quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Presidente da Câmara de Cuiabá é afastado após suspeita de fraude

João Emanuel, presidente da Câmara, disse que decisão será cumprida (Foto: Otmar de Oliveira/ Câmara de Cuiabá)
Agentes do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem nesta quinta-feira (28) oito mandados de busca e apreensão com vistas a desarticular um suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de fraudes em licitações da Câmara de Vereadores deCuiabá. Foram apreendidos documentos, computadores e outros materiais no Legislativo e em quatro residências, entre elas a do presidente da Câmara, João Emanuel Moreira Lima (PSD). Também houve buscas um Cartório de Serviço Notarial de Várzea Grande, região metropolitana na capital, em uma gráfica e em um escritório de contabilidade. 
João Emanuel negou qualquer irregularidade nos processos licitatórios da Câmara e disse estar à disposição do Gaeco para contribuir com as investigações.
Além disso, o MPE pediu e a Justiça determinou nesta quarta-feira (27) o afastamento João Emanuel da presidência da Câmara Municipal. A ideia é que as investigações não venham a ser prejudicadas. "Certamente o afastamento de João Emanuel da presidência da Câmara irá contribuir com as investigações, permitindo que documentos sejam localizados e testemunhas sejam ouvidas sem o constrangimento de estarem prestando declarações contra a chefia”, diz um trecho da decisão da magistrada Selma Rosane Santos de Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado.O parlamentar, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), teria participação na falsificação de documentos de terrenos, que seriam usados como garantia a agiotas para obter dinheiro a ser usado na futura campanha do parlamentar a deputado estadual nas próximas eleições. Conforme o MPE, os terrenos seriam pagos com a garantia de participação em processos licitatórios fraudulentos no Legislativo. A operação foi batizada de Aprendiz.
A defesa de João Emanuel informou que deve ingressar com recurso na Justiça para que o vereador seja reconduzido ao cargo de presidente do Legislativo.
Venda de sentença
João Emanuel também é acusado de suposto envolvimento em um esquema de venda de sentença judicial. Ele e mais nove pessoas são suspeitas de tentar comprar decisões judiciais, no valor de R$ 1 milhão, para que fosse colocada em liberdade uma família presa por acusação de tráfico de drogas. Ele chegou a ser afastado da presidência da Câmara, mas depois retornou por meio de liminar. A operação chamada de Assepsia foi deflagrada em abril deste ano.

G1

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