sábado, 23 de março de 2013

Senado dos EUA aprova seu primeiro orçamento em quatro anos


Depois de um longo debate, que durou praticamente a madrugada inteira, o Senado dosEstados Unidos aprovou neste sábado (23) seu primeiro orçamento em quatro anos. O plano aprovado prevê um montante de US$ 3,7 trilhões para 2014.
O orçamento foi aprovado por 50 votos contra 49. Nenhum republicano voltou a favor do plano do Senado, e quatro democratas que enfrentam campanhas de reeleição no momento também se opuseram a ele, de acordo com a imprensa norte-americana.
O acordo inclui cerca de US$ 1 trilhão em novos impostos para ajudar a reduzir o déficit, mas mantém a salvo programas domésticos que eram alvo de cortes por republicanos na Câmara de Representantes. O orçamento do Senado reflete as prioridades democratas de impulsionar a curto prazo o crescimento do emprego e preservar programas de segurança social.
A proposta revela as diferenças entre democratas e republicanos com relação a impostos, gastos e o tamanho do governo. Conforme destaca a Bloomberg, a votação abre caminho para a próxima fase na batalha orçamentária, que provavelmente vai girar em torno da necessidade de aumentar o limite da dívida dos EUA.
De acordo com a agência de notícias Reuters, os votos têm caráter simbólico, porque eles vêm em forma de emendas ao orçamento, que não é um projeto de lei e não pode ser transformada em lei. É um acordo interno entre os legisladores que estabelecem os limites de seu debate a respeito de impostos e de gastos para o próximo ano fiscal. Na prática, o Congresso teria que aprovar uma lei separada para qualquer uma das alterações políticas adotadas na medida.
Câmara dos Deputados
Na última quinta-feira (21), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que evita a paralisação do governo, em mais um alívio das guerras orçamentárias partidárias que vêm abalando Washington há meses.

Na ocasião, a Câmara, controlada pelos republicanos, aprovou por 318 a 109 a legislação que mantém as agências governamentais e programas financiados até o final do ano fiscal em 30 de setembro, enviando a medida para que o presidente Barack Obama sancione a lei.
A atual autorização de gastos venceria em 27 de março, mas os republicanos escolheram não usar a ameaça de as agências federais ficarem sem dinheiro e fecharem como alavanca para exigir profundos cortes de gastos.
Em vez disso, eles querem promover uma campanha para a redução de déficit centralizada em propostas do presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Paul Ryan, do Wisconsin, candidato a vice-presidente nas últimas eleições.
Pouco antes de aprovar o projeto de gastos, a Câmara apoiou um esboço de orçamento oferecido por Ryan para eliminar os déficits dos EUA dentro de 10 anos através de fortes cortes em saúde e outros programas sociais.
O projeto de financiamento para o restante do ano fiscal, que o Senado liderado pelos democratas aprovou na quarta-feira, mantém US$ 85 bilhões em cortes automáticos de gastos, conhecidos como "sequestro".
Mas ele enfraquece parte da dor desses cortes ao permitir que os militares e várias agências domésticas transfiram algum dinheiro dentro de seus reduzidos orçamentos para atividades de maior prioridade.
A aprovação das medidas de financiamento dá ao Congresso um alívio por alguns meses para discutir qual partido tem uma visão orçamentária mais viável antes de enfrentar nova discussão sobre a elevação do limite da dívida federal.
O orçamento de Ryan, marcado por profundos cortes de gastos a programas sociais e revogação das reformas na saúde do presidente Barack Obama, define as posições dos republicanos nas batalhas fiscais restantes deste ano e nas eleições para o Congresso em 2014.
G1

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