Um cabo do 2º Batalhão da Polícia Militar de Campina Grande é suspeito de ter espancado e atirado contra o próprio filho de 15 anos durante uma festa no município de Ingá, no Agreste da Paraíba. A vítima prestou queixa na delegacia de Ingá e um inquérito foi instaurado para investigar o caso.
O delegado Jorge Luís explicou que a confusão ocorreu no dia 28 de dezembro, mas só nesta terça-feira (3) o caso foi divulgado. Pelo relato do adolescente, a discussão começou quando o cabo de 40 anos xingou a ex-mulher. O filho não gostou dos insultos e os dois brigaram. “Como estavam em uma festa eu suspeito que pai e filho estavam embriagados”, disse o delegado. Segundo o relato do adolescente, em um determinado momento o policial militar sacou a arma e atirou no tornozelo do adolescente que foi socorrido.
No dia 29, a mãe da vítima e o adolescente foram até a delegacia para prestar queixa. O delegado Jorge Luís encaminhou o garoto para Instituto de Medicina Legal (IML) para se submeter ao exame de corpo de delito. "O pontapé inicial foi dado, que foi ouvir o garoto. Falta agora ouvir as testemunhas e o suspeito”, explicou o delegado que aguarda também o resultado do exame do IML. A previsão é que ainda nesta semana o cabo preste depoimento à polícia.
O G1 procurou o cabo da PM, mas as ligações não foram atendidas. Já a assessoria de imprensa do 2º Batalhão da Polícia Militar em Campina Grande informou que tem conhecimento do caso e que também já recebeu o ofício da delegacia convocando o suspeito para ser ouvido. “Como ele estava de folga, o caso não é um crime militar e por isso está sendo investigado pela Polícia Civil”, explicou o assessor do 2º BPM, major Gilberto.
O delegado Jorge Luís explicou que o suspeito pode responder por lesão corporal de natureza grave e até por tentativa de homicídio. A assessoria do 2º BPM explicou que o cabo segue nas funções normais porque o caso ainda está em fase de investigação.
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