sexta-feira, 19 de agosto de 2011

No segundo dia em Madri, Papa visita mosteiro e Via Crúcis


Bento XVI recebeu nesta sexta-feira uma cálida acolhida no mosteiro do Escorial por parte de religiosas e professores universitários, antes de presidir, à tarde, uma Via Crúcis, um dos pontos altos do segundo dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O Papa participa em um encontro com cerca de 1.600 jovens religiosas e professores universitários no mosteiro de San Lorenzo de Escorial, norte de Madri, onde centenas de peregrinos admiram a arquitetura de estilo barroco.

A Via Crúcis - representação dos últimos momentos da vida de Jesus Cristo antes de morrer crucificado - que será representada na tarde desta sexta é um dos atos mais importantes liderados pelo Papa durante esta Jornada, que conclui no domingo.
Nesta celebração devem ser mencionados as violações e abusos sexuais contra crianças e adultos, em um momento em que a hierarquia católica está abalada por escândalos de pedofilia.
Bento XVI, que mais cedo foi recebido pelos reis da Espanha em sua residência, o palácio de Zarzuela, iniciou na quinta-feira sua visita pedindo que os liderem mundiais comandem uma economia centrada no homem.
"A economia não pode funcionar como uma economia autorregulada", declarou o Papa aos jornalistas antes de chegar ao aeroporto de Madri-Barajas, onde foi recebido pelo rei Juan Carlos I e por sua esposa Sofía, pelas principais autoridades espanholas e por uma multidão de jovens peregrinos que participam da JMJ.
O Papa Bento XVI também reconheceu "abusos na história para impor o conceito de verdade e o monoteísmo".
 ProtestosNo final da tarde de quinta, a polícia agiu com violência para dispersar os manifestantes que se reuniam na praça Porta do Sol em Madri para protestar contra a visita do Papa.
Os manifestantes, que tinham se reunido na última hora da tarde, foram retirados da Porta do Sol a golpes de cassetetes pelos oficiais, que antes tinham fechado a praça para impedir que se repetissem os confrontos verbais da véspera entre manifestantes 'indignados' e fiéis católicos participantes da JMJ.
A polícia atacou depois de ordenar que as pessoas se dispersassem e quando parecia que os manifestantes estavam indo embora.
No centro, 150 manifestantes, membros do movimento dos "indignados" e de associações de defesa do Estado laico reuniram-se para protestar contra o financiamento público da visita do Papa.
Segundo os organizadores do protesto, as administrações estatal, regional e local gastaram cerca de 100 milhões de euros para a Jornada Mundial da Juventude e na segurança para a visita do Papa.

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