Os estudiosos submeteram um smartphone Galaxy Nexus por uma hora ao congelador de uma geladeira comum, até que ele atingisse temperatura inferior a 10 graus Celsius negativos. Isso porque as informações temporárias armazenadas na memória RAM do aparelho esvaem-se mais lentamente quando o processador está frio.
Depois disso, a equipe deu um “boot” no aparelho pelo método manual, já que o Nexus não possui botão “reset”. Para isso, desconectaram a bateria por menos de um segundo, pressionando imediatamente depois, de forma simultânea, o botão que liga o celular e as teclas de volume.
O procedimento torna o celular vulnerável ao burlar uma barreira de segurança introduzida pela versão 4.0 do Android, no fim de 2011, que protege os smartphones de ataques. Essa ferramenta de criptografia de segurança é muito útil para os usuários, mas dificulta o trabalho da polícia na resolução de casos em que o celular representa uma fonte importante de evidências.
Dessa forma, os pesquisadores puderam introduzir um software próprio (que chamaram sugestivamente de Frost, ou congelado em inglês) ao conectar o Nexus a um PC rodando sistema operacional Linux por meio de um cabo USB. O código permitiu, então, que os estudiosos tivessem acesso a dados como lista de contatos, fotos e histórico de navegação.
O método está descrito em detalhes, com direito a fotos explicativas, no blog dos hackers. Eles também disponibilizaram o software para download, mas alertaram que não se responsabilizam por danos ao telefone — embora o Nexus que eles congelaram continuou funcionando perfeitamente bem depois do procedimento. O processo, acreditam os pesquisadores, funciona com outros aparelhos Android.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/congelar-celulares-android-permite-extrair-dados-pessoais-dos-usuarios-7768124#ixzz2MxASpr00
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Fonte: http://oglobo.globo.com
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