Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, foi atingido na cabeça por um cinzeiro de vidro, que teria sido arremessado do 2º andar do hotel por um convidado da festa, ainda não identificado. De acordo com a advogada do jovem, Eloisa Samy, com o rosto ensanguentado devido a um corte profundo na testa, Ruan foi socorrido em uma ambulância do Corpo de Bombeiros que estava no local. Em seguida, o jovem foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, onde recebeu 12 pontos no ferimento.
O caso foi registrado como lesão corporal na 12ª DP (Copacabana), que ficará responsável pela investigação, e Ruan foi encaminhado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A advogada informou ainda que pretende entrar com uma ação indenizatória por danos morais contra o Hotel Copacabana Palace.
De acordo com Eloisa Samy, o protesto seguia pacífico até o momento da agressão a Ruan, que provocou a revolta dos manifestantes, que, segundo ela, atiraram pedras contra a fachada do hotel.
Protesto começou na igreja
Cerca de 50 manifestantes, segundo a PM, protestaram neste sábado (13) em frente à Igreja do Carmo, no Centro do Rio, onde ocorria o casamento de Beatriz Barata. A segurança no local foi reforçada durante a cerimônia por 30 homens do 5º BPM (Praça da Harmonia), segundo informou a Polícia Militar.
Em seguida, os manifestantes foram para o Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul, onde foi realizada a festa de casamento. De acordo com o 19º BPM (Copacabana), de 150 a 200 pessoas ocupavam o calçadão em frente ao hotel em uma manifestação pacífica. Cerca de 50 policiais em 12 viaturas faziam a segurança do local, informou a PM.
Durante a madrugada, houve tumulto e a polícia usou bombas de gás para dispersar os manifestantes, segundo informações do 19º BPM. Às 4h30, cerca de 30 pessoas permaneciam protestando no local.
PM nega uso de bombas de gás
A Polícia Militar informou, neste domingo, por meio de nota, que o Batalhão de Choque (BPChq) foi acionado para conter um tumulto envolvendo um grupo de manifestantes, que realizava o protesto em frente ao Copacabana Palace, durante a madrugada.
A PM confirmou a versão dos manifestantes de que o tumulto começou depois que Ruan foi atingido pelo cinzeiro que teria sido jogado da sacada do hotel, levando alguns manifestantes irritados com a agressão a atirarem pedras contra o hotel.
No entanto, a Polícia Militar negou o uso de bombas de gás lacrimogêneo e informou que "para conter o tumulto generalizado e evitar que pessoas fossem feridas, o Batalhão de Choque usou bombas de efeito moral e spray de pimenta".
G1
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