segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Parlamentares dos EUA devem votar nesta 2ª acordo sobre teto da dívida


Após meses de debate, parlamentares republicanos e democratas devem votar nesta segunda-feira (1º) o acordo para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default [calote]. O prazo para o país elevar seu limite de endividamento termina nesta terça-feira (2).
O acordo foi anunciado pelo presidente dos EUA, Barack Obama na noite deste domingo (31) em pronunciamento feito na Casa Branca. O presidente disse que os líderes dos Congresso fecharam uma proposta para elevar o teto da dívida do Tesouro.
Líderes do Senado - com maioria democrata - e a Câmara dos Representantes - liderada pelos republicanos - informaram que apresentarão para suas bases o rascunho do plano nesta segunda-feira, antes da votação final para aprovar o acordo.
O governo dos Estados Unidos corre contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até amanhã o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA poderiam ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, haveria risco de "calote".
Pronunciamento de Obama"Quero anunciar que os líderes dos dois partidos alcançaram um acordo que vai cortar gastos e evitar um default (termo técnico para o 'calote')", disse o presidente na noite de domingo. "A primeira parte desse acordo vai cortar cerca de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos,  cortes com que ambos os partidos concordaram".
O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, detalhou que a proposta prevê um corte de US$ 917 bilhões nos gastos domésticos ao longo de 10 anos, além da formação de uma comissão para definir mais US$ 1,5 trilhão em redução de gastos até novembro. A proposta formulada por este painel será votada pelo Congresso.
"Este é o acordo que eu preferiria? Não. Acredito que poderíamos ter tomado agora as decisões duras necessárias sobre a reforma nos benefícios sociais e a reforma tributária, em vez de fazâ-lo através de um processo especial de comitê no Congresso", disse Obama.


A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.
'Solução equilibrada'
Em um pronunciamento rápido, Obama afirmou que o processo para fechar o acordo bipartidário foi "bagunçado e levou muito tempo", mas agradeceu aos líderes políticos republicanos e democratas por terem se comprometido.
O presidente também agradeceu ao povo americano por "vozes, e-mails, twitts" que pressionaram os políticos.
Obama destacou que, como resultado do acordo fechado, "os EUA terão o nível mais baixo de gastos domésticos anuais desde que Eisenhower foi presidente", mas ressalvou que ainda assim, é "um nível de cortes que permite fazer investimentos na criação de empregos, educação e pesquisa".  "Também asseguramos que esses cortes não acontecessem de forma tão abrupta. A solução definitiva para o déficit precisa ser equilibrada", acrescentou o presidente.
O líder americano afirmou ainda que apesar da opinião de "alguns republicanos", será necessário "pedir aos americanos mais ricos e às maiores empresas para abrir mão de benefícios fiscais".
*Com informações da Reuters

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