quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Grávida tem a perna queimada durante o parto em hospital de MT


Leandro J. NascimentoDo G1 MT
grávida queimada (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)Gilmara sofreu queimaduras na perna durante o parto do filho Nicolas. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
A estudante Gilmara Divina Medeiros Santana, de 24 anos, levou um susto pouco tempo após ser submetida a uma cesariana para dar à luz ao primeiro filho, em Cuiabá. Depois do parto, quando o efeito da anestesia passou, Gilmara sentiu dores na perna esquerda. Só então ela percebeu que havia sofrido queimaduras na parte de trás da coxa. A direção do Hospital Geral Universitário (HGU) informou que vai investigar o caso.
A cirurgia foi realizada no Hospital Geral Universitário, no dia 30 de setembro. No momento do parto, consciente e deitada sobre a cama da sala de cirurgia, a jovem conta que acompanhou o trabalho de médicos que realizavam o procedimento. Mas foi só o efeito da anestesia passar para que a jovem percebesse que algo estava errado.

As dores na perna de trás da coxa esquerda chamaram a atenção da paciente e de outras pessoas que também estavam no quarto onde a mãe se recuperava: eram queimaduras que, segundo a vítima, foram provocadas durante o procedimento médico. A jovem conta que não recebeu informações no hospital sobre o que teria provocado os ferimentos. Tanto a estudante, quanto a mãe dela, Marilúcia Medeiros Alves, afirmam que deixaram a unidade hospitalar sem respostas.
"Minha filha sentiu muita dor e uma mulher [do quarto] falou que ela estava com a perna queimada. Tentei achar a médica, mas ninguém me informou. Foi errado não terem dado assistência. Só entregaram uma pomada e um líquido para ela passar", disse Marilúcia, em entrevista ao G1.
A dona de casa cobra uma explicação. "Em uma sala de cirurgia, como pode acontecer uma queimadura? Porque, daqui a pouco, vão entrar para ter um filho e vão sair de lá sem uma perna", reclamou a mãe da jovem. Para a mãe da jovem, o caso deve ser apurado. "Errar é humano, mas queremos uma explicação", completou Marilúcia.
Nesta quarta-feira (05), a família procurou o Conselho Regional de Medicina (CRM) na capital. A família protocolou uma reclamação e pediu que Conselho acompanhe o caso. A presidente da entidade, Dalva Alves das Neves, disse que em casos em que denúncias são comunicadas, cabe ao Conselho averiguar. Ela frisou que o CRM deve verificar se houve erro ou negligência no procedimento médico.
HGU
Nesta quinta-feira (06), a direção do Hospital Geral Universitário informou que profissionais do corpo técnico e clínico do hospital vão analisar o prontuário da paciente. "No primeiro momento vamos avaliar o fato para saber que medidas serão tomadas", explicou Meire Oliveira, superintendente do HGU.

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