segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dezenove bombeiros morrem em incêndio florestal nos EUA

Incêndio no Arizona consome casa na cidade de Yarnell. Ao menos 200 das 500 residências da área foram atingidas pelo fogo. (Foto: Tom Story, Arizona Republic/AP)
Dezenove bombeiros morreram na noite do domingo (30) em um incêndio florestal registrado no estado do Arizona, nos Estados Unidos, segundo informaram vários meios de comunicação americanos. Fontes oficiais do estado do Arizona, na fronteira com o México, disseram que esta é a pior tragédia florestal envolvendo bombeiros registrada em 30 anos nos EUA.

O incêndio provocou, além disso, a evacuação de moradores da pequena cidade de Yarnell, situada a cerca de 130 quilômetros ao noroeste de Phoenix.Os bombeiros, pertencentes a um corpo de elite, ficaram presos pelo incêndio florestal que se propagou rapidamente com a ajuda de fortes ventos em uma área conhecida como Yarnell Hill.
"Este é o dia mais triste que posso recordar", disse a governadora Jan Brewer.
"Os bombeiros estavam lutando contra o incêndio de Yarnell, perto de Prescott, onde o fogo, que avançava a toda velocidade, atingiu o local onde estavam", completou.
"Podem passar dias, ou mais, antes que uma investigação revele como esta tragédia aconteceu, mas sabemos o essencial em nossos corações: combater o fogo é um trabalho perigoso. O risco é bem conhecido por estes corajosos homens e mulheres que combatem as chamas", disse.
Pelo menos 200 das 500 casas dessa cidade ficaram danificadas pelo incêndio, que arrasou 800 hectares de floresta, segundo informou o porta-voz da divisão florestal do estado do Arizona, Mike Reichling, citado pela edição digital do jornal 'The Arizona Republic'.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou condolências às famílias dos bombeiros mortos. "Eles colocam-se em perigo para proteger a vida e a propriedade dos cidadãos", disse ele, que está em viagem pela África.
G1

Acrobata do Cirque du Soleil morre durante apresentação em Las Vegas

À esquerda, Sarah Guyard-Guillot, de 31 anos, durante seu número no espetáculo 'Kà', do Cirque du Soleil, em novembro de 2008 (Foto: AP/Las Vegas Sun, Leila Navidi)
Uma artista do Cirque du Soleil morreu depois de cair na noite de sábado (29) durante uma acrobacia em um espetáculo em Las Vegas, confirmou a empresa no domingo em um comunicado.
Sarah Guyard-Guillot, de 31 anos e conhecida como Sassoon, morreu no sábado pouco antes da meia-noite no University Medical Center de Las Vegas (Nevada, oeste), depois de ter caído durante seu número no show "Kà" do teatro MGM Grand, confirmou à AFP o gabinete forense do condado de Clark.
"Toda a família do Cirque du Soleil está profundamente triste pela morte acidental de Sarah (Sassoon) Guyard, artista da produção Kà", escreveu o circo em um comunicado emitido no domingo.
"Estou com o coração partido. Quero estender minhas mais profundas condolências à família. Estamos completamente devastados com esta notícia. Sassoon era artista do elenco original de Kà desde 2006 e foi parte integral de nossa família", afirmou o fundador do Cirque, Guy Laliberté. "Isto nos lembra, com incrível humildade e respeito, o quanto nossos artistas são extraordinários todas as noites", acrescentou.
Os shows de Kà serão suspensos até nova ordem, informou o comunicado. É o primeiro acidente fatal em um show do Cirque du Soleil, segundo o jornal "Las Vegas Sun". Integrantes da plateia informaram ao jornal que o acidente ocorreu quase no fim do espetáculo. Guyard-Guillot, que estava suspensa por um cabo, subiu ao topo do palco e se soltou de seu cabo de segurança.
A artista caiu então em um poço fora da vista dos espectadores, em frente ao palco, segundo o jornal. "(Sassoon) estava sendo elevada de um lado do palco e de repente caiu", disse Dan Mosqueda ao Sun. "No início, muitos na plateia pensaram que era parte da coreografia, mas era possível ouvir gritos e lamentos", indicou.
Grupo criado em Quebec em 1984 e convertido em uma multinacional do entretenimento, o Cirque du Soleil festejou em 2009 seu 25º aniversário. Seus espetáculos foram vistos por mais de 100 milhões de pessoas em 300 cidades do mundo todo. Além de "Kà", outras das criações mais representativas dos últimos anos são "Alegria", "LOVE", "Saltimbanco", "Quidam" e "OVO".
G1

Comunidade rural do Guaraú (Pedra D’água) Várzea-PB comemora forró Pé de Serra

Casamento MatutoA comunidade rural do Guaraú (Pedra D’água) realizou ontem, dia 29 de junho, na sede provisória da Associação Comunitária de Desenvolvimento do Guaraú (ACDG), localizada no Grupo Escolar Antonio Serafim, mais um Forró naquela comunidade que contou com muita música, danças (quadrilha junina), casamento matuto e comidas típicas.
  
