sábado, 11 de agosto de 2012

Quase metade das universidades federais terá que criar cota social


A lei que institui cota de 50% das vagas nas universidades e institutos federais para estudantes oriundos de escolas públicas só deve ser obrigatória para todas as instituições a partir de 2016, mas reitores já estão se manifestando a respeito do texto. Ele foi aprovado pelo Senado Federal na terça-feira (7) e agora aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, são 59 universidades e 40 institutos, incluindo os centros de eduação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio, que terão que se ajustar gradualmente à nova regra.

As explicações para a falta de sistemas de ação afirmativa variam de acordo com a instituição. Na maioria delas, porém, a política foi debatida, mas os conselhos universitários decidiram que elas não são necessárias, segundo dados sobre o ingresso de novos alunos. Algumas universidades criticaram a aprovação da lei. Edward Madureira Brasil, reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou que ela fere a autonomia universitária. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a comissão responsável pelo vestibular afirmou que não pretende alterar o edital do processo seletivo, publicado antes da aprovação da lei.
Pela lei aprovada, a cada ano será necessário implementar no mínimo 25% da reserva prevista no texto. Mas, atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificação para estudantes negros, pardos e indígenas.
Veja a repercussão da redação final da lei entre instituições de diversos estados do país:
25% das vagas destinadas pelo Enem e 25% do PSC terão cotas (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1)
Amazonas
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é uma das universidades que não oferece sistema de ação afirmativa, e deverá se adequar à nova lei. Segundo a professora Cristina Maria Borborema dos Santos, chefe do gabinete da reitoria, as vagas oferecidas atualmente pela Ufam são divididas igualmente em dois processos seletivos.

"Das 5.432 vagas oferecidas pela Ufam no primeiro semestre de 2012, 2.716 são referentes ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e a outra metade é referente ao Processo Seletivo Contínuo (PSC)", informou.
Bahia
As duas universidades federais da Bahia adotam atualmente sistema de cotas que destina 45% das vagas a estudantes oriundos de escolas públicas, com subdivisões entre afrodescendentes e indígenas de acordo com a predominância das cores ou raças. Caso o projeto de lei seja sancionado, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) aumentaria em 400 vagas a reserva oferecida em 2012: das 7.951 vagas para os cursos de graduação, 3.578 vagas eram destinadas ao sistema de cotas.

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) utiliza o Sisu como único meio de seleção, não realizando provas tradicionais do vestibular. No último processo seletivo, a universidade abriu 2.100 vagas, 45% delas (945) para negros e indígenas oriundos de escolas públicas. Esse número chegaria a 1.050, com a nova regra.
No Instituto Federal da Bahia (IFBA), que está com inscrições abertas até o dia 23 de setembro para o processo seletivo 2013 50% de vagas são destinadas a afrodescendentes, indígenas e outras etnias, além de professores da educação básica e portadores de necessidades especiais.
Ceará
A Universidade Federal do Ceará (UFC) pretende se adaptar de forma progressiva à lei. O pró-reitor de graduação da UFC, Custódio Almeida, defende que um terço da cota seja aplicada a cada ano, a partir de 2013. Em 2016, segundo a sugestão de Almeida, a UFC estaria cumprindo a lei, que exige que as universidades estejam adaptadas até este ano.

A UFC aprovou em 2012 5.784 candidatos em 2012, todos por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A universidade nunca adotou sistemas de cota para ingressar na faculdade, mas debateu o assunto em 2006. "Na época houve votação, mas o conselho não aceitou as cotas raciais, em função de não ter havido muita discussão sobre o assunto", diz Almeida.
Distrito Federal
A Universidade de Brasília (UnB) informou nesta quarta-feira (8) que uma comissão formada por alunos e professores será criada para discutir a adaptação do sistema de cotas da instituição ao projeto de lei aprovado pelo Senado. A UnB foi a primeira universidade federal a instituir o sistema de cotas raciais e destina, desde junho de 2004, 20% das vagas para candidatos negros.

De acordo com o decano de ensino e graduação da UnB, José Américo Garcia, a adaptação no sistema pode ser feita rapidamente após o fim da greve. “É um processo rápido. Basta apenas a gente deliberar no nosso conselho. Deliberando, eu já consigo implementá-lo e já para 2013, para o próximo vestibular.”
Espírito Santo
Atualmente, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Instituto Federal do estado (Ifes) trabalham com o sistema de cotas sociais. Na universidade, entre 40% a 45% das vagas de cada curso são reservadas para o candidato que comprovar que cursou apenas a escola pública e ter renda familiar inferior a sete salários mínimos. Já no instituto, 50% das vagas foram distribuídas para estudantes da rede pública.

De acordo com o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducate, desde 2008, mais de 5 mil alunos já ingressaram na universidade pelo sistema de cotas sociais. “A Ufes até então empregava exclusivamente a cota social, mas depois que a lei for regulamentada precisaremos estudar como será feito aqui. Acredito que as escolas públicas devem se adequar e oferecer um ensino de excelente qualidade na sua base”, disse.
Provas da 1ª fase do vestibular 2012/2 da UFG foram realizadas no domingo (6) (Foto: Divulgação/Carlos Siqueira)
Goiás
A aprovação do projeto de lei preocupa o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, para quem a medida interfere na autonomia universitária. “A minha posição enquanto gestor da UFG e vice-presidente da Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] é de que esse modelo traz um componente preocupante sobre a autonomia universitária”, ressalta.

