quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PB tem 175,6 mil carros velhos


Dos 869.206 veículos que estão atualmente em circulação na Paraíba, 175.680 possuem mais de 15 anos, ou seja, foram fabricados antes do ano de 1997. A quantidade representa 20,21% da frota do Estado, segundo dados do Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). Para especialistas, a presença de carros de modelos mais antigos nas ruas aumenta a poluição ambiental e pode elevar o risco de acidentes, caso a manutenção não esteja em dia.

As cinco cidades que mais possuem veículos com esse tempo de uso são João Pessoa (49.573), Campina Grande (28.549), Santa Luzia (5.963), Patos (5.910) e Bayeux (4.894). Enquanto isso, o Estado possui outros 258.047 carros que têm entre 6 e 15 anos.
Apesar disso, os números mostram que metade da frota paraibana é relativamente nova. Dos 869.206 veículos que estão emplacados nos 223 municípios do Estado, 435.477 têm menos de 5 anos de fabricação. O percentual é de 50,10%, como destaca o diretor administrativo do Detran-PB, Flávio Moreira. Ele explica que os carros com mais de 15 anos de idade não apresentam risco para a segurança dos condutores, desde que estejam com a manutenção em dia. “Anualmente, os veículos precisam ter o licenciamento renovado e só passam pelo procedimento após a aprovação numa vistoria criteriosa que é feita no carro pelo Detran-PB”, ressalta.
“Os peritos analisam as condições dos pneus, das luzes e dos itens de segurança, como extintores de incêndios e freios. Se houver algum problema, o carro não é aprovado na vistoria e o condutor é recomendado a fazer o conserto e apresentar o veículo novamente para a vistoria. Só saem da vistoria os carros que estão em condições de circularem nas ruas”, acrescenta o diretor.
Para Moreira, o problema reside na quantidade de veículos que estão com emplacamento atrasado. “Quem não renova o licenciamento, não é submetido à vistoria. Logo, não temos como assegurar que esse carro está em condições seguras de trafegar nas ruas”, lamenta.
O professor do Curso de Mecânica de Automóveis do Serviço Nacional de Aprendizagem para a Indústria (Senai), Matusalem Oliveira, possui 23 anos de experiência na área. Ele garante que, mesmo que tenha mais de 15 anos de fabricação, o carro não apresenta risco à segurança das pessoas, desde que esteja com a manutenção em dia.
Segundo o docente, o que determina o tempo de uso do carro é a manutenção e algumas medidas podem não apenas prevenir acidentes, como aumentar o tempo de vida útil do veículo. “Os cuidados que mais exigem atenção são a troca de velas, de filtros e do óleo, que deve ser feita a cada 7.500 ou 5 mil quilômetros (dependendo do tipo do óleo usado). Sem esses cuidados, o motor do carro fica desgastado e vai perdendo a força. Numa ladeira, por exemplo, ele demora na subida. Também é preciso ficar atento às condições da suspensão, alinhamento e escapamento, além de evitar passar correndo por cima de buracos”, completa.

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