Com a justificativa de que vai direcionar seu foco para projetos mais importantes, o Google anunciou que vai deixar de oferecer dez produtos de seu portfólio. Entre as iniciativas que serão canceladas, estão o Google Desktop, sistema pelo qual o usuário pode fazer buscas dentro do seu próprio computador, o Web Security, aplicativo de segurança, e o Fast Flip, recurso de leitura para dispositivos móveis.
Não é a primeira vez que o Google "executa" produtos menos rentáveis. A companhia, que abriga dezenas de serviços para a web, já se livrou de sites que ela mesma havia anunciado como investimentos importantes. O G1 listou dez dos maiores fracassos da gigante de Mountain View. Confira:
Google Wave: ia matar o e-mail, mas acabou
morto antes (Foto: Reprodução)
Google Wave
Talvez o fracasso mais retumbante do Google por conta da expectativa gerada pelo lançamento do serviço, que prometia substituir o e-mail. A luta por convites para testar o Wave foi substituída pela frustração com a lentidão do site e a dificuldade de lidar com suas funcionalidades.
Anunciado em maio de 2009, abriu para testes em novembro de 2009. Em agosto do ano seguinte, o Google anunciou que não iria mais desenvolver o produto. Muitas das funcionalidades do Wave foram reaproveitadas no Google Plus, rede social lançada em 2011 para concorrer com o Facebook.
Google Health: serviço de portabilidade de dados
médicos não emplacou (Foto: Reprodução)
Google Health
O serviço permite que o usuário armazene, organize, administre, rastreie e monitore suas informações de saúde em uma central montada pelo Google. Mas o impacto não foi o esperado pela gigante das buscas, que anunciou o cancelamento do serviço em junho de 2011.
Google Web Accelerator prometia navegação mais
rápida para banda larga(Foto: Reprodução)
Google Web Acelerator
Prometia acelerar a velocidade na hora de carregar as páginas da internet no computador dos usuários de conexão banda larga. Era preciso fazer o download de um programa para usar o serviço.
Google SearchWiki: resultados personalizados
mudavam ordem orgânica (Foto: Reprodução)
Google Search Wiki
A proposta era permitir que o usuário editasse os resultados que obtém em sua busca do Google. Era permitido mudar a posição dos resultados, deletar uns, adicionar outros e até comentar nos links fornecidos pelo Google. Foi lançado em novembro de 2008 e substituído em março de 2010 pelo sistema que permite que os usuários marquem seu conteúdo favorito com uma estrela.
“Aprendemos que as pessoas adoram a ideia de marcar sites para referências futuras, mas elas não gostam de mudar a ordem orgânica dos resultados fornecidos pelo Google”, disseram os funcionários do Google, Cedric Dupont e Matthew Watson, no anúncio do fim do serviço.
Google Audio Ads: interface na rede para criar
campanhas em rádios (Foto: Reprodução)
Google Audio Ads
O Google decidiu entrar no mercado dos anúncios de áudio após adquirir a dMarc Broadcasting, uma empresa que desenvolvia uma tecnologia de propaganda para o rádio.
A ideia era fornecer às empresas uma interface on-line para criar e lançar campanhas de áudio. Seria possível procurar consumidores por localização, tipo de estação, dias da semana e até hora do dia. Começou a ser desenvolvido em dezembro de 2006 e foi descontinuado em fevereiro de 2009. O Google justificou sua decisão dizendo que iria focar seus esforços no mercado de streaming online de áudio.
Google Viewer (Foto: Reprodução)
Google Viewer
Por meio do Google Viewer, o usuário podia ver pequenas prévias das páginas obtidas nos resultados, além dos tradicionais textos que acompanham a busca.
A ideia foi incorporada, no entanto, ao serviço original do Google, o buscador. Hoje, a página de resultados exibe uma pequena reprodução do topo da página e da parte relevante à busca feita pelo usuário.
Dodgeball: precursor do Foursquare
(Foto: Reprodução)
DodgeballConsiderado o pai do Google Latitude, permitia que os usuários compartilhassem sua localização geográfica, antes do surgimento de serviços como o Foursquare ou o Gowalla. Funcionava nos telefones celulares e em áreas limitadas, segundo o About.com. O Google comprou a empresa que havia criado o Dodgeball em 2005 e decidiu descontinuar o serviço em 2009. O site oficial do serviço está fora do ar.
Jaiku: nasceu antes do Twitter e foi comprado
pelo Google (Foto: Reprodução)
JaikuO serviço de microblog finlandês Jaiku surgiu alguns meses antes do Twitter, em fevereiro de 2006, mas não obteve o mesmo sucesso da rede social americana.
Em outubro de 2007, quando já parecia claro que o formato de pequenas mensagens vinha para ficar, o Google adquiriu o site por um valor não divulgado. O serviço não decolou, e em janeiro de 2009 o Google anunciou que não iria mais investir no site, que foi liberado para ser desenvolvido por voluntários.
Google Answers: respostas dadas por especialistas
em buscas, que eram pagos (Foto: Reprodução)
Google AnswersPergunta: O que aconteceu com o Google Answers, site de perguntas e respostas que surgiu em 2002, antes mesmo do sucesso do Yahoo! Perguntas na rede? Resposta: o
site continua no ar, mas não aceita que sejam cadastradas novas perguntas.
Diferentemente do portal rival, que continua no ar, a página do Google não contava com o chamado "crowdsourcing", ou seja, não deixava nas mãos do público o trabalho de responder às perguntas. Cada resposta era escrita por um especialista em buscas, que recebia pelo serviço de encontrar o conteúdo relevante na web.
Google Page Creators: trocado pelo Google
Sites (Foto: Reprodução)
Google Page Creator
Como indica o nome, tratava-se do serviço para facilitar o desenvolvimento e publicação de páginas na internet. O problema é que o Google tinha dois serviços semelhantes, e decidiu manter apenas um deles, o Google Sites, no ar. O Page Creator morreu em 2008.