domingo, 12 de agosto de 2012

Suspeito de roubar igreja é detido em flagrante em cima de telhado na PB


Igreja é roubada em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)Fios do alarme da igreja foram danificados pelo
suspeito (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um homem foi preso na madrugada deste sábado (11) suspeito de assaltar uma igreja no Centro de João Pessoa. De acordo com cabo Evangelista, da Polícia Militar, foi feita uma denúncia ao Centro Integrado de Operações Policias (Ciop) informando que o alarme da igreja havia sido acionado.
Quando os policiais chegaram no local, o suspeito estava em cima do telhado da igreja. O homem desceu do telhado e foi detido em flagrante pelos policiais.
Com o suspeito a polícia apreendeu um aparelho de som da igreja e ainda diversos fios que foram retirados do sistema de alarme do local. O homem foi encaminhado para a 1ª Delegacia Distrital em Cruz das Armas.  
G1

Gata se esconde em para-choque e viaja mais de 15 quilômetros na PB



Gata se esconde em parachoque de carro em João Pessoa, Paraíba (Foto: Danniel Nóbrega/Arquivo Pessoal)
Uma gata resolveu se esconder no para-choque de um veículo que estava no estacionamento de um supermercado no bairro do Bessa em João Pessoa, mas o proprietário do carro só percebeu o animal quando chegou em casa. Ou seja, ela sobreviveu ao percurso de pouco mais de 15 quilômetros em um carro que, segundo o motorista, chegou a 90 km/h.
“No estacionamento eu vi que ela estava na roda do carro, mas quando eu me aproximei ela saiu”, disse Daniel Nóbrega. Ele contou que, na hora, pensou que o animal tinha fugido e não se escondido no carro. Já era noite e Daniel seguiu para casa, no bairro Jaguaribe, que fica a 15 quilômetros do supermercado. No momento em que ele foi jantar ouviu os miados e resolveu investigar.
Gata se esconde em parachoque de carro em João Pessoa, Paraíba (Foto: Danniel Nóbrega/Arquivo Pessoal)
“Olhei na garagem e nada. Olhei dentro do carro, abri o motor e, na segunda vez que estava olhando o carro, eu a vi no para-choque”, contou. Daniel disse que ficou surpreso com o local escolhido pela gata para se esconder e também como ela conseguiu sobreviver ao percurso.
A gata estava assustada, mas mesmo assim conseguiu sair sem problemas da lataria do automóvel. Daniel afirmou ao G1 que ela já é o xodó da casa.“Ela é bem dócil”. O motorista resolveu adotar o animal que recebeu o nome de “Aparecida”.
G1

Filha de candidata a prefeita de Campina Grande sofre acidente


Um acidente na BR-104 deixou uma pessoa ferida na manhã deste domingo (12) na Paraíba. A vítima é Marcela Ribeiro, de 21 anos, que é filha da deputada estadual e candidata a prefeita de Campina Grande Daniella Ribeiro (PP). O acidente aconteceu às 9h30 na cidade de Lagoa Seca, no Agreste da Paraíba.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a jovem trafegava sozinha em um carro quando perdeu o controle do veículo e saiu da pista. O carro dela desceu em uma serra e parou a 54 metros da pista à beira de um pequeno açude. Outros motoristas que viajavam pela pista informaram a PRF sobre o acidente. Equipes foram enviadas para o local e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) resgatou a jovem de dentro do carro com ferimentos leves.

O avô de Marcela, o ex-prefeito de Campina Grande Enivaldo Ribeiro, informou que a neta está sendo medicada e passando por exames. "Eu não sei como foi aquilo. Apesar de ter caído de uma altura tão grande, o carro não capotou nem bateu em lugar nenhum. Foi a mão de Deus que a protegeu", disse. O hospital informou que ela fará uma tomografia na manhã deste domingo para identificar se teve alguma lesão interna.
Ela foi levada para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Apesar da gravidade do acidente, a vítima teve ferimentos leves e estava consciente quando foi socorrida. O Samu informou que a filha da política teve escoriações e pequenos arranhões.
G1

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs


NO CHÃO Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)
Projeto encaixotado (Foto: reprodução)














O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.
Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.
Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.
A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.
O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.
Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.
Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio. Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.
A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.
A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.
Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.
G1

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs


NO CHÃO Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)
Projeto encaixotado (Foto: reprodução)














O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.
Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.
Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.
A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.
O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.
Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.
Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio. Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.
A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.
A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.
Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.
G1

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs


NO CHÃO Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)
Projeto encaixotado (Foto: reprodução)














O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.
Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.
Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.
A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.
O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.
Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.
Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio. Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.
A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.
A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.
Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.
G1

