quarta-feira, 16 de novembro de 2011

'É preciso recuperar o tempo perdido', diz Beltrame sobre Rocinha


Em visita à Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, três dias após a Operação Choque de Paz, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que é preciso recuperar o tempo perdido.
"Fui lá (no Vidigal), tem que vir aqui fazer a mesma coisa, tratar as pessoas do mesmo jeito, dizer para eles que a linguagem é uma só, a linguagem da presença da polícia. Fico feliz de ver a quantidade de obras se iniciando, espero que isso se perenize também. Tem que trabalhar, fazer mais coisas, recuperar um tempo perdido. E vamos em frente".
Beltrame contou que ficou feliz de ver uma moradora de São Conrado que deixou de fazer a volta na comunidade e usou, nesta quarta, o trajeto por dentro da Rocinha para sair na Gávea, também Zona Sul.
"Acho que é assim que se constrói. São pequenas medidas, mas que elas se repitam no tempo e se crie uma cultura efetivamente diferente". O secretário reafirmou que o trabalho da segurança no Rio de Janeiro é a falta de políticas sociais. "O que vai fazer com que essas pessoas vivam melhor e sintam-se valorizadas são as ações sociais. O que a polícia está fazendo aqui é se manter para que isso aconteça", disse o secretário, que estava acompanhado do Ele está acompanhado do comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente-coronel René Alonso.
Polícia Civil encontrou uma casa com máquinas de cigarros contrabandeados na Rocinha (Foto: Carolina Lauriano/G1)Polícia Civil encontrou uma casa com máquinas de
cigarros contrabandeados na Rocinha
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
Durantre a visita de Beltrame, a Polícia Civil encontrou uma casa com máquinas de cigarros contrabandeados. Cerca de 100 máquinas foram apreendidas.
Bope na Maré
De acordo com Beltrame, a nova base do Batalhão de Operações de Especiais (Bope) pode se transferir para o Conjunto de Favelas da Maré dentro de 30 dias. "Eu dependo da obra de isolamento que a Emop está fazendo e a chegada dos móveis".
Paes na Rocinha 
Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes se reuniu com secretários municipais na comunidade. Ele disse que a localidade de Laboriaux, na parte alta da Rocinha, onde ficava a casa do traficante Nem, terá o serviço de desapropriação de imóveis intensificado, já que se trata de uma área de risco, onde duas pessoas morreram após um deslizamento causado pela chuva em 2010.
“Vamos intensificar isso, era onde ficava a casa do Nem, então não era uma tarefa simples agir ali. As remoções a gente já vinha fazendo há algum tempo, mas a vida era dura ali”, disse o prefeito.
O subprefeito da Zona Sul, Bruno Ramos, disse que essa foi a região da Rocinha onde a Geo-Rio identificou o maior número de remoções. Das cerca de 120 casas em risco, 67 já foram demolidas. Essas famílias vivem do aluguel social e aguardam a inclusão no programa Minha Casa Minha Vida.

“A gente vem removendo aos poucos, era a área onde tinha o maior complexo, o maior poderio bélico estava localizado ali, então a gente passava por dificuldades para você negociar, desapropriar, reassentar. Agora é uma nova realidade e a prefeitura vai intensificar o trabalho, a partir dessa quebra de paradigma”, disse ele.

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