As autoridades das Filipinas elevaram nesta quarta-feira (5) a pelo menos 238 o número de mortos em inundações e deslizamentos de terra causados pelo tufão "Bopha" no sul do país, onde há mais de 120 mil desabrigados.
As vítimas morreram em inundações, deslizamentos de terra ou quedas de árvores na ilha de Mindanao, uma das mais afetadas pelos tufões que atingem a cada ano o arquipélago filipino.
Em New Bataan, uma cidade de difícil acesso por se localizar em uma região montanhosa, morreram 142 pessoas e 241 são consideradas desaparecidas, anunciou o tenente-coronel Lyndon Paniza, comandante militar da região sul.
"O mais preocupante é que ainda temos 258 pessoas não localizadas", completou.
Em Davao Oriental e outras 15 províncias da ilha de Mindanao foram pelo menos 81 vítimas fatais. O balanço, ainda provisório, foi confirmado pela Defesa Civil.
As autoridades revisam com frequência o número de vítimas do tufão, à medida que as equipes de emergência conseguem acessar as regiões isoladas no sul do arquipélago
O tufão Bopha, com ventos centrais de 120 km/h e rajadas de até 150 km/h, atingiu resorts de praia e áreas de mergulho no norte de Palawan nesta quarta, mas houve poucos danos, à medida que a tempestade começou a enfraquecer.
Pelo menos oito corpos foram localizados na província de Surigao do Sul, onde foi declarado estado de calamidade, e um homem de 31 anos morreu após ser atingido por uma árvore que caiu com os fortes ventos em Misamis Ocidental.
Forças Armadas
As Forças Armadas se somaram às operações de resgate e assistência aos afetados, mas as condições do tempo e a situação do terreno dificultam seu trabalho.
"Bopha" ou "Pablo", como é chamado nas Filipinas, perdeu força desde que entrou no país e agora se afasta com ventos sustentados de 120 km/h em direção ao Mar da China Meridional pela ilha de Palawan.
Pelo menos 120 mil pessoas precisaram deixar suas casas em Mindanao e na região de Visayas, pelo que estão alojadas nas casas de vizinhos ou em abrigos disponibilizados pelas autoridades.
Arthur Uy, governador de Compostela Valley, a província mais atingida, em Mindanao, disse que água e lama das montanhas invadiram edifícios escolares, quadras cobertas, prédios públicos e centros de saúde, onde os moradores haviam buscado abrigo. O número de mortos na província era de 150.
"As águas vieram tão de repente e inesperadamente, e os ventos eram tão ferozes, que agravaram a perda de vidas e os meios de subsistência", disse Uy.
Danos à agricultura e infraestrutura na província de Compostela Valley podem chegar a pelo menos 4 bilhões de pesos (US$ 98 milhões), com o tufão destruindo de 70% a 80% das plantações, a maioria de banana para exportação, disse Uy.
Cerca de 20 tufões atingem as Filipinas anualmente, muitas vezes causando morte e destruição. O tufão Washi matou 1.500 pessoas em Mindanao, também em dezembro, no ano passado.
G1
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