Atualmente, a UFG oferece nos processos seletivos seis mil vagas por ano. A grande maioria dessas vagas é ofertada no vestibular do início de ano. As demais, cerca de 500, são oferecidas no processo seletivo de meio de ano. Ao todo, 80% das seis mil vagas são do vestibular tradicional e 20% do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “No vestibular tradicional, usamos as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como um dos componentes na nota final”, disse o reitor.
Mato Grosso
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) reserva 50% das vagas ofertadas em todos os cursos de graduação para cotistas: são 30% das vagas para estudantes que cursavam todo o ensino básico em escolas públicas e 20% para estudantes negros também de escolas públicas. As eventuais vagas remanescentes das cotas para estudantes negros são oferecidas primeiramente para candidatos de escola pública e, caso ainda sobrem, para a ampla concorrência. Em abril deste ano, a UFMT estudava implantar, em 2013, a reserva de 100 vagas por ano para indígenas que tenham estudado em escola pública.

Faculdade de Direito da UFJF foi a primeira colocada no Exame Unificado de Ordem (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)
Minas Gerais
A Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já reservam 50% das vagas a estudantes de escolas públicas, como prevê o projeto de lei aprovado nesta semana pelo Senado. No caso da UFSJ, dos três critérios propostos na lei – rede de ensino, renda familiar, cor e raça –, a instituição já utiliza dois: rede de ensino e cor e raça.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) oferece sistema de bônus há quatro anos para estudantes de escolas públicas. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, assim que a lei for sancionada, a UFMG vai começar a trabalhar para se adequar. O edital do vestibular 2013 já foi publicado. O sistema de bônus será oferecido, mas não haverá adoção do Sisu. Na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), na seleção seriada, 60% das vagas são para alunos de escolas públicas. Já no Enem e no Sisu, 40% são para estudantes de instituições públicas.
Duas instituições mineiras não usam sistema de cotas: o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Paraíba
Na Paraíba, as instituições federais adotam o sistema de cotas desde o processo seletivo de 2011. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 30% das vagas foram destinadas para candidatos vindos do ensino público. De acordo com o presidente da Comissão Permanente do Concurso do Vestibular da UFPB (Coperve), João Lins, o percentual deve ser aumentado para 35% para o próximo ano e 40% para 2014.

No Instituto Federal da Paraíba (IFPB), foram ofertadas entre 20 e 50% das vagas dos cursos técnicos para candidatos vindos da rede pública, além 5% em todas as unidades para portadores de deficiência física. As cotas do IFPB também atingem o Sisu, com 5% para portadores de deficiência, 60% para quem mora no estado e 20% para os candidatos nascidos em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

A Universidade Federal da Paraíba (UFCG) é a única instituição federal na Paraíba que não utiliza o sistema de cotas. De acordo com sua assessoria, todo o processo seletivo é feito através do Enem. Com a iminente aprovação da cota em 50%, o colegiado na universidade irá se reunir em 2013 para discutir o sistema de cotas na UFCG.
UFPR (Foto: Cesar Brustolin/SMCS)
Paraná
Para se adequar ao projeto de lei, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) terá que fazer mudanças no vestibular. De acordo com o edital do vestibular 2013, a UFPR vai oferecer 20% das vagas de cada curso para afrodescendentes e 20% para os candidatos que realizaram todo o ensino fundamental e médio em escola pública. Além disso, uma vaga em cada curso é reservada para o estudante que possui alguma deficiência e dez são exclusivas para candidatos indígenas.

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), 50% das vagas nos cursos de ensino superior e de ensino técnico são disputadas entre estudantes oriundos da rede pública. Já no Instituto Federal do Paraná (IFPR), metade das vagas são selecionadas pelo Sisu e metade pelo vestibular tradicional. Ambos os processos usam a mesma divisão de cotas: 40% para estudantes de escolas públicas, 20% para afrodescendentes, 5% para indígenas e 5% para portadores de deficiência.
Pernambuco
No estado, a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, já adota essa porcentagem de cotas desde 2010. Enquanto isso, as universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) preferem aguardar a sanção da presidente antes de iniciarem o sistema de cotas sociais.

Em seu último vestibular, a UFPE ofereceu 6.492 vagas, das quais 34% foram conquistadas por alunos de instituições públicas. Segundo a assessoria, a seleção da UFPE apresenta um sistema onde alunos da rede pública de ensino recebem acréscimo de 10% em suas notas, mas isso só interfere na quantidade de vagas ocupadas quando as notas dos alunos já estão próximas à média de aprovação de seus cursos.
A UFRPE também dá bônus de 10% na nota de alguns estudantes, desde que eles tenham feito o ensino médio no Agreste ou no Sertão pernambucano, e que escolham estudar na própria região. No vestibular 2012, a instituição ofereceu 3.240 vagas, divididas em 1.960 no Recife, 560 em Garanhuns e 720 em Serra Talhada. Atualmente, todas as vagas da Rural são preenchidas através do Sisu.
Rio Grande do Norte
O vestibular 2013 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) não obedecerá a lei de cotas sociais aprovada pelo Senado. A decisão da presidenta da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), Magda Pinheiro, só poderá ser revertida se a instituição for acionada judicialmente. Ela explicou que o edital do concurso já havia sido lançado quando o texto-base da lei de cotas sociais foi aprovado pelos senadores e, além disso, irá aguardar o posicionamento de Dilma Rousseff quanto à sanção parcial ou integral do projeto de lei ou, ainda, a possibilidade de veto total ao conteúdo original apreciado pelo Senado.

A presidenta da Comperve explicou que, desde 2006, a UFRN seleciona estudantes utilizando o argumento de inclusão, que consiste numa bonificação de 10% no argumento final do candidato oriundo de escola pública.
Rio Grande do Sul
Apesar da aprovação da lei no Senado na última terça-feira, as universidades do Rio Grande do Sul ainda não traçaram o plano para se enquadrar na nova regra. O assunto deve começar a ser tratado somente depois da sanção presidencial. No último vestibular, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) reservou 30% das vagas para estudantes vindos do ensino público e autodeclarados negros. Também são disponibilizadas 10 vagas anuais para indígenas, que participam de um vestibular diferenciado.

