terça-feira, 24 de setembro de 2013

Tentativa de assalto com tiroteio na agência dos correios em Várzea; Confiram as fotos


Em Várzea, no final da manhã nesta terça-feira (24/09), dois homens armados invadiram a agência dos Correios.

Eles chegaram a render os funcionários, mas não levaram dinheiro pois não tinha na agência, no momento que os bandidos iam saindo avistaram a viatura em frente a casa do escrivão e abriram fogo contra a mesma. Ninguém ficou ferido. Os meliantes estavam num astra de cor prata, placa de Natal.

Segundo informações parece que os assaltantes são os mesmo que assaltaram a pouco tempo a mesma agência

Os meliantes conseguiram fugir. A polícia faz buscas na região para tentar localizar os bandidos.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.






FONTE: BLOG JEFTE NEWS

Pistoleiro foragido da Paraíba é executado no RN ao lado da mulher

Kelcio Fabrício de Oliveira e a mulher dele foram mortos numa rede (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Um homem condenado por vários homicídios, e também suspeito de crimes de pistolagem, foi executado ao lado da mulher no município de João Dias, a 370 quilômetros de Natal. Segundo a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Kélcio Fabrício de Oliveira, de 31 anos, era preso na Paraíba, onde respondia por pelo menos três assassinatos. Contudo, estava foragido havia 15 dias. A outra vítima é Barbara Fernandes Bezerra Neta, de 24 anos. Os corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira (23) embaixo de uma árvore do sítio da avó de Kélcio.
O crime aconteceu na noite do último domingo (22), de acordo com o 7º Batalhão da PM, responsável pela área. Várias munições de escopeta calibre 12 e pistola calibre 380 e ponto 40 foram encontradas no local. Moradores confirmaram que o casal saiu da casa por volta das 22h. Mais tarde, os familiares ouviram os tiros, mas só encontraram os corpos no dia seguinte.
De acordo com a direção do Presídio Padrão de Catolé do Rocha, na Paraíba, Kélcio foi preso pela primeira vez em 2001 por homicídio. Apesar da condenação a 17 anos, ele passou para o regime semiaberto em 2003. No ano de 2004, no entanto, o homem voltou a ser preso do regime fechado condenado por outro homicídio. Com nova progressão de pena, ele voltou ao regime semiaberto em 2008 e foi preso pela última vez em 2009, por outro assassinato. Há poucos dias, ele recebeu o benefício da pena no sistema semiaberto, mas não compareceu ao albergue da Justiça.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, o homem ainda era suspeito de crimes de pistolagem e participação em mortes motivadas por brigas familiares no interior da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A polícia acredita que vinha sendo monitorado por inimigos.
G1pb

Pistoleiro foragido da Paraíba é executado no RN ao lado da mulher

Kelcio Fabrício de Oliveira e a mulher dele foram mortos numa rede (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Um homem condenado por vários homicídios, e também suspeito de crimes de pistolagem, foi executado ao lado da mulher no município de João Dias, a 370 quilômetros de Natal. Segundo a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Kélcio Fabrício de Oliveira, de 31 anos, era preso na Paraíba, onde respondia por pelo menos três assassinatos. Contudo, estava foragido havia 15 dias. A outra vítima é Barbara Fernandes Bezerra Neta, de 24 anos. Os corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira (23) embaixo de uma árvore do sítio da avó de Kélcio.
O crime aconteceu na noite do último domingo (22), de acordo com o 7º Batalhão da PM, responsável pela área. Várias munições de escopeta calibre 12 e pistola calibre 380 e ponto 40 foram encontradas no local. Moradores confirmaram que o casal saiu da casa por volta das 22h. Mais tarde, os familiares ouviram os tiros, mas só encontraram os corpos no dia seguinte.
De acordo com a direção do Presídio Padrão de Catolé do Rocha, na Paraíba, Kélcio foi preso pela primeira vez em 2001 por homicídio. Apesar da condenação a 17 anos, ele passou para o regime semiaberto em 2003. No ano de 2004, no entanto, o homem voltou a ser preso do regime fechado condenado por outro homicídio. Com nova progressão de pena, ele voltou ao regime semiaberto em 2008 e foi preso pela última vez em 2009, por outro assassinato. Há poucos dias, ele recebeu o benefício da pena no sistema semiaberto, mas não compareceu ao albergue da Justiça.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, o homem ainda era suspeito de crimes de pistolagem e participação em mortes motivadas por brigas familiares no interior da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A polícia acredita que vinha sendo monitorado por inimigos.
G1pb

Com falta de chuvas, cidades da PB têm risco de racionamento, diz Aesa

Três açudes da Paraíba podem ficar abaixo do limite mínimo da capacidade até o primeiro semestre de 2014, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). O órgão apresentou na segunda-feira (23) um relatório com a análise da situação dos mananciais durante reunião que discutiu a situação da seca na Paraíba com outros órgão governamentais. Os açudes de Coremas, Mãe D'Água e Epitácio Pessoa (Boqueirão) estão sendo afetados pela falta de chuvas. Elas abastecem mais de 40 municípios.
As simulações  para mostrar a situação dos reservatórios da Paraíba foram apresentadas pelos técnicos da Aesa considerando a  hipótese de não ocorrer chuvas ou se houver com precipitações baixas nas regiões do Sertão e Cariri.

“A situação no litoral está tranquila, mas quanto mais adentramos para o interior da Paraíba, mais a situação fica complicada por conta dos baixos índices de chuva registrados neste ano. A região do Seridó é uma das mais atingidas, apesar de ser abastecida pelo sistema Coremas-Sabugi, o que não tem comprometido o abastecimento humano”, afirmou o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho.