É o terceiro ano que a comunidade realiza um evento deste tipo com o apoio da Prefeitura Municipal de Várzea que desde a gestão passada, incluiu na programação do seu João Pedro, o resgate ao forró pé de serra  nas comunidades rurais do Município.
  
A presidente da Associação Comunitária de Desenvolvimento do Guaraú, Marli Dias, agradeceu a presença de todos e o empenho da comunidade em realizar esse ano o seu Arraiá. “Mesmo estando vivenciando essa seca, não poderíamos de deixar de realizar o nosso arraiá aqui na nossa comunidade, pois já diz o poeta, o sertanejo é antes de tudo um forte, porém, esse arraiá, faz com que juntemos todos os associados e moradores da nossa comunidade Guaraú, nossos familiares que residem nos grandes centros do País e recebemos de coração toda a sociedade que sempre faz presente a nossa festa”, declarou Marli.
  
Com este forró, já é o terceiro realizado no Município, haja vista que, no início do mês foi realizado o forró do Assentamento Novo Horizonte, dia 28 de junho, foi realizado na Comunidade Quilombola de Pitombeira e encerrando os festejos dos forrós na zona rural teremos no dia 06 de julho na comunidade Serrotes Preto.

Polícia prende suspeito de atirar em jovem durante protesto em Maceió

O funcionário da Superintendência Municipal de Energia e Iluminação Pública de Maceió(Sima), suspeito de atirar em um adolescente de 16 anos durante um protesto no último dia 17, foi preso na manhã desta segunda-feira (1º). A informação foi confirmada pelo titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Cícero Lima, ao relatar que Josenildo dos Santos Lima foi preso dentro da própria residência.
Na última quarta-feira (26), a Prefeitura de Maceió publicou no Diário Oficial do Município o afastamento afastou dos dois funcionários da Superintendência Municipal de Energia e Iluminação Pública de Maceió (Sima) que estavam no carro que furou o bloqueio dos manifestantes, na noite de segunda-feira (17), na Avenida Fernandes Lima.
Um dos servidores, Josenildo dos Santos Lima, que dirigia o veículo, teria disparado o tiro que atingiu um adolescente de 16 anos durante a manifestação.
Um dia após o atentado, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PMDB), informou que foi aberta uma investigação interna para apurar os fatos. “Relatos de testemunhas afirmam que o veículo dirigido pelo autor dos disparos seria da frota da Prefeitura. Iniciamos uma busca intensa para apurar se a informação era verdadeira. Após levantamento minucioso, descobrimos no final da noite que a descrição do carro coincide com a de um veículo da Sima”, explicou Palmeira.
Segundo o prefeito, o superintendente da pasta, Ib Brêda, está tomando as medidas cabíveis para a apuração e possível punição dos envolvidos. A publicação do Diário Oficial, tentretanto, informa que os servidores ficarão afastados pelo prazo que transcorrer as sindicâncias. Eles permanecem recebendo seus vencimentos.
Investigações
Josenildo dos Santos Lima prestou depoimento no último dia 18 ao delegado Cícero Lima, na Delegacia Geral da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, em Maceió. Segundo informações do delegado, Josenildo dos Santos Lima confessou que teria disparado um tiro para o alto quando furou o bloqueio da manifestação com carro da Superintendência de Iluminação de Energia de Maceió (Sima), mas negou que tivesse mirado o adolescente ou os manifestantes.

Ainda de acordo com o delegado, Lima é ex-agente penitenciário e disse que atualmente é funcionário da prefeitura. Cícero Lima não soube dizer se ele é concursado ou prestador de serviço.
Carro utilizado para furar o bloqueio (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
O outro funcionário da Sima que estava no carro, Clodoaldo dos Santos, também foi ouvido, mas, segundo o delegado, ele está na condição de testemunha. “Ele pode nos dizer o que aconteceu. Em princípio, não vamos indiciá-lo”, diz.
Cícero Lima disse ainda que Lima só será indiciado após as investigações. “Ainda irei ouvir mais testemunhas. Tenho 30 dias para concluir o caso. Não quero apressar as coisas, tenho que ter certeza dos fatos”, diz.
Josenildo estava acompanhado do chefe de gabinete, Júnior Torres, e do procurador da Sima, João Batista Costa. O procurador disse que o suspeito não deveria usar uma arma para a função que exercia. O carro da Sima foi apreendido e será periciado.