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) separa cotas de 15% para autodeclarados negros, 5% para portadores de necessidades especiais e 20% para alunos da rede pública. Também há 10 vagas para indígenas. A direção da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) afirmou que ainda não faz reserva de vagas, e que o Conselho Superior se reunirá na próxima segunda-feira (13) para discutir as mudanças com a nova lei.
A Universidade Federal de Rio Grande (Furg) não reserva vagas, mas, através do Programa de Ação Inclusiva (Proai), dá pontos extras na nota final de estudantes que cursaram o ensino público ou que são portadores de deficiência. A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e o Instituto Federal de Educação, Ciênca e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) utilizam o Sisu como forma de ingresso no ensino superior. Até a publicação desta reportagem, o G1 não havia conseguido contato com as instituições sobre a existência de um sistema de cotas.
Rondônia
As duas instituições federais de ensino no estado de Rondônia, a Universidade Federal (Unir) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro), também terão que se adaptar à nova regra. Atualmente, a Unir não admite nenhum aluno através do sistema de cotas, enquanto que o Ifro tem 70% de suas vagas destinadas a alunos de condições diversas, mas não por cotas.

Em 2012, a Unir selecionou 2.400 estudantes pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sem que nenhuma vaga seja destinada para cotas. "A questão de receber o sistema de cotas chegou a ser discutida há dois anos, mas não chegou a ser implantado", afirmou o pró-reitor de graduação, Jorge Coimbra de Oliveira. No primeiro semestre de 2012 o Ifro disponibilizou 1.720 mil vagas pelo vestibular tradicional, entre os cursos técnicos de nível médio e de graduação. Pelo Sisu foram oferecidas 16 vagas neste ano. O Ifro destinou 10% das vagas para candidatos que fizeram o fundamental na Educação de Jovens e Adultos (EJA), outros 10% para candidatas participantes do Programa Mulheres Mil em Jequitibá e 50% para produtores rurais, agricultores familiares e lavradores.
Santa Catarina
Santa Catarina possui duas instituições federais de ensino afetadas pelo projeto de lei aprovado pelo Senado. Na UFSC, 20% das 3.239 vagas no vestibular 2012 foram destinadas a candidatos que cursaram integralmente o ensino fundamental e médio em escolas públicas e 10% a candidatos que se autodeclararam negros ou pardos e também tenham cursado os ensinos fundamental e médio em colégios públicos.

Já no IFSC, metade das 544 vagas foram destinadas a candidatos que estudaram todo o ensino médio em escola pública, e 10% a negros que cursaram todo o ensino médio em escola pública. Caso essas vagas não fossem preenchidas pelos candidatos a quem eram destinadas, elas seriam ocupadas por aqueles que não optaram pelas ações afirmativas. De acordo com o coordenador do Departamento de Ingresso do IFSC, André Soares Alves, afirma que o IFSC vai aguardar a sanção presidencial para ver como vai ficar a distribuição das cotas.
São Paulo
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto Federal de Ciência Tecnologia e Educação de São Paulo terão de alterar suas políticas de cotas caso a lei seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Atualmente a universidade reserva cerca de 10% de suas vagas para afrodescendentes e indígenas, o que representa 281 das 2.869 vagas oferecidas pela universidade. Com a mudança, passarão a ser 1.434 vagas. A universidade diz ser contrária à lei, porque ela “fere a autonomia universitária”.

Diferentemente da Unifesp, a Universidade Federal do ABC (UFABC) já adota a política prevista na nova lei de reservar 50% das vagas para alunos que cursaram o ensino médio na rede pública. E também divide essas vagas proporcionalmente entre pretos, indígenas e pardos de acordo com a presença dessas cores ou raças no Estado de São Paulo, conforme prevê o projeto aprovado. De acordo com o último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), em 2010, os pretos são 5,5% da população do estado; os pardos, 29,1%; e os indígenas, 0,1%.
A nova lei, no entanto, causará mudanças na política de cotas adotada pelo Instituto Federal de Ciência Tecnologia e Educação de São Paulo (IFSP). O órgão hoje reserva 50% das vagas para cursos de ensino superior a alunos de escolas públicas, mas sem proporcionalidade racial ou de estudantes com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo per capita.
Com a aprovação do projeto, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) terá, a partir de 2014, 1.288 vagas destinadas a esse público, nos três campi: São Carlos, Araras e Sorocaba (SP). O número, que representa 50% do total de vagas disponibilizadas no vestibular 2012, émaior do que a porcentagem de 40% que atualmente é oferecida pela universidade para esses estudantes, sendo que 35% desse número é reservado para candidatos negros.
Sergipe
O Instituto Federal de Sergipe (IFS), atualmente, já trabalha com o sistema de cotas sociais. No último processo seletivo tradicional e dos cursos de graduação e técnicos ofertados pela instituição, 200 vagas foram ofertadas. No Sisu, o instituto ofereceu 145 vagas para cursos de graduação presenciais. Destas, 5% foram para pessoas com baixa renda e 5% para pessoas que cursaram a escola pública durante o ensino médio.

O pró-reitor de ensino da instituição, José Adelmo Menezes de Oliveira, afirma que o IFS ainda fará uma reunião para decidir como se adaptará à nova lei.
Colaboraram o G1 AM, G1 BA, G1 CE, G1 DF, G1 ES, G1 GO, G1 MG, G1 MT, G1 PB, G1 PE, G1 PR, G1 RN, G1 RO, G1 RS, G1 SC, G1 SE e G1 SP
G1

Professores da UFPB decidem em assembleia continuar greve


Pouco depois das 13h desta sexta-feira (10) os professores participantes do Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) terminaram uma assembleia, que discutiu os termos da negociação junto ao Governo Federal sobre a paralisação dos docentes, e decidiram que a greve vai continuar.
De acordo com a assessoria de imprensa da ADUFPB, os professores têm uma reunião marcada com o reitor da universidade, Rômulo Polari, na próxima segunda-feira (13). “Os professores vão exigir uma reunião extraordinária do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), para pedir pela suspensão do calendário”, disse a assessora.

