quarta-feira, 19 de junho de 2013

Governo de Minas pede apoio à Força Nacional de Segurança

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, pediu nesta terça-feira (18) apoio da Força Nacional de Segurança da Presidência da República para ajudar a conter os protestos em Belo Horizonte. Inicialmente a assessoria de imprensa do governo estadual, informou que 150 policiais já estavam na apital mineira, porém às 21h50, a assessoria informou que o reforço deve chegar nesta quarta-feira (19) .
O pedido de reforço foi feito durante um encontro entre Anastasia e a presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça-feira, em Brasília. Segundo a assessoria de imprensa, o governador esteve na capital nacional para anúncio do marco regulatório da mineração.
Belo Horizonte está no terceiro dia de manifestações nesta terça. No início da noite uma passeata seguiu da Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha, até o Centro da capital. Os manifestantes caminharam por cerca de três horas até a Praça Sete. Após chegar ao local, eles decidiram ir para a prefeitura, na Avenida Afonso Pena. Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas participaram dos protestos nesta terça-feira.
Na administração municipal os manifestantes atiraram bombas e garrafas, quebraram os vidros e depredaram toda a fachada. Policiais permanecerão dentro do prédio fazendo a segurança. Após a chegada de militares do Corpo de Bombeiros, um pequeno grupo que permanecia na porta da prefeitura se dispersou por volta das 22h20.
Segundo a Polícia Militar, cerca de três mil pessoas participaram da manifestação que seguiu da Antônio Carlos até o Centro. Não há o número estimado de manifestantes na porta da prefeitura.
Jovem ferida em manifestação é atendida por bombeiros na porta da Prefeitura de Belo Horizonte  (Foto: Pedro Triginelli/G1)

Na segunda-feira (17), houve confusão após manifestantes tentarem furar o bloqueio feito por policiais militares na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha. A PM jogou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Mais de 20 mil pessoas estavam presentes nos protestos de segunda-feira.
Reunião
Uma reunião embaixo do viaduto de Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte, discute os rumos das manifestações na capital mineira. Um grupo de jovens se concentra no local no início da noite desta terça-feira. O ato foi organizado pela internet e participantes ressaltaram que não há a intervenção de nenhum partido político e organização.

Durante a assembleia, temas diversos foram discutidos. Passe livre, ampliação do metrô na capital mineira, ação da polícia nos protestos, reforma política, atuação de governantes, a Lei Geral da Copa, a PEC 37 e formas de organização das manifestações foram alguns dos assuntos em pauta. Em grande parte da assembleia, os participantes usaram um megafone para expor suas ideias, em falas delimitadas no tempo de dois minutos.

Reunião em Belo Horizonte discute rumos dos protestos na capital mineira (Foto: Raquel Freitas / G1)
O estudante Gladson Reis acredita que desta assembleia saiam reinvindicações mais claras para os protestos na capital mineira. “Esse encontro hoje é fundamental porque vai definir os rumos do movimento e preparar as novas ações”, disse.
Reis comentou a ação da Polícia Militar de Minas Gerais na manifestação desta segunda-feira (18).  “Achei uma irresponsabilidade da polícia, os policiais pareciam que estavam com raiva”. Para o estudante, o governador Antonio Anastasia precisa se retratar em relação à repressão da PM. Ele afirmou que a juventude não vai deixar as ruas.
G1

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