Protesto
A Avenida Fernandes Lima foi fechada nos dois sentidos durante protesto contra aumento da tarifa de ônibus na tarde de segunda (17). A manifestação ocorria de forma pacífica quando, segundo relatos de testemunhas, o veículo da Sima furou o bloqueio e um ocupante atirou contra a multidão, ferindo no rosto um jovem de 16 anos. 

G1

No Recife, CBTU aumenta número de metrôs por conta da greve de ônibus

Por conta da greve dos rodoviários na Região Metropolitana do Recife, iniciada nesta segunda-feira (1º), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) Recife vai acrescentar dois veículos em suas linhas nos horários de pico. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, apenas 30% da frota de ônibus irá circular, para respeitar a lei de greve. Segundo levantamento feita pela Urbana-PE, o sindicato dos patrões, no horário pico (5h30 às 9h) cerca de 56% da frota foi colocada nas ruas, ferindo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que previa 80% da frota neste horário.
Na Linha Centro do metrô, a quantidade de trens vai aumentar de 14 para 16 entre as 6h e 8h30 da manhã e entre 17h e 19h30, horário que pode ser estendido de acordo com a demanda. Na Linha Sul, o número de trens vai passar de 6 para 8 no mesmo espaço de tempo.

As irmãs Juliana e Luana Câmara esperam ônibus na Avenida Norte (Foto: Lorena Aquino/G1)A categoria em greve, formada por cerca de 22 mil trabalhadores entre motoristas, cobradores e fiscais, está parada desde a meia-noite e não chegou a um acordo de reajuste salarial com os donos de empresas de ônibus. Os rodoviários querem um reajuste de 33,33%, enquanto o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) oferece 3%.

Cabo
No Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, o trânsito ficou complicado desde o início da manhã no sentido Cabo-Ipojuca – por conta de um ônibus que foi colocado para interromper o trânsito. Policiais rodoviários estaduais estão no local.

Recife
Filas longas no Terminal da Macaxeira (Foto: Lorena Aquino/G1)Na Avenida Norte, nas imediações do bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife, as paradas de ônibus não estavam muito cheias por volta das 8h. Os coletivos passavam com certa frequência, mas os usuários percebiam a diferença deste dia de greve para os outros dias, normais. As irmãs Juliana e Luana Câmara esperaram pelos seus respectivos ônibus em duas paradas diferentes. "Estávamos naquela, mais à frente, onde esperamos cerca de dez minutos. Resolvemos andar até essa aqui, onde estamos há mais dez minutos, mas pelo menos é na sombra", explicou a operadora de telemarketing Juliana. A irmã dela não estava muito otimista. "O ônibus que eu pego, a linha Alto José do Pinho, passa de meia em meia hora em dias normais. Hoje ele vai demorar muito ainda, se passar", afirmou Luana. Só havia elas duas aguardando no momento.


Em outro ponto, Elineilda Silva teve sorte de pegar o ônibus muito rápido. "Eu cheguei aqui agora e por sorte meu ônibus está vindo ali. Mas no caminho, encontrei um amigo que estava nesta parada há muito tempo e desistiu de ir para o trabalho. Ele pegaria o mesmo ônibus que eu", disse a recepcionista, rapidamente, e saiu para subir no transporte. No mesmo ponto, Gabriela Bernardino opinou sobre a greve. "Eles estão operando em 30% da frota, então ela é legal. Está me incomodando pouco", afirmou a auxiliar de faturamento. Ela e a colega de trabalo Raissa Alves afirmaram estarem atrasadas. "São 8 horas e eu cheguei aqui às 6h50. Normalmente a gente não espera muito porque sabemos que ele passa às 7h10 e às 7h35, mas hoje não passou nenhum dos dois", lamentou, e continou esperando pela linha CDU - Casa Amarela.

No terminal do Barro, , no Recife, rua é fechada (Foto: Kety Marinho/TV Globo)No terminal integrado da Macaxeira, também na Zona Norte, as filas eram longas e os ônibus demoravam. Os passageiros afirmavam que, apesar do tempo de espera e a frota reduzida, os veículos não estavam deixando de passar. "Por enquanto está dentro do tempo que eu normalmente espero", disse a auxiliar administrativa Diana de Fátima, que estava aguardando pelo Macaxeira-Parnamirim há cerca de 30 minutos. Nesta segunda, ela disse que saiu de casa preparada e não vai se atrasar. "Saí mais cedo, já sabendo da greve, para poder chegar na hora. Eles estão lutando pelos direitos deles, eu apoio. Se não for assim, eles não conseguem, infelizmente", afirmou.