Conforme os dados repassados pela Aesa, o açude Boqueirão é o que apresenta a situação mais preocupante e pode cair de 180 milhões de metros cúbicos, registrado em setembro deste ano, para menos de 150 milhões já a partir de janeiro de 2014. O açude é responsável pelo abastecimento de 19 cidades.

Já o açude Coremas, que abastece 22 cidades paraibanas pode cair de 250 milhões de metros cúbicos para aproximadamente 160 milhões em janeiro do ano que vem. A situação pode ser ainda mais grave se o reservatório atingir o volume de 50 milhões ou menos. O açude Mãe D'Água poderá atingir o volume de 100 milhões de metros cúbicos em agosto do ano que vem.

“Estamos diante de um quadro de estiagem e a evaporação é uma faceta. No caso do Coremas, a água é compartilhada também com municípios do Rio Grande do Norte. Essa questão da administração da água do açude também está sendo discutida com a Agência Nacional de Águas (ANA)”, completou João Vicente.

O secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia do Estado, João Azevedo, admitiu que a situação dos principais açudes da Paraíba é delicada. Segundo ele, a partir das previsões apresentadas pela Aesa, será traçado um planejamento para gerir melhor os recursos e prevenir colapsos.

“Esse levantamento de todas as barragens e açudes é para que possamos montar um plano para se antecipar a um problema que poderá vir. No momento, nós temos cidades que estão em colapso de abastecimento, outras em racionamento e temos que manter o controle real dessa situação.”, pontuou João Azevedo.
G1pb

Tiros que feriram crianças na Paraíba tinham traficantes como alvos

Mandantes foram presos na comunida onde aconteceu o tiroteio, em João Pessoa (Foto: André Resende/G1)
Os tiros que feriram três crianças na comunidade Renascer, no último domingo (22) em João Pessoa, tinham como alvos dois homens ligados ao tráfico de drogas na área. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (24) pelo delegado Wagner Dorta, gerente executivo da Polícia Civil metropolitana, durante a coletiva que apresentou os dois mandantes das tentativas de homicídio.
As três crianças ficaram feridas após ocupantes de um carro abrirem fogo em uma praça no Renascer I, no bairro de Jaguaribe em João Pessoa, na noite do domingo (22). Segundo informações da Polícia Militar, as crianças brincavam na praça quando um carro de cor escura se aproximou do local e seus ocupantes passaram a atirar. No tiroteio, uma criança de 9 anos foi atingida na perna, outra de 10, no abdomen, e a terceira, de 12 anos, na cabeça. Todos foram levados para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, o mais velho pela Polícia Militar, os dois mais novos por moradores da comunidade.
Segundo Dorta, uma mulher de 26 anos e um homem de 40 anos fplanejaram o crime, que acabou atingindo as crianças por acidente. Os autores dos disparos, quatro homens que ocupavam o Celta preto, continuam foragidos. O delegado conta que a prisão dos dois mandantes aconteceu após uma ação integrada entre as delegacias de Homicídios e de Repressão à Entorpecentes (DRE) de João Pessoa.
“Por conta da comoção popular que o crime gerou, pela gravidade da situação, determinei que os delegados Allan Murilo Terruel, da DRE, e Roberta Neiva, da homicídios, priorizassem o caso, principalmente porque as crianças não pareciam ter ligação com a motivação do crime”, explica. Segundo ele, os moradores da comunidade também contribuíram significativamente para a prisão dos mandantes. “A população estava indignada com o ocorrido, muitas pessoas decidiram espontaneamente colaborar com a prisão dos envolvidos”, completou.
Alvos são filhos de traficante
Os dois alvos, um adolescente de 14 anos e um jovem de 18 anos, são filhos de um traficante preso em 2012, conhecido como Mago Lila e responsável por comandar o tráfico de drogas do local. A motivação para morte dos dois alvos era pessoal, por parte dos mandantes, e ligada ao tráfico de drogas, por parte dos autores do disparos.

“Os dois assumiram a autoria intelectual do crime durante os depoimentos. A própria cunhada dos alvos ficou transtornada quando viu que o plano tinha dado errado. Os dois estão com medo da repercussão negativa que o plano tomou depois que as crianças foram baleadas”, comentou. Ainda conforme Terruel, os dois tiveram participação direta no tiroteio. “A mulher ficou na praça aguardando a chegada dos alvos e avisou por telefone ao homem, que bebia em um bar próximo ao local com os quatro homens responsáveis pelos disparos”, explicou o delegado da DRE.Segundo Allan Murilo Terruel, tanto a mulher quanto o homem detidos são parentes dos alvos. A primeira é cunhada e o segundo é primo da dupla que seria assassinada. Ambos tinham desentendimentos com os filhos mais novos do traficante Mago Lila. A mulher não concordava com os cunhados e o homem queria vingar um atentado cometido pelos primos a uma sobrinha sua.
Crime foi 'cobrança de morte'
Os quatro atiradores eram de uma facção criminosa rival a dos alvos. A delegada de Homicídio, Roberta Neiva, relatou que um colega de facção dos atiradores tinha sido assassinado no dia 17 de agosto deste ano. Um crime que tinha sido praticado pela facção comandada por Mago Lila, pais dos alvos. “Um traficante conhecido como Negão tinha sido assassinado no último dia 17, no Cangote do Urubu. O homicídio foi praticado pelo grupo dos filhos de Mago Lila. Então os atiradores tinham o interesse em ‘cobrar’ a morte”, avaliou.

