Depois de servir o Canil da Guarda Municipal em Praia Grande, no litoral de São Paulo, por quase nove anos, um dos membros da corporação vai se aposentar. Com 11 troféus conquistados no decorrer da carreira, o cão Thor sensibilizou seus colegas de trabalho na despedida. Com o sentimento de gratidão, os guardas afirmam que Thor agora será o mascote do grupo.
O pastor belga, de nove anos, vai se aposentar da função depois de trabalhar na viatura do Canil da Guarda Municipal da cidade. Além da prestação de serviço, Thor é um cão premiado. "No campeonato julgam a imobilização do cão e julgam também a parte policial dos guardas. Ele zerou, não errou em nada e foi campeão. É um trabalho em conjunto, tem que ter uma sintonia e o treino. Se aposentou sendo campeão, encerrou a carreira com chave de ouro", diz o guarda Flávio Alves da Silva, que trabalhou com Thor por cerca de dois anos.
Além da inteligência, o guarda destaca a segurança que o animal passa para o grupo. "É um cão que você pode contar com ele para qualquer tipo de situação. Você sabe que ele vai morder, ele passa confiança para a guarnição. Queremos treinar um cão igual a ele, para tentar suprir a falta dele. No Canil trabalhamos com três homens e um cão. Então, um cão como o Thor está preparado para dispersar 20 pessoas. Se fosse para dispersar 20 pessoas com dois guardas, jamais conseguiríamos. Ele passa confiança para a viatura e a guarnição que está com ele, é o membro principal", diz Silva.
O guarda municipal Paulo Vitório dos Santos foi o treinador do Thor e trabalhou com ele por sete anos. Por isso, tem o direito de levar o cachorro para casa depois da aposentadoria do cão. "A gente pensa em primeiro lugar no bem estar do animal. Se eu arrumar um espaço, com certeza vou levar ele. Ele é muito fiel à gente, ele não quer saber se a gente é rico ou pobre, se é preto ou branco, ele só quer carinho, e você dando isso para o animal ele retribui. Claro que temos que colocar disciplina e regras porque é um cachorro de polícia, mas é muito prazeroso trabalhar com o cachorro, é um companheiro, sinto falta dele”, afirma Vitório.
G1
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