sexta-feira, 7 de março de 2014

'Troca de farpas' entre PT e PMDB 'não ajuda em nada', diz Valdir Raupp

O senador e presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RO), reuniu-se nesta sexta-feira (7) com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da crise entre o partido e o governo federal. Após o encontro de aproximadamente 40 minutos no Palácio do Planalto, Raupp afirmou que a "troca de farpas" entre PT e PMDB não “ajuda em nada”.
“Eu espero que a partir de agora essa troca de farpas entre liderança do PMDB e do PT possa chegar ao fim, isso não ajuda em nada, verdadeiramente não ajuda em nada”, afirmou Raupp. 
“Acho que os partidos devem ser respeitados. O mesmo respeito que nós queremos que o PT tenha pelo PMDB, o PMDB deve ter esse respeito também pelo PT, que é o partido da presidente da República”, completou.
Ainda segundo Raupp, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião para o final da tarde do próximo domingo (9) para tentar colocar fim às divergências entre as duas principais legendas de sua base de apoio.
De acordo com o peemedebista, o local do encontro ainda não foi definido, mas devem participar, além dele próprio, Dilma e Mercadante, o vice-presidente da República, Michel Temer , e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado Renan Calheiros(PMDB-AL). O Palácio do Planalto não confirma a presença de Dilma na reunião.
Raupp deu as declarações ao ser questionado sobre as críticas trocadas nesta semana entre o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente do PT, Rui Falcão.
Cunha disse que se manifestou no Twitter por causa de uma suposta declaração dada pelo presidente do PT, Rui Falcão, no sambódromo do Rio. Falcão teria dito que a insatisfação do PMDB da Câmara é porque não foi contemplado com ministério na reforma ministerial.Na terça (4), Cunha usou sua conta no microblog Twitter para dizer que "está cada vez mais convencido" de que o partido precisa "repensar" a aliança com o PT. O deputado tem sido, desde o último ano, um dos maiores críticos do Palácio do Planalto na Câmara, apesar de o PMDB integrar a base de apoio ao governo.
"Reagi à agressão do presidente do PT, feita, aliás, em momento inoportuno, dentro de desfile de escola de samba", afirmou o deputado.
Alianças regionais
Na avaliação de Raupp, um dos maiores problema entre as legendas é o impasse na definição de alianças regionais para as eleições de outubro. Segundo ele, apenas em cinco estados a questão já está resolvida: Distrito Federal, Pará, Sergipe, Amazonas e Tocantins. Em outros dois, Bahia eRio Grande do Sul, as duas legendas estarão em lados opostos. Mesmo nesses casos, segundo Raupp, os diretórios locais já concordaram em manter a aliança no nível nacional, na disputa à presidência.

Os maiores problemas, segundo Raupp, estão nas alianças no Rio de Janeiro e no Ceará, onde os dois partidos têm candidaturas próprias.
Raupp afirmou também que "não há como negar" a existência de um componente na crise entre os dois partidos ligado à reforma ministerial. Para ele, no entanto, não cabe ao PMDB ficar pedindo cargos. "Acho que o PMDB tem tamanho suficiente pra ser respeitado  e o governo saber a importância que o PMDB tem."
Na avaliação de Raupp, "se houver bom senso de ambas as partes", a crise pode ser "debelada" na semana que vem.
G1

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