Os mandantes foram presos na comunidade do Renascer, no bairro de Jaguaribe em João Pessoa, mesmo bairro onde ocorreu o tiroteio que feriu as três crianças. Segundo Allan Murilo Terruel, as prisões aconteceram após um cerco à comunidade. A participação dos moradores do local foi determinante para que a mulher e o homem suspeitos de planejar o tiroteio fossem presos.
Crianças foram levadas para Hospital de Trauma, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)“A todo momento moradores do Renascer ligavam para nossos agentes para avisar onde cada um deles estava. É bom deixar claro que os dois planejaram a todo momento a fuga, passando de casa em casa. Foram quase 12 horas de operação até a prisão dos dois”, completou o delegado da DRE. Segundo Roberta Neiva, ambos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio triplo e qualificado. A mulher será levada provisoriamente para o presídio feminino Júlia Maranhão, o homem para o presídio do Roger.
Crianças seguem internadas
As três crianças baleadas na noite do domingo (22) em uma praça na cidade de João Pessoa continuam internadas no Hospital de Emergência e Trauma da capital. Em boletim divulgado pela unidade no final da manhã desta terça-feira (24), as crianças de 9 e 10 anos seguiam internadas em estado regular. O estado de saúde do menino de 12 anos, atingido na cabeça, ainda é considerado gravíssimo.

G1pb

Mulher foi raptada em parada de ônibus e estuprada, diz polícia da PB

Uma mulher de 39 anos disse ter sido raptada na tarde desta segunda-feira (23), enquanto estava em uma parada de ônibus na avenida Liberdade, no município de Bayeux, e em seguida estuprada. O depoimento foi dado à delegada Maria Rodrigues Pereira Vasconcelos, da Delegacia da Mulher.
O sargento Soares, da Polícia Militar, disse que os criminosos levaram a mulher para uma casa que fica entre a comunidade Laranjeira, no José Américo, e o bairro de Mangabeira. Depois de estuprá-la eles foram embora e deixaram o portão aberto. A vítima conseguiu sair e pedir ajuda.Segundo a delegada, a vítima foi abordada por dois homens que estavam em um veículo de cor prata, modelo Celta. A dupla parou o carro próximo à parada de ônibus e a obrigou a entrar no veículo. De lá, segundo o depoimente à delegada, eles seguiram para o bairro de Mangabeira. “A vítima contou que foram dois homens que cometeram o crime. Ela está muito abalada”, declarou.
Ainda de acordo com Maria Rodrigues, após prestar depoimento a mulher vai fazer exame de corpo de delito, no Instituto de Polícia Científica (IPC) e em seguida será encaminhada para a Maternidade Cândida Vargas. “Vamos fazer o retrato falado dos suspeitos para que possamos identificá-los e efetuar as prisões”, afirmou.
G1pb

Caixão vai parar perto de rodovia após inundação nos EUA

Caixão foi parar perto de uma rodovia em Aztec após inundação (Foto: Jon Austria/The Daily-Times/AP)
Um caixão foi parar perto de uma rodovia em Aztec, no estado do Novo México, depois de uma inundação. Apesar de um operário ter alegado que havia encontrado ossos no caixão, o sargento Joseph Gonzalez disse que havia apenas lixo e toalhas dentro dele.

O advogado Carl Bannowsky, que mora perto do local onde o ataúde foi encontrado, disse que o caixão misterioso é dele. Bannowsky, que diz colecionar carros antigos, contou que havia comprado o caixão em um leilão na década de 1980.
G1
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Papa Emérito Bento XVI nega ter acobertado pedofilia

Papa Emérito Bento XVI fala durante sua homília na missa celebrada na Basílica, em 2007. (Foto: Divulgação/Arquivo Santuário Nacional)
O Papa Emérito Bento XVI expressou em uma carta dirigida a um matemático sua "profunda consternação" pelos casos de abusos sexuais contra menores cometidos dentro da Igreja e afirmou que nunca os acobertou.

A carta, da qual o jornal "La Repubblica" publica trechos nesta terça-feira (24), está dirigida ao matemático ateu Piergorgio Odifreddi e é uma resposta ao seu livro "Caro Papa, ti scrivo" ("Querido Papa, te escrevo").
"Só posso tomar nota com uma profunda consternação" dos abusos cometidos por sacerdotes, escreve o papa, que acrescenta: "Nunca tentei acobertar estas coisas"."O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, não podemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que incidentes deste tipo não voltem a se repetir", disse o Papa alemão, que renunciou em fevereiro deste ano.
Durante todo o seu pontificado, de 2005 a 2013, Joseph Ratzinger decretou a tolerância zero frente às revelações de vários casos de pedofilia dentro da igreja.
"Se não é lícito se calar ante o mal dentro da Igreja, também não é se calar sobre o grande rastro luminoso da bondade e da pureza que a fé cristã deixou atrás de si ao longo dos séculos", disse o Papa Emérito.
Desde sua renúncia, o Papa alemão, de 86 anos, vive em um monastério do Vaticano.
G1

