terça-feira, 17 de abril de 2012

PM está entre os presos em ação contra milícia na Baixada Fluminense


Entre os cinco presos na Operação Roma, deflagrada na manhã desta terça-feira (17) para desarticular um grupo de milicianos que atua em Magé, na Baixada Fluminense, está um sargento da Polícia Militar, que trabalha no batalhão da área, o 34º BPM. Segundo promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio, ele é apontado como chefe do grupo e mandante de crimes na região.
Procurada pelo G1, a Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o que acontecerá com o sargento preso.
Segundo o delegado Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), o PM tinha interesse na carreira política e já se candidatou a vereador em Magé em 2008, mas não foi eleito. Segundo o delegado, ele pretendia voltar a ser candidato este ano. Capote explicou que o grupo de milicianos não tem qualquer vínculo com grupos políticos tradicionais de Magé.
O delegado informou ainda que a operação continua ao longo do dia para prender mais dois denunciados. No total, foram expedidos sete mandados de prisão, mas os promotores não quiseram divulgar o nome dos procurados nem detalhes da investigação para não atrapalhar a operação.
Investigações
Os suspeitos foram denunciados pelo Gaeco e são acusados de homicídios qualificados por motivo torpe, fútil e com impossibilidade de defesa da vítima. A operação conta com o apoio Draco-IE.
Operação contra milícia prende cinco no RJ (Foto: Lilian Quaino/G1)
A investigação começou a partir de denúncias de crimes registrados em Magé. Em um dos crimes cometidos pelo grupo, o PM e outros dois comparsas mataram um jovem em 2009, em frente à casa da vítima, na Rua do Cruzeiro, na localidade de Fragoso.

“Na ocasião agiram os denunciados em atividade típica de grupo de extermínio, e movidos por finalidade torpe, a saber, para satisfazer projeto de poder paralelo e influência política naquela área, localidade onde os denunciados agiam para implantar organização violenta, nos moldes de uma milícia armada, matando aqueles que pudessem representar ameaça aos fins do grupo ou aqueles cuja morte lhes fosse proveitosa, como o caso da vítima”, relata a denúncia do MP.

Em outro crime, um dos denunciados também é acusado de matar um homem, em 2007, depois que a vítima pediu ao criminoso que parasse atirar para o alto, segundo a denúncia.
g1

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