sábado, 22 de outubro de 2011

Primeiras impressões: Peugeot RCZ


Com o objetivo de entrar no segmento dos coupés esportivos, a Peugeot traz ao Brasil o RCZ. A marca afirma que o carro não chegou para bater recordes de vendas, já que apenas 200 unidades serão importadas até o final do ano, e sim para fortalecer a imagem da empresa, com um produto moderno e destinado a um público de alto poder aquisitivo. Produzido na Áustria, na fábrica da Magna Steyr, destinada a modelos exclusivos e de pequena escala, o RCZ é o produto mais caro da marca no Brasil, custando R$ 139,9 mil.
Peugeot RCZ custa R$ 139,9 mil no Brasil (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)Peugeot RCZ custa R$ 139,9 mil no Brasil (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
“Este segmento (dos coupés esportivos) é o nicho do nicho, a missão do RCZ é fortalecer a imagem da marca, transmitindo suas qualidades ao consumidor brasileiro”, explica Frederico Battaglia, diretor de marketing da Peugeot. A versão que chega por aqui é a automática com motor 1.6 de 165 cavalos, já a de 200 cv com câmbio manual ficou de fora. De acordo com a marca, isto ocorreu “porque carros acima de R$ 100 mil manuais não se encaixam no perfil de cliente da empresa no país”.
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RCZ; peugeot; coupé; esportivo (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
O RCZ já está disponível nas concessionárias da marca com três anos de garantia e cinco cores: azul, preto, cinza, vermelho e branco. Esta última tonalidade por ser perolizada custa R$ 2 mil a mais. O esportivo entra com um preço competitivo no mercado, já que o principal concorrente definido pela Peugeot, o Audi TT Coupé, é mais caro custando R$ 215,6 mil, porém, entrega um pacote mais esportivo com 210 cv. Outra opção, o Mercedes SL 350 Sport tem preço de US$ 213 mil no país, equivalente a R$ 379,5 mil (cotação do dia), tornando-se fora de comparação.
O principal atrativo do RCZ é seu visual que possui características próprias sem perder a identidade da marca. Os destaques ficam por conta do teto com dupla curvatura que possui dois arcos de alumínio em suas laterais. Frente e traseira são bem angulosas e o conjunto óptico obteve um resultado moderno.
RCZ na pista
G1 avaliou a novidade da marca no país em um circuito de corridas no interior de São Paulo com 2,5 mil metros de extensão. Foram 8 voltas a bordo do coupé, o que rendeu 20 km de percurso. Se por um lado o autódromo foi ideal para conferir o desempenho o desempenho esportivo do RCZ, não foi possível averiguar como o carro reage em situações mais reais, como em uma cidade com pavimento ruim, por exemplo.

O motor 1.6 turbo de 1.598 cm³ é capaz de alcançar potência máxima de 165 cavalos a 6.000 rpm e 24,5 mkgf a 1.400 rpm. Este quatro cilindros foi desenvolvido em parceria com a BMW e é o mesmo que impulsiona o 3008, mas recebeu um acréscimo de potência, já que no SUV o motor atinge 156 cv. De acordo com a Peugeot, o propulsor segue o conceito internacional de downsizing, que obtém performance a baixos níveis de emissões e consumo — mas a marca não divulgou quanto o esportivo gasta de combustível.
Versão branca perolizada custa R$ 2 mil a mais (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)Versão branca perolizada custa R$ 2 mil a mais (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
Em movimento, o motor é mais que suficiente para garantir boas arrancadas, acelerando de 0 a 100 km/h em 8,4s e 213 km/h de velocidade máxima, segundo a fabricante. Seu desempenho não chega a ser assustador e nem faz o motorista “grudar no banco”, mas também não decepciona e proporciona boa diversão. Já as suspensões estão bem calibradas e possibilitam ao RCZ manter a estabilidade mesmo em curvas fechadas e de alta velocidade, como as existentes no circuito de teste.

Caso o motorista exagere na dose, a eletrônica embarcada no RCZ garante que o carro não perca o controle contando com controle de estabilidade, controle de tração, freios ABS, repartidor eletrônico de frenagens e auxilio em frenagens de emergência. Todos estes dispositivos fazem parte do ESP (Electronic Stability Programme, programa eletrônico de estabilidade, em inglês).
Interior é moderno e simples com acabamentos de couro (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)Interior é moderno e simples, com acabamentos em couro (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
Caso queira um pouco mais de emoção, o motorista tem a possibilidade de desligar o sistema com um simples toque na tecla ESP off localizada no console central. O usuário também pode escolher entre dois modos no câmbio de seis marchas, o automático e o semi-automático. No automático, as trocas são feitas em altas rotações, muitas vezes acima dos 5.000 rpm.
Já com a opção semi-automática, o RCZ ganha em esportividade, mas as mudanças são feitas na própria alavanca de câmbio. Seria melhor se contasse com “borboletas” no volante. O conjunto ainda possui rodas de aro 18” e aerofólio, que pode ser acionado manualmente ou entra em ação automaticamente.

Quando atinge 85 km/h, a primeira posição entra em cena, inclinando o dispositivo em 19 graus, e, alcançando 155 km/h, aumenta a inclinação para 34 graus — na medida que se reduz a velocidade o item se fecha. Na pista, onde foi possível alcançar o máximo de 130 km/h não foi sentido nenhum efeito latente do aerofólio.
Interior do esportivo
Ajustes dos assentos dianteiros são elétricos (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)Ajustes dos assentos dianteiros
são elétricos (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
Apesar de a marca chamar garantir que o RCZ é um 2+2, ficou nítido que transportar passageiros não é a intenção do automóvel. Até é possível levar duas pessoas nos bancos traseiros, mas ficarão apertadas nas pernas e encostarão a cabeça no teto. Por outro lado, motorista e o passageiro da frente ficam bem confortáveis.Os assentos dianteiros de couro possuem ajustes elétricos, inclusive, aquecedores, e envolvem bem os ocupantes.
O acabamento interno é simples e de boa qualidade, sem nada muito extravagante. Os detalhes mais esportivos ficam por conta do relógio analógico no console central e os pedais em alumínio. O volante também é revestido em couro mas não apresenta um pegada muito esportiva. Para a categoria, o porta-malas conta com um interessante espaço de 321 litros, que pode ser expandido 639 litros com o rebatimento dos assentos traseiros.
Aerofólio é ativado automaticamente pela velocidade ou manualmente (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)Aerofólio é ativado pela velocidade ou
manualmente (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)
Contudo, o RCZ não possui espaço para estepe, que vem de série, mas caso o usuário queira deixá-lo em casa, o automóvel também possui o um sistema portátil que conserta o pneu provisoriamente e permite levar o carro até um borracheiro.A marca oferece como opcionais rodas de aro 19” e capas para os retrovisores em fibra de carbono.
Para a segurança dos passageiros, o RCZ possui quatro airbags e estrutura reforçada. O carro ainda traz como novidade o sistema de capô ativo que garante mais segurança em caso de choque com pedestre. Em caso de atropelamento entre 20 e 50 km/h, um sistema pirotécnico eleva o capô em 65 mm em 0,1 segundo, o que, de acordo com a marca, diminui o risco de lesões ao pedestre.
RCZ tem cinco opções de cores: azul, preto, branco, cinza e vermelho (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)RCZ tem cinco opções de cores: azul, preto, branco, cinza e vermelho (Foto: José Mário Dias/ Divulgação)

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