Estudo aponta que poluição mata mais que o trânsito em São Paulo

Estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que ao menos 4.655 pessoas morreram em decorrência da poluição do ar na capital paulista em 2011. O levantamento, coordenado pela médica, especialista em Patologia Clínica e Microbiologia e doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Evangelina da M. P. A. de Araujo Vormittag, foi apresentado durante o seminário Mobilidade Urbana x Saúde Pública em São Paulo, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, na noite desta segunda-feira (23). 
Com base neste estudo, constatou-se que se morre mais em São Paulo por causa da poluição, por ano, do que em acidentes de trânsito. Em 2011, ao menos 1.556 pessoas morreram nas ruas da cidade, por exemplo. A poluição em São Paulo mata três vezes e meia mais do que o câncer de mama (1.277 mortes) e quase seis vezes mais que a Aids, com 874 vítimas.
O estudo estabelece uma relação direta entre poluição e densidade populacional. Todos os 29 municípios do estado com estações de medição da Cetesb, sem exceção, apresentaram média anual de MP2,5 acima do padrão da OMS. Ao menos 21 delas situam-se acima dos níveis de 20 μg/m³, o dobro. E 11 municípios estão acima ou igual aos níveis de MP2,5 da cidade de São Paulo (22,17 μg/m³): Americana, Araçatuba, Cubatão, Mauá, Osasco, Guarulhos, Paulínia, Santos, São Bernardo, São Caetano, São José do Rio Preto e Taboão da Serra.Segundo os dados apresentados, as médias anuais de MP 2,5 (material particulado em suspensão no ar; 2,5 é a poeira considerada mais fina) de todas as estações de medição da Cetesb no estado situam-se entre 20 e 25 microgramas por metro cúbico, acima do padrão de 10 microgramas por metro cúbico estabelecido como limite pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2011, a média da capital paulista foi de 22,17 μg/m³ de MP 2,5.
De acordo com o levantamento, de 2006 até 2011, ano da publicação do guia da OMS com os novos padrões a serem seguidos, morreram em decorrência da poluição 99.084 pessoas em todo o estado de São Paulo, o equivalente à população de uma cidade de 100 mil habitantes.
A poluição atmosférica foi responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo em 2011, sendo 65% deste total na Ásia, mais de 200% acima dos números de uma década antes (800 mil).
Em São Paulo, por exemplo, estima-se um excesso de sete mil mortes prematuras ao ano na região metropolitana, decorrentes do impacto da poluição na saúde das pessoas, além da redução de 1,5 anos de vida, com um custo financeiro que, dependendo da métrica utilizada, pode variar entre centenas de milhões a mais de um bilhão de dólares por ano.
O objetivo do estudo é o de fazer uma avaliação dos dados ambientais de poluição atmosférica, estimativa do impacto em saúde pública (mortalidade e adoecimento) e sua valoração em gastos públicos e privados, no estado de São Paulo, em função da adoção dos padrões de poluição atmosférica preconizados pela Organização Mundial de Saúde durante o período de 2006 a 2011, segundo o Instituto Saúde e Sustentabilidade.
G1

'Foi legítima defesa', diz namorado de suspeita por morte na Unicamp

"O cara tentou agarrar ela a força, bateu nela. Foi legítima defesa. Ele foi o culpado. Infelizmente ele morreu e não está aqui para poder comprovar nada". A declaração foi dada na madrugada desta terça-feira (24) por Anderson Mamede, namorado da mulher que teria sido a causa de uma confusão durante uma festa dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP), e que resultou na morte do universitário Denis Casagrande, de 21 anos, com um golpe de faca no sábado (21).
A companheira de Mamede ficou em silêncio ao deixar a delegacia. Após mais de 12 horas de depoimentos e diligências sobre o crime, testemunhas do caso também afirmaram na madrugada de terça-feira que a jovem assumiu para a polícia a autoria do crime. O delegado titular do Setor de Homicídios e responsável pelo caso, Rui Pegolo, no entanto, nega que houve confissão formal.
"As investigações avançaram satisfatoriamente hoje [segunda-feira]. Vamos receber as cópias das imagens do circuito de segurança do campus. Dependemos da parte contrária ser ouvida, ouvir amigos da vítima para finalizar o inquérito. Isso deve ocorrer até o fim desta semana", afirma Pegolo. As testemunhas ouvidas pela Polícia Civil na segunda-feira (23) foram liberadas após prestarem esclarecimentos. Segundo alguns policiais ouvidos pelo G1, a falta da situação de flagrante, quando o autor é pego imediatamente após o crime, pode explicar o fato de a menina ter sido liberada pelo delegado.
Jovem de 20 anos é suspeita de matar estdante durante festa na Unicamp (Foto: Ricardo Custódio / EPTV)
'Bati, mas não matei'
Companheiro da suspeita, Anderson Mamede também participou da confusão e, na manhã de segunda-feira, negou a autoria do crime, mas admitiu ter agredido Denis Casagrande. "Eu bati nele [com o skate] porque ele assediou a minha namorada, mas não fui eu que dei a facada, eu não matei e não estava com a faca", afirmou o rapaz ao deixar o Setor de Homicídios acompanhado do delegado Rui Pegolo para uma diligência.

Durante todo o dia, um adolescente, que é amigo do casal e presenciou a briga, também permaneceu na delegacia para ser ouvido. Na saída do prédio, ele também relatou que a jovem confessou o crime e, ao lado da mãe, que preferiu não se identificar, repetiu o discurso de que ela teria agido em legítima defesa. "Ele provocou. Não só para xavecar. Eles queriam que a gente saísse da festa", contou o menor que disse que a turma, que se autointitula "punk", teria sido hostilizada por universitários.
Faca apreendida
Por volta das 23h de segunda, o delegado Rui Pegolo e parte da equipe dele saíram em diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o responsável pelo caso disse que esta informação ainda não pode ser divulgada.

'Da paz'
O estudante de engenharia de controle e automação foi esfaqueado dentro do campus, na madrugada de sábado, durante uma festa universitária. "Ele era um menino da paz. Estava até envolvido em uma campanha contra a violência em Barão Geraldo", disse a mãe da vítima, Maria Lurdes Papa Casagrande, que vive em Piracicaba (SP).

