Os agentes de limpeza urbana que atuam em João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita e Campina Grande entraram de greve por tempo indeterminado às 6h da manhã desta segunda-feira (4). Cerca de 1.500 trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 12% mais um acréscimo de R$ 40 no vale alimentação. A mobilização acontece simultaneamente nas cinco cidades, que ficarão sem coleta diária de lixo. Segundo o sindicato da categoria, entraram em greve os trabalhadores da Limp Fort, Marquise e Ambiental Soluções.
A assessoria jurídica da Limp Fort, uma das empresas responsáveis pela coleta de lixo emJoão Pessoa, informou que 30% dos trabalhadores trabalham desde as 7h e que considera a greve inoportuna, já que foram oferecidos aumentos nos salários e também no vale-alimentação.De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da Paraíba (Sindilimp) as empresas privadas responsáveis pela coleta de resíduos em João Pessoa, Campina Grande e Região Metropolitana, ofereceram aos trabalhadores um reajuste de 8,5% no salário e acréscimo de R$ 15 no vale alimentação, como a proposta não foi aceita, as empresas receberam um prazo, que expirou às 16h desta última quinta-feira (28), para apresentarem uma contraproposta à mesa diretora, mas não fizeram, o que levou os trabalhadores a decidirem pela greve.
"Nós vamos ter uma reunião com o Ministério do Trabalho para decidir que providências vamos tomar. Nós da Limp Fort consideramos a greve no mínimo inoportuna, já que foram oferecidas as contrapropostas aos nossos trabalhadores", afirmou João José Cruz, assessor jurídico da empresa. "Além disso, a limpeza urbana é uma questão de utilidade pública", continuou.
A assessoria jurídica da empresa não descartou entrar com uma ação na justiça de ilegalidade contra o movimento paradista. "No entanto, essa é uma decisão que não compete apenas à Limp Forte, mas às outras empresas também", pontuou João José.
O Departamento Administrativo da Marquise Construtora informou que os integrantes da empresa estavam reunidos para discutir a greve dos trabalhadores e que a empresa só se pronunciaria após a reunião.
O G1 também entrou em contato com a Ambiental Soluções, mas o setor administrativo não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Em nota, a assessoria da Autarquia Especial de Limpeza Urbana (Emlur) informou que ampliará as atividades dos agentes de limpesa ligados ao órgão e que a paralisação dos trabalhadores das empresas terceirizadas não prejudicará a coleta de lixo em João Pessoa.
O superintendente da autarquia Anselmo Castilho informou, ainda por meio da assessoria, que respeita a greve dos trabalhadores e que espera que o Sindilimp mantenha 30% do efetivo trabalhando. Castilho se comprometeu ainda em auxiliar o diálogo entre os trabalhadores paradistas e as empresas.
Ainda segundo a assessoria de imprensa do Sindilimp, os agentes de limpeza também estão insatisfeitos com a falta de valorização profissional, assédio moral e falta de condições adequadas para desenvolvimento das suas atividades, o que também colocam em sua pauta de reivindicações.
G1pb
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