sábado, 29 de setembro de 2012

Julgamento de caso Fátima Lopes acontece em outubro, na Paraíba


Acusado de matar defensora é indiciado por outro crime de trânsito na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)Acusado de matar defensora deve ir à júri em
outubro (Foto: Walter Paparazzo/G1)
O júri popular do caso Fátima Lopes, morta em janeiro de 2010 em um acidente de trânsito na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa foi marcado para o dia 31 de outubro. O julgamento acontece no 2º Tribunal do Júri da capital. De acordo com o Mistério Público, Eduardo Paredes do Amaral, acusado de causar o acidente que matou a defensora pública, vai responder por homicídio doloso, com intenção de matar.
Para a família da defensora, os mecanismos jurídicos atrasam uma decisão que os filhos esperam desde que o crime aconteceu. “Ficamos muito tristes com todo esse atraso. É muito tempo. Caso esses recursos jurídicos não acontecessem, o julgamento da morte da minha mãe, teria acontecido em maio deste ano”, afirmou Ana Karla Lopes.

Para Ana Karla, que também é advogada, o juiz acatar os argumentos da defesa do acusado, o psicólogo Eduardo Paredes do Amaral é importante. “Porque caso essa protelação não ocorresse, poderia abrir brechas para que a defesa pedisse a nulidade do julgamento, alegando que o direito de defesa do acusado foi negado”, explicou


O advogado de defesa, Abraão Beltrão, afirmou que não tinha a informação de que o julgamento foi marcado. Mas enfatizou que a linha de defesa continua a mesma desde o início. “O que aconteceu foi um acidente de trânsito, e Eduardo Paredes deve ser julgado de acordo com o que determinam as leis de trânsito. Não houve outro crime. A família fica indignada com a perda de um ente querido, mas não pode mudar o fato, que é concreto”, afirmou.
Ana Karla afirmou, no entanto, que a defesa utiliza argumentos 'esdrúxulos' para evitar que o acusado seja julgado. “Por exemplo o doutor Abraão Beltrão, que defende o acusado, solicitou que o juiz oficiasse a prefeitura de João Pessoa para informar quantas árvores são podadas na cidade. São argumentos que nós simplesmente não conseguimos entender, ver alguma relação com o assassinato da nossa mãe”, desabafou.
Abraão Beltrão também comentou as acusações de que a defesa estaria usando argumentos esdrúxulos para adiar o julgamento. “Não só vou demonstrar as razões dos meus argumentos, como vou mostrar que esse processo é uma farsa, vou mostrar isso nos autos, provando documentalmente. Não há testemunhas nesse caso. As pessoas estão dizendo o que a família mandou dizer”, afirmou.
Acidente
Em 24 de janeiro de 2010, por volta das 6h, a caminhonete de Eduardo Paredes bateu no carro da então defensora pública-geral, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima. E a suspeita é que ele estaria embriagado.
O acidente foi no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, sentido Centro-Praia, em João Pessoa. Devido a violência da colisão, Fátima Lopes morreu e seu marido, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima, ficou gravemente ferido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eduardo Paredes é acusado de cometer homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ele teria ultrapassado o sinal vermelho, dirigido em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica, assumindo o risco de uma morte. O réu chegou a ser detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus em março de 2010.
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G1

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