segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vídeo mostra rapaz caindo de touro em rodeio irregular em Campo Belo

Vídeo mostra momento em que rapaz cai de boi durante rodeio clandestino (Foto: Reprodução EPTV)
Um vídeo mostra o momento em que Marlon Henrique de Paula Oliveira caiu de um touro durante rodeio clandestino na zona rural de Campo Belo (MG), neste domingo (13). O jovem de 20 anos montou duas vezes no dia. O vídeo mostra quando Marlon caiu a primeira vez assim que o touro, chamado "Fantasma", sai do brete. O rapaz tentou mais uma vez em outro animal e também caiu pouco tempo depois. Ele morreu logo após dar entrada no hospital da cidade.

Por causa da poeira, não é possível ver nas imagens onde o rapaz foi atingido pelo animal, mas é possível ver que ele ainda consegue se levantar após a queda. Segundo o proprietário do sítio, Juliano Andrei do Vale, Marlon foi levado com vida para o hospital. "Chegaram a entubar ele lá, mas ele não respondeu mais não", disse.
No sítio existem 12 bois que são preparados para provas de montarias. De acordo com Vale, os encontros são feitos principalmente para peões profissionais. "Pra eles é bom porque enquanto não está tendo [festa de] exposição, eles estão treinando", explica. O dono do sítio diz ainda que não insiste para que nenhum peão participe da montaria. "É de livre e espontânea vontade. O boi está ali, se a pessoa achar que é capaz, vai montar."
A prima de Marlon, Andreia dos Reis Urbano, já participou dos eventos e conta que a entrada era gratuita e não havia profissionais para atuar em casos de acidentes. "Quem chegar lá, monta, não tem esse negócio de inscrição nem ambulância", afirmou.
Sonho de ser peãoDe acordo com o Corpo de Bombeiros, o sítio onde as montarias eram feitas não tinha Alvará de Funcionamento para a realização dos rodeios. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. De acordo com o delegado Alessandro Mior Gambogi, o proprietário do sítio pode responder pelos crimes de maus-tratos com animais, por omissão de socorro (por não ter ambulância ou equipe de primeiros socorros no local) e homicídio culposo.
Segundo Márcio dos Reis Oliveira, pai do rapaz, Marlon trabalhava como ajudante de eletricista, mas queria ser peão de rodeio. "Todo domingo que ele ia [para a montaria] eu pedia para ele largar disso", disse.
Marlon tinha o costume de participar de montarias pelo menos uma vez por mês no sítio de Campo Belo. "É uma dor muito grande, a gente não esperava que isso ia acontecer”, continuou o pai. “É um esporte perigoso, a gente estava sempre avisando. Parece que a gente via o perigo, mas eles não viam".
G1

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