sexta-feira, 15 de março de 2013

35 mil pessoas sofrerão os efeitos da falta de água no Vale do Sabugi



Os números preocupam, a situação se agrava na região do Vale do Sabugi e 35 mil pessoas deverão passar por dificuldades e sofrerão os efeitos da seca, podendo haver um caos na região.


Os municípios do Vale, São Mamede, Santa Luzia, São José do Sabugi, Várzea e Junco do Seridó, deverão entrar nos próximos meses no seu estágio mais crítico neste momento de seca e poderão entrar em colapso com por conta da falta do abastecimento de água.

Há comunidades em Santa Luzia, como o bairro Frei Damião, que os moradores reclamam da falta de água há oito dias, dizem que nesse período nenhuma gota apareceu nas torneiras. Ainda na mesma cidade já há condomínio perfurando poços para consumo, uma vez que a água da Cagepa não está mais chegando.

O problema do Vale do Sabugi, das cidades de São Mamede, Santa Luzia, São José do Sabugi e Várzea, é que no momento, todas as cidades, com exceção de São Mamede, já perderam os seus mananciais, e contam agora apenas com a água da Adutora Coresma-Sabugi, mas como tais cidades estão no ponto final da adutora e sempre sofrem quando há qualquer problema na distribuição de água, como seja um cano quebrado, perfurado ou manutenção na rede.

Pior situação é da cidade do Junco do Seridó, que não recebe água de nenhuma adutora, e há mais de um de ano que o açude da cidade secou completamente.



A situação atual



Os açudes de São José do Sabugi e Junco do Seridó, já estão secos; em Santa Luzia o principal açude da cidade está agora com menos de 5% do seu volume total, mas a Cagepa não está mais retirando água do açude, pois não há mais condições, nem de puxar a água, nem de qualidade; em São Mamede e Várzea, a situação não é diferente, os açudes estão no vermelho, com menos de 4% do seu volume.

Números preocupam


Índice pluviométrico de 2013 em Santa Luzia assusta e alerta

A Emater de Santa Luzia divulgou recentemente uma comparação dos índices pluviométricos dos anos de 2012 e 2013 nos três primeiros meses do ano.

Segundo o órgão, de janeiro a março de 2012, em Santa Luzia o índice ficou em torno de 142,8 mm de chuvas, enquanto que no mesmo período, em 2013, até março, até agora, o índice pluviométrico ficou em torno de 44,4mm, uma queda percentual de 31%, configurando assim um dos anos mais secos da história.

A média de chuvas em Santa Luzia gira em torno de 600 mm, em um bom ano de inverno. A população precisa ficar em alerta, começar a pensar em guardar e economizar água, uma vez que pelos números e pela previsão a seca irá continuar.



Afetando a vida dos moradores, a economia

Seca começa a mudar hábitos e alterar rotina dos cidadãos do Sertão

Antes se tomava uma ducha, no chuveiro gostoso, agora o banho é de cuia, água fria armazenada nos baldes. Essas são as consequências da seca, da estiagem, que começa a afetar os moradores da cidade, uma vez que a Zona Rural já sofre deste o ano passado.

Agora nas residências são baldes cheios, recipientes, falta de água por mais de três seguidos, alterando assim os hábitos da população. Muitos acordam pela madrugada para esperar água nas torneiras e assim abastecer os reservatórios domésticos.

Nesta segunda-feira, devido à falta de água, a Escola Estadual Padre Jerônimo de Santa Luzia resolveu cancelar as aulas do período da tarde. Sem água para a merenda, para lavar panelas, para os alunos beberem, a direção considerou que seria melhor liberar as aulas no período, também devido ao calor intenso da tarde, quando o consumo de água se faz muito maior pelos alunos.



Prefeito de São Mamede diz que na real situação atual de seca, São Pedro não será possível

O prefeito de São Mamede, Dr. Chagas Lopes, afirmou neste final de semana que não será viável a realização do São Pedro da cidade na atual situação de seca e estiagem.

Segundo o prefeito o município está com a situação de emergência decretada, decreto reconhecido no âmbito estadual e federal, o que implica a impossibilidade de realização de festas, de gastos em tais eventos.

Chagas disse que o decreto deverá se vence em maio, mas havendo a continuidade do contexto de seca, haverá uma prorrogação do decreto, até novembro, e por lei não é possível o comprometimento de receitas com festejos.

Porém, o prefeito afirmou que, no máximo poderá realiza uma noite de festa, no dia de São Pedro, apenas com forrozeiros, como se fazia nas décadas de 60, 70, para que não seja ferida legislação nem se ultrapasse os limites estabelecidos pelo Tribunal de Contas da Paraíba.
Fonte: http://sertao1.com

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