No entanto, não é o que pensa o vigilante André Fernandes. Por volta das 9h da manhã, ele estava há uma hora esperando a linha Caetés - Macaxeira passar no T.I. da Macaxeira. "Eu larguei agora pela manhã, mas em dias normais eu já estaria em casa", relatou. Para ele, a paralisação não trouxe benefícios. "Discordo da greve, ela atrapalha todo mundo".

Michele Silva é atendente de telemarketing e disse que deveria estar no trabalho às 6h30, mas não conseguiu pegar nenhum ônibus. "Saí de casa às 6h e ainda não consegui chegar no trabalho. Pego ônibus lá em Sítio dos Pintos, mas vim pra cá porque lá não passava", explicou. No terminal, ela e a colega Bruna da Silva Campos se encontraram com outras trabalhadoras da mesma empresa, localizada no centro do Recife. "Por conta da greve, a empresa disponibilizou um ônibus especial partindo das integrações para levar os funcionários, já sabendo que não ia ter transporte", disse Bruna. Segundo ela, a dificuldade foi, na verdade, chegar até o terminal por causa do trânsito e da frota reduzida.

No Derby, filas e gente sentada nas calçadas (Foto: Lorena Aquino/G1)Derby
Já no bairro do Derby, área central da cidade, a situação estava mais complicada. Em um dos principais locais por onde os ônibus passam, o movimento era intenso e as pessoas esperavam sentadas na calçada da avenida. Winnie Bárbara avisou ao chefe que estava atrasada e, por volta das 9h40, aguardava uma resposta para saber se voltaria para casa ou tentaria chegar à empresa. "Se eu pudesse, estava junto com eles! Mesmo eu atrasada, por mim não tinha problema nenhum. Tem mais é que fazer mesmo e lutar pelos seus direitos", sorriu a jovem.

Indo para Candeias, a caseira Zuleide do Nascimento aguardava o ônibus em uma parada da Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem. "Estou há quase duas horas aqui e não passa o ônibus que eu preciso. Nem para ir até o meio do caminho", reclama Zuleide. Na Avenida Conselheiro Aguiar, as paradas geralmente cheias pela manhã estavam vazias. A cuidadora de idosos Maria das Dores Nunes conta que viu movimento de ônibus. "Não está normal, mas está passando. Já avisaram que o PE-15 não está passando, então vou pegar qualquer um para ir para casa", afirma.Evandro Ferreira também se mostrou favorável à greve, apesar de estar fora de casa desde as 5h da manhã e, às 9h30, ainda esperar transporte. O trabalho começa às 7h. "Agora, a empresa em que trabalho mandou um táxi vir me buscar. Estou aqui desde as 7h30 da manhã", disse. Ele e o colega são operadores de máquinas em uma companhia localizada em Brasilit e disseram que, em dias normais, esperam pouco mais de 15 minutos no Derby. "A greve nos atrapalha, claro, mas nem tudo o que é bom para nós é bom para os outros. Eu concordo com eles, o salário é pouco para uma profissão tão arriscada", disse.

Boa Viagem
As paradas vazias da Zona Sul do Recife, na manhã desta segunda-feira (1º), davam a impressão de que a greve não atingira a região, mas as poucas pessoas que aguardavam os coletivos contaram que a demora estava grande, especialmente em algumas linhas, como as dos terminais para Afogados.