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs


NO CHÃO Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)
Projeto encaixotado (Foto: reprodução)














O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.
Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.
Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.
A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.
O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.
Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.
Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio. Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.
A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.
A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.
Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.
G1

Veja lista com vídeos que provocaram polêmica na web


No mês passado, a então vice-ministra da Juventude da Costa Rica, Karina Bolaños, foi demitida do cargo após a divulgação de um vídeo íntimo na internet. Abaixo, o G1 lista esse e outros vídeos que provocaram polêmica após serem postados na web.
Vice- ministra da Juventude da Costa Rica, Karina Bolaños, foi demitida após a divulgação de vídeo íntimo. (Foto: Reprodução)Vice-ministra da Juventude da Costa Rica, Karina Bolaños, foi demitida após a divulgação de vídeo íntimo. (Foto: Reprodução)
No ano passado, uma brincadeira em que estudantes com os olhos vendados eram beijados por seus próprios pais, em vez de colegas de escola em Rosemount, no estado de Minnesota (EUA), provocou polêmica. (Foto: Reprodução)No ano passado, uma brincadeira em que estudantes com os olhos vendados eram beijados por seus próprios pais, em vez de colegas de escola em Rosemount, no estado de Minnesota (EUA), provocou polêmica. (Foto: Reprodução)
Em 2011, um jovem publicou um vídeo na internet em que come um escorpião vivo. 'Tudo é alimento', disse Louis Cole, que come todos os tipos de insetos e até mesmo ratos. (Foto: Reprodução)Em 2011, um jovem publicou um vídeo na internet em que come um escorpião vivo. 'Tudo é alimento', disse Louis Cole, que come todos os tipos de insetos e até mesmo ratos. (Foto: Reprodução)
No início deste ano, as imagens de um vídeo caseiro que mostravam um menino chinês de quatro anos sendo forçado pelos pais a correr só de cueca na neve pelas ruas de Nova York, nos EUA, provocou indignação na China. (Foto: AP)No início deste ano, as imagens de um vídeo caseiro que mostravam um menino chinês de quatro anos sendo forçado pelos pais a correr só de cueca na neve pelas ruas de Nova York, nos EUA, gerou indignação na China. (Foto: AP)

No ano passado, um vídeo que mostra uma menina de quatro anos dirigindo um veículo em uma estrada movimentada em Jinan, na província de Shandong, foi alvo de críticas na China. (Foto: Reprodução)No ano passado, um vídeo que mostrava uma menina de quatro anos dirigindo um veículo em uma estrada movimentada em Jinan, na província de Shandong, foi alvo de críticas na China. (Foto: Reprodução
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Mãe deixa filha de um ano trancada dentro de um carro em Registro, SP


Bebê esquecido dentro de carro em Registro, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Alarme do veículo chamou a atenção de quem passou pelo local  (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Uma mulher esqueceu a própria filha de apenas um ano trancada dentro de um carro em Registro, no Vale do Ribeira, no final da tarde desta sexta-feira (10). O veículo estava em um estacionamento no centro da cidade e o som do alarme do veículo acabou chamando a atenção de quem passava pelo local.
Elias Martins Souza, um dos bombeiros que fez o resgate do bebê, tentou acalmar a criança. "A gente efetuou a abertura no vidro e permitiu que entrasse ar para a criança respirar", conta.Uma das pessoas que estava no local, o publicitário Edson Antônio Moreira, conta que viu um rapaz observando a criança dentro do veículo. "A criança estava chorando e fui verificar. Aí constatei que o veículo estava trancado e sem circulação de ar", diz.
A mãe do bebê foi notificada pela Polícia Militar e afirma ter esquecido a criança, que apesar do susto estava bem. "Eu fui no banco e esqueci minha filha dentro do carro", explica.
A mulher foi levada para prestar depoimento em uma delegacia da cidade. Segundo o delegado Flávio Gastaldi, a mãe da criança será indiciada. "Ela alegou que tinha que resolver um problema bancário e demorou alguns minutos. Nesse tempo ela foi comunicada que tinha uma criança dentro do carro. Ela irá responder pelo delito de abandono de incapaz, com pena de seis meses a três anos de prisão", finaliza.
G1

