sábado, 3 de setembro de 2011

Famílias ainda enfrentam atraso na liberação de corpos em SP


Do G1 SP
A liberação de corpos na cidade de São Paulo começou a ser normalizada neste sábado (3) após o fim da greve dos funcionários do Serviço Funerário, na tarde desta sexta (2). Ainda assim, as famílias que aguardavam a liberação dos corpos de seus parentes para o enterro enfrentavam atrasos nesta manhã.
A mãe da costureira Fátima Duarte morreu na manhã de sexta e o corpo não havia sido liberado nesta manhã. Segundo a Prefeitura, o transporte dos corpos – que deve ser realizado de uma a três horas após a liberação – está sendo cumprido neste sábado. Metade dos funcionários do Serviço Funerário que estava em greve retornou ao trabalho na sexta. A outra metade, segundo a Prefeitura, retornou nesta manhã.
GreveNesta sexta, o comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquia do Município de São Paulo (Sindsep) decidiu, após reunião na tarde desta sexta-feira, dar continuidade à paralisação da categoria. Mas os servidores públicos que atuam no Serviço Funerário optaram por retornar ao trabalho de forma imediata, em cumprimento a uma decisão da Justiça.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou na quinta-feira (1º) que os funcionários do Serviço Funerário voltassem imediatamente ao trabalho. Caso contrário, o sindicato que representa a categoria seria multado em R$ 60 mil por dia.
Após a reunião do comando de greve, o secretário-geral do sindicato, Vlamir Lima, leu uma nota explicando o motivo da continuidade da paralisação. No comunicado, o sindicato disse que a Prefeitura não concedeu um reajuste de 15% à categoria.
"Na verdade, aumentou o chamado 'piso mínimo', que é a soma do padrão e de todas as gratificações. Ou seja, se algum servidor ainda receber menos de R$ 630, será feito um complemento (abono) para chegar neste valor. Essa medida atingiu apenas 10 mil trabalhadores aposentados", informou a nota.
O salário base inicial para servidores de 40 horas é de R$ 440,39, abaixo do salário mínimo, segundo o sindicato. Além disso, o sindicato negou que tenha recusado o aumento de 11,23% oferecido pela Prefeitura. "A proposta beneficiaria exclusivamente o quadro da saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem) e mesmo assim a partir de janeiro de 2012", informou o comunicado.
Vlamir Lima criticou ainda a decisão do Tribunal de Justiça. "É um ataque ao direito de greve." Ele anunciou que o sindicato vai recorrer da decisão.
A assembleia de toda a categoria, prevista para as 10h de segunda-feira (5) em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, Centro da capital, foi mantida. Os servidores estão em greve desde terça-feira. Os sindicalistas esperam que, na ocasião, a Prefeitura abra um canal de negociações e ponha um fim nas retaliações aos servidores em greve.
Os trabalhadores pedem um reajuste de 39% e a Prefeitura de São Paulo aceita dar até 11%.

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