quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Lançamento da SACOPÃO‏ em Várzea - PB


O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas. Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico.
A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.
Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.
No caso específico das sacolas de supermercado e padarias, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis - e dificultam a compactação dos detritos.
Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade.
A cidade de Várzea não pensando diferente e total apoio à sacolamania, apresentou hoje dia 19/11/2012, o lançamento da Sacopão, uma sacola ecológica para buscar pão na padaria.
O projeto da Sacopão, não é só moda, é atitude, foi um instrumento de trabalho que possibilitou explorar a consciência ecológica. Discussões e trabalhos em sala de aula sobre a necessidade da preservação do meio ambiente, poluição e decomposição de materiais orgânicos entre eles as sacolas plásticas, culminaram na confecção de sacolas retornáveis feitas de tecido de algodão cru pelos próprios alunos e personalizados de acordo com seus gostos.
Teve como objetivo fundamental despertar nos alunos do 8º A e B a ação ideal para a qualidade de vida e um futuro melhor, fazendo essa troca consciente das sacolas plásticas pelas sacolas ecologicamente corretas, as quais não são descartadas no meio ambiente e podem ser utilizadas em diversos momentos da vida cotidiana das famílias de Várzea.
A comunidade escolar participou efetivamente e puderam prestigiar o trabalho realizado e conscientizar-se das inúmeras possibilidades de trabalho favorecendo uma aprendizagem bem significativa para os alunos participantes.
“É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos. Há muitos interesses em jogo. Qual é o seu”?














Fonte: Professora Edi e http://jeftenews.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. É isso ai. Iniciativas assim que o nosso mundo precisa. É bom saber que alguem além de mim recusa as sacolinhas plásticas no supermercado.

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