sábado, 13 de agosto de 2011

Casal do DF concretiza sonho de amor que começou no hospital


No São João do Cerrado, em Ceilândia, um casamento coletivo reunindo 100 casais vai tornar realidade o projeto de uma vida inteira juntos. De casais que, por algum motivo, ainda não tinham conseguido oficializar a união.
Isso só será possível por causa da promoção "Por que quero me casar no maior São João do Cerrado?". Mais de mil casais enviaram cartas, contando suas histórias de amor para participar da cerimônia coletiva.
Os 100 casais selecionados ganharam de presente o casamento civil, as alianças, o aluguel de vestidos e os ternos. As noivas ganharam direito ao "Dia da Noiva" com maquiagem e cabeleireiro. A lua de mel também  foi incluída no pacote de presentes.
O G1 conversou com dois desses casais que estão realizando, neste sábado (13), o sonho do casamento depois de décadas vivendo juntos.
A noiva Angela Maria se produzindo para o casamento coletivo. (Foto: Divulgação)A noiva Angela Maria se produzindo para o
casamento coletivo (Foto: Divulgação)
Angela Maria, 49, e Aurelino, 53, vivem juntos há 23 anos. A história deles tem ares de conto de fadas e riscos. Angela trabalhava como empregada doméstica, era mãe solteira e tinha 4 filhos. Aurelino, por sua vez, era pedreiro em uma obra perto da casa de Angela.
Eles se paqueravam, mas não tiveram oportunidade de namorar até que Aurelino teve uma úlcera, foi internado e tinha que ser  operado com urgência. Só que, para realizar a cirurgia, os médicos precisavam de uma autorização. Aí Angela Maria entrou em cena. Como o baiano Aurelino não tinha parentes em Brasília, e a única pessoa que ele conhecia era  Angela Maria, ela autorizou a operação dizendo que era mulher dele.
Na saída do hospital, ele foi se recuperar na casa dela e nunca mais saiu. A história de amor do casal foi contada por Patrícia, filha de Angela Maria. Ela escreveu a carta, entregou no último dia e só depois contou para a mãe. Patrícia acredita que está realizando o sonho da mãe de se casar "no papel" .
Já para a baiana Edigaia, 45, e o brasiliense Gilmar, 46, os planos de casar depois de 23 anos morando juntos sempre foram adiados porque, ou o dinheiro era pouco ou sempre acontecia um imprevisto.
Ela trabalha na administração de Ceilândia e no ano passado tentou se inscrever na promoção mas perdeu o prazo. Este ano ela viu o anúncio e avisou o marido. Ele confessa que tinha mais desejo de casar do que ela. " Acho que estou mais feliz do que ela. Depois desse tempo todo eu consigo casar. Vai ser o dia feliz. O dia 'D', o dia da vitória", conta Gilmar.
Casais jovens, de meia idade ou mais velhos. Não importa. Acompanhados dos filhos, pais, mâes, amigos e parentes, eles têm em uma coisa em comum: uma bela história de amor que se concretiza na festa de São João do Cerrado.

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