sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pelo menos nove pessoas são mortas na Grande João Pessoa


Nove pessoas foram assassinadas na noite da quinta-feira (25) em João Pessoa e Região Metropolitana em um intervalo de aproximadamente seis horas. Polícia acredita que crimes podem ter ligação com a prisão de um bando na cidade de São Paulo. Um dos chefes do bando preso é suspeito de ordenar o assassinato de um policial civil em Bayeux, Grande João Pessoa.
O segundo homicídio ocorreu por volta das 17h em uma usina localizada na cidade de Santa Rita. A vítima, de 29 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. Segundo a polícia, o homem estava dentro de um veículo, no qual foram encontrados R$ 390 e uma pistola calibre 380.De acordo com informações da polícia, o primeiro homicídio aconteceu no Distrito de Livramento, em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. A vítima tinha 37 anos. Uma segunda pessoa que estava com ele também foi atingida pelos disparos e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Os suspeitos do homicídio e da tentativa fugiram em uma canoa por um braço de rio com destino ao bairro de Mandacaru, na capital, para o local onde funciona um viveiro de camarão.
Em João Pessoa, no bairro Valentina de Figueiredo, Zona Sul da capital, um professor de Educação Física foi assassinado com pelo menos seis tiros. No local, ninguém quis passar informações à polícia sobre suspeitos e as motivações do crime. Segundo a polícia, a vítima tinha 48 anos.
Por volta das 20h50, um homem de 27 anos foi morto a tiros em Santa Rita. De acordo com a polícia, a vítima foi assassinada com seis tiros efetuados por três homens que estavam em duas motocicletas. Os suspeitos perseguiram a vítima e depois começaram a atirar.
No bairro da Torre, na capital, dois homens foram mortos com sinais de tortura, de acordo com a polícia. Um jovem de 19 anos e outro homem não identificado foram encontrados com as mãos amarradas e a boca amordaçada. O jovem levou dois tiros na cabeça e o homem não identificado levou um tiro na cabeça, um no pescoço e outro no braço.
Segundo a polícia, os crimes foram praticados por homens que estavam em um veículo escuro. As vítimas foram abandonadas na frente da Secretaria Municipal de Saúde, na Avenida Júlia Freire, a principal do bairro da Torre.
Às 22h30, um homem de 34 anos foi morto com pelo menos cinco tiros na região torácica. O crime aconteceu na Avenida Josefa Taveira, principal do bairro de Mangabeira, Zona Sul da capital paraibana.
Cinco minutos após esse homicídio, um adolescente de 17 anos foi encontrado com cerca de 15 perfurações de faca ao lado de uma empresa de ônibus, localizada no  bairro de Cruz das Armas, também em João Pessoa. Testemunhas contaram à polícia que um carro parou no local, jogou o corpo e em seguida fugiu.
Por volta das 22h40 um jovem de 19 anos foi morto com três tiros no Conjunto Cidade Verde, em Mangabeira. Segundo a polícia, os suspeitos da autoria do homicídio são dois homens que estavam em uma motocicleta.
Polícia vê relação entre crimes
O comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, coronel Lívio Delgado, acredita que os crimes possam estar relacionados com a prisão de uma quadrilha presa na manhã de ontem na cidade de São Paulo. Um dos chefes do bando é suspeito de ter ordenado o homicídio de um policial civil na Paraíba. O agente de investigação Sérgio Azevedo de Souza foi assassinado na frente de uma churrascaria em Bayeux, Grande João Pessoa, no último dia 25 de março.

“Eu interpreto essa série de homicídios que aconteceram de maneira a criar uma instabilidade de duas maneiras: como o desespero do pessoal ligado a esse bando ou uma maneira que eles encontraram de eliminar os desafetos, já que com a prisão do bando ficaram fragilizados”, avaliou Lívio Delgado.
O coronel afirmou que a forma como os crimes aconteceram chamou a atenção da polícia. “Foi uma ação orquestrada, acredito eu, para gerar instabilidade e dificultar a ação da polícia. Quando acontecia um homicídio em Mangabeira, tão logo a polícia chegava ao local, tinha a informação que tinha acontecido outro no bairro da Torre. São homicídios que foram praticados de forma a promover algum tipo de represália. No entanto, as investigações da Polícia Civil é que vão apontar o que de fato motivou todos esses assassinatos”, enfatizou.
Segundo o coronel Lívio Delgado, todas as vítimas tinham envolvimento com o crime. “Essas pessoas que foram assassinadas têm ligação de alguma forma, segundo os nossos levantamentos. Muitos têm um histórico de periculosidade. Alguns já praticaram homicídios, traficavam, por exemplo”, disse.
'Vamos dar uma resposta', diz coronel
O comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar disse que será realizada uma reunião com o Comando-Geral da PM paraibana para decidir as estratégias que serão adotadas para evitar mais mortes nesse fim de semana.

“A sociedade pode ficar tranquila que a polícia fará de tudo para pôr ordem a todo esse estado de coisas a que estamos assistindo. Com a nossa articulação e com o trabalho da polícia civil, a tendência dos bandidos é cada vez mais perder território. Nós não vamos ceder um milímetro para dar paz à sociedade”, afirmou.
G1pb

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