Fim das negociações
A assessora explicou que isso significa que todas as atividades realizadas durante a paralisação serão suspensas. Além disso, tudo o que foi realizado, como a pós-graduação e o ensino a distância, vão perder a validade.
O Ministério da Educação enviou nesta quinta-feira (9) uma nova circular para os reitores da universidades e institutos federais reiterando que as negociações com os professores em greve está encerrada e que não há qualquer possibilidade de reabertura. O Ministério afirmou que a última proposta enviada aos docentes era definitiva.
Já os docentes, que recusaram a proposta e decidiram por permanecerem parados, afirmaram, através da assessoria da Associação, que exigem a volta das negociações, uma vez que, segundo eles, a proposta apresentada ainda não cobre todas as reivindicações feitas pelos professores.
G1

Publicado no Diário Oficial reajuste de 7,69% na tarifa de água na Paraíba


Foi publicado no Diário Oficial da sexta-feira (10) o reajuste de 7,69% na tarifa de água cobrada pela Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa). A resolução foi homologada pelo secretário de Planejamento da Paraíba, Gustavo Nogueira e a Cagepa tem 30 dias, a partir da data da publicação, para aplicar o aumento. O valor foi avaliado e autorizado pela Agência de Regulação da Paraíba (ARPB) no dia 1º de agosto.

O reajuste proposto pelo presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, era de 9,67%, mas o diretor-presidente da ARPB informou que o percentual do reajuste definido foi baseado na média da inflação dos últimos 16 meses.

Antes da reunião da direção da ARPB, José Otávio Maia informou que alguns membros aprovaram o reajuste proposto pelo presidente da Cagepa, outros sugeriram um menor e apenas um dos membros foi contra. “Parte dos membros concordaram com o aumento, outros propuseram um reajuste 7,69%, e um dos membros, o deputado Gervásio Maia que integra o conselho pela Assembleia Legislativa, foi contra qualquer reajuste”, explicou. No ano passado, o reajuste feito pela Companhia foi de cerca de 16,9%.
G1
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Corpo de homem é encontrado com marcas de tiros em Patos, na Paraíba


O corpo de um homem foi encontrado na tarde deste sábado (11) no bairro Dona Melindra, em Patos, no Sertão paraibano. De acordo com informações da Delegacia de Patos, a vítima foi morta com diversos tiros. Segundo o escrivão Ranieri Vieira, o homem tinha 34 anos e era um detento do regime semiaberto do presídio de Patos. A polícia está investigando o caso.
Já na madrugada deste sábado o corpo de um outro homem foi encontrado às margens da BR-230, próximo ao município de Cruz do Espírito Santo, na Mata paraibana. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a vítima apresentava sinais de atropelamento, mas ainda não foram confirmadas as causas da morte.
G1

Candidatos comentam resultado da pesquisa Ibope em João Pessoa


Os candidatos à prefeitura de João Pessoa comentaram sobre o resultado do Ibope. A pesquisa de intenção de voto foi divulgada na sexta-feira (10). 
A pesquisa foi encomendada pela TV Cabo Branco. José Maranhão (PMDB) e o senador Cícero Lucena (PSDB) lideram o levantamento. 

Maranhão considera números positivos
Com a maior pontuação, José Maranhão (PMDB) considerou os números como positivos e garantiu que tem pesquisas internas que lhe dão um índice de intenção de voto superior ao que foi apresentado pelo Ibope. “Embora nós tenhamos pesquisa de controle interno que nos dá um número maior, quero reconhecer que só números foram positivos”, destacou o ex-governador. 

Maranhão avaliou ainda que o empate técnico com Cícero Lucena ocorre porque o tucano “está em campanha há mais de um ano” e ele há pouco mais de 45 dias. “Acredito que ainda vamos crescer muito mais”. Sobre a liderança no quesito rejeição o candidato disse que isso é normal em função do seu longo período de vida pública. “Quem tem 50 anos de vida pública é natural que o eleitorado que acompanha os outros candidatos se manifeste da forma que se manifestou”. 
Cícero Lucena está confiante
O candidato Cícero Lucena (PSDB) afirmou que o resultado da pesquisa Ibope “consolida a oposição na cidade de João Pessoa”. Ele apareceu na pesquisa Ibope com 26% das intenções de voto. Cícero disse ainda que está confiante. “As ruas estão excelentes, a receptividade e a confiança mostram que estamos fazendo a melhor proposta para o futuro”, afirmou Cícero Lucena.     

Lourdes discorda da pesquisa
A candidata Lourdes Sarmento (PCO) analisou os números e disse que “mantém-se a mesma situação de todas as pesquisas” e que “o índice de rejeição também continua o mesmo”. Segundo ela, a diferença entre os resultados é pouca e a margem de erro já prevê essa variação. Lourdes, no entanto, discorda do levantamento. “Não é querendo puxar sardinha para o meu lado, mas acho que [a pesquisa] não está refletindo a manifestação nas ruas. Pela primeira vez em todas as campanhas, nossa chapa está com mais visibilidade”, comentou. 

Renan acha que tem porcentagem maior 
Renan Palmeira (PSOL) disse que estranhou não ter pontuado, pois tem pesquisas de consumo interno que mostram números diferentes. “Minha avaliação é a do dia a dia. Esses números não refletem a realidade da nossa candidatura. Nós temos um crescimento real muito grande”, afirmou. O candidato destacou também o fato de ter tido um baixo índice de rejeição. 