Nas redes sociais, amigos do universitário também saíram em defesa do rapaz. "Quem o conhecia sabe muito bem que Denis nunca apresentou histórico de comportamento desrespeitoso como o que tem sido veiculado. Além do mais, nunca participaria de uma 'briga' como essa e tampouco por uma garota totalmente desconhecida".

Omissão de socorro
A família acusa a universidade de omissão de socorro, já que, segundo a mãe dele, estudantes pediram auxílio da segurança para providenciar ajuda à vítima, o que foi negado. “Eles pediram parar entrar com o veículo para socorrê-lo, mas só tiveram permissão quando meu filho já estava praticamente morto”, disse Maria Lourdes.


Festa ocorreu no Ciclo Básico da Unicamp em Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)Unicamp diz que festa é ilegal
A entrada de carros no campus é restrita. Questionada pelo G1 a universidade disse apenas, em nota oficial, que por meio de suas instâncias institucionais, “acompanhará as investigações com todo empenho e atenção que o caso merece”. E reafirmou que a festa foi organizada sem autorização da instituição, e que irá “apurar as responsabilidades sobre a realização e os fatos ocorridos”. A Unicamp declarou luto oficial de três dias em razão do falecimento do universitário.

No boletim de ocorrência, é mencionada uma “briga generalizada” durante a festa. Em publicação em rede social, amigos da vítima questionam a versão. “Primeiramente, sabe-se que não foi uma briga que causou o assassinato de Denis e sim o assassinato de Denis que desencadeou a revolta dos presentes”, diz o texto.
G1

No início de júri do caso Friboi, filho nega acusar mãe por dinheiro

O estudante de administração Carlos Eduardo Magalhães nega interesse financeiro na acusação contra a mãe (Foto: Tatiana Santiago/G1)
O julgamento dos acusados de matar o empresário Humberto de Campos Magalhães, da Friboi, começou por volta das 11h20 desta terça-feira (24), em São Paulo. Giselma Carmen Campos é acusada de mandar matar o ex-marido. O crime foi cometido pelo irmão dela, Kairon Valfer Alves, em 4 de dezembro de 2008, numa rua da Zona Oeste da capital, segundo o Ministério Público.
Sete jurados - quatro mulheres e três homens - irão definir se os réus são culpados ou inocentes. O júri é realizado no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital, e deve durar pelo menos dois dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Ao chegar ao fórum, Carlos Eduardo Magalhães, filho da vítima e da ré, nega acusar a mãe pelo crime por interesse financeiro. "Quero dizer que não estou acusando ela de forma alguma de nada. Foi uma investighação feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa) que concluiu que ela teve participação no caso. Hoje eu estou aqui para defender a memória do meu pai e lutar pelo que eu acredito”, disse Carlos, de 22 anos.
O jovem admitiu que a relação com a mãe sempre foi conturbada. "Minha relação com ela sempre foi muito difícil porque o único interesse dela foi sempre perseguir meu pai, chantagear pessoas e tudo o que não fizesse parte disso, para ela não funciona”, disse.
“Existe uma herança em jogo. A pessoa que acusa [o filho] é uma pessoa egoísta, demonstra interesses financeiros, interesse que ela perca 50% da parte dela para que ele fique com os outros 25%”, disse Ademar.Ademar Gomes, advogado de Giselma, nega a participação dela no crime. Segundo ele, Humberto foi morto por causa de uma dívida de drogas que se recusava a pagar a Kairon. Para Gomes, a acusação de Carlos Eduardo é "sem fundamento".
Ainda segundo o advogado da ré, Kairon foi torturado em uma delegacia para acusar a irmã. “O tio é realmente o único assassino”.
A advogada de Kairon, Vitória Nogueira, nega que seu cliente tenha matado o ex-cunhado por ordem de Giselma e admite que ele atirou em Humberto. “Desde que ele foi ouvido pela primeira vez, ele alega que a responsabilidade era só dele, que ele não contratou ninguém, que o Humberto tinha uma dívida com ele, que ele não pretendia matá-lo, apenas assustá-lo”.
Para o promotor José Carlos Consenzo, Giselma mandou matar o ex porque não aceitava a separação. “Ela não queria perder o status, perder o patrimônio e perdê-lo para outra mulher”. Ele nega que a vítima usasse drogas. Segundo ele, o exame toxicológico feito após o crime comprovou que Humberto não havia consumido nem álcool nem qualquer outra droga.
Morte do executivo
Giselma viveu durante 20 anos com o executivo. Segundo a polícia, depois da separação, ela passou a planejar o assassinato do ex-marido. O celular do filho mais velho do executivo foi usado no crime. A acusação diz que Giselma entregou o telefone a um pistoleiro. O assassino ligou para o executivo, dizendo que o filho dele estava passando mal, no meio da rua. Humberto foi até o local  e bateu de casa em casa, à procura de notícias do filho. Quando entrou no carro, um motoqueiro se aproximou e depois de uma rápida discussão disparou dois tiros, um dos quais atingiu o executivo.

O celular usado para atrair a vítima ajudou a esclarecer o crime. O aparelho foi encontrado na casa de Kairon, irmão de Giselma, no Maranhão. Segundo a polícia, Kairo contratou dois pistoleiros na Cracolândia, região central de São Paulo. A investigação mostrou que Giselma pagou ao irmão e aos assassinos R$ 30 mil para que o ex-marido fosse assassinado.