Na Avenida Mascarenha de Morais, a cena de paradas quase sem movimento se repete. A maior dificuldade encontrada pelos passeiros são os ônibus para Afogados. "Eu vim de lá, consegui carona até metade do caminho até o trabalho. Fiquei quase uma hora no ponto e não passava o ônibus, então resolvi voltar, mas ainda está demorando", conta o auxiliar financeiro Rodrigo Almeida. A vendedora Manoela de França precisa pegar dois ônibus para chegar ao trabalho, em Casa Forte, na Zona Norte, mas o primeiro já estava sendo difícil. "Está complicadíssimo conseguir, mas os patrões têm que entender", explica Manoela.
Já para a recepcionista Andrea Marinho, a situação parecia mais tranquila que o normal. Saindo de Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes, ela se surpreendeu de conseguir vir sentada no ônibus até o terminal do Aeroporto. "Está muito mais tranquilo, queria que fosse assim sempre. Cheguei, o ônibus já estava na parada, o metrô estava vazio e a fila aqui no terminal pequena", elogia Andrea.
Filas se formaram no Terminal Integrado do Aeroporto (Foto: Katherine Coutinho/G1)
A babá Rosinete Jorge, que mora em Camaragibe, teve de andar quase meia hora, pois devido à greve não passa ônibus onde mora. "Demorou um pouco, mas passou. Os motoristas e cobradores estão certos, se não fizerem isso, não tem aumento", acredita a babá. "Eu vim sentada no metrô, sempre vou e volto a pé. Está muito mais tranquilo", pontua a empregada doméstica Sueli Pereira.
No Terminal Integrado Tancredo Neves, a auxiliar de documentação Poliana Silva afirma que a calma é só aparência. "Não está nada tranquilo, os ônibus estão demorando. Só não está tudo cheio por que muita gente deve ter ficado em casa", acredita Poliana. A técnica em segurança do trabalho Solange Santos explica que para vir do Cabo de Santo Agostinho pegou o coletivo mais cheio que o normal. "Levei uma hora e meia para conseguir pegar e, depois, os motoristas ainda vem super devagar", conta Solange.
O Grande Recife Consórcio de Transporte conta atualmente com três mil veículos integrando a frota, distribuídos em 385 linhas e 18 empresas operadoras de ônibus. São feitas, em média, 26 mil viagens por dia, transportando dois milhões de passageiros. O sistema conta também com 17 terminais integrados de passageiros.

Jaboatão
Moradores de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, enfrentam dificuldades para conseguir pegar ônibus em direção à capital na manhã desta segunda-feira (1º), devido à greve. Com paradas lotadas e espera prolongada, algumas pessoas chegam a desistir. Para aqueles que precisam ir para lugares próximos, onde os micro-ônibus circulam, a espera não é tão grande, mas ainda encontram os pequenos coletivos lotados.

A estudante Janaína Santos precisa de dois ônibus para chegar até o estágio, no bairro do Espinheiro. Os micro-ônibus, que passam com frequência, não resolviam o problema da estudante, que estava tranquila. "Já é normal demorar, a gente sabe disso, mas eu entendo", acredita Janaína. Quando o coletivo chegou, estava completamente lotado, quase não cabiam mais passageiros.Nos pontos de ônibus no bairro de Candeias, a maior dificuldade eram coletivos que fossem até o Centro do Recife. A enfermeira Helena Luiza chegou às 6h ao ponto para seguir até o Hospital da Restauração, no Derby, região central do Recife, e levou quase 40 minutos para conseguir um ônibus que fosse até o local. "É um direito dos motoristas fazerem greve, mas fico preocupada com as pessoas que não teêm outra opção para ir ao trabalho", explica a enfermeira.
A segurança Cícera Andrade tinha médico marcado no bairro de Boa Viagem, no Recife, às 7h. Depois de 40 minutos de espera, resolveu voltar para casa com as filhas. "Só passa integração e eu vou para a [Avenida] Domingos Ferreira, não resolve. Ia pegar um ônibus para Piedade, mas me avisaram que lá também está sem", conta a segurança, que se mostra compreensiva. "Se for para melhorar as condições de transporte, eu apoio. A gente vai pendurado nos ônibus, é uma dificuldade grande", aponta Cícera.
No bairro de Prazeres, a situação não é muito diferente. Por volta das 7h, o mecânico Rinaldo Barbosa já estava há mais de uma hora esperando a linha Cajueiro Seco para poder ir trabalhar. "O patrão não quer saber de greve. Eu não entendo esses motoristas, tem que ter outro jeito, que não atrapalhe a vida do cidadão", reclama Barbosa. Esperando o mesmo ônibus, a estudante Josefina Santos também não compreendia. "Por que eles não abrem as portas e deixam todo mundo entrar? Não ia atrapalhar o cidadão, só o patrão", defende Josefina.
Esperando no mesmo ponto há quase 40 minutos pelo ônibus para Boa Viagem, o mecânico montador Lenildo Félix acredita que cada um tem que dar um jeito em sua situação. "Se não passar o meu ônibus, vou voltar para casa", explica Félix. O patrão da cozinheira Elenilda da Silva se compadeceu. "Eu estava desde 5h30 esperando ônibus, uma hora e meia, mas meu chefe vem me buscar", conta a cozinheira.

O Grande Recife Consórcio de Transporte conta atualmente com três mil veículos integrando a frota, distribuídos em 385 linhas e 18 empresas operadoras de ônibus. São feitas, em média, 26 mil viagens por dia, transportando dois milhões de passageiros. O sistema conta também com 17 terminais integrados de passageiros.

G1
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