para o interior do Brasil. "Povos isolados eram colonizados devido ao interesse econômico. Interesses privados financiavam formas de afastar os índios", afirmou.
Como consequência disso, ele cita, por exemplo, mortes em massa de índios cintas-largas em Mato Grosso, no ano de 1963, que foram apontadas no relatório e chamadas de "Massacre do Paralelo 11". De acordo com o documento, na época, fazendeiros invadiram aldeias, mataram índios com comida envenenada, dinamites, espalharam doenças ou roupas contaminadas para afetar a população que vivia em diversas aldeias.
Em um dos casos mais emblemáticos, segundo Freire, uma índia foi amarrada em uma árvore de cabeça para baixo e seu corpo foi partido ao meio. “Centenas morreram no massacre. O trabalho de Figueiredo recuperou os fatos da época para mostrar o que ocorria com os índios”, explica Freire.
Cadeias indígenas
O antropólogo afirma também que o relatório narra invasões a aldeias no Pantanal por fazendeiros, más-condições sanitárias de crianças índigenas que viviam no Rio Grande do Sul e uma “explosão” de cadeias clandestinas voltadas a esta população.

Segundo ele, o documento aponta que muitos dos postos indígenas do SPI foram adaptados e abrigaram cadeias para índios que, para os administradores locais, mereciam ser punidos. “Eles faziam com que os índios ficassem aprisionados em celas montadas nos escritórios”, afirma.
Havia, inclusive, “centrais”, postos indígenas implantados nos municípios paulistas de Tupã e Braúna, chamadas respectivamente de Vanuíre e Icatú, que recebiam “índios infratores” de diversas partes do país. “Isso existia desde a década de 1930. Os indígenas eram recolhidos por terem praticado algum delito. Mas a consequência desse aprisionamento deve ter sido muito pouco documentada”, explica.
"Tudo que se escrevia sobre os índios naquele momento demonstrava que essa população se encaminhava para a extinção. Isso só é revertido na década de 1990, depois de um longo processo, com aumento demográfico pelo país de indígenas. Há uma recuperação", finaliza Freire.
G1
Distribuição de brindes aos índios Kuikuro pela equipe do Serviço de Proteção ao Índio (Foto: Divulgação/Museu do Índio)Distribuição de brindes aos índios kuikuro pela equipe do Serviço de Proteção ao Índio, em imagem do acervo do Museu do Índio que não consta do relatório (Foto: Divulgação/Museu do Índio)

