Moradores do Cajá, distrito de Caldas Brandão, a 60km da capital João Pessoa, interditaram a BR-230 por cerca de três horas na noite de segunda-feira (16). A população pede a alteração das lombadas eletrônicas pelas físicas. O protesto aconteceu após uma funcionária pública de 31 anos morrer atropelada por uma motocicleta na noite de segunda.
De acordo com os manifestantes, os acidentes no local passaram a ser mais frequentes após a retirada das lombadas físicas e a instalação da sinalização eletrônica. A comerciante Giselda da Silva comentou em entrevista à TV Paraíba que a lombada eletrônica não impede que condutores passem em alta velocidade pelo trecho da BR-230 que passa pelo Cajá.
“Antes as pessoas passavam e respeitavam, porque não tinha como pular. Mas agora não tem, eles passam em alta velocidade. A gente reivindica, queremos os quebra-molas de volta. As lombadas eletrônicas servem para o governo, porque multam, mas para nós não serve”, relatou.
O G1 tentou entrar em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na Paraíba, mas foi informado que o supervisor de ações do órgão, Rayner Branco, responsável pelas implementações nas rodovias que cortam o estado, estava em reunião.Por conta da interdição na rodovia, alguns veículos retornaram pela contramão. A Polícia Militar foi chamada até o local para ajudar na negociação com os manifestantes. Segundo o coronel Marcos Sobreira, o protesto foi pacífico. A rodovia foi liberada pelos moradores do Cajá após a chegada da imprensa.
O acidente
A funcionária pública de 31 anos foi atropelada na noite de segunda-feira por uma motocicleta que transitava pela rodovia em alta velocidade. De acordo com José Severino da Silva, primo da vítima, o atropelamento aconteceu quando a funcionária pública atravessava a rodovia para entregar um remédia a sua mãe.
O motociclista, envolvido no acidente que motivou o protesto, ficou ferido e foi levado ainda na noite de segunda para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é de que o condutor não tivesse habilitação para conduzir motocicleta. Segundo o inspetor da PRF, Murilo Passos, o motociclista é morador do distrito. “Moradores informaram que o condutor é conhecido por realizar manobras arriscadas, empinar a moto e transitar pela contramão”, afirmou.
G1pb
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