domingo, 11 de março de 2012

Em meio à repressão, emissário da ONU volta a se reunir com ditador sírio


O ditador sírio, Bashar al-Assad, se reuniu novamente neste domingo (11) com o emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que tenta negociar uma interrupção da violência na Síria, onde a repressão aos opositores deixou cerca de 90 mortos no sábado.
Mufti da Síria Ahmed Hassun e o enviado da ONU Kofi Annan, em Damasco (Foto: AFP)Mufti da Síria Ahmed Hassun e o enviado da ONU Kofi Annan, em Damasco (Foto: AFP)
O Exército sírio invadiu na noite de sábado a cidade rebelde de Idleb após um violento bombardeio, apesar da presença de Annan em Damasco. O enviado da ONU manifestou sua "profunda preocupação" com a repressão à revolta popular.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, na manhã deste domingo, as forças leais a Assad lançaram uma ofensiva contra outra região da província de Idleb. Três soldados morreram nesses combates com desertores e as forças de segurança mataram um civil, segundo o OSDH.
Militantes opositores anunciaram na noite de sábado a tomada de Idleb (noroeste), sitiada há dias pelo Exército, depois de Assad ter descartado diante de Annan qualquer solução política para a crise, enquanto houver a atuação de "grupos terroristas", referindo-se aos opositores.
Emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan (esq), durante reunião no sábado com Bashar al-Assad. (Foto: AP)Emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan (esq), durante reunião no sábado com Bashar al-Assad. (Foto: AP)
Segundo um comunicado da ONU fechado em Nova York, Annan classificou as negociações realizadas nesse primeiro encontro com o presidente sírio de "francas e exaustivas".
O enviado se reuniu também com opositores em Damasco que exigiram "sinais de boa vontade" do regime, em particular o compromisso de pôr fim à violência, antes de iniciar um diálogo e uma transição política.
"Não se pode falar de processo político antes que haja um cessar-fogo (...), que os presos políticos sejam libertados e que as tropas sejam retiradas de cidades e povoados", disse à AFP Abdel Aziz al Jeir, um dos líderes opositores.

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