Jovem 'descobre' alface e tomate aos 20 anos, muda a dieta e perde 23 kg


Fernanda chegou a desfilar em concursos antes de ganhar peso (Foto: Arquivo pessoal)Fernanda chegou a desfilar em concursos antes
de ganhar peso (Foto: Arquivo pessoal)
A mineira Fernanda Karolina Lucas Vieira, de Timóteo, teve uma adolescência de maus hábitos alimentares, mas sem problemas com o excesso de peso.
Até os 20 anos de idade, a jovem nunca tinha comido alface e tomate e tinha uma dieta baseada em sanduíches, coxinhas, refrigerantes e doces, estilo de vida que logo a fez chegar ao quadro de sobrepeso, com 80 kg na balança.
“Comia muito mal e era magra, pesava 53 kg, então achava que podia continuar daquele jeito que nunca engordaria. Cheguei até a participar de desfiles e concursos quando era adolescente”, lembra a advogada, hoje com 22 anos.
Porém, sem perceber, ela acabou ganhando peso e logo se viu em uma situação em que precisava mudar seus hábitos. “Estava cheia de trabalhos da faculdade e não tinha tempo de comer direito, então comecei a comprar coisas na rua e engordei”, conta.
Depois de ouvir vários comentários em relação a seu peso, ela decidiu procurar um médico. “As pessoas diziam que eu era tão bonita, perguntavam o que tinha acontecido e ficavam criticando”, diz Fernanda. Após a consulta, o endocrinologista decidiu então receitar um remédio para a jovem, mas o efeito não foi o esperado. “Emagreci 10 kg com o remédio, mas engordei quando parei de tomar. Além disso, tive vários efeitos colaterais, como tontura e até dificuldade para dormir”, lembra.
Fotos mostram Fernanda com 80 kg e atualmente com 57 kg; jovem mudou a alimentação para recuperar a forma (Foto: Arquivo pessoal)Fotos mostram Fernanda com 80 kg e atualmente com 57 kg; jovem mudou a alimentação para recuperar a forma (Foto: Arquivo pessoal)
“Antes, se eu tinha vontade de comer doce, fazia uma panela de brigadeiro e comia inteira. Hoje eu sei me controlar e compenso tudo. Por exemplo, se no fim de semana, eu como uma pizza, na segunda eu abuso da salada”, explica. Seis meses depois, ela já tinha perdido 17 kg dos 23 kg que perdeu ao todo. “Hoje continuo com a minha alimentação e mantenho meu peso ideal, que é 57 kg”, diz.Fernanda resolveu suspender o medicamento e, em janeiro de 2012, começou a investir na mudança na alimentação. “Entrei para um grupo semelhante ao Vigilantes do Peso, e fazíamos reuniões orientando a quantidade de calorias que podíamos consumir por dia”, conta a mineira. Ela começou, então, a evitar frituras e doces e passou a incluir na dieta salada, carnes, integrais, leite desnatado e outras opções mais saudáveis.
Fernanda aprendeu a controlar a dieta e deixou só os finais de semana para comer as tentações (Foto: Arquivo pessoal)Fernanda aprendeu a controlar a dieta e deixou só os finais de semana para comer as tentações (Foto: Arquivo pessoal)
Em relação à atividade física, Fernanda conta que não tinha muito tempo por causa da faculdade e, depois, por causa dos estudos para passar na OAB. “Cheguei a fazer um mês de muay thai, mas tive que parar para estudar. Depois que me formei, em março de 2013, comecei a correr todos os dias à noite”, diz a mineira. Ela lembra que, quando estava com 80 kg, sentia dificuldade para correr, mas após emagrecer, foi percebendo que estava cada vez com mais fôlego. “Em menos de um mês, já deu para me acostumar. Hoje, consigo fazer uns 5 km por dia”, conta.
A perda de peso fez Fernanda recuperar a vaidade que havia perdido. Acostumada a vestir roupas 36 ou P, ela teve que começar a procurar outros tamanhos. “Quando eu estava gordinha, não tinha ânimo para comprar roupa porque nada ficava bom, às vezes nem o tamanho G servia. Então eu não tinha vontade de sair, de me maquiar, nada”, lembra. Hoje, com seus 57 kg, ela voltou a usar suas roupas de antes e teve que renovar todo o guarda-roupa.

Fernanda diz que teve dificuldades para manter o peso, mas aprendeu a se controlar. “No fim de semana, eu como o que quiser, mas durante a semana, podem me oferecer o que for que eu vou recusar”, afirma, determinada.
”Tudo melhora. Hoje eu consigo dormir mais cedo, acordo cedo e estou mais disposta”, avalia a advogada. Para ela, a dica principal é nunca desistir, mesmo em caso de deslizes na dieta. “Se um dia comer algo mais calórico, não precisa pensar que não adianta mais, tem que compensar”, recomenda.
G1
”Tudo melhora. Hoje eu consigo dormir mais cedo, acordo cedo e estou mais disposta”, avalia Fernanda com 23 kg a menos (Foto: Arquivo pessoal)”Tudo melhora. Hoje eu consigo dormir mais cedo, acordo cedo e estou mais disposta”, avalia Fernanda com 23 kg a menos (Foto: Arquivo pessoal)

Manifestantes nus protestam contra uso de peles de animais em roupas


'Só a minha pele', diz cartaz em inglês (Foto: Valery Hache/AFP)'Só a minha pele', diz cartaz em inglês (Foto: Valery Hache/AFP)
Manifestantes tiraram a roupa em protesto contra a criação de animais com o objetivo de confeccionar peles. O ato aconteceu nas praias de Nice, no sul da França, e foi organizado pelo braço francês da Coalizão para Abolir o Comércio de Peles (Caft, na sigla em inglês).
O protesto chamou a atenção das pessoas que andavam pela região. Os manifestantes ficaram completamente nus, tapando genitais, traseiro e seios com cartazes contra o uso de roupas feitas de peles de animais.
G1
Protesto chamou a atenção de quem passava (Foto: Valery Hache/AFP)Protesto chamou a atenção de quem passava (Foto: Valery Hache/AFP)

Laudo da exumação de Matsunaga diz que tiro foi a mais de 40 cm


A Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu o laudo da exumação do corpo do executivo da Yoki, Marcos Matsunaga. Os peritos responderam 11 perguntas do juiz, 54 da defesa da ré e três da promotoria sobre as causas e circunstâncias da morte, conforme documento obtido com exclusividade pelo G1.
O G1 teve acesso aos resultados. De acordo com a perícia do Instituto Médico-Legal (IML), o tiro que matou Matsunaga foi dado em distância "maior que 40 centímetros", conforme o laudo número 0851/2013, assinado pelo médico-legista Ruggero Bernardo Felice.