Humberto Magalhães, de 43 anos, era de origem humilde. Começou como açougueiro e virou o maior executivo da empresa. O empresário se casou com Giselma e teve dois filhos: Carlos Eduardo era o mais novo. As brigas constantes do casal levaram ao fim um relacionamento de 20 anos, mas, segundo o filho, Giselma nunca aceitou a separação. “Sempre foi uma relação muito dificil entre os dois, de discussões dentro de casa, gritaria de virar a madrugada discutindo”, diz Carlos Eduardo.
Humberto saiu de casa no fim de 2007 e namorou outras mulheres. “Primeiramente a polícia imaginou se tratar de um latrocínio, mas no porta-malas do carro tinha uma valise com cheque, dinheiro e cartões”, disse o promotor do júri, José Carlos Cosenzo. Logo nos primeiros dias da investigação, Giselma começou a apresentar um comportamento suspeito, de acordo com a Promotoria.
Cosenzo afirma que quando saiu o mandado de busca e apreensão para apreender os computadores e telefones, a empresária recebeu a polícia, mas tentou jogar um chip de telefone na privada. “De repente ela disse: ‘estou com vontade de ir no banheiro’. Abaixou, tirou o chip do celular e jogou na privada”, conta o promotor.

A investigadora conseguiu puxar o chip de dentro da bacia da privada. A partir dele, os investigadores rastrearam uma rede de ligações telefônicas. E identificaram a quadrilha responsável pela morte de Humberto Magalhães.

Segundo a Promotoria, Giselma contratou Kairon, que é ex-presidiário. Kairon contratou Osmar que era uma pessoa que trabalhava como segurança. E Osmar contratou Paulo, apontado como executor.  No primeiro momento, Giselma negou conhecer Kairon. Mas, ao comparar os documentos dos dois, a polícia teve uma surpresa. “Foi verificado que eles eram irmãos. De pais diferentes, mas era a mesma mãe”, disse o promotor.
“Acredito que ela mandou assassinar o meu pai por interesse financeiro. Ela não queria dividir o patrimônio que ela tinha com o meu pai com outra pessoa”, diz Carlos Eduardo. Descoberta, Giselma tentou incriminar o próprio filho. “Ela, através das ligações que fazia para pessoas, meio que tentava jogar culpa para mim. Dizia que tinha medo porque eu talvez pudesse estar envolvido”, diz Carlos Eduardo.

A polícia chegou a suspeitar do filho do empresário, mas o rastreamento do aparelho celular dele levou à prisão de Kairon, que entregou todo o esquema.

Giselma ficou presa preventivamente por um ano e seis meses na Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo. A decisão pela soltura de Giselma foi do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso de Mello concedeu a liminar no dia 27 de setembro, após analisar o pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado da ré, Ademar Gomes.

O Fantástico tentou falar com Giselma, mas ela não atendeu às ligações. Carlos Eduardo tem pouco contato com a mãe. Se falam raramente e só para tratar da venda de bens da familia. Os dois homens contratados para matar o empresário já foram condenados: pegaram 20 anos de cadeia cada um. Carlos Eduardo espera que Giselma seja condenada pela morte do pai dele. "Infelizmente foi ela que mandou fazer isso. O que eu queria realmente era não ter uma mãe que fosse uma assassina",  afirmou.

G1

Dilma diz na ONU que espionagem fere soberania e direito internacional

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (24) em discurso de abertura da  68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, que as ações de espionagem dos Estados Unidos no Brasil “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.
Dilma iniciou o discurso, de 23 minutos, lamentando atentado terrorista da semana passada no Quênia que matou mais de 50 pessoas. "Jamais transigiremos com a barbárie", disse.
Em seguida, passou a criticar as ações de espionagem dos Estados Unidos das quais ela, assessores e a estatal Petrobras foram alvos, segundo revelou o programa Fantástico.
"Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial", disse Dilma no discurso, tradicionamente proferido pelo presidente do Brasil, primeiro país a aderir à ONU em 1945.
"Dados pessoais de cidadãos foram indiscriminadamente objeto de interceptação. Informações empresariais – muitas vezes com alto valor econômico e mesmo estratégico – estiveram na mira da espionagem. Também representações diplomáticas brasileiras, entre elas a Missão Permanente junto às Nações Unidas e a própria Presidência da República do Brasil tiveram suas comunicações interceptadas", afirmou.A presidente destacou que o Brasil apareceu como alvo "dessa intrusão", disse em referência à espionagem.
Para a presidente, "imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas".
Diante das delegações de mais de 190 países, inclusive dos Estados Unidos, Dilma afirmou que “não procedem” as afirmações do governo norte-americano de que a interceptação da comunicação de autoridades destina-se a proteger os cidadãos contra o terrorismo.
"O Brasil repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas. Somos um país democrático", declarou.
A fala de Dilma antecedeu o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama. Na última terça-feira (17), ela anunciou o adiamento da visita de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos, em razão das denúncias de espionagem.
A presidente brasileira afirmou que "ações ilegais" são "inadmissíveis".
A presidente destacou que o Brasil é pacífico e democrático e não tem historio de terrorismo. Segundo ela, o país “sabe se proteger” e “repudia” e “não dá abrigo” a grupos terroristas. “Somos um país democrático, cercado de países democráticos, pacíficos e respeitosos do direito internacional”, disse.“Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos fundamentais dos cidadãos de outro país. Não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo”, afirmou Dilma.
Ao lembrar que lutou na juventude contra a ditadura militar, a presidente afirmou que vai defender “de modo intransigente” o direito à privacidade dos indivíduos.
“Sem ele, o direito à privacidade, não há efetiva liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva à democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações”, afirmou Dilma.
De acordo com a presidente, o probelma afeta a própria comunidade internacional. "Temos que criar as condições para evitar que o espaço cibernético seja arma de guerra", disse.
Dilma Rousseff faz discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU e critica práticas de espionagem dos EUA (Foto: Stan Honda/AFP)

Internet
Para Dilma, a ONU deve liderar uma iniciativa de regulamentação do papel dos estados em relação às tecnologias. Segundo ela, o Brasil fará uma proposta sobre o tema.

