Quem passou pela exposição de carros antigos realizada no estacionamento de uma loja de material de construção, no bairro do Cristo, em João Pessoa, teve a oportunidade de conhecer um pouco da história do Brasil e do mundo. Na manhã deste domingo (24), famílias que foram à exposição voltaram até o início do século XX. Pelo segundo ano consecutivo, o Clube dos Carros Antigos da Paraíba (CCA-PB) trouxe para os pessoenses relíquias que muitos nem imaginavam que ainda existissem. O evento, que teve início no sábado (23), vai até as 17h de hoje.
“É emocionante. Sou apaixonado por automóvel e vir à exposição significa um sentimento indescritível, de uma emoção grande”, declarou o balconista Alexandre Nunes, que trouxe a mulher e o filho para contemplar as relíquias.
Um Puma de 1980 e com fabricação 100% nacional é outro grande destaque. Se é original ou réplica, não importante. O que vale mesmo é a paixão e voltar no tempo. Para isso, os visitantes podem contar com a réplica de um Ford de 1937, todo estilizado. “A mecânica desse carro é bem atual, assim como os acessórios, o teto é rabaixado. Motor é V8, o que lhe confere maior potência”, acrescentou Luciano Cavalcante.
Ver de perto o DKW-candango, construído para homenagear os operários de Brasília em 1961, é emocionante para a dona de casa Graça Luna. “É voltar ao nosso tempo. Existem carros aqui que foram construídos quando não era ainda nascida, mesmo assim, faz a gente viver uma época sem ter feito parte dela”, afirmou.
Em meio a tantas celebridades automotivas, não poderia faltar espaço para o velho e inesquecível fusquinha, de 1965.
Paulo Maia, presidente do Clube dos Carros Antigos da Paraíba, disse que esta é uma oportunidade de mostrar à população o amor pelo automóvel. “São expositores da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco que provam que o amor ao carro antigo é, antes de tudo, o resgate da história. Não dá para falar da história local, nacional ou do mundo sem passar pela história do automóvel, algo que está ligado à economia de qualquer país”, declarou.
Para Germano Toscano, colecionador, o amor ao automóvel desperta bons sentimentos. “Um deles é a lembrança do meu pai, que teve um desses”, diz apontando para as duas relíquias que tem, avaliadas em cerca de R$ 150 mil cada uma com emoção estampada nos olhos. E uma dessas relíquias é um mustangue, considerado por ele um ícone da Ford.
G1pb
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