O documento ainda informa que o avançado estado de putrefação do corpo comprometeu avaliação de quesitos que apontariam se ele apresentava reações vitais ao ser esquartejado. "Sugerimos correlação com dados de histórico, necroscópicos, de local e balística (...) antes de qualquer conclusão diagnóstica", alerta nota de exame que integra o laudo.

Cronologia do Caso Yoki - 27 agosto 1v (Foto: Arte/G1)
Matsunaga foi morto por sua mulher, a bacharel em direito Elize Matsunaga. Ela confessou ter dado o disparo e está presa. Após balear o marido no apartamento onde o casal morava com a filha, em 19 de maio de 2012, na Zona Oeste da capital paulista, ela esquartejou o corpo dele.
O corpo de Marcos foi exumado em 12 de março e deverá ser enterrado novamente em  15 de maio, no Cemitério São Paulo. A exumação tinha sido autorizada pelo juiz Adilson Paukoski Simoni após solicitação dos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio, que defendem Elize. Eles contestaram o resultado do laudo necroscópico feito no ano passado que indicava que Matsunaga havia sido esquartejado ainda vivo. Para os defensores, a vítima havia morrido logo após o disparo.
A defesa considera que o novo laudo é favorável à ré. “O Marcos morreu do disparo da arma, segundo laudo. Só não pode se precisar o tempo porque o médico-legista que fez o laudo necroscópico deixou de realizar os exames necessários”, disse a advogada Roselle Soglio, defensora de Elize e que também é especialista em perícias criminais.
Para o defensor da família de Marcos, o primeiro documento é o mais confiável. “Qualquer laudo complementar e nova perícia seria inconclusiva à mercê dessa situação [do estado de putrefação do corpo], que prejudica o resultado”, disse Luiz Flávio Borges D'Urso.
As perguntas e respostas
No documento, os peritos respondem 11 perguntas feitas pelo juiz. Entre os pontos, ele questiona quanto tempo Matsunaga permaneceu vivo após ser atingido na cabeça. "Pela exumação, é impossível precisar este tempo demorado", informa o laudo. Na sequência, o magistrado obtém a resposta de que Matsunaga foi atingido a distância superior a 40 centímetros.

O magistrado questiona ainda se o sangue encontrado nos cortes indica que a vítima estava viva quando foi desmembrada. Os peritos respondem que a presença de sangue verificada pode ter "ocorrido após a secção de vasos calibrosos mesmo depois da morte".

Entretanto, o laudo ressalta que o importante não é esse sangue, mas aquele que ficou infiltrado nos "tecidos da borda lesada que delineia a reação vital", segundo o texto. O documento informa, na sequência, que não é possível determinar por qual parte do corpo começaram os cortes.

O magistrado perguntou ainda: "há outros sinais vitais, ou seja, de que a vítima ainda estava viva quando dos cortes efetuados no corpo?". Os peritos citam o estado do cadáver como um dos complicadores para análise. “A avançada putrefação impediu a identificar qualquer tipo de reação vital”, respondem os legistas no documento.

Por fim, o juiz indaga: "A eventual existência de sangue nos pulmões deveu-se exclusivamente ao movimento do diafragma da vítima, ou pode, em casos que tais (inclusive com degola) ser proveniente de outra  causa?".

Os peritos apontam que o tiro pode ter causado a presença de sangue nos pulmões. "O sangue encontrado nos brônquios provavelmente resultou em aspiração enquanto a vítima permanecia inconsciente. O sangue pode ter sido originado do trauma da fossa anterior do crânio lesado pelo projétil, que tem comunicação com as vias aéreas", escreve a perícia.

No ano passado, o legista Jorge Pereira de Oliveira, do IML em Cotia, escreveu no laudo necroscópico que Marcos morreu por asfixia porque aspirou o próprio sangue quando teve o pescoço cortado.

