O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, confirmou nesta quarta-feira que a Copa do Mundo de 2022, no Catar, não será realizada no verão, entre os meses de junho e julho. O motivo é o forte calor que atinge a região durante o período, já que as temperaturas podem ultrapassar os 50 graus.
Em entrevista a uma rádio francesa, o dirigente não estabeleceu as novas datas do Mundial de 2022. No entanto, afirmou que existe uma forte possibilidade de o torneio ser realizado entre novembro e janeiro de 2023.
- Eu acredito que a Copa será realizada entre 15 de novembro até, no máximo, 15 de janeiro. Acho que o ideal seria jogar entre 15 de novembro e o final de dezembro, quando as condições meteorológicas do Catar são melhores. Você pode jogar com temperaturas próximas à da primavera na Europa – disse Jérôme Valcke, à Rádio France.
A Fifa já vinha dando a entender que que trocaria as datas da Copa do Mundo do Catar. Em recente entrevista, o presidente da entidade, Joseph Blatter, se posicionou a favor da mudança, desde que o torneio não entrasse em conflito com a disputa das Olimpíadas de Inverno de 2022, que geralmente ocorrem no início do ano, entre janeiro e fevereiro.
Algumas entidades também já posicionaram a favor. A Uefa, por exemplo, apoia a ideia. No entanto, a troca não é unânime. Em setembro, o presidente da Federação Australiana de Futebol, Frank Lowy, afirmou que cobrará indenização, caso a data da Copa de 2022 seja alterada. Vale lembrar que a Austrália foi uma das concorrentes para receber o Mundial, que acabou ficando com o país árabe. Estados Unidos e Coreia do Sul/Japão também concorreram.
O próprio Catar garante ter condições de receber o Mundial durante o verão, assegurando que todos os estádios serão refrigerados. A Fifa, no entanto, afirmou que todas as federações assinaram documentos em que cabe à entidade a escolha das datas da Copa.
G1
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