Candidata de Jaú vence concurso e é a nova Miss São Paulo


Francine Pantaleão, representante da cidade de Jaú, venceu o concurso de beleza Miss São Paulo realizado na noite deste sábado (11) no Palácio de Convenções do Anhembi, na Zona Norte da capital paulista. Ao todo, 30 participantes de várias cidades de SP disputaram o título.
Eleita a mulher mais bela do estado em 2012, Pantaleão garantiu o direito de representar São Paulo no concurso Miss Brasil, que acontecerá em Fortaleza (CE) no dia 29 de setembro. A Miss Cordeirópolis, Layla Penas, e a Miss Atibaia, Milena Xeder, ficaram com o segundo e o terceiro lugares respectivamente. 
Após premiação, coroa caiu da cabeça da Miss SP 2012 (Foto: Caio Kenji/G1)Ao abraçar a Miss São Paulo 2011, Rafaela Butareli, a nova musa do estado deixou cair a coroa de sua cabeça.
Após premiação, coroa caiu da cabeça da Miss SP 2012 (Foto: Caio Kenji/G1)

Candidato a prefeito de Juquiá, SP, morre após inaugurar comitê


Quinco Soares (Foto: Divulgação/TSE)Quinco Soares morreu logo após discurso
(Foto: Divulgação/TSE)
O candidato a prefeito de Juquiá, no Vale do Ribeira, Manoel Soares da Costa Filho, o Quinco Soares, do PMDB, morreu no início da noite deste sábado (12), poucas horas depois de ter inaugurado o comitê de campanha.
Soares, que foi prefeito de Juquiá entre 2005 e 2008, passou mal logo após o discurso de inauguração, por volta das 18h, e precisou ser levado por parentes e amigos ao hospital São João, em Registro.
O ex-prefeito, que fazia parte da coligação "Unidos por Juquiá", estava recorrendo na Justiça para registrar a candidatura. No último dia 3, o TRE-SP negou o registro do candidato porque ele estaria inelegível por oito anos.
A decisão do TRE-SP se baseou na Lei da Ficha Limpa. A punição aconteceu porque o prefeito teve as contas públicas reprovadas no período em que administrou a cidade.
G1

Passa para 98 número de envolvidos em acidente entre ônibus na PR-323


O número de envolvidos no acidente na PR-323, entre Paiçandu e Doutor Camargo, no norte do Paraná, subiu para 98, de acordo com dados divulgados, neste domingo (12), pelo Corpo de Bombeiros. Deste total, dez pessoas morreram. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Maringá, sendo que cinco foram liberados nesta manhã.
O acidente ocorreu no fim da tarde de sábado (11). Dois ônibus bateram de frente e, logo em seguida, uma caminhonete, um carro e uma motocicleta acabaram colidiram no mesmo trecho.

Um dos ônibus foi fretado por grupo um evangélico de Tapejara para passar o dia em um parque de Maringá, a 115 km, e se envolveu no acidente na volta da viagem. Já o outro ônibus era de uma empresa de turismo e fazia a linha Umuarama - Maringá. A rodovia ficou interditada por aproximadamente cinco horas. Desde 23h o tráfego na PR está liberado.

O Hospital Universitário de Maringá foi o que recebeu mais ferido, 32 no total. Para as unidades de pronto atendimento Norte e Sul de Maringá, foram levados 21 envolvidos, para o Hospital Santa Rita de Maringá, mais seis, e para a Santa Casa outras cinco pessoas. Em Sarandi, sete vítimas receberam atendimento  e na Santa Casa de Cianorte, 17.Segundo relatório do Corpo de Bombeiros, as 88 pessoas foram encaminhadas para hospitais de três cidades da região. Seis delas em estado grave, 18 de médio a grave, e 64 com ferimentos leves.
G1

Histórias de togas e becas alimentam folclore de tribunais; veja algumas


Entre os muitos elementos que compõem um julgamento na mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), está o traje usado por ministros e advogados que falam no púlpito: as togas para os magistrados e as becas para os defensores.
Desde o início do julgamento do processo do mensalão, na semana passada, a vestimenta – que é um tipo de capa preta que pode ser longa ou curta – foi responsável por situações engraçadas no plenário do Supremo.
Um advogado quase defendeu a cliente com a beca do avesso. Alertado por uma jornalista, vestiu o traje do jeito correto poucos minutos antes de ir ao púlpito. Outro levou os colegas aos risos ao comentar que comprou uma beca específica para o julgamento pela internet. Um terceiro advogado levou orações dentro da beca.
Embora becas e togas sejam muito parecidas e dois dos principais dicionários da língua portuguesa – Houaiss e Aurélio – afirmem que são palavras sinônimas, para os juristas, há uma diferença primordial: só os juízes usam togas. Os demais atuantes no ramo do direito utilizam becas.
Uma frase dita por um dos advogados que falaram na semana passada durante o julgamento do mensalão mostra bem a diferença de interpretação entre toga e beca. Ele falava do pai, magistrado, que passou a advogar.A toga começou a ser usada na Roma Antiga – antes de Cristo – e é um dos símbolos da magistratura. “[Toga] Alerta, no juiz, a lembrança de seu sacerdócio. E incute no povo, pela solenidade, respeito maior aos atos judiciários”, sintetizou o ex-ministro Mário Guimarães no livro “O juiz e a função jurisdicional”.
“Papai envergou a toga, mas não se despiu da beca. Isso me mostrou que nós, advogados e juízes, somos irmãos. Por isso, declaro minha honra e emoção de estar nessa tribuna.” A frase é de Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que defendeu a acusada Ayanna Tenório, ex-vice presidente do Banco Rural.
Toga rasgada
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, que já presidiu a corte, afirma que a toga, usada em todos os tribunais, é muitas vezes ignorada por magistrados de primeiro grau. Ele lembra, porém, que sempre usava quando era juiz de primeira instância em Minas Gerais. “Eu tinha estado em Paris. Fui visitar a corte e notei o seguinte: a respeitabilidade e austeridade que impunham as togas. Achei interessante e incentivei o uso”, contou.