Radical estranhou não ter pontuado
O candidato Antônio Radical (PSTU) declarou que estranhou não ter pontuado na pesquisa. Segundo ele, outras pesquisas mostram números diferentes. “Não entendo como foi a dinâmica da pesquisa, mas algumas que pegam esse período após a realização dos dois primeiros debates de TV mostravam outra realidade, onde eu pontuava e caía no índice de rejeição”, disse. Porém, ele ressaltou o aspecto positivo, uma vez que ele apresenta o menor índice de rejeição, ao lado do candidato Renan Palmeira (PSOL). “Aos poucos o eleitor vai tendo conhecimento da nossa campanha, da nossa proposta, da nossa visão da cidade, e isso vai diminuindo”, concluiu. 

O G1 tentou entrar em contato com os candidatos Luciano Cartaxo (PT) e Estelizabel Bezerra (PSB), mas as ligações não foram atendidas. 
Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada:
José Maranhão (PMDB) - 27 %
Cícero Lucena (PSDB) - 26%
Luciano Cartaxo (PT) - 14%
Estelizabel Bezerra (PSB) - 9%
Lourdes Sarmento (PCO) -1%
Renan Palmeira (PSOL) -não pontuou
Antônio Radical (PSTU) - não pontuou

Branco/nulo - 12%
Não sabe/não respondeu - 10% 

A pesquisa foi realizada entre os dias 07 a 09 de agosto de 2012. Foram entrevistadas 602 pessoas na cidade em João Pessoa. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), sob o protocolo 00039/ 2012.  
G1

Gato que estava desaparecido havia dois anos é achado no Reino Unido


Um gato que estava desaparecido havia dois anos foi encontrado e devolvido a seus donos no Reino Unido, segundo a emissora "ITV News".
'Alfie' tinha sumido em maio de 2010. (Foto: Reprodução/RSPCA Wales)
"Alfie" tinha sumido em maio de 2010, quando seus donos mudaram de casa.
Mas, em julho deste ano, uma família de Blackwood achou o felino e o levou até um centro da Sociedade Real de Prevenção a Crueldade contra Animais (RSPCA).
Após passar por exames, os veterinários descobriram que o gato tinha um microchip.
A partir das informações, a RSPCA pôde rastrear os donos de "Alfie". Eles haviam mudado de Blackwood para Wattsville.
G1

Exame de DNA ajuda pais e filhos a passarem juntos o Dia dos Pais


Este será o primeiro ano em que o catarinense Adriano Varela, de 27 anos, vai passar o Dia dos Pais ao lado da filha Thaila, apesar de a menina já ter 1 ano e 2 meses. Isso porque, até março, o funcionário de um supermercado em Lages não tinha certeza de que havia um parentesco entre eles.
"Pretendo vê-la neste domingo, se ela não viajar. O resultado foi uma grande surpresa, porque não estava esperando, e também uma alegria e tanto. Filho é filho", disse o catarinense.Foi por meio de um exame de DNA que o vínculo dos dois foi comprovado. A suspeita partiu dele e da mãe, com quem Adriano teve um relacionamento rápido, de uma semana.
Desde o resultado, Adriano tem visto Thaila duas vezes por semana. Como a menina é muito pequena, o pai diz que ela ainda não tem todo o afeto esperado por ele, e fica apenas observando-o durante as visitas.
Teste de DNA (Foto: Imesc/Divulgação)
Apesar dessa situação nova, o jovem não é pai de primeira viagem. Ele também tem Ludriene, de 2 anos e 8 meses, fruto de um casamento que durou oito anos. As duas irmãs ainda não se conhecem, mas Adriano pretende reunir as duas neste domingo, se tudo der certo.
"Thaila é loirinha dos olhos verdes, Ludriene é morena dos olhos pretos. Eu sou um meio-termo das duas", revela.

Assim que o juiz emite o pedido para o teste – que na maioria das vezes é feito para comprovar o vínculo e exigir o pagamento de uma pensão alimentícia –, todas as partes devem se reunir em um dia previamente agendado para a coleta do material, que pode ser sangue ou saliva.
Como é feito o teste de DNA
Existem basicamente três tipos de investigação de paternidade. O mais comum é o caso clássico, em que há três pessoas envolvidas (a mãe, o filho e o suposto pai). Há também a chamada situação de "não trio", em que é convocado mais de um suposto pai ou quando o filho não conhece a identidade nem do pai nem da mãe. Por fim, há o chamado "espólio", quando o pai já morreu e a análise genética é feita com os parentes de sangue – até 30% do total de casos. De qualquer forma, precisa haver no mínimo três pessoas para o exame ser realizado.

"É retirada uma gota de sangue da ponta do dedo, que é suficiente para refazer um exame até 20 vezes, se necessário. O líquido é colocado em uma espécie de papel-cartão, que dura até 20 anos", explica a médica e superintendente do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc), Márcia Facci.
Brinquedoteca Imesc (Foto: Arquivo pessoal)
Quem passou por transplante de órgãos ou medula não pode fazer o exame com sangue, e aí é colhida saliva. Na verdade, faz-se uma raspagem da mucosa da bochecha, por dentro da boca, e o material vai para outro tipo de cartão especial, que reage com uma substância colorida, já que o material é transparente.
"As pessoas chegam ao local de exame de DNA, se reconhecem mutuamente e passam por um entrevistador, que recolhe a assinatura dos adultos e a digital de todos, inclusive da criança. A coleta do material genético é feita com um ao lado do outro, para garantir que não haja trocas ou erros", diz Márcia.
Logo após a retirada da gota de sangue, o indivíduo ainda rubrica um documento para certificar que aquele material é dele e que o parecer será confiável.

