sábado, 26 de novembro de 2011

Empresário envolvido em racha que matou lutador em Campinas é solto


O empresário indiciado pelo homicídio doloso do lutador de jiu-jítsu Kaio César Alves Muniz Ribeiro deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Campinas, a 91 km de São Paulo, no início da tarde deste sábado (26). Fabrício Narciso Rodrigues da Silva dirigia um Camaro e disputava um racha com a empresária Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza na madrugada do último dia 18.
Na corrida, a empresária perdeu o controle da direção de seu veículo Audi A3 e atropelou o lutador, que morreu na hora. Os dois empresários foram presos em flagrante. Fabrício da Silva pagou fiança no valor de R$ 163,5 mil estipulada pelo desembargador Alberto Mariz de Oliveira, da 16ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na sexta-feira (25).
A Justiça concedeu habeas corpus aos dois empresários porque “a liberdade provisória mediante fiança e com medidas cautelares deve ser concedida, não havendo obstáculos para tanto". Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza deixou a cadeia feminina de Paulínia, a 117 km da capital, no fim da tarde de sexta-feira.
O empresário continuou preso até este sábado porque o advogado Antônio Godoy Maruca aguardava a entrega da documentação da decisão do TJ-SP no CDP.
No início da semana o juiz da 2ª Vara do Júri de Campinas, Sérgio Araújo Gomes, havia negado os pedidos de habeas corpus, acompanhando um parecer do promotor Fernando Viana do Ministério Público (MP), que indicava que a soltura dos dois empresários representaria um risco à sociedade, uma vez que eles têm o poder de desestabilizar a ordem pública com atos perigosos.
Falso testemunhoA Polícia Civil concluiu nesta sexta (25) o inquérito que investiga o acidente. O laudo do exame de sangue de Silva apontou que o empresário não estava alcoolizado. O passageiro do Camaro, carro envolvido no racha que causou a morte de Ribeiro, foi indiciado por falso testemunho, de acordo com o delegado responsável pela investigação, Hamilton Caviolla. Segundo o delegado, Paulo César Estrabeli "apresentou uma versão dos fatos que destoa totalmente do que está nos autos”.
A vítima
O lutador de jiu-jítsu Kaio César Alves Muniz Ribeiro, de 23 anos, estava voltando da casa da namorada na madrugada de sexta (19), quando foi atropelado na calçada da Avenida Júlio Prestes, no Taquaral, por um carro que disputava um racha.
O corpo do atleta foi enterrado na manhã de sábado (19) no cemitério da Saudade, em Campinas. Kaio era atleta da Federação do Estado de São Paulo de Jiu-Jítsu, vice-campeão brasileiro e campeão paulista na categoria adulto, faixa marrom.
 

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