Quando o primeiro exame foi feito, a cabeça de Marcos ainda não tinha sido encontrada. Por isso, não era possível descobrir que a vítima tinha sido baleada. Além disso, o perito acreditava que a vítima era branca.

Exame que serviu de base para o laudo faz ressalva sobre estado de decomposição (Foto: Reprodução)
Inconsciência
Ainda no laudo da exumação, a maneira como o disparo foi desferido, e o que ele causou, foram temas recorrentes nos questionamentos do juiz, dos advogados e da promotoria. O documento conclui que o tiro foi dado de cima para baixo, a uma distância de, no mínimo, 40 centímetros. “Não havia elemento de pólvora no segmento craniano (confirmado até pela microscopia), portanto o disparo foi de média a longa distância”, disse o perito.

No primeiro laudo, o necroscópico, a informação era de que o disparo tinha “características de tipo encostado”. “Esse laudo mostra que o tiro foi acima de 40 centímetros. Mostra que Marcos perdeu a consciência após o tiro. Marcos morreu após o tiro”, disse Luciano Santoro, também advogado de Elize.

“A qualificadora da crueldade não mais se sustenta. Laudo prova que Elize falou a verdade e não cortou Marcos em vida. Ela disse que atirou a média e longa distância e isso se confirmou. Esse laudo tirou o fato de que o crime teria sido premeditado porque o tiro teria sido encostado. Marcos não foi esquartejado vivo, mas morto. Mostra que o trabalho anterior foi mal feito e que Elize sempre falou a verdade”, avalia Santoro.

Para o defensor da família Matsunaga, a distância pesa menos do que as outras provas. “Se foi a 10, 20 ou 40 cm não muda a versão real que o laudo trouxe. No sentido que ela deu um tiro de cima para baixo, que caracteriza surpresa”, afirma D'Urso.

Exame complementar
O laudo da exumação é baseado no "exame complementar anamatomopatológico" número 0474/13, que avaliou tecidos de cinco partes do corpo. O exame microscópico apontou ausência de sinais vitais em todos os cinco.

No exame, os peritos ressaltam que as conclusões do exame devem ser consideradas a partir da condição das amostras do cadáver.  "A contaminação pós-mortal é significativa, o que dificulta a nálise de métodos colorimétricos", aponta trecho do exame.


Prazo para análise e definição de júri
"Sugerimos correlação com dados de histórico, necroscópicos, de local e balística haja vista o aspecto extremamente focal deste achado e a grande contaminação pós-mortal do material, antes de qualquer conclusão diagnóstica", afirma a médica-legista Maria Teresa de Seixas Alves.
O laudo da exumação será entregue agora para a Justiça, que abrirá prazo para o promotor José Carlos Cosenzo e os advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio se manifestarem. Como o juiz Adilson Simoni está em férias, esse documento deverá ser analisado pela juíza Lizandra Maria Lapenna.

Após essa etapa, um dos magistrados terá de decidir se irá submeter Elize a júri popular pelo assassinato e marcar uma data para o julgamento. Funcionários do Fórum da Barra Funda informaram que o resultado do exame teria chegado na quarta-feira (24).

Pena
O Ministério Público quer que Elize cumpra 30 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe -vingança movida por dinheiro-, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel). Para a Promotoria, Elize premeditou o crime e matou o marido para ficar com o dinheiro do seguro e da herança.

Os defensores de Elize contestam o meio cruel. Alegam que sua cliente só esquartejou Marcos após matá-lo com um disparo. Eles defendem que esse tiro foi dado a esmo, depois de uma discussão em que a acusada teria sido agredida. Elize tinha descoberto fazia pouco tempo que Marcos a traia com uma garota de programa.

Ela também é acusada de ocultação de cadáver, por ter abandonado os membros, o tronco e a cabeça do marido em pontos diferentes da Estrada dos Pires, na Grande São Paulo. A Polícia Civil ainda investiga se Elize teve a ajuda de outra pessoa para cometer o crime. Exame de DNA mostrou sangue de outro homem no quarto de Marcos.

A viúva de Marcos está presa preventivamente em Tremembé, no interior de São Paulo, a espera dessa decisão. Atualmente com 31 anos, ela ainda não viu a filha, que está com mais de 1 ano. A guarda da criança está provisoriamente com os avós paternos.

G1
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