O resultado fica pronto entre 20 e 120 dias. Os casos em que o pai já morreu são os mais complexos, e o Imesc já chegou a avaliar o perfil de 25 parentes para chegar a uma conclusão.
"Depois disso, o material genético do sangue é separado do papel, passa por uma purificação, ampliação e vai para um processador que fará o sequenciamento do genoma. Quem monta esse 'mapa' são biólogos moleculares", diz a superintendente do Imesc.
O laudo não dá positivo nem negativo, mas exclui ou não exclui a paternidade. No primeiro caso, em que o homem analisado não é o pai, o teste é refeito para confirmar o resultado. Já na segunda hipótese, há 99,9% de chances de o indivíduo ser o pai.
"Não dá para chegar a 100% porque o DNA de cada pessoa é diferente da outra, sempre há algumas alterações. Mas esse é um percentual absolutamente conclusivo para atribuir a paternidade", destaca Márcia.
Essa informação é então enviada para o juiz, que comunica a família em um novo encontro com todas as partes. Em caso de dúvida, pode-se pedir para refazer o exame.
Dados do Imesc
O instituto agenda, em média, 2.870 exames de DNA por mês, na capital e em mais 12 cidades do estado de São Paulo. Nem todos, porém, são feitos, porque se uma única pessoa falta o exame é cancelado e remarcado. Como a maioria dos casos é de litígio, ou seja, em que há briga familiar, é comum que o suposto pai se ausente.


"Cerca de 23% dos casos não confirmam a paternidade. O mais comum é quando a mãe pede, mas também há pais que desconfiam de que o filho seja dele e exigem a confirmação ou a negativa", afirma a superintendente.
No ano passado, foram agendados 23.131 testes pelo Imesc, mas emitidos apenas 11.965 laudos – mais da metade faltou. Este ano, foram agendados 17 mil exames, todos após uma determinação judicial, pois não é possível pedir isso por conta própria.
Para que as crianças ou os adolescentes envolvidos saiam um pouco do ambiente tenso e traumático que antecede o exame de DNA, o Imesc criou uma brinquedoteca.
Pensão alimentícia
Segundo a defensora pública Claudia Tannuri, que atua no Fórum João Mendes, no centro da capital paulista, com processos de investigação de paternidade, divórcio e pedidos de pensão alimentícia, a fixação de um valor depende da apresentação da certidão de nascimento do filho com o nome do pai.

"Se o pai for localizado de forma tranquila, depois de cerca de um ano, em média, a ação se resolve", explica.
A quantia é estabelecida conforme dois critérios: a necessidade do menor e as condições financeiras do pai, baseadas no tipo de atividade que ele exerce e no padrão de vida que mantém.

Além disso, há a possibilidade de uma pensão para mulheres ainda gestantes, chamada de "alimento gravídico", que não precisa de um exame de DNA e é determinada com base em indícios, relatos e registros de que um suposto homem é o pai do bebê.
"A pensão vale até o filho completar os estudos, ou seja, até se formar na faculdade, com cerca de 24 anos", ressalta Claudia.
Pai Presente
Criado em agosto de 2010, o programa Pai Presente, da Corregedoria Nacional de Justiça em parceria com os Tribunais de Justiça do país, já possibilitou o reconhecimento espontâneo de paternidade para mais de 14,5 mil brasileiros.

Além dos pais que assumiram essa responsabilidade voluntariamente, o projeto já recebeu o resultado de quase 12 mil exames de DNA.
Desde o início do Pai Presente, mais de 150 mil mães procuraram os tribunais para dar entrada nesse processo. Segundo dados do Censo Escolar 2011, cerca de 5,5 milhões de estudantes não têm o nome do pai na certidão de nascimento, o que os impossibilita de receber uma pensão e também ter participação na herança.
G1

Diretor Matheus Souza custeou novo filme com dinheiro do próprio bolso


Um dos mais destacados cineastas da nova geração, o jovem diretor Matheus Souza, de 24 anos, decidiu fazer cinema graças a Woody Allen. A inspiração no famoso diretor nova-iorquino, no entanto, teve razões bem mais mundanas do que artísticas.
“Woody Allen é um cara que mudou minha vida e é minha maior inspiração. Eu tinha 12 anos e era todo bizarro: gordinho, usava óculos, tinha espinhas e sofria bullying no colégio. Aí, vi um filme de um cara que era pior do que eu, mas pegava a Julia Roberts. Falei: ‘É isso que eu quero fazer da minha vida’”, contou Matheus ao G1, no tapete vermelho do Festival de Cinema de Gramado.
Seu segundo filme, “Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo da Minha Vida” abriu a mostra competitiva de longa-metragens nacionais. Recebeu elogios do crítico e curador do festival, Rubens Ewald Filho, despertou o interesse de Fernando Meirelles e agradou ao público no Palácio dos Festivais, embora a projeção tenha sido prejudicada pelo música alta de um bar vizinho, que o isolamento acústico do cinema não conseguiu impedir de invadir a sala.
O filme conta a história de Clara, interpretada pela atriz Clarice Falcão, que aceita cursar Medicina por pressão familiar. Sem vocação para a profissão, ela começa a matar aulas enquanto inicia uma nova vida paralela durante as manhãs, com o propósito de descobrir, ao modo dela, qual é o seu talento e o que realmente quer da vida.
Filme Matheus Souza  (Foto: Divulgação)
Com orçamento de aproximadamente R$ 20 mil, baixíssimo até para os padrões brasileiros, a produção foi custeada com recursos do próprio diretor. “Desde meu primeiro filme, eu estava tentando fazer cinema do jeito convecional, captando dinheiro, mas não estava rolando. Aí, fui contratado para fazer um roteiro e, com o dinheiro que ganhei, fiz esse filme. Parei de pagar todas as minhas contas durante dois ou três meses. Foram cortando tudo lá em casa: luz, gás, internet”, relembra o diretor.
Os poucos recursos, porém, não foram problema para o diretor. Seu filme de estreia, “Apenas o Fim”, de 2008, custou menos ainda do que o segundo filme. Com bom roteiro e diálogos espertos, a comédia romântica pop faturou os prêmios de melhor filme do júri popular no Festival do Rio 2008 e na 32ª Mostra de São Paulo. “Sempre gostei muito de escrever, desde os tempos do colégio. Por isso, admiro diretores ligados ao roteiro. Além do Woody Allen, gosto muito de Charlie Kaufman, François Truffaut. Aqui no Brasil, gosto de Domingos Oliveira, Jorge Furtado e João Falcão”, enumera.
Diretor, roteirista e também colunista de jornal, o garoto prodígio do cinema nacional vai empilhando um projeto em cima do outro enquanto colhe elogios pelo caminho. Seu próximo longa, “Não Deixe a Júlia Ir Embora”, está em fase de finalização. Será uma animação em rotoscopia, técnica que consiste na aplicação de desenhos sobre material filmado com atores reais em cenários reais. A intenção é lançar no começo de 2013, em algum festival. Ao contrário de sua personagem,  Matheus parece saber muito bem o que quer da vida.
G1

