segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Colégios eleitorais abrem para segundo dia de votação na Itália


Os colégios eleitorais na Itália abriram nesta segunda-feira (25), às 6h (3h de Brasília) no segundo e último dia de votação para as eleições gerais do país, onde 47 milhões de pessoas podem votar para escolher o novo Governo.
Colégios eleitorais abrem para segundo dia de votação na Itália; voto de Beppe Grillo (Foto: AFP PHOTO / FABIO MUZZI )Beppe Grillo, líder do movimento 5 estrelas, escolheu votar na manhã desta segunda-feira (25) (Foto: AFP PHOTO / FABIO MUZZI )
 As eleições cruciais para seu futuro e a acompanhadas de perto pela União Europeia e os mercados, que temem a instabilidade política caso não sejam obtidas maiorias claras nas duas Câmaras do Parlamento da terceira economia da Eurozona.
No domingo (24), primeiro dia de votação, 55,17% dos eleitores tinham exercido seu direito ao voto, índice 7,4 pontos percentuais menor em relação às eleições de 2008.
Mulher coloca voto na urna em sessão de votação em Roma, nesta domingo (24). (Foto: Yara Nardi/Reuters)Mulher coloca voto na urna em sessão de votação em Roma, neste domingo (24). (Foto: Yara Nardi/Reuters)


Às 15h de Brasília, 44,26% dos 47 milhões de eleitores convocados já tinham votado, um percentual um pouco inferior ao das eleições-gerais de 2008 na mesma hora (de 49,21%), segundo estimativas do ministério do interior.

As eleições acontecem em dois dias, domingo e segunda-feira (até 11h de Brasília) para renovar o Congresso (630 deputados) e o Senado (315 senadores), cujas maiorias determinarão a tendência política do próximo primeiro-ministro.
Quatro coalizões estão na disputa: a centrista liderada pelo atual primeiro-ministro Mario Monti, a de seu antecessor de direita Silvio Berlusconi, a do líder da esquerda Pier Luigi Bersani à frente do Partido Democrático (PD) e a do humorista que virou político Beppe Grillo, o Movimento Cinco Estrelas (MCE), que aposta no voto de protesto.
As pesquisas mais recentes apontam a vitória de Bersani, com quase 34% dos votos, seguido pela coalizão de Silvio Berlusconi, com quase 30%.
Beppe Grillo e o MCE ficariam com 17% e a coalizão de centro de Mario Monti entre 10% e 12%.
Torcedores do time Napoli queimam seus cartões de votação neste domingo (24), no centro de Nápoles, para protestar contra uma lei anti hooligans. (Foto: Mario Laporta/AFP)Torcedores do time Napoli queimam seus cartões de votação neste domingo (24), no centro de Nápoles, para protestar contra uma lei anti hooligans. (Foto: Mario Laporta/AFP)
Protestos
Após as manifestações das feministas contra o ex-primeiro ministro e candidato Silvio Berlusconi, torcedores do clube Napoli queimaram seus cartões de votação para protestar contra uma lei italiana contra os hooligans, neste domingo (24).

Feministas italianas tentaram protestar, de topless, contra o ex-primeiro-ministro e magnata  dos meios de comunicação Silvio Berlusconi quando ele compareceu para votar em um colégio eleitoral de Milão.
Três mulheres, que escreveram nos seios 'Basta Berlusconi', foram interceptadas pelas forças de segurança quando o líder da coalizão de direita e famoso pelas piadas machistas e escândalos sexuais pretendia depositar o voto na urna.
O incidente acabou rapidamente com a detenção das manifestantes.As manifestantes se misturaram aos jornalistas e fotógrafos. Elas tentaram avançar contra o ex-chefe de governo.
O atual premier, Mario Monti, foi o primeiro a votar, também em Milão, com semblante sério. Bersani, mais descontraído, votou em Piacenza (norte).
Mas a principal incógnita é saber se o próximo governo terá maioria suficiente para garantir a estabilidade política. Bersani pode conquistar a maioria na Câmara dos Deputados (onde a lei eleitoral favorece as maiorias), no Senado, onde tudo depende dos resultados en cada região, o resultado é incerto.
'A Itália vota na incerteza', afirma o jornal La Stampa, que não descarta a possibilidade de nenhuma força política conseguir maioria para governar, o que gera incertezas dentro e fora da península.
Tudo é disputado em algumas regiões chaves, como a Lombardia. O pior resultado tanto para os partidos como para os sócios europeus da Itália seria uma maioria diferente no Congresso e no Senado, que deixaria o país ingovernável.
No total, mais de 47 milhões de italianos estão registrados para votar nas legislativas, e 13 milhões deles também votarão em eleições regionais.
Os resultados devem ser anunciados na segunda-feira à noite.
G1

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