sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Delegado suspeito de atirar em festa de Marcelinho volta ao trabalho


Após mais de dois meses afastado de suas funções, o delegado que troca acusações com Marcelinho Paraíba foi designado para assumir uma delegacia regional e voltar ao serviço. Rodrigo Rego Pinheiro é irmão da suposta vítima do jogador paraibano pela tentativa de estupro, uma advogada, mas também é investigado por suspeita de ter disparado tiros na festa do atleta onde toda a confusão aconteceu, em novembro de 2011.
A portaria da Delegacia Geral de Polícia Civil que permite a volta do investigado ao trabalho, designa Rodrigo Pinheiro para a delegacia regional de Sapé e foi assinada no dia 31 de janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (1º). Ele respondia pela 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande, localizada no distrito de São José da Mata, quando foi afastado para responder a inquérito sobre o tumulto. Em 24 de janeiro, o delegado do caso, Francisco de Assis Sousa, anunciou que o exame feito pelo Instituto de Polícia Cientifica (IPC) apontou resquícios de chumbo na mão esquerda de Pinheiro.

O depoimento de Rodrigo Pinheiro no inquérito que investiga se ele disparou na festa está marcado para as 16h (horário local) da segunda-feira, na 7ª Delegacia Distrital, no bairro da Catingueira. O prazo para a finalização do inquérito é a sexta-feira (10), mas pode ser prorrogado a pedido do delegado. Paralelamente, ele responde a um inquérito administrativo na Corregedoria da Polícia Civil.
O delegado geral da Polícia Civil, Severiano Pedro do Nascimento Filho, explicou que o delegado não pode ser afastado de forma definitiva enquanto não for julgado. Segundo ele, o fato de Pinheiro estar respondendo tanto na esfera penal quanto administrativa não o impede de voltar a exercer suas funções.
"Tudo está sendo apurado com transparência, tanto com relação a ele quanto as denúncias sobre Marcelinho. Hipoteticamente, se o delegado chegar a ser condenado pela Justiça, ele poderá receber uma suspensão", comentou Severiano.
G1 tentou entrar em contato com o delegado Rodrigo Pinheiro, mas funcionários da delegacia regional de Sapé informaram que ele só começa a trabalhar na segunda-feira (6). Segundo Francisco de Assis, delegado que apura o caso, a notícia de que Rodrigo Pinheiro voltou a trabalhar é "novidade". No entanto, ele disse que isso não deve atrapalhar as investigações, já que o inquérito está na fase conclusiva e todas as testemunhas já foram ouvidas, menos o próprio delegado.

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