Após cirurgia na mandíbula, filho de Gretchen tem alta médica, no Recife


O filho da cantora Gretchen, Sérgio Henrique Aversani, 20 anos, teve alta do Hospital Getúlio Vargas, na manhã deste sábado (11). A informação foi repassada pela própria cantora, que informou ainda que o rapaz se recupera na casa que a família mantém na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife. "Ainda não sei quando ele virá para São Paulo", disse.
O jovem foi submetido a uma cirurgia na mandíbula, na manhã última sexta-feira (10) e, de acordo com informações repassadas pela unidade de saúde, se recuperava satisfatoriamente da operação. Sérgio fraturou a mandíbula durante uma confusão em uma festa, em um bar, no sábado passado (04).
Um amigo dele, o estudante de direito Hudson Albuquerque, 20 anos, também se feriu durante a briga e precisou passar por um procedimento médico, levando cinco pontos no rosto, abaixo de um dos olhos. “Já estava no final da festa, entre 4h e 5h da manhã, e a gente estava se organizando para sair quando começou a confusão, próximo da saída. Num instante olhei para trás e vi Sérgio no meio da confusão, caindo e sendo chutado. Eu fui tentar socorrê-lo, mas como eles estavam em maior número, não teve jeito. Teve uma hora em que eu praticamente me deitei em cima dele, por causa dos chutes”, relembra o universitário.

Segundo Hudson, um outro amigo estava com eles na festa foi quem conseguiu anotar a placa do carro com o qual o agressor foi embora. “Na hora da confusão, esse amigo estava no banheiro e quando ele chegou, anotou a placa. Estou esperando Sérgio melhorar para conversar e ver o que ele quer fazer [em relação ao agressor]. Como foi ele que sofreu mais, quis deixá-lo bem à vontade para decidir sobre isso”, explica.
Hudson conta que os seguranças do bar chegaram nesse momento e apartaram a confusão. Ele levou chutes nas costas e no rosto e ainda está com algumas escoriações. Imediatamente, os amigos levaram Sérgio para um hospital. “Pensamos primeiro que era só um corte, mas como ele não parava de cuspir sangue, corremos para o hospital. Na madrugada mesmo ele já foi encaminhado”, afirma.
Hudson Albuquerque contou ainda que passou a manhã de ontem no hospital, até a saída de Sérgio da sala de cirurgia. “A gente foi logo cedo, na hora em que ele entrou e ficamos lá até acabar a operação. Foi tudo tranquilo, a gente sabia que não tinha risco. Ele brincou um pouco, mas ainda estava muito debilitado, não conseguia falar direito porque estava muito inchado. A gente sabe que a dor vai passar e que a recuperação vai ser mais tranquila”, deseja.
G1

‘Eles não são ruins’, diz jovem que apanhou dos pais por namorar negro


A jovem que apanhou dos pais por ter um namorado negro disse em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail” que eles não são pessoas ruins e que não queria que os dois estivessem presos. David e Frances Champion foram condenados a até um ano de prisão pelas agressões cometidas contra a filha, Jane, e o namorado dela, Alfonce Ncube, no Reino Unido.
Com a prisão do casal, Jane foi morar com o namorado, e sua irmã mais nova, de 13 anos, passou a viver com a avó materna. A família, que antes aparentava não ter problemas, ficou dividida, o que causa culpa na adolescente.
Jane e o namorado, após a prisão dos pais dela (Foto: Reprodução)Jane e o namorado, após a prisão dos pais dela (Foto: Reprodução)
“A última coisa que eu queria era vê-los presos. Não importa o que eles fizeram, eles ainda são minha mãe e meu pai, e sei que eles me amam e querem o melhor para mim”, disse a jovem. “Mas ficou fora do nosso controle. Eles não são pessoas ruins. Acho que eles ficaram surpresos com o relacionamento e ambos reagiram a um estereótipo negativo.”
Já o namorado se esforça para mostrar que não queria dividir a família. “Eu não quero que as pessoas pensem que destruí uma família. Isso era a última coisa que eu queria que acontecesse”, afirmou.
Agressões
A justificativa de David e Frances Champion para bater na filha foi que ela havia “envergonhado” a família com o namoro. O namorado também foi agredido pelo casal.

A adolescente ficou com marcas no corpo após levar diversos socos no rosto, ter sua garganta apertada e seus cabelos puxados. Já o namorado levou chutes nas pernas enquanto ouvia comentários racistas.

Depois, ele agarrou a filha pelos cabelos e disse que ela havia envergonhado a família.
O primeiro ataque aconteceu depois que os pais encontraram a filha e o namorado sem roupa quando voltaram para casa em Swansea. O pai da jovem gritou insultos racistas antes de bater em Ncube e chutá-lo para fora da casa.
Apenas um mês depois, os pais de Jane a confrontaram em um pub, questionando se ela continuava saindo com Ncube. Quando ela disse que sim, seu pai lhe deu um soco no rosto. Enquanto isso, sua mãe dizia: “Você merece isso, é tudo sua culpa”. A mãe também agrediu a adolescente.