"A ONU deve desempenhar liderança no esforço de regular o comportamento dos estados frente a essas tecnologias. Por essa razão, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil mulitlateral para governança e o uso da internet", declarou.
De acordo com a presidente, esse marco regulatório deve garantir sobretudo a liberdade de expressão, privacidade dos indivíduos e a “neutralidade” da rede de computadores. Para ela, o acesso à internet não pode ser impedida por motivos políticos, comerciais ou religiosos.Segundo ela, "as tecnologias de telecomunicações e informação não podem ser novo campo de batalha entre os estados. Este é o momento de criamos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países”.
Questão interna
Dilma utilizou parte do discurso para relacionar o que apontou como conquistas sociais e econômicas do governo.

Ela disse que o Brasil retirmou da pobreza extrema 22 milhões de pessoas em dois anos e reduziu "de forma drástica" a mortalidade infantil. Também lembrou da proposta aprovada pelo Congresso que vinculou à educação 75% dos royaltes da exploração do petróleo e à saúde os outros 25%. Segundo ela, nesta década, o Brasil obteve a maior redução da desigualdade dos últimos 50 anos.
"O meu governo não as reprimiu. Pelo contrário, ouviu e compreendeu as vozes das ruas. Porque nós viemos das ruas. A rua é nosso chão, a nossa base. Os manifestantes não pediram a volta do passado. Pediram um avanço para um fuuro com mais direitos, mais conquistas sociais."A presidente fez referência às manifestações de rua em junho. Disse que o governo não tentou contê-las e afirmou que são "parte indiscutível" do processo de construção da democracia.
Para ela, os "avanços conquistados" são só um começo. "Sabemos que democracia gera mais desejo de democracia, qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida", declarou.
Economia
Segundo a presidente, "passada a fase mais aguda da crise internacional",  a economia mundial continua "frágil" e com nível de desemprego "inaceitável", fenômeno que, avaliou, afeta países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Ela defendeu uma ação coordenada para a retomada do crescimento mundial. "Estamos todos no mesmo barco. Meu país está recuperando o crescimento, apesar do impacto da crise."
Ela voltou a defender a posição do Brasil de se promover uma mudança na composição do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a ampliação da representatividade dos países em desenvolvimento.
"Seguimos apoiando a reforma do FMI. A governança do fundo deve refletir o peso do emergentes e em desenvolvimento. A demora reduz sua legitimidade e eficácia, declarou..
Síria
Para a guerra civil na Síria, que já matou mais de 110 mil pessoas, Dilma defendeu uma solução diplomática, sem o uso de força militar.

“É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas – do governo ou dos rebeldes. Não há saída militar. A única solução é a negociada, o diálogo, o entendimento”, disse.
Em qualquer hipótese, repudiamos intervenções unilaterais ao arrepio do direito internacional, sem autorização do Conselho de Segurança”, afirmou.Dilma disse apoiar o acordo liderado pela Rússia para a eliminação de armas químicas na Síria. “Cabe ao governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e com ânimo cooperativo.
Para a presidente uma  intervenção militar só “agravaria a instabilidade política da região e aumentaria o sofrimento humano”.
Reforma na ONU
A presidente também reivindicou a "reforma urgente" do Conselho de Segurança da ONU, organismo criado para dar solução a conflitos pelo mundo. Para ela, a ocasião para essa reforma é 2015, quando a ONU completará 70 anos.

"Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um conselho de segurança capaz de exercer plenamente suas responsabildaides no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os desafios do século 21. Exemplos disso são a dificuldade no conflito sírio e a paralisia na questão israelo-palestina", disse.
Para a presidente, "urge" dotar o conselho de "vozes independentes e construtivas".
"Somente a ampliação de membros permantenes e não-permanentes permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho", declarou.
O Brasil pleiteia um assento permanente no conselho, formado hoje por Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.
Palestina
Dilma também reiterou a posição do governo brasileiro de defender a criação de um Estado Palestino.

“É chegada a hora de transformar em realidade o amplo consenso internacional em favor da solução de dois Estados”, disse.
Rio+20
A presidente também deu destaque à necessidade de cumprimento das resoluções firmadas na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Clima, realizada em junho do ano passado no Rio de Janeiro.

“O grande passo que demos no Rio de Janeiro foi colocar a pobreza no centro da agenda do desenvolvimento sustentável. A pobreza não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, e a proteção ambiental não é uma meta apenas para quando a pobreza estiver superada”, disse.
Dilma encerrou o discurso defendendo que a comunidade internacional reforce negociações multilaterais, como as encabeçadas pelas Nações Unidas.
“A história do século 20 mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e devastação.”
G1