“No trabalho diário, usa-se uma capa curta, sem maiores formalidades. [...] A toga de solenidades é de seda e geralmente é dada aos ministros por amigos, familiares ou pelo estado que ele representa. Existe todo um cuidado, a sala de togas, cada ministro tem um armário. O capinha [auxiliar do ministro] fica com a chave. Em muitos casos, [a toga] tem valor sentimental”, conta Velloso.
Ele explicou ainda que, nos tribunais superiores, o uso da toga é exigido até no dia a dia.
O ex-ministro lembrou um caso que, segundo ele, ocorreu quando atuava no extinto Tribunal Federal de Recursos. “Um ministro tinha uma toga que ficava sempre muito bem guardada. O certo é que a toga rasgou e ninguém percebeu. Ele só se deu conta quando entrava em fila no tribunal com os outros ministros. No outro dia, os jornais deram destaque para o fato, do ministro de toga rasgada”, lembrou.
Armário no Supremo com becas disponíveis para advogados (Foto: Rosanne D´Agostino / G1)
'Batman'
O advogado Marcelo Leal, que também defende réu do processo do mensalão e atua nos tribunais superiores, disse que o uso da toga é opcional, mas que usa por respeito às tradições.

“No nosso estatuto, o uso da beca aparece como direito do advogado. Mas, em alguns tribunais, se subir sem beca, o presidente não vai admitir que o advogado fale”, disse. A lei 8.906/1944, que criou o Estatuto da Advocacia, afirma que é direito do advogado “usar os símbolos privativos da profissão de advogado”, mas não faz referência específica à beca.

Marcelo Leal contou que a beca já foi responsável por confrontos e momentos divertidos em sua atuação como advogado.
“Teve um júri que fui fazer em Aracaju (SE) e esqueci a beca no hotel. Quando cheguei na audiência, percebi e pedi para um estagiário ir buscar. No início, tive que fazer um questionamento e, como o estagiário não tinha chegado, fui sem beca. O promotor, para me deixar desconfortável, disse que tinha uma beca para me emprestar. Eu respondi que não caberia bem em mim a beca da acusação”, lembrou ele, e completou afirmando que atualmente só usa a beca disponível nos tribunais.
O advogado Marcelo Leal ao defender cliente no púlpito do Supremo (Foto: Gervásio Baptista / SCO / STF)
No Supremo, há um armário com becas para advogados que, eventualmente, esquecerem seus trajes. “Eu percebi que colegas de São Paulo trazem as próprias becas. Eu uso a que tiver mesmo”, brincou.
O advogado lembrou ainda outro caso que, segundo ele, o tornou alvo de uma brincadeira na universidade em que lecionava. “Era uma beca esvoaçante, grande. Um promotor queria me desqualificar. Começou a citar os presentes e disse: 'doutor fulano, doutor tal, doutor Marcelo Leal'. Então ele olhou e disse: 'Batman!' Quando fui dar aula no outro dia, tinha um símbolo do Batman na sala de aula”, relembra.
Ele contou ainda ter ouvido de um ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral uma versão sobre a origem da obrigatoriedade da beca no púlpito do Supremo Tribunal Federal.

“Quando o Supremo foi instalado em Brasília, não se exigia a beca. Os advogados falavam sem beca. E tinha um advogado antigo, que engordou muito, e as camisas não serviam mais nele. Um botão ficava aberto, aparecendo parte da barriga. O presidente naquela época não gostou e instituiu: a partir de agora, todo mundo usa beca. Então, esse é o motivo da obrigatoriedade. A barriga desse advogado”, contou aos risos.
G1

Aniversariante do dia


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