O casal ainda foi procurar o namorado da filha no restaurante onde ele trabalhava como garçom. Eles gritaram com o jovem até serem retirados do local, mas o pai da adolescente continuou batendo na janela do restaurante.
O advogado do pai da menina, John Hipkin, admitiu que seu cliente estava errado. A defensora da mãe, Georgina Buckley, disse que sua cliente estava arrependida e que ela havia consumido álcool antes de confrontar a filha. David Champion ficará preso por 12 meses; Frances, por nove.
G1

Romney se equivoca e apresenta Ryan como 'próximo presidente'


O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, foi alvo de risadas neste sábado (11) quando se confundiu no momento de dar as boas-vindas ao companheiro de chapa, Paul Ryan, a quem apresentou como "o próximo presidente dos Estados Unidos".
"Vamos dar as boas-vindas ao próximo presidente dos Estados Unidos, Paul Ryan", disse Romney, antes de retificar o erro em meio às risadas da plateia.
Romney anunciou aos americanos que havia escolhido o representante de Wisconsin (norte) como companheiro de chapa para enfrentar a dupla Obama-Biden na eleição presidencial de 6 de novembro.
Ryan e Romney em anúncio oficial do vice da chapa republicana (Foto: AFP)Ryan e Romney em anúncio oficial do vice da chapa republicana (Foto: AFP)
"De vez em quando, sabemos que cometo erros", admitiu o candidato republicano, sorrindo e visivelmente envergonhado.
"Mas não cometi nenhum erro com esta pessoa. E posso afirmar isto, ele vai ser o próximo vice-presidente dos Estados Unidos", completou.

Em 2008, quando o presidente Barack Obama disputava a Casa Branca, também apresentou por engano seu candidato a vice-presidente, Joe Biden, como o próximo presidente americano.
A dupla republicana deve começar neste sábado uma viagem de ônibus por quatro estados.
Um porta-voz do então candidato republicano, o senador John McCain, classificou na ocasião a confusão como um "deslize freudiano", dando a entender que Obama, por sua juventude, precisava de um político veterano como Biden como mentor.
Elogios
O senador McCain elogiou a decisão de Mitt Romney, que escolheu como companheiro de chapa o deputado Paul Ryan, campeão da disciplina orçamentária.

"O governador Romney e o representante Ryan são uma equipe forte para devolver aos Estados Unidos a prosperidade e defender nossos interesses no exterior", afirmou McCain em um breve comunicado após os discursos de Romney e Ryan em Norfolk, no estado da Virgínia.
"Paul Ryan deu provas de que está plenamente preparado para enfrentar os desafios econômicos da nação, que somente pioraram nos últimos quatro anos sob a administração de Obama-Biden", afirmou McCain.
Em sua campanha, McCain escolheu Sarah Palin, uma quase desconhecida governadora do Alasca, o que foi visto positivamente pelos conservadores a princípio, mas se tornou um problema depois de os críticos afirmarem que Palin não estava preparada para exercer o cargo.
Palin cometeu uma série de gafes na mídia e se mostrou pouco familiarizada com temas de interesse nacional e de política externa, fator importante na derrota de McCain.
G1

'Não abandonei eles, amo minha filha', diz mãe que sumiu de casa por 7 dias


A mulher que ficou uma semanadesaparecida de casa, em Salvador, disse neste sábado (11) que deixou o marido, o catador Antônio Santana, e a filha do casal, Stefany, porque não tinha como manter a casa. "Não abandonei eles, eu amo minha filha. Saí de casa porque não tinha como manter, pagar aluguel, dar as coisas para ela. Então, me revoltei e saí", diz Tatiane Menezes, de 21 anos.
Ela deixou a casa onde mora com a filha e o marido no dia 2 de agosto, quando foi colocar uma carta nos Correios, e só voltou depois de ser localizada por um vizinho que chamou a polícia e a levou para casa na sexta-feira (10). Segundo a polícia, Tatiane estava em uma casa na localidade de Baixa da Paz, no bairro de Sussuarana, o mesmo em que mora com a família.

Durante os dias em que Tatiane esteve fora de casa, o companheiro dela, Antônio Santana, 46 anos, precisou cuidar da filha de sete meses sozinho. Ele fez um apelo no quadro desaparecidos, do jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, para que a mulher voltasse para casa. Muitas pessoas se comoveram com a história do catador de materiais recicláveis e fez diversas doações a ele. Até uma proposta de emprego ele recebeu. A mulher dele diz que agora que voltou para casa está feliz e agradeceu pelas doações feitas ao marido e à filha. "Eu peço muito obrigada mais uma vez a todo mundo que doou", afirma.

Família de catador de materiais ganhou fogão na Bahia (Foto: Reprodução TV Bahia)
Doações
A família da pequena Stefany não para de receber doações. Neste sábado (11), eles ganharam um fogão, mais fraldas, mantimentos. Os donativos chegaram de várias partes do Brasil e até de fora do país.

Foi com o dinheiro de doações que o catador de materiais Antônio Santana pagou o aluguel da casa onde mora com a família, no valor de R$ 160. O imóvel, que tem apenas dois cômodos, parece ter ficado menor com o volume das doações. A família mora no local há um ano e cinco meses, quando chegou de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, para tentar uma vida melhor na capital. Antônio conta que não conseguiu emprego e passou a trabalhar como catador, obtendo uma renda de R$ 20 a R$ 30 por dia.

Proposta de emprego
Na quinta-feira (9), o catador de materiais recicláveis recebeu a visita de representantes de uma empresa de serviços elétricos, que ofereceram oportunidade de emprego com carteira assinada. Com o retorno da mulher para casa, Antônio disse que não vai perder a oportunidade de trabalhar para dar uma vida melhor à família.

Antes de começar no emprego, Antônio Santana terá que conseguir seus documentos de identificação novamente. Ele disse que perdeu tudo há mais de dois anos, quando ainda morava em Santo Antônio de Jesus.
G1
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