'PEC da Bengala' pode ser votada nesta terça pela Câmara

Sob protestos de entidades jurídicas, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pretende colocar em votação nesta terça-feira (24) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva de 70 para 75 anos a idade-limite para permanência no serviço público. A chamada “PEC da Bengala” gera polêmica porque, se aprovada, irá reduzir o ritmo de renovação nas cúpulas do Judiciário e do Ministério Público.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) são contrárias ao projeto. As entidades de classe de juízes e advogados têm pressionado os deputados federais a deixarem a proposta na gaveta.
De autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), a PEC da Bengala tramita há uma década no Legislativo. Em 2005, o projeto do parlamentar gaúcho foi aprovado em dois turnos pelos senadores, mas, desde então, aguarda votação na Câmara. Nos últimos sete anos, houve diversos pedidos para que o texto fosse apreciado pelos deputados, porém, o lobby das associações de classe sempre impediu a votação.
Antes de pautar a proposta, Alves irá confirmar se os líderes da Casa mantêm o apoio sua inclusão na ordem do dia. Na semana passada, 10 lideranças partidárias assinaram um requerimento reivindicando que o presidente da Câmara a submetesse ao plenário.
O artigo 40 da Constituição prevê que servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios se aposentem compulsoriamente aos 70 anos de idade. Alegando que a expectativa de vida cresceu consideravelmente no país nas últimas décadas, os congressistas propuseram que o teto de idade fosse aumentado em mais cinco anos.
"Recebemos inúmeras manifestações solicitando apoio à proposição tendo em vista que renomados servidores da administração pública, no auge do conhecimento, estão sendo obrigados a interromper o trabalho e dessa forma prejudicando a eficiência do serviço público", alegaram líderes partidários no documento que solicitou a votação imediata da PEC.
O texto original de Simon sugeria a mudança nas regras de aposentadoria apenas para ministros de tribunais superiores e para ministros titulares e substitutos do Tribunal de Contas da União (TCU). Para as outras carreiras do funcionalismo público, englobando inclusive desembargadores, promotores e procuradores, o senador do PMDB recomendava que se aguardasse a aprovação de lei complementar para disciplinar o assunto.
Em 2006, o relator da comissão especial criada para analisar a PEC na Câmara, o então deputado João Castelo (PSDB-MA), apresentou um texto substitutivo ao aprovado pelo Senado. Em seu relatório, o parlamentar maranhense propôs a extensão do benefício a todos os servidores públicos, sem distinção por categoria. "Existem inequívocas vantagens na adoção desse tratamento generalizado", defendeu Castelo no parecer.
Para alterar a Constituição, a proposta precisa ser aprovada em duas votações na Câmara, por maioria de 3/5 dos membros, equivalente a 308 deputados. Se não alcançar esse número mínimo de votos em qualquer uma das duas votações, o texto será arquivado.
Oposição à PEC
Preocupado com um eventual engessamento das promoções nos tribunais, o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou ao G1 ser contrário à mudança nas regras de aposentadoria no serviço público. Para o dirigente da entidade de classe dos advogados, a PEC da Bengala comprometeria a “oxigenação” nas cortes do país.

Na visão da Ordem dos Advogados, em vez de elevar o teto de aposentadoria no serviço público, os congressistas deveriam debater a implantação de mandatos para integrantes de tribunais superiores. Hoje, os magistrados ocupam cargos vitalícios, que se encerram a pedido ou no momento em que eles completam 70 anos."Sei que muitos magistrados aos 70 anos teriam condições [de continuar trabalhando], mas temos de considerar uma avaliação institucional, e não pessoal. O que é melhor para o país? Na avaliação da OAB, o melhor é a oxigenação dos tribunais. Somos contra essa PEC", ressaltou.
"Defendemos a implantação de mandatos, para que eles [ministros] dessem sua contribuição à corte e depois retornassem ao seu habitat natural. Por exemplo, se fossem juízes de carreira, retornariam à magistratura", explicou.
Segundo o presidente da AMB, Nelson Calandra, "a maioria da magistratura" é contrária à elevação da idade máxima para os membros do Judiciário se aposentarem. Ele pondera que a aprovação da PEC da Bengala iria travar o processo de promoções, o que, consequentemente, iria dificultar o recrutamento de juízes para as cortes de primeiro grau.
No ano passado, a exigência de que servidores públicos se aposentem ao completar 70 anos desfalcou o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em meio ao julgamento do processo do mensalão. Ao atingirem a idade-limite da magistratura, os ministros Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto foram obrigados a pendurar as togas antes mesmo de apresentarem todos os seus votos na ação penal. No caso de Britto, ele ainda teve de deixar a presidência da Suprema Corte antes do prazo."A nossa permanência na carreira impede que juízes capazes de ocupar nossas cadeiras nos tribunais sejam promovidos. Fechar a carreira nas instâncias superiores tem reflexo no primeiro grau", disse Calandra ao G1.
Se ele não tivesse alcançado a idade máxima de permanência na magistratura durante o mandato, ele poderia ter se mantido à frente do STF até abril de 2014. No entanto, Britto foi obrigado a passar o comando da mais alta corte do país para o ministro Joaquim Barbosa em novembro do ano passado, quando completou sete décadas de vida.
Ao proferir seu último voto como ministro do Supremo, na 17ª sessão de julgamento do mensalão, Peluso defendeu alteração na Constituição para assegurar que funcionários públicos pudessem optar por ficar mais tempo na ativa.
"Um país inteligente mudaria a regra de aposentadoria para o funcionalismo público, para não pagar duas vezes: para quem se aposenta e para quem chega para ganhar experiência. O Estado brasileiro, se fosse inteligente, já teria feito isso", disse o ministro.
Em sua despedida, Peluso ressaltou ainda que poderia trabalhar por mais tempo e citou exemplos de ex-ministros que se aposentaram. "O ministro Aldir Passarinho é um dos homens mais lúcidos que tem. Está trabalhando na plenitude de suas forças e está aposentado há mais de 15 anos".
G1
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