O grupo BijaRi, responsável pelo carro que fazia parte de uma exposição de arte e foi guinchado nesta quinta-feira (22) na Rua João Moura, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, tenta negociar com a Subprefeitura de Pinheiros a liberação do veículo. Segundo o grupo, para retirar o carro do pátio da subprefeitura será preciso pagar uma taxa de R$ 12 mil. Os responsáveis alegam que o veículo não estavam abandonado, e pretendem pleitear uma autorização de exposição permanente para o veículo.
O chamado “Carro Verde” - por possuir diversas plantas em seu interior – é parte integrante da exposição “Estado do sítio” e estava estacionado em frente à galeria Choque Cultural, onde ocorre a exposição. Nesta quinta, o veículo foi recolhido por volta das 13h30.
“Ontem a gente tentou uma conversa com a subprefeitura, eles ficaram de entrar em contato, iam conversar com o subprefeito. Mas por enquanto não teve nenhuma definição, não sabemos quais são as possibilidades. A gente explicou que foi uma interpretação errada, e vamos tentar reverter”, disse nesta sexta-feira (23) João Rocha, um dos integrantes do BijaRi. A Subprefeitura de Pinheiros informou que a cobrança da multa será analisada nesta sexta.
O grupo entende que a taxa de R$ 12 mil não é válida, pois o veículo não estava abandonado. Entretanto, eles não pretendem abandoná-lo no pátio caso não haja negociação. “O esforço vai ser para retirar o carro, tentar se possível rever a multa, tentar enquadrar o carro como uma obra e conseguir a autorização de exibição permanente, que é algo que a gente já vinha pensando”, disse Rocha. Caso isso aconteça, o veículo volta para a exposição. Ao fim dela, o plano é levá-lo para a frente do estúdio do grupo, onde ele já permanecia anteriormente.
Retirada
O veículo estava parado na Rua João Moura desde o dia 11 de fevereiro. Baixo Ribeiro, dono da galeria Choque Cultural, diz que não houve diálogo com os fiscais do órgão municipal. “Eles vieram aqui, perguntaram o que era o carro e avisaram que iam guinchar em uma hora”, conta Ribeiro. “Não deu tempo de nada.”
O veículo estava parado na Rua João Moura desde o dia 11 de fevereiro. Baixo Ribeiro, dono da galeria Choque Cultural, diz que não houve diálogo com os fiscais do órgão municipal. “Eles vieram aqui, perguntaram o que era o carro e avisaram que iam guinchar em uma hora”, conta Ribeiro. “Não deu tempo de nada.”
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, uma denúncia sobre um carro abandonado foi feita para a Subprefeitura de Pinheiros. Em nota, o órgão informa que “constatou-se após vistoria que o mesmo [carro] estava em local irregular, sendo a carcaça recolhida”. De acordo com o grupo, entretanto, o carro estava estacionado em local permitido.
O objetivo da obra, segundo os artistas, era discutir para quem a cidade é feita. Segundo a subprefeitura, o grupo já foi “instruído sobre a documentação a ser apresentada e como deverá proceder para que seja analisado e definido o local mais adequado para a instalação da obra”.
A obra de arte em forma de intervenção urbana já foi exposta em outras três ocasiões – na Bienal Internacional de Arquitetura em São Paulo, em 2009, na Virada Cultural de 2010, e na exposição Zona de Poesia Árida em 2011, na Matilha Cultural. Uma versão da obra foi apresentada no festival de música SWU, em Itu, como Ônibus Verde.
Veículo estava exposto na Rua João Moura desde o dia 11 de fevereiro, segundo organizadores (Foto: Divulgação/ BijaRi)
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