segunda-feira, 11 de julho de 2011

Itália deve dar sinais de reforma para recuperar confiança, diz Merkel Receio da zona do euro é de que Itália seja contagiada pela crise. Representantes dos países do bloco se reúnem nesta segunda-feira.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira (11) que a Itália precisa demonstrar que está comprometida com as reformas orçamentárias necessárias para recuperar a confiança na zona do euro. Afirmou ainda que está confiante de que isso aconteça.
Merkel, complementando que havia falado pelo telefone com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que, com o resto da União Europeia, faria tudo o que fosse necessário para defender o euro.





Os representantes das economias dos países que compõem a União Europeia (UE) reúnem-se nesta segunda-feira (11) para coordenar e preparar o Eurogrupo, em um momento no qual os mercados não dão trégua à Itália e quando existe inquietação por um possível contágio da crise da dívida e dúvidas sobre a participação privada no segundo resgate à Grécia.
Além de José Manuel Durão Barroso, Jean-Claude Trichet e Jean-Claude Juncker, a reunião extraordinária contará com o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, e, segundo fontes do Conselho disseram no domingo à Agência Efe, também um representante do conselho do Tesouro da Itália.
A falta de avanços, consenso e clareza sobre o segundo resgate à Grécia, as dúvidas dos mercados financeiros sobre os problemas de Portugal e Irlanda se estenderam nos últimos dias à Itália e os efeitos colaterais também afetam à Espanha.
A Itália se encontra na mira das agências de classificação de risco Standard & Poor's e Moody's, que advertiram ao governo de Silvio Berlusconi de uma possível rebaixamento em sua nota de crédito perante a fraqueza do crescimento da economia e o alto nível de endividamento, acima de 120% do PIB.
MercadosOs bônus a longo prazo de Espanha e Itália alcançaram na manhã desta segunda-feira os maiores níveis desde a criação da zona do euro, um sinal da desconfiança dos investidores e do temor de propagação da crise da dívida.
Os títulos da Espanha a 10 anos alcançaram 5,79% na manhã desta segunda-feira e os da Itália 5,451%.
Ainda nesta manhã, as bolsas italianas operavam no vermelho, com quedas chegando a mais de 3%.

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